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Realeza

Capítulo 27 – Realeza

Cena 1- Mansão Corte Real- Noite.
Maria Letícia e Maria Luiza discutem. Alberto e Marcelo vão ver o que está acontecendo.

Maria Luiza: Você não tem o direito de querer interferir em minha vida. – Ela esbraveja, antes de devolver o tapa que a mão lhe deu.
Maria Letícia: o que significa isso? – Ela avança em cima de Maria Luiza. – E você não tem o direito de me bater, garota. – Ela pega com agressividade no braço da filha.
Maria Luiza: Me solta. Ou eu vou fazer um escândalo. – Maria Letícia começa a bater forte na filha.
Maria Letícia: Se você quer fazer escândalo de darei motivos para tal. – E continua a bater. Até que Alberto e Marcelo descem a escada, assustados com a gritaria.
Alberto: O que é que está acontecendo aqui? – Ele pergunta ao se parar as duas, que estavam atracadas no sofá.
Maria Letícia: Você não sabe da maior Alberto. A sua filha está namorando o garçom do clube. Eu não admito isso, não na minha casa… de baixo do meu teto. – Ela grita. Marcelo a está segurando.
Marcelo: Mãe, você tem que entender. Nós não somos marionetes para que você queira cuidar da nossa vida. Já somos grandinhos demais para isso. Não acha?
Maria Letícia: Você é outro que só me traz desgosto. – Ela se solta. – Mas eu sou uma dama. Uma verdadeira rainha. E não perderei a minha postura, porém, eu garanto que isso não vai ficar assim. Não vou deixar que vocês acabem com o meu sonho de ver vocês casados com pessoas da alta sociedade. – Ela sobe a escada.
Alberto: Depois dessa cena, preciso de um copo d’água. – Ele vai até a cozinha.
Marcelo: Será que você pode me explicar o que aconteceu?

Cena 2- Mansão Sales Couto de Sá- Dia.
Célia e Antonella comemoram, e Roberto as questiona.

Célia: Maria Letícia me ligou hoje pela manhã. Parece que tudo está saindo como planejado. E que melhor ainda, hoje todos terão uma surpresa.
Antonella: Verdade vovó? Eu não poderia ter escutado coisa melhor.
Simone: Eu não sei não. – Ela balança a cabeça negativamente.
Roberto: Sobre o que vocês estão falando?
Célia: Espere e verá.
Roberto: Quanto mistério sogrinha. Não posso ficar por dentro dos planos de vocês? – Ele toma seu suco. – Presumo que seja algo relacionado com Antonella e Marcelo. Acertei?

Cena 3- Mansão Corte Real- Dia.
Todos falam sobre a ceia. Clotilde surge no local.

Alberto: Então hoje será a ceia mesmo? Ou depois da noite de ontem…
Marcelo: Parece que será hoje sim, não é mãe? – Ele o interrompe.
Maria Letícia: Sim, e os preparativos já estão acontecendo. Pedi que os garçons do clube viessem nos ajudar aqui.
Maria Luiza: Tenho a impressão de que fez isso só para me atacar.
Maria Letícia: Eu os convoquei antes de descobrir… aquilo.
Maria Luiza: Fique sabendo que o meu namorado passará a ceia do meu lado. Não o quero servindo ninguém.
Clotilde: Prima, querida. – Ela chega correndo. – Não deixe que os seus seguranças encostem em mim. – Ela se esconde atrás de Maria Letícia, que já está de pé.
Segurança: Dona Maria Letícia. Essa moça nos agrediu, e acabou conseguindo passar pela gente. Ela disse que é sua prima. – Ele diz, segurando a sua parte intima.
Maria Letícia: Podem deixar. Clotilde é mesmo minha prima. Mas, não sejam tão descuidados. Não é para isso que pago os dois. – Eles se vão.
Alberto: Clotilde, quanto tempo. Pensei que nunca mais a veria. Você sumiu depois da ultima vez que esteve aqui. – Ele fala com um sorriso no rosto.
Clotilde: Eu estava em New York, querido. – Ela fala convencida. – Mas resolvi visitar a família neste natal. Como estão vocês?
Maria Letícia: Melhores impossível, Clotilde. – Ela diz se sentando novamente. – É isso mesmo que eu entendi? Você voltou para passar o natal conosco?
Clotilde: Nossa! Como eles cresceram. – Ela se refere à Maria Luiza e Marcelo. – Tudo bem com vocês?
Maria Luiza: Estamos óti… – Ela leva a mão até a boca. – Ai. Eu acho que vou… – Ela sai correndo. Mas, não consegue chegar ao banheiro, e acaba vomitando na escada.

Cena 4- Cobertura Queiroz Galvão – Dia.
Luciana avisa a Riginaldo e Leonardo sobre a ceia na casa de Maria Letícia.

