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Maria Madalena

Capítulo 50 – Maria Madalena

Maria Madalena – Capítulo 50

Casa da Família Barreto. Sala. De noite.
BARBARA: Já estamos todos aqui Dr. Ferrazo. – Disse se referindo as pessoas que estava ali na sala. Seu filho Lucas, Edgar acompanhado de sua esposa Elizângela, Júlio Barreto, sobrinho do João Barreto e ela, a Barbara. – Não sei por que essa demora para começar logo com isso.
LUCAS: Mãe! – Disse se levantando do sofá. – Deixe o Dr. Ferrazo fazer o trabalho dele. – Disse dando a volta no sofá e parando ao lado da mãe.
DR. FERRAZO: Nem todos chegaram ainda. Ainda falta um dos citados no testamento.
LUCAS: Ferrazo eu duvido muito que ela venha.
BARBARA: Claro que não! Ela não teria a cara de pau de colocar os pés na minha casa. – Disse pegando um porta retrato com a foto de João Barreto que esta sobre a mesa de canto que estava atrás do sofá.
EDGAR: Quem que não vem? – disse se virando para olhar para Barbara e Lucas. – E porque ela não viria aqui? – disse cinicamente disfarçando não saber sobre o que ou quem eles estavam falando.
BARBARA: A amante do meu Marido! – Disse colocando o porta retrato virado sobre a mesa.
Lucas levanta o porta retrato com a foto do pai.
JÚLIO BARRETO: Como assim amante?
LUCAS: Depois eu te explico tudo primo. Agradeço por ter voltado para o Brasil para essa reunião.
JÚLIO BARRETO: Claro primo. Você sabe que devo tudo o que conquistei ao meu tio. Desculpa por não ter consegui vir para o velório e o enterro.
LUCAS: Eu entendo. Fomos todos pegos de surpresa.
BARBARA: Vamos parar com esse falatório todo e começar logo com isso.
DR. FERRAZO: Mais cinco minutos, se ela não vier começamos mesmo sem ela.
MADALENA: Então não precisa esperar mais doutor – disse entrando na sala, acompanhada por Beto.
Todos se viram para olhar para ela.
BARBARA: O que você está fazendo aqui? – disse caminhado em direção de Maria Madalena.
LUCAS: Mãe!! Não. – Disse segurando a mãe pelo braço para que ela não chegasse muito perto de Maria Madalena.

ARES. De noite.
Artur, Bruno e Bernardo entram no ARES. Logo a musica fica tão alta que eles quase não escutam um ao outro.
BRUNO: Como foi que você achou esse lugar?
ARTUR: O que? – pergunta gritando.
BRUNO: Como foi que você achou esse lugar? – disse dessa vez gritando.
ARTUR: Ah! Foi a Izabel.
BRUNO: O que?
ARTUR: A IZABEL. Foi a Izabel que me deu um toque que estava vindo pra cá com uns amigos.
BRUNO: Entendi.
BERNARDO: Eu não sabia que a Izabel ia está aqui.
ARTUR: Vai sim, com uma amigas.
BRUNO: Amigas é! Melhor pra mim.

Casa da Família Barreto. Sala. De noite.
BARBARA: Me solte!
LUCAS: Pra você faze o que?
BARBARA: Eu não vou fazer nada, quem você acho que eu sou.
Lucas solta a mãe.
Edgar tenta segurar a vontade de rir da situação.
DR. FERRAZO: Foi eu que a chamei, como vocês sabem muito bem, o filho da Maria também é um dos herdeiros citados no testamento, então ela tem todo direito de estar aqui.
Lucas passa pela mãe e vau ao encontro de Maria Madalena.
LUCAS: Podem entrar, não precisam ficar parados ai na porta.
BETO: Vamos! Disse baixinho para Maria Madalena. Pega na mão dela para apoia-la e a direciona para o meio da sala.
Maria madalena o ver Edgar Gouveia, o reconhece de quando trabalho na casa dele e de que ele tentou agarra-la a força. Nessa hora ela pensa em desisti. Mas Beto parece percebe e aperta de leva a mão dela, como em um sinal de confiança, de que ele estava ali com ela.
DR. FERRAZO: Vocês podem sentar aqui – disse apontando para duas poltronas que estavam ao lado do sofá.
Barbara vendo a Maria se sentar ali na sua sala, se enfurece, decidi sai da sala e sobe as escadas em seu quarto.
Lucas sobe logo atrás.
DR. FERRAZO: Pode ficar tranquila Maria. Todos estão aqui pelo mesmo motivo.
Maria Madalena olha direto para Edgar Gouveia.
EDGAR: Pois é! E você está entre amigos aqui.

