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Maria Madalena

Capítulo 55 – Maria Madalena

Maria Madalena – Capítulo 055

Dentro da ambulância. Ruas de São Paulo.
Na ambulância a caminho do hospital Beto abre os olhos.
Beto Olha assustado tudo a sua volta.
LUCAS: Beto! Eu estou aqui com você! – disse pegando na mãe dele.
BETO: Ahhh! – ele geme de dor.
LUCAS: Beto você vai ficar bem!
Beto fecha os olhos novamente.
O alarme de um dos aparelhos da ambulância dispara.
PARAMÉDICO: Ele está tendo uma parada cardíaca.
LUCAS: Beto! Beto! – disse chorando.
PARAMÉDICO: Se afaste, por favor! – Disse iniciando uma massagem cardíaca.
Lucas fica desesperado vendo seu amigo morrer. Põe as mãos na cabeça e olha fixamente para o amigo.

Hospital São Lourenço. De manhã.
Anita caminha pelo corredor do hospital, ao se aproximar do quarto do Léo ela vê Maria Madalena falando ao telefone, encostada em uma janela.
MADALENA (ao telefone): Eu sei… Já falei que vai da tudo certo…
ANITA: Maria!
Maria Madalena se vira assustada ao ouvir seu nome e desliga o celular.
ANITA: Você esta bem? – disse estranhando a reação da amiga.
MADALENA: Está sim! – ela percebe que Anita está olhando para seu celular. – Estava falando com a minha mãe.
ANITA: Pesei que você tivesse dito que não tem muito contato com ela.
MADALENA: E não tenho, mas ela soube o que aconteceu com o Léo e quis saber como ele estava.
ANITA: Claro! E então vamos embora?
MADALENA: Vamos! Eu não vejo a hora de levar meu filho pra casa.

Apartamento Gabriel. Hall de entrada.
Eduarda abre a porta de seu apartamento e da de cara com Gabriel no hall de entra.
GABRIEL: Oi! Bom dia!
EDUARDA: Bom dia!
GABRIEL: Tudo bem?
EDUARDA: Tudo bem sim obrigada.
GABRIEL: Ótimo.
Gabriel percebe que Eduarda ficou olhando para as sacolas que carregava na mão.
GABRIEL: São titãs que eu comprei. Andei meio inspirado esses dias e to pitando umas telas.
EDUARDA: Ah! Legal. Posso vê? É que eu sou formada em artes plásticas e também trabalho em uma galeria, talvez se você for bom, quem sabe não consigo de você expor seus quadros na galeria.
GABRIEL: É que pintar pra mim é um passa tempo, não sei se você vai curti.
EDUARDA: Agora é que quero fiquei mais curiosa ainda.
GABRIEL: Então ta – disse abrindo a porta do seu apartamento.

Hospital São Lourenço. De manhã.
Os paramédicos entram na emergência do hospital empurrando a maca com Beto. Lucas entra junto.
PARAMÉDICO: Varias queimaduras de primeiro grau. Ele inalou muita fumaça e no caminho pra cá teve duas paradas cardíacas.
MEDICO: Certo.
Os Paramédicos com o auxilio dos enfermeiros e do medico levam a maca para a sala de trauma onde passam Beto da maca para a cama da sala.
Lucas tenta entrar na sala, mas é impedido por um enfermeiro.

Galpão abandonado. São Paulo.
GUILHERME: Oi? – chama gritando. – Tem alguém ai?
Guilherme está amarrado a uma cadeira com uma vendo no rosto.
GUILHERME: Socorro! Alguém? – ele continua Gritando – Socorro!

