Maria Madalena

Capítulo 13 – Maria Madalena

São Paulo – SP
Mansão da família Barreto. Quarto de Bárbara. De manhã.
Edgar cruza as penas e passa a mão no queixo.
BÁRBARA: E eu posso saber qual seu interesse nisso?
EDGAR: Todo, afinal o destino da empresa depende desse testamento, além de que o meu filho é um dos principais herdeiros.
BÁRBARA: O que?
EDGAR: Isso mesmo que ouviu, ou você achou mesmo que eu não sabia que o Lucas é meu filho.
BÁRBARA: Não seja ridículo! De onde que você tirou uma ideia dessas?
EDGAR: Bárbara não me trate como se eu fosse um criança. Depois que você me deixou para ficar com o João você logo apareceu gravida. O clássico golpe da barriga. E eu tenho certeza que você me usou para engravidar.
BÁRBARA: Eu não estou ouvindo isso!
EDGAR: Você acha que eu não sei que foi só uma noite que você passou com o João antes de aparecer gravada – ele se levanta – Você se esqueceu que ele era meu melhor amigo mesmo antes de te conhecer. Ele me contava tudo.
BÁRBARA: Tudo o que?
EDGAR: Tudo. Com por exemplo de como você se aproveitou de que ele estava bêbado para seduzi-lo e dormir com ele. E lembro muito bem que nos dias seguintes a esse, você me procurou varia vezes. Provavelmente tentado garantir que estava gravida.
BÁRBARA: Eu tenho certeza que ele não te disse isso.
EDGAR: Não com essas palavras. Pobre João, nem imagina que quando desabafava comigo, estava desabafando com o amante de sua esposa.
BÁRBARA: Amante não, desde que me casei com o João nunca fui infiel a ele.
EDGAR: Não comigo, mas como vou saber que não teve outros, se você foi capaz de me usar para se aproximar do João e depois que consegui o que queria me abandonou.
BÁRBARA: Já chega dessa conversa. O passado é passado.
Edgar sorri para Bárbara.
BÁRBARA: E para que fique bem claro! O Lucas não é seu filho. Tire essa ideia de sua cabeça.
EDGAR: Vai achando que vou esquecer disso, eu já esperei muito tempo por essa verdade, e eu vou tirar essa história a limpo pode esperar.
BÁRBARA: O que você vai fazer?
EDGAR: DNA, já ouviu falar?
BÁRBARA: Eu te proíbo de fazer isso.
EDGAR: E quem é você para me proibir de alguma coisa – disse indo em direção à porta do quarto de Bárbara – E se é verdade que ele não é meu filho, você não tem com o que se preocupar não é!
Edgar abre a porta e sai do quarto de Bárbara.
Bárbara pega um travesseiro e joga em Edgar, mas o travesseiro bate na porta já fechado por Edgar.
BÁRBARA: Cachorro!
Ilha Comprida – SP
Casa de Maria Madalena. Quarto. De manhã.
Maria Madalena acorda e percebe que esta sozinha na cama. Ela se levanta e vai ao banheiro ver se encontra o Lucas. Ao percebe que ele já tinha ido volta para cama.
De sua cama ela ver um bilhete na mesinha de cabeceira da cama e para ler.

 

Citação :
“Maria Madalena
Precisei volta para São Paulo. Mas volto ainda hoje, tenho uma coisa muito importante para conversar com você.
Acredito que até o fim do dia já estarei de volta.
Me desculpe por sai sem falar com você, mas não tive coragem de acorda-la.
Adorei nossa noite.
Beijos!
Lucas.”

