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Maria Madalena

Capítulo 36 – Maria Madalena

Maria Madalena – Capítulo 036

Apartamento de Beto. Sala. De noite.
Já fazia algumas horas que estava lá jogado no sofá. A única vez que levantou foi para pegar uma garrafa de vodka que tinha na cozinha. Garra essa que já estava quase meia a essa altura.
Durante o tempo que esteve ali deitado no sofá, seu celular tocou varias vezes, mas Beto não atendeu. Não estava em condições.
Beto estava quase se entregando ao cansaço e dormindo quando escuta a companhia tocar, e em seguida batido em sua porta.
LUCAS: Beto eu sei que você ta ai. O porteiro me disse que faz um tempo que você chegou.
Beto se sentou no sofá ao ouvir a voz de Lucas vindo do outro lado da porta.
LUCAS: Você está bem? Abre a porta.
Beto se levanta e caminha até a porta, decido a encarar a situação, só não sabia ainda ao certo o que ia dizer.
Beto abre a porta e Lucas entra antes que Beto conseguisse falar algo.
LUCAS: O que aconteceu com você? Você não votou para o trabalho. Não atendeu minhas ligações… Você estava bebendo – disse ao vê a garrafa de Vodka ao lado do sofá.
BETO: Eu… – Mas não consegue completar a frase.
LUCAS: A surpresa foi tão ruim assim. Ela não gostou da serenata?
Beto fecha a porta do apartamento, caminha até o sofá e senta.
LUCAS: Você não vai responder.
BETO: Lucas eu não to no clima para conversa agora ok – disse pegando o copo com vodka.
LUCAS: Tudo bem – mais acho que é melhor você para de beber né – disse pegando o copo da mão de Beto. – Porque você não vai para o quarto, toma um banho e descansa.
BETO: Ok, daqui a pouquinho eu faço isso, deixa eu só acabar esse copo. – disse tentado pegar o copo da mão de Lucas.

Casa da Família Gouveia. De noite.
A família Gouveia estão na sala de jantar, sentado ao redor da mesa jantando. Após perceber que todos acabaram de comer Guilherme decide fazer um comunicado. Ele pega não mão da esposa, Eduarda.
GUILHERME: Eu queria comunicar que eu e a Duda, vamos nos mudar. – disse olhando para o sogro, Edgar.
EDGAR: Já não era sem tempo.
EDUARDA: Papai! – disse desaprovando a reação do pai.
GUILHERME: Como já tinha falado antes, nossa estadia aqui era provisória, e como a Duda e eu já estamos trabalhando, resolvemos que já está na hora de termos um lugar só nosso.
ELIZÂNGELA: Mais também não precisa ter pressa. Podemos escolher com calma um lugar pra você morarem. Eu possa ajudar a Duda escolher uma casa pra vocês comprarem.
EDGAR: E com que dinheiro você acha eu eles vão comprar uma casa.
ELIZÂNGELA: Como com qual dinheiro. Você não vai comprar uma casa pra sua filha morar.
EDUARDA: Não vai precisar mãe. O Guido e eu já alugamos um pequeno apartamento para agente morar.
ELIZÂNGELA: Um pequeno apartamento e alugado ainda por cima. De jeito nenhum, vamos comprar uma casa pra vocês, não tem cabimento vocês pagaram aluguel.
GUILHERME: Não precisa se incomodar. Já está tudo acertado e decidido. No próximo fim de semana nos mudamos – disse apertando levemente a mão de Eduarda.

Apartamento Anita/Madalena. De noite.
Anita entra no quarto de Maria Madalena e a vê deitada em sua cama. Léo o filho de Maria Madalena está dormindo na outra cama do quarto.
MADALENA: Você já vai?
ANITA: Sim. Você tem certeza que ta bem? Se você quiser eu fico.
MADALENA: Não. Pode ir. Eu to bem sim, só um pouco cansada. Vá se divertir.
ANITA: Você vai me contar o que aconteceu aqui hoje? – ele vê a expressão de pensativa no rosto de Maria Madalena. – Você pode até negar, mas seu que alguma coisa tá acontecendo.
MADALENA: Depois eu te explico tudo, só não agora ok. To sem condições.
ANITA: Tudo bem então. Boa noite!
MADALENA: E o Rodrigo já foi?
ANITA: Sim, ele foi pro hotel, mais disse que amanhã passa aqui para vê se você está bem.
MADALENA: Divirta-se. – Disse na hora que Anita estava saindo do quarto.

Galpão em São Paulo. De noite.
Vinícius caminha até o carro, onde Sal está o esperando sentado no banco do motorista. Vinicius entra e fecha porta.
SAL: Tudo pronto, podemos ir.
Vinícius olha para trás e vê o homem que estava no galpão sentado no banco de trás do carro com as mãos amarradas e uma venda de pano nos olhos.
VINÍCIUS: Podemos sim.
Sal liga o carro.
VINÍCIUS: Espero que a família dele faça tudo como combinamos, não quero nenhum rolo com policia hoje.
SAL: Mais por precaução estamos indo preparado pra tudo.
VINÍCIUS: Certo.
Um homem vestindo preto abre a porta do galpão, e Sal passa com o carro pela porta.

