Doce Mel — Episódio 011 (últimas semanas)
- Roteiro Brasileiro de web Série
- Episódio 011 (Ultimas semanas)
DOCE MEL
- Web Série de
- LUCAS BITTENCOURT
- Colaboração de
- FAILON TEIXEIRA
- GUILHERME SILVA
- CENA 01. ESCOLA – SALA DE AULA – INT – DIA
- As luzes da sala estão desligadas. Os alunos estão sentados em circulo no meio da sala. É então que vemos a professora Silvia, no meio da roda, dando aula de historia.
Silvia — Crianças, vocês já ouviram falar na floresta Matapá?
Todos estranham — Matapá?
Silvia — É! Diz uma lenda que Matapá é o nome de uma floresta que fica aqui perto de Alagoa dos Anjos, e nela existem criaturas mágicas!…
Henrique ergue o braço — Que tipo de criaturas são essas, professora?
Silvia — A lenda diz que são ogros e bruxas…
As meninas gritam ao ouvirem o nome bruxa.
Joana — Essa não, as bruxas existem mesmo!
Todas as meninas se apavoram. Os meninos começam a zombar delas.
José — Ai que medo! – zombou.
Pietro — Suas medrosas, as bruxas não existem!
Laura — Existem sim, nós vimos uma no quarto da Katie!
Paulo — Vocês devem ter se olhando no espelho!
Os meninos começam a rir das meninas. Logos depois se torna uma discussão entre os meninos e as meninas. A prof. Silvia começa a pedir silencio.
Silvia — Crianças, silencio, por favor! (grita) Silencio!
Todos para de gritar e a olham.
Silvia — ( irritada ) Assim não dá pra contar a historia pra vocês!
Katie — Mas professora, a gente viu mesmo uma bruxa no meu quarto!
Silvia se aproxima da cadeira dela — Mas pode ter sido apenas um pesadelo porque essas coisas de bruxas não existem!
Henrique — Professora, tem como algum dia a gente poder conhecer essa floresta?
Silvia — Talvez algum dia, se a direção autorizar…
O sinal bate, todos saem.
CENA 02. MANSÃO DONALD – SALA – INT – DIA
Jeffrey entra correndo.
Jeffrey — Luma! – assovia – Cadê você garoto?
Luma desce correndo e pula em cima de Jeffrey, lambendo sua cara.
Jeffrey rir — Para, Luma, minha cara vai ficar toda babada!
Os dois se levantam.
Jeffrey — Onde está o meu tio?
Luma olha para o escritório. Jeffrey vai em direção a ele.
CENA 03. MANSÃO DONALD – ESCRITÓRIO – INT – DIA
Jeffrey e Luma entram, se deparando com Jacob disfarçado, vestindo as mesmas roupas que seu irmão usava.
Jacob — Oi filho! – disse com um sorrisinho falso no rosto.
Jeffrey — Tio? – se afastou.
Jacob se levanta — Filho, sou eu… – se aproxima – Seu pai, eu voltei pra ficar com você!
Jeffrey franze o cenho, desconfiando. Luma também rosna de canto.
Jacob — Que foi filho, não está reconhecendo seu papai?
Jeffrey — Você é o meu pai? Mas você não é o tio Jacob…
Jacob — Não querido, seu tio Jacob já foi embora, e eu – aponta o corpo – Jackie Donald voltei… Pra ficar!
Jeffrey logo abre um sorriso no rosto e corre para abraçá-lo.
Jeffrey — Pensei que nunca mais ia te ver, papai!
Jacob fingindo ser Jackie — Ora filho, papai sempre esteve aqui… Eu tive que dar uma saidinha, mas deixei o meu irmão, Jacob, no meu lugar… Mas agora eu voltei, e pra ficar com você!
Jeffrey olha para Luma — Viu só Luma, meu pai voltou!
Luma olha para Jacob desconfiado.
