Sexto Capítulo – Vovó Macumba
Capítulo SEIS
Web de: Igor Cesar Nascimento
(…) – Você já pode começar amanhã. – falou Barbara, assim que contratou Valerie para ser a nova babá da casa. Valerie ficou saltitante de alegria. Agradeceu e ia partir. Quando antes de fechar a porta, algo segurou a sua mão. Olhou para trás assustada:
-Até amanhã! – sussurrou Will, com um sorriso no rosto antes de partir. Será que todas aquelas trocas de olhares em seu trabalho não foram impressões ou coincidências? Será que Will era esse monstro todo esse tempo? (…)
Will fechou as cortinas da ala, ficando a sós com ela. Em lentos passos, foi se aproximando de sua maca:
-Primeiramente, desculpas. Confesso, não fiz o trabalho direito dessa vez. – e começa a pressionar o cabo do equipamento que liberava oxigênio para ela. – Eu não sou esse vilão que você deve estar pensando que eu sou! Veja a situação em que estamos: Serão as suas palavras contra as minhas para a polícia. Isso não é muito justo, né? – Valerie começa a ficar sem ar. – Não posso me prejudicar!
As viaturas de polícia corriam aceleradamente pelas avenidas, estacionando assim que chegaram na entrada do hospital:
-Foi aqui que recebemos a denúncia do suspeito? – pergunta um dos policiais ao outro.
-Sim! O suspeito deve estar neste estabelecimento.
-Então vamos, rapazes! – um numeroso grupo de policiais começam a ocupar o prédio. Barbara, que também acompanhava a busca em uma das viaturas, correu para acompanhá-los.
Enquanto eles iam entrando, ninguém havia percebido Alice, a bebê, que chorava no banco de trás do veículo de Will.
-Até numa outra vida, quem sabe. – Will se despedia de Valerie, com aquele sorriso psicopata no rosto, enquanto observava a sua face se avermelhando, praticamento sem ar. A máquina que indicava os batimentos cardíacos estava prestes a tornar o seu som agudo constante, aquele piiii, sinalizando uma possível morte. Nessa exata hora, a cortina foi aberta:
-O que está acontecendo aqui?! – pergunta a enfermeira.
-Você também precisa descansar! – indaga Branca, se despedindo da amiga, que entrava na casa.
Branca seguiu com o carro até se aproximar de sua residência. No momento em que chegou, Zé terminava de abrir as portas do bar:
-Até que enfim achei o meu carro! – vibra ele, correndo até a rua – Pensei que havia sido roubado dentro da minha própria casa.
-Sem dramas, por favor. – Branca sai do carro, Zé toma o seu lugar no volante, parecendo não ver o veículo à séculos.
-Aonde tu estavas, posso saber?
-Eu fui no hospital, acompanhar Castidade. – e empolgadamente corre, agachando-se até se aproximar do retrovisor, fuxicando – Tu nem sabe da última, guri! Acredita que, nessa noite passada, a filha da Castidade, a Val, foi estrupada pelo próprio patrão! Por aquele sujeitinho metido a fino casado com a ricona.
-Não acredito! Jura?
-Ôh, se juro! E te conto mais, ele ainda sequestrou a própria filha, ninguém sabe aonde se meteu.
-Meu deus, aonde esse mundo irá parar? – Zé fica desacorçoado.
-Imagine nos anos 2000? Aí que o mundo vira de cabeça pra baixo mesmo. – e se vira, para entrar na casa, na tentativa de cochilar algumas horas de sono. Zé fica no carro reflexivo:
-Hoje em dia, não dá pra confiar em ninguém. Nem em si próprio. – e liga o motor do carro, para guardá-lo na garagem.
-Se afaste, senhor! – ordena a enfermeira, afastando-o da máquina, impedindo que a sua tentativa de homicídio se concretizasse. Valerie com tosses fortes, se recupera. – Será que pode me explicar o que estava acontecendo aqui, senhor?
Will fica sem palavras, buscando uma desculpa convincente para lhe responder:
–Eu … Eu … Eu estava apenas supervisionando-a, enfermeira. A mãe dela saiu, e eu fiquei acompanhando a garota. Só que esse aparelho começou a dar uns problemas, uns tiques, não sei explicar. Sorte que a senhora chegou bem na hora para nos salvar! – Valerie lhe olhava com repulsão.
-Você por acaso é algum parente dela?
-Não. Mas sou o patrão da Val. Ela trabalha para mim faz um tempo. Sou uma pessoa de extra confiança de todos da família dela. Não é, Val? – pergunta ironicamente, abrindo um sorriso falso para a garota. – Bom, agora que já há outra pessoa para ficar com ela, eu vou embora. Nem consegui dormir a noite inteira de preocupação com ela. – olha nos olhos de Valerie. – Até qualquer hora, Val. – e sai da sala.
Após tomar alguma distância, acelera os seus passos rumo as escandarias de ligação entre os andares, na tentativa de escapar causo Valerie comente qualquer coisa para ela. Assim que desceu alguns degraus, olhou para baixo, se deparando com um enorme batalhão de polícias que subiam ao seu encontro.
-Era só o que me faltava. – murmura Will.
-1° Intervalo Comercial-
Vendo todos aqueles polícias subindo ao seu encontro, imediatamente Will retorna os degraus, correndo entre os corredores. Abriu a porta de uma das salas, se trancando lá dentro.
