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Vernissage

Vernissage- Capítulo 15

https://www.youtube.com/watch?v=6IvKn5ZG6m8

VERNISSAGE – CAPÍTULO 15:

Participação especial: Jéssica, irmã mais nova de Joana, que veio passar a noite com a irmã.

CENA 01 – NOITE – APARTAMENTO DE HELENA.

CONTINUAÇÃO IMEDIATA DO CAPÍTULO ANTERIOR:

Helena entra no quarto de João Victor

Helena: Misericórdia, esse quarto vive uma bagunça. Não sei como esse guri sobrevive aqui dentro.

Ela começa a mexer nas coisas de João, e acha a buchinha de cocaína.

Helena, perplexa: Não, não pode ser! Meu filho não faria isso.

Close no rosto assustado de Helena.

Helena: João Victor, meu menino! Por que?

Ela senta na cama e começa a chorar.

MAIS TARDE, NA SALA DO APARTAMENTO…

João chega e vê sua mãe sentada no sofá.

João: e aí mãe? Tudo beleza?

Helena: Tudo beleza, João? Você pode me explicar o que significa isso?

Ela mostra a buchinha de cocaína pra ele, que fica assustado.

CENA 02 – NOITE – APARTAMENTO DE ARISTIDES E OFÉLIA

 Aristides chega ao quarta com uma bandeja e um prato de sopa para servir à mulher que está deitada.

Ofélia: Ari! Não precisava se preocupar comigo. Eu já estou melhor.

Aristides: Precisa sim! Deixa eu cuidar de você! E ai como está???

Ofélia: Estou melhorando… Só estou preocupada com o resultado dos meus exames.

Aristides: Pois é, meu amor. Mas tome essa sopinha. Foi feita com muito amor e vai te fazer ficar melhor.

Ofélia: Obrigada, meu amor. – os dois trocam um selinho.

CENA 03 – NOITE – APARTAMENTO DE HELENA

 Helena, nervosa: Anda, João! Estou esperando uma resposta sua.

João: Mãe, eu não sei como isso foi parar aí, eu…

Helena: Me fala a verdade, João Victor. Eu achei isso aqui no seu quarto, no meio de suas coisas. Quem colocaria isso nas suas coisas? A Zoraide, por acaso?

Zoraide, que assistia a discussão: Ih patroinha, me tira fora dessa por que eu não me meto com essas coisas de droga aí.

João: Eu não sei, mãe, talvez os meus amigos tenham colocado lá nas minhas coisas por engano, não sei.

Helena: Falando nisso, seu João, eu só vou falar uma vez só: EU NÃO QUERO MAIS SEUS AMIGOS AQUI EM CASA. A bagunça que vocês fizeram aqui não tem dimensão. E outra, olha o tipo de gente que você ta andando. Usuários de drogas, João Victor. Eu vou acreditar que isso não veio de você e que surgiu no seu quarto por alguma armação dos seus amigos. Mas que eu saiba que você usa isso aqui. Eu acabo com a tua raça. Agora, pelo amor de Deus dá um fim nisso aqui!

João sai com a buchinha de cocaína. Helena senta no sofá com a mão Na cabeça.

CENA 04 – NOITE – CASA DOS BARRETO

 Joana e sua irmã, Jéssica, se preparam pra dormir.

Jéssica: Oh, minha irmã! Como você tá?

Joana: To tão destruída… Minha família acabou. Minha vida acabou.

Jéssica: Mas, Joana. Eu sempre te disse que essa historia um dia seria descoberta da pior maneira possível. Você deveria esclarecer tudo desde o início.

Joana: Você não me entende, Jessica. Eu não podia fazer isso. Eu simplesmente estava de mãos atadas, a cada dia mais envolvida com isso, com esse segredo. Você acha que eu não tinha vontade de contar tudo para o Francisco? Lógico que tinha. Mas ele nunca entenderia. Como não me entendeu agora.

Jéssica: Eu sei que a situação está muito difícil pra você mas, agora, você precisa juntar forças para superar. E outra, você tem o Olavo. Mais do que nunca, ele precisa de você e você precisa dele.

Joana: Essa é minha outra preocupação, minha irmã. O Olavo. Logo saem os resultados dos exames dele, e eu morro de medo que o pior aconteça.

Jéssica: Calma. Vamos pensar positivo, tá. O jeito agora é levantar a cabeça, sacudir a poeira, e se reerguer.

Joana, abraçando a irmã: Oh meu amor! Obrigada por vir passar a noite comigo.

Jéssica: Você lembra quando ainda morávamos juntas e dormíamos no mesmo quarto? Eu brigava com os meus namorados e ia chorar no seu colo.