Luciana: Maria Letícia nos convidou para a ceia na casa dela.
Leonardo: Você já foi dar com a língua nos dentes? Sobre o meu término com a Maria Luiza?
Luciana: Nem ao menos tiveram a coragem de contar à Maria Letícia sobre o que aconteceu.
Leonardo: Isso é problema nos…
Riginaldo: Não é não mocinho. Enquanto vocês viverem em baixo de nossos tetos, isso também vai ser um problema nosso. – Ele o interrompe.
Leonardo: Eu não vou ir nessa ceia. – Ele fala decidido. – Não vou, e quero ver quem vai me fazer ir.
Riginaldo: Você vai, nem que seja de baixo de paulada. – Ele grita grosseiro. – E lá, Maria Luiza e você vão se acertar. Está me ouvindo?
Leonardo: Eu já disse que não irei a lugar nenhum. E mais, não me acertarei com ninguém. Maria Luiza e eu não voltaremos nunca mais. Ela está apaixonada por outro cara.
Luciana: Como é que é? Foi ela quem te disse isso, meu filho?
Riginaldo: Você não percebe que ele está mentindo para não ir à ceia? E mesmo que seja verdade, se ela está gostando de outro foi porque você deu brecha. Não deu no couro, e acabou resultando isso.
Leonardo: Para! Eu nunca amei Maria Luiza, nem nunca irei amar. – Ele fala cheio de ódio. – Também não me casarei com mulher alguma. Esqueçam isso, pois eu sou gay. E não há nada que vocês possam fazer quanto a isso. – Ele vai para o seu quarto, chorando.
Luciana: Gay? – Ela se senta no sofá, perplexa.

Cena 5- Mansão Corte Real- Dia.
Maria Letícia dá ordem aos empregados.

Maria Letícia: Essa vai ser uma ceia especial. Então eu preciso que todos estejam dispostos a servir os meus convidados como eles merecem. Pierre já deve ter distribuído os uniformes, não é?
Regina: Sim, senhora.
Maria Letícia: Ótimo. – Maria Letícia olha para Jonathan e lembra-se da briga que ele teve com Frederico. – E você rapaz, espero que não arrume confusão no meu jantar. Como você fez um dia desses no clube. Afinal, o Frederico, junto com a sua mãe, foram convidados.
Jonathan: Sim, senhora. – Ele engole seco.
Maria Letícia: Regina, precisamos ter uma conversa. Venha até aqui.- Elas vão até o escritório. – Não sei se você já sabe, mas a minha filha está envolvida com o seu filho. – Ela analisa a reação da mulher. – Pelo visto você já sabia de tudo. Só não chamei o seu filho para conversar, pois tenho certeza que ele contaria tudo a Maria Luiza.
Regina: Desculpe dona Maria Letícia. Só Deus sabe o quanto que eu pedi para que esse menino parasse, mas…
Maria Letícia: Não precisa me dar explicações. A única coisa que eu quero de você, é que separe o seu filho de Maria Luiza.
Regina: E como a senhora quer que eu faça isso?
Maria Letícia: Assim como eu, você também é mãe. Tenho certeza que saberá o que fazer.

Cena 6- Mansão Corte Real- Tarde.
Marcelo diz a Maria Luiza que está ansioso para conhecer a família de Daniele. Ele percebe que a irmã não está bem.

Marcelo: Agora a mamãe não vai ter mais como envenenar meu namoro com a Daniele. Estou tão ansioso para conhecer os pais dela.
Maria Luiza: Se eu fosse você não ficava tão tranquilo assim com relação a nossa mãe. Ela sabe melhor do que ninguém encontrar problemas onde não há.
Marcelo: Tem razão. Não posso ficar tão confiante assim. A mamãe sempre encontra uma maneira para distorcer fatos que, aparentemente, estão esclarecidos.
Maria Luiza: Agora só podemos esperar para ver o que acontece nessa bendita ceia. – Ela está deitada, e leva a mão até a cabeça. – Acho que estou com febre.
Marcelo: Isso é óbvio. Um calor de quarenta graus e você ai debaixo desse cobertor. – Ele analisa os fatos. – Maria Luiza, você não acha estranho ter vomitado mais cedo, e agora estar ardendo em febre?
Maria Luiza: Para de ser paranoico, Marcelo. Logo eu estarei melhor.

Cena 7- Casa de Maria José- Tarde.
Daniele se arruma para a ceia, e fala com ela mesma.

Daniele: Chegou a hora de me arrumar. – Ela fala para si, se olhando no espelho. – Eu vou conseguir, tenho certeza disso. Nada dará errado. – Ela respira fundo, e coloca um vestido vermelho deslumbrante. – Ninguém vai estragar a minha noite. Muito menos você, Maria Letícia. Tudo vai sair como planejei. – Ela calça o salto, combinando com o vestido. – Que os anjos digam amém.

Cena 8- Mansão Corte Real- Tarde.
Maria Letícia e Clotilde conversam.