Apartamento Anita/Madalena. De noite (por volta de 2h).
Anita abre a porta do apartamento e entra, acompanhada por um cara que conheceu na festa que foi.
Os dois se beijão e por causa da intensidade do beija acabam esbarrando em uma mesinha e quase derruba o vaso que tinha em cima dela, mas antes que caísse Artur segura e colocar no lugar, mas não sem fazer um pouco de barulho.
ANITA: Shii! – disse colocando o dedo em frete a boca e ao mesmo tempo rindo baixinho da situação. Aparentemente bêbada.
ARTUR: Você disse que não tinha problema virmos para seu apartamento.
ANITA: E não tem. Mais também não precisa acordar minha amiga. Eu te falei que ela não passou muito bem hoje.
ARTUR: Vamos pro seu quarto então.
ANITA: Vamos, mais sem fazer muito barulho ok.
ARTUR: Você quem manda.

Rua de uma favela/são Paulo. De noite (por volta das 2h).
Chegando ao ponto de troca. Uma rua meio escura na favela.
Outro carro para logo atrás. Quatro homens descem do carro e procuram por lugares estratégicos.
Sal sai do carro e vai falar com um dos homens que veio no outro carro.
GELSON: Tudo certo. Acabei de saber pelo rádio que o filho do cara tá entrando na favela. Até então tudo limpo, nenhum sinal dos tiras.
Vinicius que a essa altura já desceu do carro, abre a porta de trás do carro, para conferir se está tudo ok com o homem.
Um carro entra na rua e para a alguns metros próximos do carro onde Vinicius está encostado. O motorista sai do carro segurando uma sacola de papel.
Gelson vai ao encontro do motorista e verifica se ele está armado e o conteúdo da sacola. Ao percebe que o motorista está limpo, faz sinal de ok para Vinicius. Em seguida ele vai verificar o carro, para ter certeza se o motorista veio sozinho mesmo.
Vinicius faz sinal para que o motorista se aproxime.
Quando o motorista, filho do homem que foi sequestrado fica a menos de dois metros dele, Vinicius puxa o homem amarrado de dentro do carro.
VINICIUS: Pode chegar mais perto. Você trouxe o dinheiro que pedi.
PAULO: Trouxe sim – disse gaguejando. Paulo é filho do homem sequestrado e naquele momento tinha certeza que ia morrer, afinal nem dos bandidos estavam fazendo questão de esconder o rosto. Ele levanta um pouco a sacola de papel, para que ficasse amostra.
Vinicius tira a venda do homem sequestrado, o senhor João. E em seguida desamarra as mãos dele.
VINICIUS: Vá pegar o dinheiro disse para João.
João caminha até o filho, que o abraça. Em seguida Paulo entrega a sacola com o dinheiro para o pai, que caminha de volta para Vinicius.
Vinicius pega a sacola e entrega para sal, que confere rapidamente e da sinal de ok para Vinicius.
VINICIUS: Tudo certo então. Desculpa o incomodo – disse cinicamente. – Vocês já podem irem.
Paulo caminha aliviado com o pai em direção a seu carro, afinal ele tinha certeza que não sairia dali vivo.
Vinicius e Sal entram no carro. Enquanto o carro ante em direção a entra da rua, por onde Paulo veio. Ao passarem por Paulo e João que já estão bem próximos do carro eles escutam o som de tiros, e logo veem Paulo e João caírem no chão baleados.

Apartamento de Anita/Madalena. Madrugada (por volta da 5h).
Artur sai do quarto de Anita de madrugada, só de cueca preta e vai até a cozinha beber água.
Na cozinha ele abre a geladeira e pega uma garrafa de água, a levanta até a altura da boca e começa a beber a água no gargalo da garrafa.
LÉO: Você devia beber em um copo, não te ensinaram isso não.
Artur se assusta ao ouvir a voz do garoto e acaba derramando água em cima de se mesmo e no chão. Ele se vira e vê o garoto de aproximadamente 8 anos, vestindo um pijama de bolinhas olhando atentamente para ele.
ARTUR: Oi garoto, quem é você? Tudo bem? – pergunta devolvendo a garrafa de água para a geladeira.
LÉO: Eu sou o Léo e você? – pergunta inocentemente.
ARTUR: Eu sou Artur, amigo da Anita. Você é filho dela.
LÉO: Não.
ARTUR: E onde tá sua mãe?
LÉO: Dormindo.
ARTUR: Dormindo é. – ele sorri ao vê o garoto balançando a cabeça em afirmativa. – Você veio bebe água também?
Léo balança a cabeça novamente em afirmativa.
Artur abre a geladeira novamente e pega a garrafa de água.
LÉO: Essa não.
ARTUR: Porque não? – pergunta sem entender o motivo do garoto. – Você não quer gelada. Essa não ta muito gelada não.
LÉO: É que você bebeu na boca da garrafa.
Artur ri da situação, um garoto daquele tamanho, e todo educadinho. Ele guarda a garrafa na geladeira e pega outra.
ARTUR: Essa eu não bebi na boca pode ser.
Léo faz que sim com a cabeça.
ARTUR: Acho melhor misturar né, ta muito cedo pra você beber água gelada.
Artur pega o copo que esta no escorredor em cima da pia, e enche até a metade com a água da garrafa, em seguida completa o copo com alga do filtro da torneira e entre para o garoto beber.
MADALENA: Léo! – ela chama da porta do quarto. Mas sem vê que o garoto está fazendo e nem com quem.
Artur por um estante acha já ter ouvido aquela voz em algum lugar mais não lembra onde.
ARTUR: É a sua mãe chamando?
LÉO: É sim.

Continua…

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