Palavra de Honra

Capítulo 14 – Palavra de Honra

Palavra de Honra
 
 
CENA 1 – Continuação da cena 5 capítulo 13.
… Passa horas e horas, e Renée não consegue dormir. Era uma verdadeira tentação não levantar daquela cama e ver Lívia, o amor de sua vida. Aquela mulher mexia com ele de um jeito. E além do mais, andar por aquela casa o permitiria descobrir pistas contra Wulísses. Alguma coisa haveria dentre aquela casa.
Não resistiu, decidiu, silenciosamente levantar e fazer o que seu coração estava mandando.
No maior cuidado que podia a fim de não fazer nenhum barulho começa andar pela mansão escura. Entrando no extenso corredor que dava acesso a outros quartos, foi indo em direção ao último do corredor. Provavelmente Lívia já estaria dormindo. E se Wulísses estivesse por lá? Ignorou. Valia a pena correr por esse risco.
Atreveu-se abrir a porta com cautela, e deu de vista com a mulher de sua vida em um profundo sono. Como ela é bela.
Aproximando-se, acaricia o rosto angelical da senhora, falando:
            RENÉE: Eu sei que você me sente de alguma maneira… Tudo isso vai acabar um dia.
Lentamente, ele lhe da um beijo no rosto.
            RENÉE: Boa Noite, Durma bem meu amor.
Renée olhava fissurado para a imagem do amor de sua vida. Sentia que esse amor era de tempos atrás, mais do que podia imaginar.
 
 
CENA 2 – Continuação.
Sua serenidade em vigiar o sono de Lívia é interrompida com o barulho da chegada de Wulísses, que a pouco pedira para Alberico retirar o carro para livrar-se de Sérgio que estaria desmaiado no armário do escritório. Iria dar boa noite em sua esposa antes de sair.
Renée esconde-se.
Wulísses conversava com Lívia, embora soubesse que se ela estivesse acordada jamais diria aquilo que estava pronunciando, o sono pesado de Lívia o permitia ser o que ele realmente quisera.
WULÍSSES: Óh, meu amor… Seu maridinho vai sair agora, para resolver um problema de última hora… Vê se pode, mais uma pedra do caminho, querendo ferrar com o Wulísses Borges. Mas, isso eu não poderia permitir né.
Nesse instante, Renée questiona-se em silêncio: “De quem ele estaria falando?” Logo, a resposta.
WULÍSSES: Vê se pode, Lívia, meu amor. Sérgio Alcântara, um que eu acreditava que podia confiar… Agora vêm dizer que esta com remorso de ter prejudicado tantas pessoas e tal. Mas, enfim, eu vou lá resolver isso… A criatura esta desmaiada no meu escritório, então será simples de me livrar desse traste.
Renée precisava fazer algo imediatamente. Não poderia que uma pessoa que fizera parte da política de Vargas estivesse nas presas de Wulísses. Não deu outra, Renée sai de seu esconderijo e rapidamente o tranca no quarto, que seria tempo o suficiente para agir.
Por sorte, com a escuridão da casa e sequer a preocupação de ninguém acender as luzes, Wulísses não tinha ideia de quem poderia ter o trancado no quarto.
 
 
CENA 3
Renée desce as escadas rapidamente.
Chegando no escritório de Wulísses não se depara com nenhum cormo desmaiado. Logo deduziu que Sérgio provavelmente estaria no armário.
O Pegou, e sem pensar duas vezes começa o arrastar com todas as forças para fora da mansão.
 
Enquanto isso, Wulísses começa a bater na porta em desespero:
            WULÍSSES: Quem está ai? Pare já com essa brincadeira!
Com os gritos de Wulísses, Lívia acorda:
            LÍVIA: O que houve, Wulísses?
WULÍSSES: – Ainda nervoso tentando acalmar Lívia – Nada, meu amor, pode voltar a dormir.
Lívia sem questionar, da uma olhada desconfiada pela janela a fora, e vê Alberico retirando o carro da garagem. O que será que Wulísses esta aprontando?
WULÍSSES: Só pode ser a Emanuelle fazendo graça com a minha cara… EMANUELLE!!! ABRA JÁ ESSA PORTA! Você sabe com quem esta mexendo!
 
