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Vernissage

Vernissage – Capítulo 13

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=6IvKn5ZG6m8

VERNISSAGE – CAPÍTULO 13

AMANHECE O DIA EM ESPERANÇA.

CENA 01 – MANHÃ – SHOPPING:

Rafael e Mirella passeiam pelo shopping.

Rafael: Você está só me enrolando.

Mirella: Não, não é que eu esteja te enrolando. É que ta acontecendo tanta coisa na minha casa, meu irmão dando problema, minha mãe discute com meu pai…

Rafael: Mas, poxa… Eu me declarei pra você. É só você me falar que sim ou que não.

Mirella: Não. Não é bem assim. Eu quero pensar bem. Com calma. Por favor, me dá esse tempo.

Rafael: Tá, tudo bem. Eu espero. Mas que eu seja bem recompensando pela espera hein.

Mirella: E será. – ela dá um beijo no rosto do rapaz.

Os dois continuam a caminhar pelo shopping

CENA 02 – MANHÃ – APARTAMENTO DE OFÉLIA:

Ofélia, no telefone: Oi. Helena? Sou eu, mamãe.

Helena, do outro lado da linha: Oi, mamãe tudo bem?

Ofélia: Filha, vem almoçar com a mamãe, hoje.

Helena, do outro lado da linha: Ih mãe, não da não. To cheia de trabalho aqui por causa da exposição e do Vernissage.

Ofélia: Poxa, filha. Você nunca vem almoçar com sua mãe. Hoje seu pai não está em casa, foi para a capital, e eu to sozinha. Vem filha!

Helena, do outro lado da linha: Ai, mãe ta bom. Eu vou.

Ofélia: Isso! Vou fazer aquele strogonoff de carne com bastante champignon que você adora.

Helena, do outro lado da linha: Eita, agora que eu vou hein.

Ofélia: To te esperando ta?! Beijos, tchau!

Helena, do outro lado da linha: Beijo, mãe. Tchau.

Ofélia desliga o telefone.

CENA 03 – MANHÃ – CASA DA FAMÍLIA BARRETO:

 Joana está sentada na cama e tenta ligar para Francisco.

Joana: Atende, Francisco… Atende…

Finalmente ele atende.

Francisco, do outro lado da linha: O que você quer, Joana.

Joana: Francisco, por favor. Eu só quero conversar com você.

Francisco, do outro lado da linha: Eu não tenho mais nada pra conversar com você.

Joana: Tem sim! Você precisa me ouvir. Você precisa saber o que realmente aconteceu.

Francisco, do outro lado da linha: Eu já sei de tudo, Joana. Está tudo escrito naquele diário que eu li.

Joana: Não! Aquele diário é muito superficial. Mas eu preciso conversar com você. Me fala onde você está e eu vou até aí, não precisa você vir aqui.

Francisco, do outro lado da linha: Ahhh. Tudo bem. Eu estou naquele hotel em frente a Praça das Três Cruzes. E o Olavo, como está?

Joana: Ele está bem. Está na escola já. Vou aí! – ela desliga o telefone.

Close no olhar aflito de Joana

CENA 04 – MANHÃ – GALERIA ART’ VIDA:

 Helena está em sua sala em sua sala e entra Daniel.

Daniel: Bom dia, Helena. Posso entrar?

Helena: Bom dia, Daniel. Pode, sim.

Daniel: Eu só queria saber se você já escolheu os convidados para o vernissage.

Helena: Ainda não. Eu ainda estou na duvida, pois são tantos especialistas e jornalistas conhecidos nossos.

Daniel: Pois é. Era isso que eu estava pensando.

Helena: Mas isso é o de menos agora. E o tema da exposição será o que? Qual obras apresentar?

Daniel: Eu estava pensando em fazer uma exposição sobre a nossa cidade, esperança. O que você acha? Temos várias pinturas ótimas sobre a cidade.

Helena: É. Legal, pode ser. Boa idéia. Acho que vai ser uma boa exposição.

Os dois continuam conversando em OFF.

CENA 05 – MANHÃ – APARTAMENTO DE BRUNO:

 Bruno e Fernanda conversam.

