Capítulo 45 – Pupilos

Anteriormente..

Na loja de roupa Agatha selecionava umas peças para servir de referencia para o exterior, pegou um casaco preto e se espantou. Na etiqueta do casaco tinha uma palavra escrita a caneta vermelha: “SOCORRO”.

Agatha gelou. Seu coração disparava. Enquanto isso James entrava na loja, oferecendo todo o seu amor:
– Agatha por favor não vai ! Um mês sem você é demais…
– James eu estou nervosa..falava ela assustada.
– Quer dizer que está com medo de avião e não vai?! Perguntou ele.
– Nada disso! É que..Dizia ela impaciente querendo falar algo.
O celular de James tocou interrompendo o que Agatha tinha a dizer:
– Alô ? Dizia James.
– Aqui é o delegado Sandro!
– Fale delegado! James atendeu nervoso.
– Estou nesse momento com Naomi e quero que você e sua namorada comparecem urgente até o hospital..
– Aconteceu alguma coisa?!
– Ainda não! estamos aqui com Paulo e Beti, Naomi vai falar somente com a presença de vocês…
– Comigo e Agatha ?!
– Sim venham pra cá urgente ! Exigiu o delegado.
Agatha e James chamaram um táxi e foram até o hospital.
*********

Enquanto isso Beto olhava no classificados a página de garota de programas, estava decidido a perder a virgindade com essas profissionais:
– Então vou ligar pra essa tal de “morena sensual” pensava ele com o celular entre as mãos.
*******

Jorge voltou para casa durante a tarde pra pegar o seus pertences para a viagem e viu Paula dando um remédio para sua mulher e em seguida Tomi ao lado, num clima bem agradável:
– O que significa isso?! Dizia Jorge.
– Pai ?! Você aqui essa hora ?!
– O que essa garota faz aqui?! Perguntava Jorge encarando Paula.
– Ela trabalha aqui ! É ela quem cuida da mamãe! Dizia Tomi.
– Eu já estou de saída! Falava Paula nervosa.
– Não vai Paula! Diziam juntos Tomi e sua mãe.
– Então é ela que todos gostam! Que faz minha mulher se sentir bem! Sorriu ironicamente Jorge.
– Sim pai é ela! Dizia Tomi!
– Parabéns Paula! Conquistou a família inteira! E por ela que você morre de amores né Tomi! Olhava para o filho debochando.
– Que bobagem pai! Assim a Paula vai ficar constrangida! Dizia Tomi envergonhado.
Jorge empurrou Tomi até o quarto, pra evitar que sua mãe visse:
– Essa garotinha que você botou pra dentro de casa e que você morre de amores: Era uma das minhas amantes! Faz um sexo bem gostoso! Olhava para Tomi com sarcasmo!
– Amante!? Perguntou Tomi emocionado.
– Sim mais uma das minhas putas!!
Tomi arregalou os olhos e não acreditava na afirmação.
*******

O táxi parou na frente do hospital. Agatha e James foram direto para o quarto de Naomi, lá estavam presentes senhor Paulo, a senhora Beti, o delegado Sandro e Rafaela acompanhando o pai:
– Desbucha Naomi! Eles já estão aqui! Falava nervosa Rafaela..
– Calma gente a Naomi recém ta se recuperando, não podemos fazer grande movimentos aqui no hospital, mantenham a calma. orientava delegado Sandro.
– Fala logo minha garota pedia pacienciosamente Paulo..
– Eu gostaria que Agatha tivesse aqui e também o James que me encontrou juntos aos senhores aquele dia.. Me deram um tiro na hora que estava entrando.. se explicava Naomi.
– Porque me chamou Naomi?! Perguntava Agatha
– Lembra quando rasguei todas as suas roupas?
– Lembro sim! Dizia Agatha..
– Eu odeio aquelas roupas! E principalmente de como elas são produzidas..
– Produzidas?! Perguntava delegado Sandro.
Naomi pediu que a deixassem contar a longa história sem interrupções era p momento de falar tudo o que sabia:
– Embaixo da loja de roupas tem um porão. Ele é escuro, quente e sem vida. Lá Jorge mantém presa algumas pessoas produzindo suas diversas marcas de roupas. As vítimas eram pessoas que tinham conhecimento sobre custura, estilismo e cortes.É um trabalho escravo e doentio. Os empregados trabalham mais de 15 horas por dia e tem direito apenas uma refeição. Éramos vigiados rigidamente por seguranças e não podíamos falar uns com os outros. Tínhamos direito a fazer uma necessidade por dia, era sempre posterior ao almoço. Quando ocorria alguma irregularidade ou não produzíamos éramos torturados, principalmente com tesouras. Jorge é o mentor, vivia transitando o local e exigindo produção. Um dia ele esqueceu a porta entre aberta e por alguns segundos e fui mais rápida que os guardas e fugi. Fui pra pensão da dona Rose, traumatizada e quando decidi revelar, pude ver naquela noite no “Ana Pub” que um daqueles guardas atirava em mim a mando de Jorge. No meio daquele trabalho escravo tinha uma menina sofrida, o nome dela era Ana. Ela estava o tempo todo lá embaixo da loja!
Todos se olhavam assustados! Naomi acabava de revelar a informação mais importante da vida daquelas pessoas.

Continua..

Luan Ribeiro