Em frente ao Hospital São Lourenço.
Maria Madalena e Léo entram no taxi.
Quando Anita ia entra seu telefone toca. Ela olha quem é.
ANITA: Só um minutinho Maria.
Anita se afasta um pouco do taxe para poder falar.
ANITA (ao telefone): Oi, eu não posso falar agora.
LUCAS (ao telefone): É urgente Anita. A Agencia de turismo explodiu e o Beto estava lá.
ANITA: O Beto o que?
MADALENA: O que é que tem o Beto Anita. É ele no telefone.
ANITA: Não eu… eu…
MADALENA: Fala logo. Quer saber, deixa que eu falo – disse pegando o telefone das mãos de Anita.
Maria Madalena coloca o telefone no ouvido.
LUCAS (ao telefone): Anita! Anita você ta ai?
MADALENA (ao telefone): Lucas é você?
LUCAS (ao telefone): Madá!
MADALENA (ao telefone): O que aconteceu, porque você está ligando para a Anita.
LUCAS (ao telefone): O Beto, ele sofreu um acidente.
MADALENA (ao telefone): Como assim um acidente? Ele não estava com você?
LUCAS (ao telefone): A agencia não sei como, explodiu!
MADALENA (ao telefone): O que? Como assim? O que aconteceu?
LUCAS (ao telefone): Eu não sei. Quando eu estava entrando na agencia ela explodiu com o Beto dentro.
MADALENA (ao telefone): Não! Não me diga que…
LUCAS (ao telefone): Não, ele não morreu, mas o estado dele é muito grave, nós estamos no hospital.
MADALENA (ao telefone): Que hospital? – perguntou já chorando.
LUCAS (ao telefone): No mesmo que o Léo foi atendido.
MADALENA (ao telefone): Nós ainda estamos no hospital. Onde você está?
LUCAS (ao telefone): Na emergência.

Galpão abandonado. São Paulo.
Guilherme escuta o barulho de uma porta abrindo.
GUILHERME: Oi? Quem está ai? Por favor, me ajude!
Mas ninguém responde.
Guilherme escuta vários passos se aproximando.
GUILHERME: Quem tá ai? O que você quer? Porque estou aqui?

Apartamento Gabriel. Sala.
Eduarda fica encanada com as pinturas de Gabriel.
EDUARDA: São todas muito lindas.
GABRIEL: Obrigado.
EDUARDA: E o porquê tem dois quadros cobertos.
GABRIEL: É algo pessoal.
EDUARDA: Eu posso ver?
GABRIEL: Desculpa, mas não posso mostrar.
EDUARDA: Por favor?
GABRIEL: Melhor não.
EDUARDA: Você poderia me oferecer um copo de água?
GABRIEL: Claro!

Galpão abandonado. São Paulo.
EDGAR: Quantas perguntas – disse se sentando em uma cadeira na frente de Guilherme. – Acho que sou eu quem deveria está fazendo as perguntas aqui.
Guilherme no primeiro momento não reconhece a voz de Edgar devido ao nervosismo.
GUILHERME: O que você quer? Porque você me trouxe aqui.
Edgar faz sinal com a cabeça e Vinicius tira a venda dos olhos de Guilherme.
Guilherme engasga e não consegue falar ao vê Edgar sentado ali na sua frente.
EDGAR: Nos deixe a só – disse olhando para Vinicius.
Guilherme tenta ver o homem que está parado atrás dele, mais não consegue se virar o suficiente para ver, divido as amarras nos pés e nos braços.

Apartamento Gabriel. Sala.
Eduarda aproveita que Gabriel foi pegar o copo de água para ela, e decide espiar um dos quadros por de baixo do pano.
GABRIEL: O que você está fazendo?
EDUARDA: Desculpa, e seus quadros são incríveis, e não consegui me aguentar de curiosidade de saber porque você esconde esses.
GABRIEL: Mesmo assim isso não é motivo.
EDUARDA: Eu sei me desculpe. Acho melhor eu ir embora – disse caminhado em direção à porta.
GABRIEL: Acho melhor mesmo – disse também se direciona a porta, para abri-la para Eduarda.
Já perto da porta Eduarda tropeça e acaba caindo em cima de Gabriel, que tenta segurá-la, mas não consegue e os dois caem no chão.
Eduarda cai deitada em cima de Gabriel, e eles ficam com os rostos quase colodos um no outro, olhando um no olho do outro.