Apartamento de Ester. cozinha. De noite.
Ester está falando com Julio por telefone.
JÚLIO: Em vez de você ficar me perguntado o que está acontecendo, porque você não veio com o Lucas. Vocês não estão juntos de novo.
ESTER: Mais ou menos, e ele não me chamou pra ir junto com ele. Eu pensei em me convidar mais não quis fossar nada agora que estamos nos entendendo de novo – disse se sentando em um dos bancos da bancado da cozinha. – Mas para de me enrolar e fala logo, como andam as coisas por ai? Já começou a leitura do testamente.
JÚLIO: Não, ainda não começou. Eles estavam esperando uma pessoa chegar.
ESTER: Que pessoa?
JÚLIO: Uma garota. Acho que falaram que o nome dela é Maria.
ESTER: Maria! Maria Madalena! Ela está ai?
JÚLIO: Não sei se o nome dele é Maria Madalena, mas parece que o filho dela também herdou alguma coisa.
ESTER: Então só pode ser ela. Eu não acredito que ela está ai! Eu pensei que ela tinha sumido pra sempre.
JÚLIO: E o que é que tem ela está aqui?
ESTER: Ela a mulher por quem o Lucas está apaixonado, eu não posso permitir que eles se reaproximem.
JÚLIO: E o que você vai fazer?
ESTER: Eu ainda não sei, mais não vou deixar que ela me atrapalhe novamente. Ela quase fez eu perder um investimento de quase de anos aturando essa família quando se envolveu com o Lucas.
JÚLIO: Pelo que eu vi a Barbara também não gostou muito de saber que ela estava aqui não.
ESTER: Por quê? O que aconteceu?
JÚLIO: Ele subiu pro quarto quando vi essa tal de Maria entrar na sala.
ESTER: Entendo. Fique de Olho em tudo ai e me mantenha informada.

Casa da Família Barreto. De noite.
LUCAS: Mãe! Mãe! – disse correndo atrás da mãe. – Me espera.
Barbara entra no quarto e bate a porta.
Lucas abre a porta e entra.
LUCAS: O que você esta fazendo.
BARBARA: Eu não vou ficar no mesmo lugar que aquela mulherzinha.
LUCAS: Não fale assim dela!
BARBARA: Vai defende-la agora. Em baixo do meu teto. Na minha frete.
LUCAS: Claro que eu vou. Ela não tem culpa do que aconteceu.
BARBARA: E eu por acaso tenho.
LUCAS: Não! Não tem. Mas nem por isso você precisa despejar a raiva que você tem do meu pai nela.
BARBARA: E você quer que eu despeje em quem? Em você?
LUCAS: Se você for se sentir melhor.
BARBARA: Deixa de ser ridículo Lucas. Ela teve um caso com o seu pai, um filho com ele, e você fica ai defendendo ela. Você viu vi com quem ela veio. Seu amigo Beto e eles estavam de mãos dadas.
LUCAS: Eu vi sim. E o que tem isso.
BARBARA: Será que você não vê Lucas, ela não é que você pensa, ela não tão ingênua e inocente como você pensa.
LUCAS: Eu não quero mais ouvir você…
BARBARA: Ela é uma interesseira Lucas. Será que você não ver que tudo que ela quer é o nosso dinheiro, o seu dinheiro.
LUCAS: Dinheiro do filho dela. Ele tem todo o direito…
BARBARA: Direito nada! Ele é um bastado. Um golpe que aquela mulherzinha aplicou no seu pai.
LUCAS: Quer saber! Pra mim chega! Se você não quer saber o que tem no testamento fique ai trancada no quarto.
BARBARA: O Dr. Ferrazo não começaria sem mim.
LUCAS: E porque não, você não queria que ele começasse sem a Maria.
BARBARA: Não me compare aquela…
LUCAS: E em todo caso eu falo para ele que você me autorizou a representa-la. – disse saindo do quarto.
BARBARA: Lucas!! – ela chama, mas Lucas sai do quarto e fecha a porta.