MADALENA: Como eu sou burra, como não percebi que era só isso que ele queria.
Ela abraça o travesseiro e começa a chorar, achando que o Lucas tinha conseguido o que queria, transar com ela.
MADALENA: E ainda teve a coragem de deixar um bilhete dizendo que volta. Até parece que volta mesmo.
Maria Madalena se lembra de uma outra situação semelhante a essa pela qual passou, onde após passar a noite com Nuno, João Barreto, ele a deixou dormindo no hotel e deixou um bilhete se despedindo, dizendo que precisou voltar para São Paulo e que voltaria logo. Isso a 8 anos, até hoje não voltou.
Ela começou a rir ao comparar os dois casos.
MARIA MADALENA: Pelo menos essa foi uma noite incrível – ela continua rindo.
São Paulo – SP
Casa da família Gouveia. Área da piscina. De manhã.
Edgar chega em casa e vai direto para área da piscina, pois sabe que sua esposa adora passa o dia na piscina, ou tomando sol.
Ele só não espera encontrar um marmanjo nadando em sua piscina.
Na piscina, Guilherme está nadando e ao perceber a presença de um homem a observa-lo e fica em pé na piscina para ver quem era.
GUILHERME: Posso ajuda-lo em alguma coisa? – ele pergunta.
EDGAR: E que pergunto se isso. E quem seria você?
GUILHERME: Meu nome é Guilher…
EDUARDA: Pai! – disse Eduarda abraçando o pai.
Eduarda estava na cozinha pegando um suco para ela e para seu marido e ao ver seu pai em pé próximo à piscina correu para evitar que ele e seu marido se estranhassem.
EDGAR: Oi minha filha, tudo bem com você?
Guilherme ao ouvir Eduarda chamar o homem de pai, sai da piscina.
EDUARDA: Claro pai. Mas estou magoado com senhor, que nem estava em casa para receber quando cheguei sexta feira da Itália.
EDGAR: Minha filha, você sabe como são os negócios, eu não tinha como adiar. Mas agora estou aqui – disse abrando-a novamente – E como foi de viagem.
EDUARDA: Muito bem.
Guilherme se aproxima dos dois, agora vestindo um roupão de banho.
EDUARDA: Pai, esse aqui é o Guido – desse apontando para ele – Meu Marido.
EDGAR: Seu o que?
EDUARDA: Meu marido!
GUILHERME: Muito prazer conhece-lo senhor – desse esticando a mão para cumprimentar o pai de Eduarda.
Edgar não pego na mãe de Guilherme.
Ilha Comprida – SP
Casa de Maria Madalena. Quarto. De manhã.
Maria Madalena esta sentada na cama de seu quarto falando no celular com alguém.
MADALENA AO TELEFONE: Foi exatamente como te contei, foi embora de fininho e me deixou dormindo… O bilhete? Ele disse no bilhete que voltava, mas não ponho minha mão no fogo por isso não… Eu não sei, talvez… Bom preciso desligar. Tchau. Beijo.
Ela desliga o telefone e vai para o banheiro tomar banho.
São Paulo – SP
Apartamento do Beto. Sala. De manhã.
Lucas está sentado no sofá esperando Beto que esta na cozinha pegando duas xícaras de café.
Beto volta para a sala e entra uma das xícaras par Lucas.
BETO: Mais me conta como foi que isso aconteceu?
Lucas bebe um gole de café e depois responde a pergunta do amigo.
LUCAS: Eu não sei explicar, depois que sai daqui não conseguia para de pensar nela, e no que você falou. Quando me dei conta já estava batendo na porta dela.
BETO: E?
LUCAS: E que na nora que ela abriu a porta eu não consegui me segurar e já fui beijando ela. E quando dei por mim, já estávamos na cama.
Beto sorrir vendo a expressão de bobo apaixonado de Lucas. Depois bebe um gole de café.
LUCAS: Quando me toquei do que tinha acabado de acontecer já era de manhã e eu esta deitado na cama do lado dela, vendo-a dormir… Ela é estava tão linda.
BETO: E como foi hoje de manhã quando ela acordou?
LUCAS: Não sei.
BETO: Como não sabe?
LUCAS: E sai da casa dela antes dela acordar, mas deixei um bilhete dizendo que voltava.
BETO: E você vai voltar?
LUCAS: Claro que vou, não vou conseguir ficar sem vê-la logo.
BETO: Eu já imaginava isso.
LUCAS: Como assim?
BETO: Será que você não percebe. Você está completamente apaixonado por ela.
LUCAS: Acho que não consigo mais negar isso. Tudo que eu quero esta com ela novamente, tê-la em meus braços.
BETO: E você contou para ela quem você é de verdade,  sobre seu pai?
LUCAS: Não, mas vou fazer isso hoje a noite.
BETO: E você não tem medo da reação dela?
LUCAS: Claro que tenho!… Mas é tudo muito estranho, agora mesmo sinto falta dela.
BETO: E você não liga dela ter se envolvido com seu pai?
LUCAS: Não mais, isso é mais forte que eu.
BETO: Mais ontem mesmo você passou aqui e me disse que ela era uma vagabunda.
LUCAS: Eram meus ciúmes falando isso.
BETO: você tem certeza disso.
LUCAS: Não. Mais o que eu posso fazer se toda vez que ela sorrir me coração se enche de felicidade. Se quando eu fecho os olhos é a imagem dela que eu vejo. Se quanto mais eu tentava afasta esse sentimento, mas eu me apaixonava por ela.
BETO: Você esta mesmo completamente caidinho por ela – disse balançando a cabeça sem se conformar em ver o amigo naquele estado.
LUCAS: Mais não era que você queria, que eu me apaixonasse.
Beto: Sim, mais não que virasse um bobo. E a Ester, como fica nessa historia.
LUCAS: Eu não tenho outra escolha, tenho que contar a verdade, era merece a verdade depois de tanto anos, eu não posso seguir em frete sem antes por um fim nessa história.
BETO: Boa sorte então meu amigo – disse, depois bebeu o gole de café.
Casa da família Gouveia. Sala. De manhã.
Edgar e Elizângela estão conversando sobre esse recente e inesperado casamento de sua filha Eduarda.
Eduarda e o marido, Guilherme, ficaram na piscina.
EDGAR: Eu não consigo acreditar que ela fez uma coisa dessa!
ELIZÂNGELA: Eu sei, mais tente entender…
Edgar da um tapa na cara de Elizângela que cai sentada no sofá.
Ela põem as duas mãos sobre o lado do rosto em que levou o tapa.
EDGAR: Entender o que?… E você nem para me ligar, para me avisar, para que eu não fosse pego de surpresa.
ELIZÂNGELA: Esse não era um tipo de cosa para se falar por telefone. E não tenho culpa se você não estava em casa quando ela chegou com o marido. E eu te pedi tanto para que você ficasse.
Edgar pega Elizângela pelos cabelos e a levanta do sofá.
ELIZÂNGELA: Ai!!!
EDGAR: Agora a culpa é minha, você devia saber disso há mais tempo. Eu tenho certeza que você deve ser cumprisse dessa maluquice.
ELIZÂNGELA: Você esta me machucando.
Edgar solta o cabelo da esposa.
ELIZÂNGELA: Eu não tenho nada ver com isso, você acha mesmo que eu queria ver minha filha casada com um desconhecido.
EDGAR: Mais isso não vai durar muito tempo.
ELIZÂNGELA: O que você quer dizer com isso?
EDGAR: Nada por enquanto.
Continua…

 

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