Galpão abandonado. São Paulo.
EDGAR: Você achou mesmo que eu nunca ia descobri?
GUILHERME: Descobrir o que?
EDGAR: Não se faça de ingênuo você sabe muito bem do que eu estou falando.
Edgar tira uma foto do envelope que trouxe.
GUILHERME: Eu não… – ele para o que ia falar ao ver a foto que Edgar está segurando.
EDGAR: O que? O gato comeu sua língua?
GUILHERME: O que você vai fazer comigo?
EDGAR: Eu? – Disse se levantando da cadeira. – Eu não vou fazer nada. Eu só vou te deixar um aviso.
GUILHERME: Aviso? Você acha que tenho medo de você?
EDGAR: Acredito que não, pois se tivesse não teria feito o quem fez. Mas isso porque você não me conhece de verdade.
Guilherme tenta se soltas das amarras mais sem sucesso.
GUILHERME: E quem você é você então?
Edgar puxa o cabelo de Guilherme por trás, o obrigando a olhar pra cima. Para olhar para ele.
EDGAR: Alguém com quem você não devia ter mexido garoto. Alguém de quem você devia ter muito medo. – ele pega uma faca na mesa próxima da cadeira onde Guilherme está amarrado. – Alguém que pode acabar com você na hora que quiser.
Edgar passa de leve a faca pelo pescoço de Guilherme fazendo um pequeno corte.
GUILHERME: Ahh! – ele grita de dor.
EDGAR: Se você me conhecesse de verdade, você não teria nem se aproximado da minha filha. E é só por causa dela que você está vivo ainda. Eu não quero que ela fique preocupada com seu sumiço.
GUILHERME: Muito valente de sua parte me mantendo amarrado aqui.
EDGAR: Não provoca garoto, que estou fazendo um esforço imenso para não te matar.
GUILHERME: Eu não sou nem um garoto!
EDGAR: Não! – ele ri. E é o que então? – pergunta ficando de frete para Guilherme novamente.
Guilherme não encara e nem responde.
EDGAR: Vamos fale? O que você? Um Homem? – desse se abaixando em frete a Guilherme para olhar bem nos olhos dele.
Guilherme se enche de coragem e inclina a cabeça pra frente com todo força, acertando a cabeça de Edgar.
Edgar se recompõe, se levanta e da um soco na cara de Guilherme.
O soco o aceitou com tanta força que a cadeira em que Guilherme está amarrado tomba pra trás.
Edgar faz sinal de “vem” em direção a uma sala.
Guilherme escuta novamente uma porta abrindo e alguns passos caminhando em sua direção.

Hospital São Lourenço.
Lucas espera ansioso por noticias enquanto os médicos examinam e tratam de Beto.
LUCAS: Dr. Jorge! – Lucas chama ao vê o medico amigo de sua família entrando na sala onde Beto está sendo atendido.
DR. JORGE: Lucas! Oi!
LUCAS: Dr. Jorge o Beto é meu amigo, e até agora não tive nenhuma noticia.
DR. JORGE: Eu fui chamado para ajudar, mas também ainda não tenho nenhuma informação, vou entrar para vê como andam as coisas e assim que possível e venho te trazer noticias.
LUCAS: Obrigado Doutor.
Dr. Jorge entra na sala.

Apartamento Gabriel. Sala.
Eduarda se levanta e Gabriel tenta fazer o mesmo, mas percebe que cortou a mão com o cope que segura e que se quebrou quando caíram.
EDUARDA: Você se cortou? Deixa eu ver.
GABRIEL: Não foi nada.
EDUARDA: Deixa eu ver. Para de ser chato. – disse puxando a mão de Gabriel para olhar o ferimento.
Na mão de Gabriel, ela viu que um pedaço de caco de vidro ainda estava enfiado na mãe dele.
EDUARDA: Você tem uma caixa de primeiros socorros?
GABRIEL: Tenho sim. Na cozinha.
Eduarda vai até a cozinha.