Fernanda: Aquela sonsa da Helena ta organizando a exposição com o Daniel. Você acredita que ela quer fazer um vernissage antes da exposição?

Bruno: Um verni o que?

Fernanda: Vernissage, Bruno. É uma pré exposição, que é restrito a convidados, antes da exposição oficial que é aberta ao publico.

Bruno: Ahh. Gente, mas que frescura, né? Pra que tanta coisa? Faz logo essa exposição e entrega logo essa galeria.

Fernanda: Eu já saquei a dela, Bruno. Ela quer comover o Daniel. Ela ainda ta achando que tem esperança pro casamento dela. Mas, sabe, que esse evento restrito é bom?

Bruno: Bom pra quê?

Fernanda: Eu estou com algumas ideias aí… Quem sabe, dar um sustinho na Helena.

Bruno: Como assim, Fernanda. O que você vai aprontar? Vê lá hein!

Fernanda: Calma, Bruno, não é nada demais. É só uma brincadeirinha. Mas minha mente ta fervilhando aqui!

Close no sorriso maléfico de Fernanda.

CENA 06 – HORA DO ALMOÇO – APARTAMENTO DE OFÉLIA

 Ofélia e Helena estão conversando e rindo.

Ofélia: Ontem sua irmã me ligou.

Helena: Serio? Que bom, como ela tá?

Ofélia: Ela está bem. Ela vem embora para o Brasil

Helena: Gente, mas que maravilha!

Ofélia: Pois é. Ela vai ser transferida na empresa, disse que em até dois meses ela vem pra cá.

Helena: Nossa, que bom.

Ofélia: E você, minha filha. Como você está?

Helena: Ah… Vou indo…

Ofélia: Filha, você acha que é seguro vender a sua parte na galeria?

Helena: Mãe, não sei se é seguro. Mas é o melhor a ser feito. Pela minha vida.

Ofélia: Sei lá, filha. Parece que não é tão seguro. Mas seu pai me disse ontem que você é adulta. Mas que eu me preocupo com você, ah! Meu preocupo.

Helena: Eu sei mãe. E agradeço muito por isso. Mas vamos almoçar né? Cadê o Strogonoff? To salivando só de pensar nele.

Ofélia: Ta bom! Vou la buscar.

CENA 07 – TARDE – APARTAMENTO DE HELENA:

 João Victor recebe os amigos em casa. Eles começam a fazer bagunça e colocam o som alto tocando rock.

Zoraide: João Victor. O que está acontecendo aqui?

João: Zoraide, é melhor você ir pra cozinha. – a empregada sai e eles continuam a bagunçar

Um dos amigos de João mostra droga pra ele.

Thiago: Toma ai amigo, curte ai.

João: Cara, isso é cocaína? Na minha casa não. Eu já falei que não quero cair nessa. Esconde isso ai, se a empregada vê ela conta pra minha mãe.

Thiago: Ta bom, já guardei. – o rapaz se afasta dos outros sem ser visto e vai até O quarto de João.

Lá…

Thiago: Tá na hora de ensinar o filhinho da mamãe a ser um homem de verdade.

Ele esconde a buchinha de cocaína nas coisas de João. Ele sai correndo de lá.

CENA 08 – APARTAMENTO DE OFÉLIA – TARDE:

 Helena: Esse almoço me fez um bem danado.

Ofélia: Viu! Eu te disse. Comida de mãe faz muito bem.

Helena: É… Ta bom.

Ofélia: Filha, eu não to muito bem, eu acho que… – ela desmaia

Helena, socorrendo a mãe: Mãe, mãe… Ai Meu Deus.

Ela apoia a mãe no ombro e a leva para o elevador do prédio.

Embaixo, na portaria, ela sai do elevador e pede ajuda para o porteiro, que a ajuda até o carro dela.

Ela entra no carro e a leva para um hospital.

CENA 09 – TARDE– HOTEL:

 Joana foi encontrar com Francisco.

Francisco atende a porta: O que você quer aqui

Joana: Eu vim aqui para conversarmos. Civilizadamente.

Os dois ficam se olhando.

FIM DO CAPÍTULO 13

Felipe Lima

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