Maria Letícia: Eu ainda não entendi o que você veio fazer aqui. – Ela fala com expressão de dúvida. – E não venha falar que veio passar o natal conosco porque eu sou mais esperta do que você imagina. Te conheço como a palma da minha mão. Diga logo o que você realmente quer.
Clotilde: Você me conhece melhor do que ninguém. Não é priminha? Então, vamos aos fatos. Adorei ter passado todos esses anos em New York: gastando o dinheiro que você me deu em troca do meu silêncio, e aproveitando o apartamento que você comprou só para mim naquele lugar maravilhoso.
Maria Letícia: Peraí. – Ela se lembra das ligações que havia recebido. – Foi você quem fez aquelas ligações? Eu morria de perguntar quem era, mas ninguém me respondia.
Clotilde: Sim. Era eu durante todo esse tempo. Espero que tenha gostado, não foi a minha intenção infernizar a sua vida. Mas é como diz o ditado “Quem não deve, não teme”, e se você temeu… é porque você deve.
Maria Letícia: Enfim. Ligações à parte será que você poderia me explicar o motivo de tudo isso?
Clotilde: É simples. O seu dinheiro não foi eterno como eu imaginara que seria. – Ela sorri. – Só me restou umas migalhas para comprar a minha passagem. E você me deixou muito mal acostumada. Eu era tão pobre, e quando vi aquele paraíso diante de mim… não sei mais viver sem aquilo.
Maria Letícia: Eu não acredito que você queira mais dinheiro. – Ela se levanta com fúria. – Se vira, eu não irei mover uma palha para te ajudar. Já gastei muito tempo e dinheiro com você.
Clotilde: Acho que você esqueceu: não há a opção “não irei”. Mas têm duas opções que são excelentes: “eu faço por bem” ou “eu faço por mal”. – Ela fala em tom de ameaça. – Não vamos complicar as coisas Maria Letícia. Você sabe que se eu abrir a minha boca para falarmos do passado… isso não te traz boas lembranças, não é? – Maria Letícia se senta, intimidada.

Cena 9- Mansão Corte Real- Tarde.
Regina conversa sobre Maria Luiza com Jonathan.

Regina: Jonathan. Preciso ter uma conversa séria com você. – Ela é enfática. – Venha até aqui. – Eles se afastam um pouco dos outros empregados. – Maria Luiza contou para dona Maria Letícia que vocês têm um caso.
Jonathan: Ela teve essa coragem? – Ele pergunta espantado. – E qual foi a reação da megera?
Regina: Te garanto que não foi das melhores.
Jonathan: Mas por que será que Maria Luiza contou tudo para Maria Letícia? – Ele está em dúvida.
Regina: Hoje mais cedo eu tive que limpar a escada. Parece que Maria Luiza passou mal, e acabou vomitando. Ao que me ocorreu, ela deve estar grávida. Por isso contou a mãe que estava namorando com você. Pois, ela não sabe quem é o pai… e era melhor deixar bem claro que ela tem um caso com você, que você também pode ser o pai da criança.
Jonathan: Será que foi por isso? – Ele faz uma pausa, preocupado. – Tomara que essa criança seja do Leonardo. Tanto que eu pedi para que ela não parasse de tomar aqueles anticoncepcionais.
Regina: Você sabe que anticoncepcional não é um método seguro. Deveria ter usado a camisinha.
Jonathan: Eu não posso ser pai. Nem quero ser. Eu não suporto crianças, mãe. A senhora sabe disso.
Regina: Eu sei. E por isso vim te avisar que ela pode estar grávida de você.
Jonathan: Preciso falar com ela o mais rápido possível, mas sem que a Mala Letícia fique sabendo. – Ele fala preocupado. Regina percebe que o seu plano deu certo.

Cena 10- Cobertura Queiroz Galvão – Tarde.
Riginaldo expulsa Leonardo de casa.

Riginaldo: Mais cedo ou mais tarde ele terá que sair do quarto. Ele não vai ficar lá a vida toda.
Luciana: Vamos esquecer isso Riginaldo. Temos mais é que agradecer por ele ter saúde. Isso é o que importa.
Riginaldo: Então quer dizer que você já aceitou ter um filho baitola? – Ele comenta com fúria. – Não posso acreditar numa coisa dessas. Sai de perto de mim, Luciana. – Ele bate na cara da mulher com força. – Hoje eu não estou para brincadeiras.
Luciana: Olha só. Meu olho vai ficar roxo. – Ela se olha no espelho. – Eu nunca irei te perdoar por isso. Como irei aparecer assim na ceia de Maria Letícia? – Ela choraminga.
Riginaldo: Cala essa sua boca. Só abra ela se for falar algo de útil. – Ele a pega pelo pescoço. O homem está possesso de raiva. – Depois do que escutei… nem de natal eu quero saber mais. – Ele se vira ao escutar um barulho de porta se abrindo.
Leonardo: É comigo que você quer falar? – Ele está com o rosto molhado. Depois de tanto ter chorado. – Então fale o que quer.
Riginaldo: Eu quero o seu coração em um prato fundo. – Ele avança para cima do filho, e começa a espancar Leonardo. – Você não podia ter me dado um desgosto desses. – Ele bate com muita força, até ver sangue sair do rapaz. – pois eu não te considero mais como meu filho.
Luciana: Para pelo amor de Deus. – Ela tenta separar a briga, mas leva um soco no outro olho.
Riginaldo: Agora chega. Não quero mais perder o meu tempo com você. – Ele puxa o filho pelo cabelo. – Sai da minha casa, e não se atreva a pisar aqui nunca mais. Some das nossas vidas seu desgraçado.

CONTINUA…

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