Os policiais se separam. Os dois sargentos responsáveis pelas buscas entram na ala de Val, que estava sozinha com a enfermeira. A enfermeira fica sem entender nada, mas Valerie rapidamente comunica-os:
-Ele acabou de sair! – os dois saem rapidamente para se unirem ao batalhão. Encontrariam Will de qualquer jeito.
“Saiam da frente!” gritou um médico correndo pelo corredor, empurrando uma maca. Os policiais abrem caminho ao captarem que se tratava de uma emergência.
-Ele deve ter ido por ali, sargento! – aponta um dos policiais, todos o seguem pelo corredor.
O medico parou com a maca nos confins daquele andar. Tira seu avental e a sua máscara:
–Idiotas… – murmura Will, abrindo a porta da saída de emergência. Desceu pelas escadas dessa saída o mais rápido que conseguiu.
Will entrou em seu carro, assim que atravessou todo o estacionamento em disparada. Em seguida, só se escutou o eco dos pneus de seu carro se afastando aceleradamente do prédio.
A noite caia sobre a cidade.
-Agora abra a boca. – o médico terminava de analisar a recuperação de Valerie, que estava sentada no estofado de sua sala. – Prontinho. – concluiu ele, guardando os seus equipamentos.
-Como a minha filha está, doutor? – pergunta Castidade.
-Sua filha está melhor. Não estou dizendo que ela já pode sair correndo na rua, mas Valquíria já pode sair para se recuperar em sua própria residência.
-...é Valerie! … – resmunga.
-Ouviu bem, né? RECUPERANDO. – ressaltou Castidade, enquanto Val se levantava. – Nada de ficar saindo pra rua.
-Eu ouvi, mãe. – revira os olhos, pegando o casaco para partir.
-Obrigada, doutor! – agradece Castidade, enquanto iam saindo pela porta. Se assustam ao encontrar do lado de fora dois policiais parados:
-Precisamos falar com vocês. – Valerie engole em seco, assustada.
Kauan terminava de pagar a conta da lanchonete, na tentativa de fazer Barbara comer algo, tentativa em vão:
-Não estou com fome, eu avisei. – Barbara disse, conforme saiam do estabelecimento.
-Tudo bem. Pelo menos eu tentei. – acabavam de abrir a porta, quando Barbara recebe um telefonema:
-É a mamãe. – comunica, apertando o botão para atendê-la.
-O que ela queria? – pergunta, após guardar o telefone-celular de volta ao bolso:
-Ela falou que está com os nossos advogados na delegacia. Irão abrir um mandato de busca contra Will.
-Vamos para lá, então! – os dois saem, subindo na moto.
A recepcionista, a mesma que havia atendido os irmãos, caminha para atender a última mesa afastada dentre as do salão:
-Irá querer mais alguma coisa?
-Não, já estou satisfeito. – responde Will, que estava disfarçado entre blusas e um óculos escuro. Entregou para ela uma cédula. Saia do estabelecimento, até ver na tela da televisão a seguinte imagem: PROCURADO, sua foto de perfil do lado.
Abaixou o capuz da vestimento, e saiu da lanchonete de cabeça baixa. Correu até entrar no carro:
-Droga! Não dá mais para ficar aqui. Preciso ir para outro lugar, outro país. Mas, antes, preciso de investimentos. Está na hora dessa casamento ser útil para mim… – liga o carro, e pega estrada rumo a mansão dos pais de Barbara.
-Precisamos que nos acompanhe até a delegacia, para fazer o boletim de ocorrência do caso. – relatou o sargento, Valerie tentou recusar, envergonhada de ter que relatar um fato constrangedor, mas sua mãe responde por ela:
-Vamos sim!
-Pode entrar. – um dos policiais abriu caminho para elas passarem até a sala do delegado. Ao entrarem, se deparam com outras pessoas lá dentro:
–Dona Barbara… – comenta Val, incomodada, tendo recordações daquela noite. As duas ficam se olhando por um tempo, querendo ou não, ficou um clima entre as duas devido ao acontecimento na noite passada.
Will estava parado na frente da mansão. A casa parecia estar vazia, já que, pelo jeito, todos foram até a delegacia prestar os depoimentos contra ele.
Will retira a aliança de seu dedo, analisando a borda interior sob a luz do carro, borda que normalmente cravam o nome do cônjuge, Will cravou a senha do cofre da família:
-Como eu disse, esse casamento me seria útil um dia… – e começa a gargalhar.
-CONTINUA-
Esse Will é uma praga, consegue escapar sempre e está em todos os lugares… impossibilitando os outros de tramarem algo para prendê-lo.
Valerie está sã e salva agora… Será? Acho que não, hein!
Estou sentindo falta do Miguel, quero notícias sobre ele. O rapaz não pode morrer!!
Gente, será que o Will conseguirá roubar a família de Barbara??
Em relação ao capítulo anterior, pois é! pura emoção!
O Will quando tem esses ataques ninguém segura ele rsrs
E em relação ao delegado, plantão e em plena madrugada você imagina o mau humor do cara rsrs
Eh, adorei escrever esses capítulos, eu escrevendo o Will me sinto um psicopata, cada coisa que ele faz rsrs
Mas a trama continua, só clicar no “Próximo” rs
Está aí mais um capítulo da nossa web,
O que será que vai acontecer agora, hein?
Acompanhem hoje a noite na publicação do capítulo sete!
Até mais