Escritório de Nelson. De noite.
No escritório Nelson está sentado em frete ao computador olhando as fotos que tirou da esposa do Edgar Gouveia, a Elizangela junto com seu amante.
Ele olha varias fotos, desde Guilherme entrando na carro da Elizangela, dos dois se beijando dentro do carro, do carro dela entrando em um motel, entre muitas outras.
NELSON: Acho que o senhor Gouveia vai se arrepender de ter me pedido para segui a esposa, acho que não vai gostar nada de saber que esta sendo traído.
Ele coloca pra imprimir algumas das fotos. De acordo com que as fotos vão sendo impressas ele confere como ficou e vai guardando dentro de um envelope.

Casa da Família Barreto. Sala. De noite.
ELIZÂNGELA: Eu já não te conheço de algum lugar?
MADALENA: Eu acho que não.
ELIZÂNGELA: Que estranho eu tenho quase certeza que eu já ti vi antes, só não consigo lembrar onde.
LUCAS: Acho bem difícil que vocês já tenham se visto Elizângela. – disse descendo a escada. – Acho que vocês não costumam frequentar os mesmo lugares. A não ser que… – ele fala ao se lembrar que Maria Madalena havia comentado que trabalhou um dia na casa da família Gouveia, na quela festa para os amigos da Duda e do Guilherme, onde ela o viu com a Ester.
EDGAR: A não ser o que?
LUCAS: Nada não é nada.
Lucas da à volta e se senta ao lado do primo no sofá.
DR. FERRAZO: E sua mãe não vai descer Lucas.
LUCAS: Eu acho que não, mas vamos esperar mais dez minutos tudo bem. Se ela não vier agente começa mesmo sem ela.
DR. FERRAZO: Tudo bem então.
LUCAS: Dr. Ferrazo será que podemos conversar dois minutinhos ali fora.
DR. FERRAZO: Claro.

ARES. De noite.
BRUNO: Onde que tá a Izabel e as amigas dela, já faz um tempão que estamos aqui e nada ainda.
ARTUR: Também estou estranhado, ela me garantiu que estava vindo pra cá com as amigas.
BERNARDO: Talvez elas tenham desistiu. – disse tentando esconde a animação pela hipótese da Izabel não aparecer. Mas sua felicidade dura pouco, pois logo ele vê Izabel e mais duas amigas se aproximando.
ARTUR: Olha elas vindo a li – disse cutucando o Bruno para que ele as visse também.
IZABEL: Oi tudo bem?
Eles se cumprimentam…

Casa da Família Barreto. De noite.
Lucas e o advogado Dr. Ferrazo estão conversando no jardim em frete a casa.
LUCAS: Eu só queria agradecer por ter conseguido convença-la de vir aqui hoje, para a leitura do testamento.
DR. FERRAZO: Eu não sei se fui bem eu que convencia a Maria não.
LUCAS: Como assim.
DR. FERRAZO: Eu liguei no telefone que me passou, mas ela tinha deixado bem claro que não ia vir, que não queria saber o que tinha no testamento. Eu até estava esperando por ela, mas sem esperança de que ela aparecesse. Foi uma surpresa quando eu a vi chegar.
LUCAS: Então só pode te sido o Beto, não é atoa que ele está aqui com ela.
DR. FERRAZO: Eu também não entendi isso, o porque dele está aqui.
LUCAS: Outra hora eu te explico tudo. Acho melhor entramos para acabarmos logo com isso.
DR. FERRAZO: Só mais uma coisa. Como foi que você consegui o numero dela, pelo que entendi ela também não quer contato com você.
LUCAS: Foi a amiga dela, a Anita, que me passou há alguns dias atrás.

