Maria Madalena

Capítulo 19 – Maria Madalena

São Paulo – SP
Casa da família Barreto. Sala. Fim de tarde.
Na sala Bárbara Barreto recebe o advogado da família Dr. Ferrazo. Que está responsável pela leitura e legalização do testamento do falecido João Barreto.
BÁRBARA: Pode sentar Dr. Ferrazo – disse apontando para o sofá. O advogado se senta. – Em que posso ajuda-lo? – ela também se senta.
DR.FERRAZO: Vim para marcarmos a data da leitura do testamento do seu falecido marido.
BÁRBARA: Ok! Por mim o quantos antes melhor.
DR.FERRAZO: Sim, mas como já havia comentado seu marido deixou estabelecido que a leitura só fosse realizada 4 meses após sua morte.
BÁRBARA: Eu não sei o porquê disso, mas se não temos outra alternativa.
DR.FERRAZO: Não, não temos. Já se passou quase um mês, então podemos marcar para daqui a 13 semanas. Pode ser?
BÁRBARA: Pode sim. Mais a onde será realizado a leitura?
DR.FERRAZO: Pode ser aqui na sua casa mesmo se a senhora não se incomodar.
BÁRBARA: Sem problemas, acho que vai ser até melhor.
DR.FERRAZO: Ok então, vou informas as todas as pessoas que deveram estar presentes no dia.
BÁRBARA: Como assim outras pessoas – disse levantando-se exaltada – Achei que seriamos só você, o Lucas e eu.
DR.FERRAZO: Não, há mais pessoas que deveram estar presentes.
BÁRBARA: Acho que eu não entendi direito.
DR.FERRAZO: Além da senhora e do Lucas, terão que está presentes o Sr. Edgar Gouveia, o Sr. Júlio Barreto e, a senhorita Maria Madalena.
BÁRBARA: Ela Não! De jeito nenhum que essa mulherzinha vai por os pés na minha casa!
DR.FERRAZO: Então podemos marcar em outro lugar, pode ser no meu escritório.
BÁRBARA: Você não entendeu Dr.Ferrazo, essa mulher não vai esta presente na leitura do testamento, ela não tem nenhum direito.
DR.FERRAZO: Mais ela precisa está, ou a leitura não poderá ser realizada.
BÁRBARA: Então que não tenha.
DR.FERRAZO: Mais o João Barreto deixou estabelecido que se a leitura não for realizada em até seis meses que o dinheiro dele seja dividido entre instituições de caridade.
BÁRBARA: Como assim! E você acha mesmo que eu vou deixar isso acontecer. Eu conheço meus direitos e não vou ficar sem lutar por eles.
DR. FERRAZO: Sim a senhora pode e dever lutar por seus direitos, mas do mesmo jeito que a senhora tem direitos a Maria Madalena também tem. Não é m…
BÁRBARA: Que direitos que ela tem?
DR. FERRAZO: O filho dela que tem.
BÁRBARA: Filho! E quem garante que ele é mesmo filho do meu marido.
DR. FERRAZO: O exame de DNA que seu marido mandou fazer antes de morrer.
BÁRBARA: Que exame? Eu quero ver esse exame.
DR.FERRAZO: E vai, ele está anexado ao testamento.
Bárbara: Tudo bem então, eu vou esperar pelo testamento, mas já vou deixar claro que não vou deixar que essa tal de Maria alguma coisa fique com um centavo se quer do dinheiro do meu marido.
DR. FERRAZO: A senhora está em seu direito.
BÁRBARA: E o senhor vai me ajudar nisso?
DR. FERRAZO: Eu não posso.
BÁRBARA: Como assim não pode?
DR.FERRAZO: Seu marido me pediu que eu ajudasse a senhorita Maria Madalena no que ela precisasse e eu não posso ir contra o ultimo pedido que ele me fez.
BÁRBARA: Eu não acredito que você vai fazer uma coisa dessas comigo e com o Lucas.
DR.FERRAZO: Mais…
BÁRBARA: Mais nada, se você não for dizer que vai ficar do meu lado é melhor você ir embora! – disse levantando a voz para o advogado.
DR.FERRAZO: Pois bem! – disse, e em seguida se encaminha para a porta e se retira.
Bárbara se enfurece ao ver o advogado ir embora e principalmente pelo que ouviu do advogado. Ela pega um vaso de flores e joga na parede. O vazo se quebra em vários pedacinhos.
Em seguida ela pega outro e joga também, gritando enfurecida.
BÁRBARA: Ela não vai ficar com o que é meu! Eu não vou deixar.
ARES STREET BAR. Salão. Fim de tarde.
Maria Madalena se vira para olhar para o homem que tinha acabado de chegar.
LUAN: Oi Vinicius! Essa garota veio pela vaga.
VINICIUS: O Sal que… – mais ao olha para Maria Madalena e fica encantado com a beleza dela e não completa a frase.
MARIA MADALENA: Oi!
VINICIUS: O… Oi… Tudo bem?
