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Criminal Secrets

Criminal Secrets – Capítulo 7 (O amante da amante do meu pai) Ultima Semana

Capítulo 7                          (O amante da amante do meu pai)

Participações especiais.

Bruno (27)- Namorado secreto de Verônica. Aparentemente ele guarda algum segredo.

Cena 1.Rio de Janeiro/Noite.

Apartamento de Anderson.

No quarto, sentado na poltrona com o colar na mão. Anderson fica pensativo.

Anderson: Como que esse colar foi aparecer na casa da Verônica? Não faz sentido. Ele estava aqui em casa. Alguém quis me incriminar. Não tem outra explicação.

Mario entra no quarto.

Mario: Andy, você tem que ver isso.

Na sala, Anderson e Mario caminha até o computador.

Mario: Eu não achei as imagens do dia em que a Verônica morreu. Então eu continuei analisando as imagens dos dias anteriores. Você não vai acreditar no que eu achei.

Anderson: O que?

Mario: Veja você mesmo.

Nas imagens Bruno caminha pela calçada e bate na porta da casa. Verônica abre a porta e vê Bruno. Os dois se beijam e Bruna entra pra casa.

Anderson irônico: Que ótimo. Mais um suspeito. Era só o que me faltava.

Cena 2/Rio de Janeiro/Noite.

Apartamento de Anderson.

Na sala, Anderson com uma tala de vinho na mão, anda de um lado para o outro. Mario com uma taça de vinho na mão, sentado no sofá escuta Anderson.

Anderson: Meu pai traia minha mãe com a Verônica. E a Verônica traia meu pai com esse homem. Ela morreu grávida. O filho não era do meu pai porque ele fez uma vasectomia.

Mario: Então o filho da Verônica era do amante.

Anderson: Exatamente. Ele era o pai. E foi ele que denunciou o desaparecimento dela. Ele ligou pra ela no dia em que eu estava na casa procurar por pistas. Ainda bem que eu encontrei. O “AMOR” em questão era o amante. Esse caso era tão secreto que ela tinha outro celular.

Mario: Safada essa mulher.

Anderson: Muito. O pior que ele pode ser o assassino dela.

Mario: Ou o melhor. Se ele for o culpado, sua família está livre de suspeitas.

Anderson: Mas os fatos não batem. Como que meu colar foi aparecer na cena do crime?

Mario: Alguém quer ia te incriminar. Obvio.

Anderson: Ok. Isso eu sei. Mas por quê? E quem?

Cena 3/Rio de Janeiro/Noite.

Apartamento de Mag e Julio.

Na sala, Julio lê um livro sentado no sofá, Mag chega à sala.

Mag: Eu acho que você mentiu pra mim. E você fez de propósito. Pra me deixar mal.

Julio: Do que você está falando?

Mag: Eu estou falando do fato que você disse que o Andy era um assassino. E isso é mentira. Ele não matou ninguém.

Julio: Você acha mesmo?

Mag: Claro que sim. Eu o conheço. Ele não é assassino.

Julio: Como que você consegue ser tão burra? Esse cara de traiu e com um homem. Para de correr atrás dele. Reage pra vida. Você não precisa disso.

Mag: E você não precisa mentir pra mim. Eu conheço o Andy.

Julio: Sabe o que me deixa mais puto. Que você fica do lado dele depois de tudo que eu fiz. Depois de tudo que eu fiz por você.

Mag: Tudo que você fez? O que você fez Julio?

Julio: Já se esqueceu do que eu fiz. Quando você ficou de depressão. Das vezes que você se entupiu de remédios tentando suicidar. Quem ficou do seu lado fui eu. Quem sempre esteve lá pra te dar à mão. Quem disse que as coisas iam melhor fui eu. E mesmo assim você dá valor em quem? No viadinho que dorme com homens.

Julio levanta e sai da sala.

Cena 4/Mangaratiba/Manhã.

Rua.

Dentro do carro, Anderson dirige o corro, Mario no carona. Os dois conversam.

Anderson: Eu achava que era a minha mãe. Ela tinha os motivos. A amante de anos do marido dela. Ela descobre a gravidez. Com certeza minha mãe ficou muito nervosa. Eu tenho certeza disso. Um assassinato com muita raiva.

Mario: Sua mãe não sabe que seu pai fez vasectomia?

Anderson: Não sei. Eu não sabia. Mas depois minha mãe me disse que ela estava protegendo o Pedro. Que ela o encontrou na cena do crime com o objeto do crime nas mãos. Eu achei que tinha resolvido. Até que ele me revela que encontrou o colar da minha mãe na cena do crime. Mas esse colar ela me deu no dia em que eu saí de casa. As coisas não se encaixam.

Mario: Talvez as peças não se encaixem por que falta peças.