ARES. De noite.
Artur e Izabel estão dançando no do ARES. Da mesa Bernardo não tira o olho dos dois, morrendo de ciúmes.
IZABEL: Pensei que você não quisesse mais falar comigo – disse aproximando a boca do ouvido de Artur para que ele escute.
ARTUR: Como assim não querer mais falar com você. – Disse fazendo o mesmo que Izabel aproximando a boca do ouvido dela. – Imagina.
Na mesa, Bernardo pega o copo de caipirinha que tinha pedido antes, e bebe, virando tudo de uma vez só.
CLAUDIA: Você não quer mesmo dançar? – pergunta a amiga de Izabel que ficou na mesa junto com Bernardo enquanto que Izabel foi dança com Artur e a outra amiga foi dançar com Bruno.
BERNARDO: Acho que sua amiga não te falou.
CLAUDIA: Falou o que?
BERNARDO: Eu sou gay – disse secamente.
CLAUDIA: É acho que ela esqueceu de mencionar esse detalhe – disse colocando o copo que estava segurando na mesa, em seguida caminha para o meio da pista de dança.

Casa da Família Barreto. De noite.
Dr. Ferrazo entra na casa. Quando Lucas estava para entra Beto sai pela porta.
BETO: Lucas! Espera. Quero falar com você. – Disse parando em frete a porta.
LUCAS: Eu não tenho nada pra falar com você.
BETO: Eu já sei que você assumiu as despesas do Léo no hospital.
LUCAS: Não fiz mais que minha obrigação, afinal ele é meu irmão. Mas o que você tem haver com isso.
BETO: A Maria é minha amiga.
LUCAS: Você também era meu amigo, mesmo assim isso não quis dizer nada pra você.
BETO: Lucas não é bem assim.
LUCAS: Não. Não é. – disse tentando entrar na casa novamente, mas Beto não sai da frente da porta. – Quer sai da frente por favor.
Beto sai.
BETO: Lucas… – mais o Lucas entrou na casa sem se virar para olhar para Beto.

Casa da Família Barreto. Quarto Barbara. De noite.
Barbara está sentada em frete a sua penteadeira se olhando no espelho enquanto retoca a maquiagem.
BARBARA: Quer saber essa casa é minha! Eu não vou ficar trancada aqui enquanto aquela mulherzinha está na minha sala querendo pegar o dinheiro que é meu. Meu Dinheiro! Meu!! Eu não fiz tudo que fiz pra deixar uma qualquer colocar a mão no que é meu.

ARES. De noite.
Artur e Izabel continuam dançando e conversando.
IZABEL: Você não me procurou mais, não me telefonou, não atendia quando eu te ligava.
ARTUR: E que andei tendo uns problemas ai. Você soube que eu cai de moto, fiquei um tempão com uma bota ortopédica no pé.
IZABEL: É eu soube.
ARTUR: Mais não vamos mais fala disso, o importante é que estamos aqui agora, juntinhos. – disse beijando-a em seguida.
Bernardo não querendo continuar vendo eles se beijando, vai até o banheiro.

Casa da Família Barreto. Sala. De noite.
DR. FERRAZO: Bom, vamos começar então a leitura do testamento. – Ele pega sua maleta e tira um envelope de dentro.
BARBARA: Ia começar sem mim Dr. Ferrazo. – Disse parada na parte de cima da escada.
Todos se viram para olhar para Barbara, que começa a desce a escada bem de vagar, aproveitando todos os olhares, e de cabeça erguida como dana da casa que é.
DR. FERRAZO: Claro que não!
Após descer a escada Barbara se senta ao lado do filho.
Dr. Ferrazo mostra o envelope para os presentes, para mostra que o laquê do envelope ainda não foi rompido. Em seguida quebra o lacre do envelope e tira as folhas do testamento de dentro dele.

Continua…

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