CENA 04. MANSÃO DONALD – QTO JEFFREY – INT – DIA
Jeffrey entra pulando de felicidade. Luma também entra. Jeffrey sobe em cima da cama e fica pulando de alegria.
Jeffrey — Não é um máximo, Luma, meu pai voltou!… UHU!!! – Gritou.
Luma continua com a carinha de desconfiança.
CENA 05. CASA DE PEPITO – SALA – INT – DIA
Pepito entra chamando por Carlota.
Pepito — Carlota? Gordinha? Amor?
Carlota aparece.
Carlota — ( mau humorada ) — O que foi, Pepito?
Pepito — Nossa, docinho, que mau humor é esse?
Carlota — É que acabou as minhas batatas fritas e eu estou morrendo de fome!
Carlota começa a chorar e Pepito a abraça.
Pepito — Não fica assim, gordelícia! Olha, o Carlos, meu amigo da fabrica, meu deu uma ótima ideia!
Carlota — Qual? Você me trazer um tanque cheio de doces?
Pepito — Claro que não! É que tem um centro de hipnose aqui na cidade!
Carlota — E o quê que eu tenho haver com isso?
Pepito — É porque esse centro de hipnose pode te fazer parar de comer demais!
Carlota se interessa — Será que vai funcionar?
Pepito — Não custa tentar!
CENA 06. CASA DE HAMMED – QTO SOFIA – INT – DIA
A porta está entreaberta. A luz do abajur está acesa. Hammed está passando por ali em frente e vê a luz do abajur ligado e entra.
Hammed — Essa menina! Sai e deixa tudo ligado… Ela sabe o quanto as coisas são caras nesse país!
Ele desliga e quando vai saindo, rapidamente seu olhar vai até uma coisa que o deixa repugnado. Ele se aproxima.
Hammed — Mas o que é isso?
CENA 07. CASA DE HAMMED – SALA – INT – DIA
Sofia chega pondo o véu sobre a cabeça e os panos no rosto.
Sofia — Mama, papa, cheguei!
Ela não vê ninguém, e então sobe as escadas indo para seu quarto.
QUARTO DE SOFIA
Sofia abre a porta e entra. Leva um susto ao vê seu pai, sentando numa cadeira, com uma bíblia aberta nas mãos.
CAM vai fechar em seu rosto, que levanta, olhando friamente para Sofia.
Hammed — O que significa isso, Sofia Osh Marin?
CENA 08. ESCRITÓRIO DE HIPNOSE – SALA – INT – DIA
CAM close em um crachá que está escrito: Dr. Augustus Marinho, o Bem Dormido.
Ângulo vai se abrindo, revelando um homem alto, de barbicha, meio gordinho. Este é o Dr. Augustus.
Diante dele estão Carlota e Pepito.
Dr. Augustus — Então, em que posso ajudá-los?
Pepito — Doutor, é que a minha Carlotinha come muito, e põe muito nisso!
Carlota — Não precisa ofender, né!
Pepito — Eu não sei mais o que fazer! Por um lado, eu gosto dela assim gordinha – joga um beijo pra ela – Mas tanta gordura assim pode fazer mau para ela! Olha, ela tem colesterol e até diabete tipo um! Será que tem como o senhor fazer alguma coisa pra fazer com que ela pare de comer?
Dr. Augustus — A senhora come com que frequência?
Pepito — Toda hora!
Carlota — Cala a boca e deixa eu falar!
Pepito — Desculpe!
Dr. Augustus — O que a senhora faria se tivesse um hambúrguer delicioso aqui e agora?
Carlota lambe os beiços — Eu o comeria todinho com todas as minhas forças!
O Dr. Augustus se levanta, põe a mão sobre os ombros dela.
Dr. Augustus — Relaxe…
De súbito, ele agarra a cabeça dela…
Dr. Augustus — Bem dormido, Bem dormido!…
Carlota desfalece.