Anderson: Espero que na hora que eu encontrar o amante da amante do meu pai, tudo se encaixe. É engraçado isso. Amante da amante. Meu pai vai odiar isso. Eu não vejo a hora de ver a cara dele.

Anderson passa com o carro na rua da casa de Verônica.

Mario: Pare o carro.

Anderson: O que?

Mario: Para. Eu vou ficar aqui.

Anderson: Pra que? Você tem que me ajudar a encontrar esse cara.

Mario: Você da conta disso. Eu vou ficar por aqui e vou procurar por mais pistas aqui.

Anderson: Depois desse tempo todo?

Mario: Quem sabe eu tenho sorte.

Anderson: Tudo bem. Depois eu volto pra te buscar.

Anderson encosta o carro e Mario desce do carro.

Cena 5/ Mangaratiba/Manhã.

Casa dos Norton.

Na sala, Anderson, Eduardo, Gabriela e Pedro conversam.  Anderson mostra a foto do amante de Verônica pra todos.

Anderson: Vocês conhecem esse homem? Pai?

Eduardo: Nunca vi na minha vida.

Anderson: Mãe? Pedro?

Gabriela: Eu estou tentando puxar na minha memória, mas acho que não o conheço.

Pedro: Também não conheço.

Anderson: Qual é? Essa cidade nem é grande.

Pedro: Por que você quer saber quem é esse homem?

Anderson: Pai, você não vai gostar do que eu vou contar, mas esse homem era amante da Verônica.

Eduardo: Que palhaçada.

Anderson: Já conversamos sobre isso pai. Você fez vasectomia. Ela estava grávida. Algum pai tinha que existir.

Gabriela: O que se faz aqui se paga.

Eduardo: Vai ficar debochando disso agora?

Anderson: Não é o momento.

Pedro: Como você descobriu que esse é o amante?

Anderson: Eu tenho as filmagens da câmera de segurança da vizinha da Verônica. Mas isso não importa. O que importa é que esse é o novo e provavelmente o culpado pela morte da Verônica. Eu preciso encontrar esse homem e preciso da ajuda de vocês.

Pedro: Como?

Anderson: Pai entre nas redes sociais dela e vamos procurar por algo que ligue os dois.

Eduardo: Como? Eu não tenho a senha dela.

Anderson: Que isso? Que tipo de macho que não controla sua mulher?

Gabriela: Isso foi extremamente machista.

Anderson: Eu sei. Desculpe. Pai olhe os amigos dela. Pela sua conta da pra fazer isso. Vamos lá. Eu preciso encontrar esse homem.

Cena 6/Rio de Janeiro/Tarde.

Apartamento de Mag e Julio.

Na sala, Mag entra em casa e procura por Julio. Ela vai até a cozinha e não o encontra. Ela volta pra sala.

Mag: Julio? Julio você está em casa?

Mag caminha em direção ao quarto de Julio. Quando coloca a mão na maçaneta da porta, Julio aparece atrás de Mag.

Julio: O que você quer no meu quarto? Você não tem o direito de entrar ai. Depois de ontem você não tem direito de encostar-se a nada no meu quarto.

Mag: Eu sei que você está chateado comigo e…

Julio: Chateado? Eu estou com raiva, com ódio.

Mag: Desculpe. Eu sei, eu não devia ter feito aquilo. Você sempre esteve do meu lado. Você sempre cuidou de mim. Eu não soube agradecer.

Julio: Não soube mesmo.

Mag: Mas às vezes você exagera. Principalmente em relação ao Anderson. Parece que você sai do controle quando o assunto é ele.

Julio: Você veio se desculpar ou brigar mais?

Mag: Desculpa. Eu não vou falar mais nele. Desculpa por ontem e por ter tentando entra no seu quarto

Os dois se abraçam.

Cena 7/ Mangaratiba/Tarde.

Casa dos Norton.

Na sala, Anderson sentado no sofá tenta desbloquear o celular de Verônica. Gabriela senta do lado dele e conversa. Anderson estava mais concentrado em desbloquear o celular, mas mesmo assim prestava uma leva atenção no que Gabriela falava.

Gabriela: Eu acho que esse rapaz é uma boa pista. Com certeza. Mas você descartou um suspeito desde o inicio e eu não entendi o motivo.

Anderson: Como assim mãe? Do que você está falando?

Gabriela: O Eduardo. Ele estava lá quando chegamos. No banho. Ele podia estar se limpando do sangue da Verônica. Ele tinha motivos sim.

Anderson: Meu pai era apaixonado pela Verônica mãe.

Gabriela: Crime passional. Ela estava grávida de outro homem. Quando ela o contou, em um momento de fúria, ele a matou. Está nítido.

Anderson consegue desbloquear o celular de Verônica.