Joana: Lembro. Você sempre foi namoradeira. Cada dia com um. – as duas riem.

Jéssica: Não. Também não era assim. Então. Você sempre cuidou de mim. Hoje estou retribuindo.

Joana, alisando o rosto da irmã: Você cresceu tanto. E me da tanto orgulho… Mas agora, vamos dormir que já tá tarde.

As duas se deitam e Jessica apagão abajur.

CENA 05 – NOITE – APARTAMENTO DE HELENA.

 Helena está deitada na sua cama, mas não consegue dormir. De repente, alguém bate a porta.

Helena: Quem é?

Mirella, do lado de fora: Oi, mãe… Sou eu, Mirella. Posso entrar?

Helena: Claro, filha. Entra.

Mirella entra no quarto e se deita na cama.

Mirella: E aí, mãe? Como você tá?

Helena: Pois é, minha filha… To na correria. Mas to bem…

Mirella: Tá bem mesmo? É por que a sua carinha não me diz isso…

Helena: Ah! Minha filha… É que minha vida tá tão complicada. Hoje tive uma discussão tão ruim com seu irmão. As vezes me dá vontade de sumir, sabe…

Mirella: Ah.. Não fica assim, mãe… Logo tudo vai se resolver.

Helena: Tomara, minha filha. Ah! Você não me contou como foi a festa.

Mirella: Ai, mãe! Foi tão incrível. Tudo de bom.

Helena: To vendo… Pela sua carinha da pra ver que foi maravilhosa mesmo.

Mirella: Mãe, eu preciso de um conselho.

Helena: Pode falar, filha. Sou toda ouvidos.

Mirella: Então… Eu conheci um rapaz nessa festa. A gente dançou e tal, e rolou nosso primeiro beijo. E eu to apaixonada por ele.

Helena: Nossa, filha, mas já? Apaixonada?

Mirella: Pois é. E ele também está apaixonado, e quer namorar comigo. Mas eu não sei se aceito.

Helena: Filha, como esse rapaz te trata? Você conhece bem ele?

Mirella: Então, mãe, conheci ele na festa. Ele é um rapaz maravilhoso! Lindo, me trata bem, super simpático…

Helena: Filha, faça o que o seu coração mandar. Eu, no seu lugar o conheceria melhor, por mais que ele não gostasse, pediria para esperar um pouco. Mas você já é adulta. Só procure não se machucar ok?

Mirella: Ta bom mãe… Ah! Outra coisa… Posso dormir aqui com você?

Helena: Dormir comigo? Olha o seu tamanho, dona Mirella! – as duas riem

Mirella: Tá bom… To indo pra minha cama…

Helena: Não… Mentira, deita aqui com a mãe.

As duas se deitam e Helena abraça Mirella por trás.

Helena: Meu bebezão. Te amo tanto!

Mirella: Também te amo, mãe.

As duas dormem.

AMANHECE O DIA EM ESPERANÇA. E OS TRABALHOS DE DIVULGAÇÃO DA EXPOSIÇÃO. EM VÁRIOS PONTOS DA CIDADE HÁ OUTDOORS ANUNCIANDO O EVENTO.

CENA 06 – DIA – GALERIA ART’VIDA – SALA DE HELENA:

 Helena: e então, Daniel? Quase tudo pronto para o nosso evento.

Daniel: Pois é, Helena. Para a Vernissage já está tudo encaminhado também.

Helena, perplexa: Ótimo. Logo, logo você se vê livre de mim.

Daniel: Não fala assim, Helena. Você é uma pessoa maravilhosa, mas nós não conseguimos mais conviver juntos. Eu estou fazendo isso justamente pensando na sua felicidade também

Helena: Você? Pensando na minha felicidade? Conta outra, Daniel. Mas, deixa pra lá. Bom, vamos trabalhar que temos muito a fazer ainda.

Daniel: Ok.

Daniel sai da sala. Helena fica olhando para o nada pensativa.

CENA 07 – DIA – APARTAMENTO DE BRUNO:

 Bruno e Fernanda estão tomando café e conversam:

Fernanda: Que ódio daquela Helena. Não vejo a hora de me casar com o Daniel e acabar logo com isso

Bruno: Calma, meu amor. Ta chegando o nosso dia. Daqui a pouco você estará livre desse povo todo.

Fernanda: É… Mas vou me livrar um pouco antes da Helena

Bruno: Como assim?

Fernanda: Espere e verás.

Bruno: Ih. Não to gostando desse tom.

Fernanda: E não é pra gostar mesmo. Aquela Helena vai ter o que merece.

Cose no olhar maléfico de Fernanda

 FIM DO CAPÍTULO 15

 

Felipe Lima

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