Pepito — Ai meu Deus, ela morreu!
Dr. Augustus — Calma, está tudo bem! Ela está hipnotizada.
O doutor se aproxima do ouvido dela:
Dr. Augustus — (sussurrando) Quando eu estalar os dedos você vai acordar, e vai ver que tudo que está em cima da mesa é comida, e você está com uma fome terrível!
Pepito — Oh cuidado, que ela é capaz de comer até essa mesa inteira!
Dr. Augustus — Shiiiu! Eu vou contar até três: Um… Dois… Três!
O doutor estala os dedos e ela desperta, querendo comer os papeis que estão em cima da mesa. Pepito se desespera.
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Pepito — Faça ela parar pelo amor de Deus!
Augustus então agarra a cabeça dela novamente:
Dr. Augustus — Bem dormido, Bem dormido!…
Ela cai no sono outra vez.
Dr. Augustus pensa — Já sei!
Ele chama a secretaria e pede para que ela traga uma maçã, ela pega uma maçã e entrega ao doutor.
O dr. Augustus se aproxima do ouvido de Carlota.
Dr. Augustus — Quando eu estalar os dedos, você vai abrir os olhos e não vai sentir desejo em comer a maçã! Um… Dois… Três! – estala os dedos – Abra os olhos!
Ela acorda e ele coloca a maçã em sua frente. Ela sente um pouco de vontade de comer, mas resiste. Vai pegando…
Dr. Augustus — Ã-ã! Você não pode comer! Isso não é uma maça, é uma meia velha e suja do seu marido!
Então Carlota perde o desejo de comer sentindo enjôo.
Pepito — Funciona! – gritou alegre.
CENA 09. CASA CUMBICA – SALA – INT – DIA
Paulo vem entrando, e Laerte vem correndo da cozinha desesperado com o nariz sangrando.
Laerte — Socorro! Me ajuda!
Paulo — (assustado) O que foi? Porque você ta sangrando?
Laerte rir — Enganei o bobo na casca do ovo!
Laerte passa o dedo no sangue e depois lambe.
Laerte — É katchup abestado!…
Paulo zangado, começa a correr atrás do irmão.
CENA 10. CASA CUMBICA – BANHEIRO – INT – DIA
Eustácio está se barbeando e Janaína aparece na porta.
Eustácio — Que gritaria é essa lá embaixo?
Janaína — São os meninos brigando! Eles que são brancos que se entendam, vivem brigando!
Eles ouvem um barulho de algo quebrando.
Janaína — Mas o que foi isso?
Os dois saem correndo.
NA SALA
Um vaso quebrado no chão. Paulo está caído, machucado. Laerte ao seu lado, tentando o levantar.
Eustácio e Janaína chegam.
Eustácio — (preocupado) O que foi isso?
Janaína — (apavorada) O que está acontecendo aqui?
Laerte — A gente tava correndo aqui na sala, mas o Paulo tropeçou e caiu por cima desse vaso!
Eustácio — (irritado) Seu irresponsável, ta ficando doido? Como você deixa seu irmão cair desse jeito, sabe que ele é só uma criança… E você já é um cavalo grande…
Janaína ajuda Paulo a se levantar e percebe que sua testa está cortada e sangra.
Paulo — Calma, mãe, não foi nada!
Janaina — Como não foi nada, você está sangrando!
Eustácio — E isso é culpa sua! – apontou para Laerte.
É nesse momento que Eustácio fica muito nervoso, seus olhos arregalam trêmulos. Ele cai no chão, se contorcendo.
Janaína — Eustácio, meu amor, o que está acontecendo?
Eustácio — Rápido, fujam! Corram daqui agora…
Eustácio começa a rasgar a camisa…
Janaína abraça seus filhos, enquanto Eustácio se transforma em…
| FIM DO CAP. 011 |
Bom episódio. Gostei.
Obrigado Anderson, que bom que gostou😉