MARIA MADALENA: Espero que sim – ela sorrir.
Vinicius perde o fôlego ao vê-la sorrindo.
ANITA: Maria eu já… – ela para ao ver Vinicius no salão.
VINICIUS: Oi… Oi Anita! – disse se recuperando.
ANITA: Oi Vinicius! Essa é a Maria ela veio p…
VINICIUS: O Luan já me falou, pelo emprego né?
MADALENA: Sim!
VINICIUS: O Sal que vai ver isso – disse se encaminhado para perto do bar. Ela para na porta e olha para Maria Madalena – Muito prazer garota e boa sorte para você.
MADALENA: Obrigado! – disse, sorrindo.
Vinicius entra pela porta e respira fundo.
Agência de turismo. Sala do Lucas. Fim de tarde.
Beto e Lucas estavam em reunião para discutindo os últimos contratos fechados pela agência durante os dias em que Lucas se ausentou.
Ao fim da reunião, Beto se levanta e se encaminha para porta, mais antes de sai.
BETO: Você já falou com o Guido?
LUCAS: Ainda não…
BETO: Ele me chamou para ir numa baladinha sexta a noite, você deveria ir também. Seria uma boa oportunidade para colocarmos a conversa em dia.
LUCAS: Em uma balada? Como que vamos conversar em uma balada?
BETO: Conversando… Então você vai também?
LUCAS: Não sei se estou com animo para balada.
ARES STREET BAR. Escritório de Vinicius. Fim de tarde.
Vinicius está deitado no sofá em sue escritório, sem entender o que estava sentido, sem entender porque todo vez que fecha os olhos ver o rosto da garota que acabou de conhecer.
Alguém bate na porta e entra.
SAL: Eu vi que você já tinha cegado – ele para de falar ou ver que Vinicius estava deitado no sofá – Aconteceu alguma coisa?
VINICIUS: Não sei!
SAL: Como assim?
VINICIUS: Deixa pra lá – disse, se levantando.
SAL: Eu… Você vai usar o escritório?
VINICIUS: Não por quê? – disse se aproximando de sua mesa e pegando uma prancheta.
SAL: Porque vou entrevistar uma garota para a vaga de atendente.
VINICIUS: Não, pode usar, eu vou conferir o estoque.
Vinicius caminha até a porta mais para antes de sair.
VINICIUS: Sal! – Sal olha para ele – contrate essa garota ok.
SAL: Porque, você a conhece?
VINICIUS: Não, mais quero muito conhecer – disse sorrindo e saindo do escritório.
ARES STREET BAR. Salão. Fim de tarde.
Maria Madalena está sentada no bar, esperando por Anita para contar o resultado da entrevista.
Anita entra no salão e vai logo se sentando do lado da nova amiga.
ANITA: E ai, como foi?
MADALENA: Acho que foi muito bem.
ANITA: Como assim acha?
MADALENA: Foi bem. Eu foi contratada!
Anita se levanta e abraça Maria Madalena.
ANITA: Desculpa! – disse, soltando Maria Madalena – As vezes me empolgo.
MADALENA: Imagina! A partir de agora vamos ser colegas, e amigas no que depender de mim.
ANITA: No que depender de mim também! Mais me diz quando é que você começa?
MADALENA: Na sexta! – disse toda animada.
ANITA: Eu não disse que hoje era seu dia de sorte.
MADALENA: Parece que é mesmo. Agora só falta arrumar um lugar para ficar, porque fica em hotel é muito caro.
ANITA: Olha ai a sorte mais uma vez ao seu favor – Madalena fica sem entender – Eu e um amiga estamos procurando mais uma pessoa para dividir o apartamento. Você não quer morar com agente.
MADALENA: Claro!… Mais não vai dar, eu tenho um filho e ele vai vir morar comigo também.
ANITA: Deixa de ser boba menina, seu filho vai ser muito bem vindo também.
MADALENA: Verdade!
ANITA: Claro, só preciso falar com minha amiga antes. Mais tenho quase certeza que a Aleluia não vai se incomodar.
MADALENA: Aleluia!
ANITA: É! É engraçado mesmo, mais é o nome que a mãe colocou nela. Cada um com p seu nome né. Passa amanhã a tarde lá em casa ai conversamos tudo com mais calma.
ARES STREET BAR. Estoque. Inicio de noite.
Vinicius está conferindo o estoque e Sal chaga por traz falando.
SAL: Agora eu entendo o porquê você estava daquele jeito. E o porquê de você querer que eu a contratasse.
VINICIUS: E contratou? – perguntou ansioso.
SAL: Claro, mesmo que você não pedisse.
VINICIUS: Por quê?
SAL: Como porque, você viu aquele sorriso dela, quem consegue dizer não para ela.
VINICIUS: Sem contar aquele corpo, aqueles olhos…
Continua…

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