Capítulo 46 – Maria Madalena
Casa da família Barreto. Quarto Barbara. De noite.
Barbara entra no quarto e se joga na cama. Mas logo se levanta.
BARBARA: O que você está fazendo aqui! – disse assustado ao vê Edgar saindo do Banheiro.
EDGAR: Eu vi para vê com você está – disse saindo do banheiro e caminhado em direção a Barbara. – Eu sobe que você foi presa.
BARBARA: O que você quer?
EDGAR: Eu já falei que vim ver com você está.
BARBARA: E como você soube sobre a minha prisão.
EDGAR: Do mesmo jeito que sabia sobre o caso do seu marido João, do filho dele com aquela garota, ou até mesmo como sei do seu caso com o motorista – ele sorrir. – Como você tá se rebaixando – disse balançando a cabeça.
BARBARA: Você mandou alguém me vigiar.
EDGAR: Mais é claro, não posso deixar que você atrapalhasse meus planos.
Barbara se senta na cama.
EDGAR: O que deu em você para tentar matar o garoto.
BARBARA: Fiz o mesmo que você, eu tentei tirar uma pedra do meu caminho.
EDGAR: Cuidado com o que fala!
BARBARA: Porque, tá com medo de que alguém saiba a verdade, que alguém saiba que você matou o meu marido.
EDGAR: Não se esqueça que você está envolvida nisso tanto quanto.
BARBARA: Porque eu fui burra e me deixar enganar por você.
EDGAR: Te enganar! Eu não te enganei em nada, você sabia de tudo o que ia acontecer. Você sabia muito bem o que estava fazendo quando dispensou os empregados e abriu a porta para que o homem que eu mandei, fizesse o serviço e sabotasse o carro do João.
BARBARA: E me arrependo muito disso, não por ter deixado o João Morrer, foi até um alivio me ver livre dele, mas sim por ter me deixado levar por você e por ter me tornado cumprisse sua em alguma coisa.
EDGAR: Não seria a primeira vez não é mesmo. Ou já se esqueceu de quando éramos mais jovens, de quando fazíamos tudo juntos, éramos parceiros em tudo, até você conhecer o João e me trocar pelo dinheiro dele.
BARBARA: E faria tudo novamente. Você não tinha nada para me oferecer naquela época.
EDGAR: Mais agora tenho.
BARBARA: Não me faça ri. Só o dinheiro que o João me deixou é muito mais do que qualquer coisa que você possa vir a me oferecer, e não se esqueça que você é casado e tem uma filha.
EDGAR: Mas nos também temos um filho, o Lucas.
BARBARA: O Lucas não é seu filho!
EDGAR: Claro que é, eu sei disso, você sabe e logo ele também vai saber.
BARBARA: Você não teria coragem.
EDGAR: Pelo visto você não me conhece tanto quanto acha que conhece.
BARBARA: Eu acabo com você antes que você faça qualquer coisa!
EDGAR: Você está me ameaçando! – ele da um tapa na cara dela.
Barbara cai em cima da cama.
BARBARA: Seu cachorro! – disse se levantando e partindo para cima dele. Ela bate em seu ombro o empurra e tenta da um tape nele, mas Edgar segura sua mão.
EDGAR: Se acalme ou você quer que seu filho suba a aqui para esclarecemos logo tudo de uma vez?
BARBARA: Vá embora! – Disse caminha até a porta e a abrindo.
EDGAR: Eu vou, não porque você quer, mas porque já não tenho mais nada para falar.
Ele passa pela porta e sai. Barbara fecha a porta e a tranca.
Barbara caminha até a cama e se joga em cima dela. Ela pega um travesseiro e o aperta contra o resto para abafar os gritos que começa a gritar.
…
Rua ao lado do Prédio do Apart. Eduarda/Guilherme. De noite.
Elizângela para o carro na rua ao lado do prédio do novo apartamento de sua filha Eduarda e do marido dela Guilherme.