Anderson: Isso! Depois de tantos dias tentando eu consegui.

Anderson acessa o celular e não encontra nada. Sem fotos, sem contatos, sem mensagens. Anderson acessa a caixa postal e ouve os recados.

“Oi, estou com saudades. Quando vamos nos ver de novo?” “Oi, tudo bem? Sonhei com você de novo essa noite” “Oi, sou eu de novo. Você não me responde? Aconteceu alguma coisa?” “Verônica, seu sumiço está me assustando. O que aconteceu?” “Oi, sou eu de novo, o Bruno. Eu já estou começando achar que aconteceu alguma coisa com você. Assim que eu sair daqui do MCDonald’s eu vou passar na sua casa pra gente conversar, to preocupado. Beijos”

Anderson: Não acredito que o amante dela trabalha no MCDonalds.

Cena 8/ Mangaratiba/Noite.

MCDonald’s.

No balcão de atendimento, Bruno termina de atender o cliente.

Bruno: Próximo.

Anderson: Eu preciso falar com você.

Bruno: Qual é o seu pedido?

Anderson: Preciso falar com você. Esse é o meu pedido.

Bruno: Senhor. Primeiro eu não te conheço. Segundo se você não percebeu, eu estou trabalhando.

Anderson: É sobre a Verônica.

Bruno: O que tem ela? Eu não posso conversar agora. Mas meu intervalo é em 20 minutos.

Anderson: Eu te espero. Eu vou querer um MC lanche Feliz.

Sentados a mesa, Anderson e Bruno conversam.

Bruno: O que você sabe da Verônica?

Anderson: O que eu sei é que foi você. Você foi o culpado.

Bruno: Eu fui o culpado? Não. Com certeza você não conhecia a Verônica direito. A gente se amava. Era amor puro. Só no olhar dava pra ver nossa ligação. Você não pode me acusar de uma coisa dessas.

Anderson: Muito amor. Eu sei. Gravidez. Foi um crime passional. E não adianta negar que eu sei que foi você quem a matou.

Bruno: Você está louco. Eu nunca faria nada de mal pra Verônica. Espera. Você disse que eu a matei? Acharam a Verônica? Ela estava só desaparecida.

Anderson: Eu me expressei mal. Eu quis dizer que ela sumiu por sua causa. Eu preciso ir embora.

Bruno: Espera. Me explica isso direito. Você está mentindo pra mim.

Anderson levanta e sai rápido da lanchonete.

Cena 9/ Mangaratiba/Noite.

Rua.

No carro, Anderson dirige o carro, e o celular dele toca. Anderson atende.

Anderson: Mario, onde você se meteu?

No apartamento em frente o computador Mario com o celular na orelha.

Mario: Eu estou em casa. Eu vim de taxi.

Anderson: Mas por quê? O que aconteceu?

Mario: Deixa eu falar. Meu celular está descarregando e eu não acho o carregador.

Anderson: Está bem. Fala.

Mario: Eu fiquei procurando alguma pista na Verônica e você não vai acreditar.

Anderson: Eu posso falar ou é pra continuar calado?

Mario caminha pela sala procurando o carregador. Ele caminha pelo quarto enquanto conversa.

Mario: A casa do lado. Também tinham câmeras de segurança. Estavam bem escondidas. Segurança forte essa. Mas eu consegui pegar as imagens e você não vai acreditar no que eu consegui.

Anderson: As imagens do dia do assassinato?

Mario: Sim. Eu sei que matou a Verônica…

Anderson: Quem? Quem? Alô. Mario… Mario… Droga. Isso é hora do celular dele descarregar.

Cena 10/ Mangaratiba/Noite.

Mc Donalds.

Bruno entra na lanchonete afobado e se lembra da conversa com Anderson. E se lembra dele falando sobre a morte de Verônica. O gerente se aproxima de Bruno.

Gerente: Está na hora de voltar a trabalhar.

Bruno: Sim senhor.

Cena 11./Rio de Janeiro/Noite.

Rua.

Dentro do carro, Anderson dirige o carro na rua do seu apartamento. Anderson entra na garagem do prédio com o carro e estaciona o carro na vaga. Anderson desce do carro e corre até o elevador.

Cena 12. Rio de Janeiro/Noite.

Apartamento de Anderson.

Na sala, Anderson entra eufórico no apartamento.

Anderson: Chega de mistério Mario, quem foi que matou…

Anderson se assusta ao ver o corpo de Mario morto no chão com dois tiros no peito e um na cabeça. Anderson fica em choque por alguns segundos.

Anderson: Mario. Mario. Fala comigo. Mario.

Anderson ajoelha do lado do corpo de Mario e chora.

Anderson: Mario. Mario fala comigo. Isso não está acontecendo comigo. MARIOOOOOO.

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