Galpão abandonado. São Paulo.
Dois dos caras que passaram pela porta levanta a cadeira de Guilherme.
EDGAR: Bom – disse olhando o relógio, já sentado na cadeira em frete a Guilherme novamente – tenho outras coisas pra resolver então vamos acabar logo com isso.
Ele acena que “sim” com a cabeça, e os homens que levantaram a cadeira de Guilherme começam a desamarra-lo.
EDGAR: Se eu te ver se aproximando da minha esposa novamente eu te mato entendeu.
Guilherme faz que sim com a cabeça.
EDGAR: Ah! E vou te da uma semana pra você se recuperar e…
GUILHERME: Me recuperar do que? – disse tentando se soltar dos homens que o seguravam pelos braços, depois que o soltaram da cadeira.
EDGAR: Calma, logo chegamos nessa parte. Então, vou te da uma semana pra você se recuperar e resolver tudo, depois quero você bem longe da minha filha também.
GUILHERME: E o que você quer que eu fale para ela, quer que eu simplesmente suma, você mesmo disse que não queria que ela sofresse.
EDGAR: Por isso que estou te dando esse tempo. Sei lá inventa uma historia, fala que conhecer outra pessoa, que não gosta mais dela ou sei lá o que.
GUILHERME: E como que ela não vai sofrer assim?
EDGAR: Vai sofrer sim, mas logo passa, se você sumir do nada ela nunca vai superar. Se bem que se você aparecer morto por ai, em um acidente talvez, problema resolvido também.
GUILHERME: Não! Eu faço o que você quer.
EDGAR: Ótimo! Agora vamos à parte do se recuperar.
GUILHERME: O que você vai fazer?
EDGAR: Já falei que eu não vou fazer nada, a questão aqui é o que eles vão fazer.
Guilherme olha para os dois homens que o estão segurando pelos braços.

Hospital São Lourenço
MADALENA: Lucas! – disse entrando na emergia e caminha até onde o Lucas estava.
Os dois se abraços, Maria Madalena ainda chorando e Lucas, todo descabelado por causa da preocupação.
MADALENA: Como ele está? O que aconteceu?
LUCAS: Eu não sei. Os médicos ainda não disseram nada.
MADALENA: Como a agencia explodiu?
LUCAS: Eu não sei, quando cheguei lá e ia abrir a porta do agencia ela explodiu do nada, e fui arremessado pela explosão, só não me machuquei mais, porque foi amparado por um carro.
MADALENA: Mas – ele empurra Lucas – você, você pediu que ele fosse lá.
LUCAS: O que?
MADALENA: Ele recebeu uma mensagem sua pedindo que para encontrar você na agência.
LUCAS: Eu não mandei nenhuma mensagem pra ele.
MADALENA: Como não. E então quem foi que mandou.
LUCAS: Eu não sei, eu não sei de nada – disse chorando – Eu só sei que meu irmão está ali dentro – disse apontando para sala de trauma onde Beto está sendo atendido – muito mau, com varias queimaduras, que ele está li morrendo.
Maria Madalena abraça Lucas novamente.

Galpão abandonado. São Paulo.
Vinicius e Edgar caminham em direção ao portão do galpão.
VINICIUS: Eu não entendi. Você vai deixar por isso mesmo?
EDGAR: Eu não te devo explicação!
VINICIUS: Claro que não, mas porque esse trabalho todo se você vai deixa-lo livre.
EDGAR: Eu tenho um plano para ele. Por isso preciso mantê-lo vivo por mais uns dias.
VINICIUS: Que planos?
EDGAR: Na hora certa você vai saber. Agora eu tenho… – mas para de falar ao ouvir um grito de Guilherme e olha para trás.
De onde está parado perto do portão do galpão, Edgar vê um dos caras segurando Guilherme, enquanto o outro da vários socos nele.
Por causa de um soco, Guilherme acaba caindo no chão e os dois homens começam a chuta-los.
EDGAR: Vai lá e não deixe que eles o matem, já falei que tenho planos para o meu genro, e preciso dele vivo. Qualquer coisa me ligue. Vou está em casa, agora tenho coisas para resolver com outra pessoa.

Continua…

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