Ela olha para a janela do terceiro andar, onde fica o apartamento da filha. Na janela ela vê Guilherme e Eduarda se beijando.
Da janela do apartamento Guilherme vê o carro de Elizângela parado na rua. Ela puxa Eduarda para que eles saiam da janela para que ela não veja o carro da mãe.
…
Casa da Família Barreto. Sala. De noite.
LUCAS: E então Doutor? – disse ao vê o medico descendo as escadas.
JORGE: Ela está bem, ela só bebeu um pouco de mais e deve ter misturado com algum remédio, ele me disse que estava com dor de cabeça e tomou um analgésico.
LUCAS: Entendo.
JORGE: Eu dei um calmante para ela dormir, e amanhã ela deve acordar bem melhor. Qualquer coisa é só me ligar.
LUCAS: Ok Doutor Jorge, obrigado!
…
Apartamento família Fonseca. De Noite.
Mário entra no apartamento e estranha às luzes apagadas, pois ainda não era tão tarde. Ele acende a luz.
DOROTEIA: Não acenda, eu preparei uma surpresinha para você.
MÁRIO: Eu não… Mas precisa mesmo deixar apagada.
DOROTEIA: É para deixar um clima mais especial.
MÁRIO: Especial?
DOROTEIA: É que eu te preparei um jantarzinho a luz de velas.
MÁRIO: E os meninos?
DOROTEIA: O Artur sai com o Bruno e a Manu, foi dormir na casa da Juliana.
MÁRIO: Entendi – disse se sentando na poltrona da sala.
Doroteia para atrás de Mário e coloca a mão em seus ombros e começa a fazer uma massagem.
MÁRIO: O que você está fazendo – disse se inclinado um pouco para frete para se afastar das mãos dela.
DOROTEIA: Calma! É só uma massagem, você tá com uma cara de cansado.
MÁRIO: Pois é, tive uma cirurgia bem difícil e demorada hoje.
DOROTEIA: Entendi – disse continuando a massagem.
Mário começa a relaxar.
…
Rua ao lado do Prédio do Apart. Eduarda/Guilherme. De noite.
Elizângela está sentada dentro do carro ansiosa esperando para vê se Guilherme vai vim vê-la ou não.
Guilherme abre a porta do carro e entra.
GUILHERME: O que você está fazendo aqui? Você tá doida, você quer que a Eduarda desconfie de algo.
ELIZÂNGELA: Claro que não, mas eu queria te vê.
GUILHERME: Mais já nus vimos hoje.
ELIZÂNGELA: Mas eu não pude fazer isso – disse puxando ele para perto e o beijando.
Guilherme retribui o beijo, depois ele se afasta.
GUILHERME: Eu preciso ir, eu falei para Duda que ia descer para jogar o lixo, preciso voltar.
Ele dá outro beijo em Elizângela e sai do carro.
Passando na rua de trás, voltando de uma caminhada Gabriel vê Guilherme saindo do carro.
…
Apartamento família Fonseca. De Noite.
Depois de jantar, e comer a comida feita por Doroteia Mário volta para a sala e se senta na poltrona novamente. Ester também vai para a sala e se senta no sofá.
DOROTEIA: Deixa eu te servi mais vinho disse se levantando e pegando a taça da mão de Mário.
Ela vai a até a mesa da sala de jantar, onde esta a garrafa de vinho em cima da mesa. Ela enche a taça até a metade de vinho. Em seguida ele tira um envelopinho de plástico do bolso, com um pó branco dentro e despeja o conteúdo do envelope dentro da taça, e mexe o vinho com uma colher.
DOROTEIA: Você precisa ser meu – ela sussurra.
Ela volta para a sala e entrega a taça de vinho para Mário. Que bebe em seguida.
Pouco tempo depois Mário se sente meio tonto.
MÁRIO: Nossa que sono, acho melhor eu ir Dormi – disse se levantando. – Obrigado pelo jantar.
Ela caminha um pouco, mas logo sente como se o chão tivesse girando.