 
CENA 4
Alberico após atender o pedido de seu patrão de retirar o carro, adentra a mansão em busca de Wulísses para correrem com o serviço. Porém no caminho, algo lhe chama a atenção. A Porta do escritório estava bruscamente aberta, várias coisas ao chão, e o pior para eles, a porta do armário estava aberta.
Alberico sobe desesperadamente e abre a porta onde Wulísses estava trancado com um chute.
Ao abrir, Wulísses desesperado já sai xingando ao ar:
            WULÍSSES: Emanuelle vai ter uma lição, vai ter.
Alberico tentava falar, mas com a pressa estava ofegante, e não conseguira pronunciar absolutamente nada. Wulísses vai em direção ao quarto de Emanuelle, que recebe a surpresa, ela estava dormindo profundamente.
            WULÍSSES: Mas, como? Não foi ela?
ALBERICO: Não patrão. – Alberico toma um pouco de ar – Patrão… Sérgio não esta mais no armário.
Wulísses choca-se.
            WULÍSSES: Quer dizer então, que quem me trancou, foi o… Foi o…
            ALBERICO: Sim, senhor Wulísses. Sérgio acordou antes e conseguiu fugir.
Os dois se desesperam. O que eles não esperavam é que Lívia estava ouvindo absolutamente tudo.
 
 
CENA 5
– interligação – ANO DE 2045.
Karina percebe a presença de centenas de Sargentos em frente ao Congresso. Como vou entrar? Neste quesito não teve tempo de pensar. Mas, quem sabe, por sorte iria aparecer uma pessoa já mentalmente pensada. Seria sua luz no fim do túnel!
E assim foi. Demorou algumas horas, mas o carro de Kleiton estacionou em frente ao Congresso. Não teve outra.
            KARINA: Dr. Kleiton, você precisa me ajudar…
KLEITON: Quem é você? O que esta fazendo aqui em frente ao congresso a essa hora?
Karina agora sabia. Ou ele acreditaria nas prováveis loucuras que diria, ou ele iria mandar exterminá-la.
 
 
CENA 6
Renée escondido no canil da Mansão. Cujo estava vazio há tempos.
Sérgio com algumas dores na cabeça ainda com pouca dificuldade a falar, agradecia o seu herói da noite.
SÉRGIO: Muito Obrigado por ter me salvado. Nem sei o que Wulísses faria comigo se ainda continuasse em suas pressas.
RENÉE: Mas você sabe… Wulísses acredita que estou morto, temos que fazer de tudo para ele continuar acreditando nisso!
SÉRGIO: Pode deixar. Agora vou fazer de tudo para que ele seja incriminado – Respira fundo – O duro que sou responsável por tudo isso, também.
RENÉE: Me conte! – Exclama Renée com ansiedade a Sérgio – Me conte, o que houve naquele tempo… Quem é o verdadeiro assassino de sua filha. Me conte!
Sérgio recuou um pouco, mas logo respira fundo e começa a desabafar. Primeiramente, inicia falando de sua filha.
SÉRGIO: Belinha Alcântara. Minha filha. – chora aos prantos – Se, ela tivesse me ouvido!
            RENÉE: Ouvido o senhor, à quê?
SÉRGIO: Belinha relacionou-se com Getúlio Vargas bem como todas as vedetes e artistas da época.
Renée choca-se. Sérgio continua.
SÉRGIO: Getúlio prometia uma vida de felicidades e uma vida juntos com ela, eu dizia que era mentira bem como ele fazia com as outras… Mas, ela estava muito iludida… Belinha Amava Getúlio Vargas!
 
~Continua.

 

 
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
Toda a revelação do assassinato de Belinha Alcântara. Não perca!

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