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Palavra de Honra

Capítulo 16 – Palavra de Honra

Palavra de Honra

 

CENA 1  – Ano de 1940 –
Renée segurava firme a fita VHS que tinha em mãos. Depois de tantos anos, finalmente sentiu a hora certa de usar. Será mesmo que Carmélia Lozano, sua mãe, seria capaz de matar Belinha Alcântara?
            SÉRGIO: Vai assistir, agora?
            RENÉE: Não. Acho que esse vídeo não é só pra mim.
            SÉRGIO: O que está dizendo?
            RENÉE: Eu já sei o que vou fazer…
Sérgio continuou a olhar desconfiado com uma pontada de curiosidade a Renée. O que será que ele vai fazer com o Vídeo?
CENA 2
Amanhece. Renée ainda abalado com todas as revelações foi diretamente ao quarto de Emanuelle e a acorda com cautela.
            RENÉE: Emanuelle… Acorde.
            EMANUELLE: – espreguiçando-se – O que houve, Renée? Já está acordado, nem são cinco da manhã ainda.
            RENÉE: Eu não me aguentei, tenho que combinar uma coisa contigo.
            EMANUELLE: Combinar o quê!? Não dava pra você ter esperado amanhecer, pelo menos.
            RENÉE: Não vou me aguentar… – fazendo Emanuelle sentar- Preste atenção. Eu preciso de sua ajuda.
            EMANUELLE: Pois fale, homem!
            RENÉE: Preciso que você organize um jantar hoje na mansão, que você irá apresentar seu novo namorado.
            EMANUELLE: Novo namorado!? Meu pai e minha mãe vão me matar!
            RENÉE: Diga que é um cara da alta sociedade, Wulísses pelo menos irá aceitar ter o jantar com ele, e isso já o suficiente.
             EMANUELLE: Não sei não, hein, Renée. Meu pai é todo sistemático e…
             RENÉE: Acredite em mim! Sua missão é apenas tentar convencê-lo a ter esse jantar, o resto é comigo.
             EMANUELLE: – pensando desconfiada- E… E esse tal namorado meu, é… Você!?
Renée faz sinal com a cabeça com um sorriso para descontrair. Emanuelle topando, cai no sorriso junto.
CENA 3
O Sol já tinha despertado e Emanuelle já aguardava seu pai, Wulísses Borges, na sala de estar.
Wulísses estressado pelos últimos acontecimentos estranhos da noite passada (o sumiço de Sérgio Alcântara desmaiado em seu armário) lhe causara um pressentimento ruim.
             WULÍSSES: Nem venha me pedindo dinheiro, Emanuelle. Você anda muito malcriada e de maneira alguma lhe darei um centavo e/
             EMANUELLE: Nossa, pai – diz Emanuelle interrompendo seu pai – não vim pedir dinheiro algum… Vim te pedir um jantar, apenas isso.
            WULÍSSES: Um jantar? Você está louca? Todas as noites há jantar nesta casa.
            EMANUELLE: Pai, eu estou namorando.
            WULÍSSES: O quê!!!!!!?
Os gritos de Wulísses fizeram Lívia que já estava acordada lavando o rosto no banheiro, correr para baixo onde os dois se encontravam.
            LÍVIA: O que houve?
            EMANUELLE: Acalme-se pai.
            WULÍSSES: Essa delinquente acha que pode ter a cara de pau de pedir um jantar para nós conhecermos esse tal namoradinho dela!
            LÍVIA: Como assim, filha? Namorado…
          EMANUELLE: Eu me apaixonei, mãe. O Moço é de bom partido, tem boa família e tem bons interesses comigo. Agradeçam que estou                    querendo apresentar a vocês.
            WULÍSSES: Fique sabendo que não vou aceitar isso e/
            EMANUELLE: Pai – disse ela interrompendo – Ele é um parente distante de Vargas.
Wulísses assim, troca de ideia imediatamente. E assim, diz com cautela.
            WULÍSSES: Ok. Fico aguardando ele as oito.
Wulísses se retira e Lívia fica olhando os dois com olhar de desconfiança.
CENA 4
Lívia volta para seu quarto, sozinha.
E começa a trocar de roupa. Pronta, ao virar-se em direção a porta do banheiro, estava o homem de sua vida. Renée.
            LÍVIA: Você aqui!? Mas, você não tinha morrido?
Renée aproxima-se e coloca seu dedo indicador nos lábios de Lívia a fazendo-a não questionar mais nada.
Depois de um romântico beijo, Lívia fala meio que sussurrando.
            LÍVIA: Espero que não seja uma grande ilusão.
E os dois continuam se beijando. E logo se entregam em puros momentos de amor. Amor de décadas, de vidas.
CENA 5
A Noite, chega o grande momento. Lívia e Wulísses, bem como Alberico posto a servir a mesa aguardavam a ilustre presença do tal namorado de Emanuelle.
Emanuelle conforme o combinado aguardava a chegada de Renée ao lado de fora da Mansão. E assim, chega a hora da entrada de Renée.
Ele tinha a noção do choque tanto de Wulísses, que acreditava que ele estaria morto, tanto de Lívia, que há pouco teriam tido momentos de amor e além do mais namorando com sua filha. Uma loucura! Mas, totalmente necessária.
A porta se abre, o susto era tamanho. Renée Lozano!
Renée com seu olhar de desdém, adentra na mansão, com olhar superior à Wulísses.
            RENÉE: Olá, caro Wulísses Borges.
            WULÍSSES: – Levantando-se bruscamente da cadeira – Vo, Você!
~continua.
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
Renée mostra o misterioso Vídeo para toda a família Borges. O que será que Carmélia tem a dizer naquele vídeo?

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