MÁRIO: Acho que bebi de mais.
DOROTEIA: Deixa que eu te ajudo a ir pro quarto – disse se aproximando dele e colocando o braço dele sobre seu ombro.
…
Casa da família Gouveia. Quarto Edgar/Elizângela. De noite.
Edgar está deitado na cama, lendo um livro.
Elizângela abre a porta do quarto e entra. Ela caminha passando direto para o banheiro.
EDGAR: Onde que você estava até uma hora dessas?
ELIZÂNGELA: Eu estava dando uma volta por ai – disse parando no meio do caminho – tomando um ar fresco.
EDGAR: Sério mesmo que você quer que eu acredite nisso.
ELIZÂNGELA: Acredite no que você quiser. Eu vou tomar um banho – disse indo para o banheiro.
EDGAR: Você tem sorte que hoje e tive um dia excelente e não quero estraga-lo sujando minhas mãos com você. Mas fique avisado que na próxima vez que me responder assim eu não vou deixar passar batido ouviu – ele grita da cama.
…
Apartamento família Fonseca. Quarto Mário. De Noite.
Doroteia ajuda Mário a se deitar na cama e começa a tirar a roupa dele. Primeiro os sapatos e as meias. Depois ela começa desabotoar a camisa dele.
MÁRIO: O que… O que você está fa-fazendo – disse com muita dificuldade.
DOROTEIA: Calma, eu só estou te ajudando. – Disse terminando de desabotoa a camisa dele. Em seguida ela o beija.
MÁRIO: Não, não fa… – ele não conseguia falar por causa do beijo.
…
Escritório de Edgar Gouveia. De manhã.
O Telefone toca e Edgar atende. É a secretaria Helena.
EDGAR AO TELEFONE: Ok Helena, pode deixar ele entrar.
Ele desliga o telefone o volta sua atenção para o computador.
Helena abre a porta e deixa um homem entrar.
EDGAR: Nelson! – disse se levantando de sua cadeira e caminhado em direção ao homem que entrou.
Eles se cumprimentam apertando as mãos. E Edgar aponta a cadeira em frete a sua mesa para Nelson se sentar.
EDGAR: Acredito que você já tenha novidades para mim. – disse se sentando em sua cadeira atrás da mesa.
NELSON: Tenho sim, o garoto ainda está vivo, foi operado mas o estado ainda é critico.
EDGAR: E o que mais?
NELSON: O garoto precisou de transfusão de sangue.
EDGAR: Normal, devido à gravidade do acidente, mas o que isso tem de mais.
NELSON: A pessoa que fez a doação de sangue. – disse tirando uma pasta com alguns papeis de sua maleta.
EDGAR: E quem foi? – disse impaciente.
NELSON: Lucas Barreto!
EDGAR: Então quer dizer que ele já sabe que a garota está aqui em São Paulo.
NELSON: Aqui está tudo o que tenho até agora – disse entregando a pasta com a papelada para Edgar.
…
Apartamento família Fonseca. Quarto Mário. De manhã.
Mário acorda e sente uma pontada na cabeça, dor de cabeça, provavelmente uma ressaca por causa do vinho. Ele olha para o lado e se assusta ao vê Doroteia deitada ao seu lado.
MÁRIO: O que aconteceu? – ele se pergunta.
Ela tenta levantar mais percebe que está pelado.
MÁRIO: Não pode ser. Isso não pode ter acontecido.
…
Escritório de Edgar Gouveia. De manhã.
NELSON: Então é isso, se precisar de mais alguma coisa é só avisar.
EDGAR: Ok! Obrigado! Vou transferir o dinheiro para sua compra.
NELSON: Obrigado! – disse se levantado.
EDGAR: Nelson, na verdade acho que vou precisar de mais um favorzinho seu.
NELSON: Claro! – disse se sentando novamente.
EDGAR: Eu preciso que você fique de olho na minha esposa, Elizângela, e descubra o que ela anda aprontando.
…
Continua…