Capítulo 36 – Maldito Amor
Já está anoitecendo em Cuiabá quando Laura e Carlos descem da moto dele e
entram no parque Monte Alegre, logo reparam em um homem de boné se
aproximando.
Carlos: Não estou entendendo Laura, por que estamos aqui?
Laura: Já vai saber lindinho. Quero te apresentar um amigo.
Carlos: Amigo? Quem é esse homem?
Laura: Esse aqui é o Juca, era amante da minha mãe. Ele é um traficante de
drogas muito perigoso e cruel, é ele que vai nos ajudar executando a morte
do Jorge.
Carlos: Você tá louca? Como vai confiar num bandido desse?
Juca: Me pagando bem, faço qualquer serviço.
Laura: Não se preocupe com isso Juca, você vai receber uma boa quantia se
fizer tudo corretamente.
Carlos: Como encontrou esse cara Laura?
Laura: Eu sei o esconderijo dele aqui em Cuiabá e sei que o Juca faz tudo por
dinheiro. Essa vai ser a nossa chance de destruir a vida do Roberto.
Carolina termina mais um dia de trabalho e ao chegar na sua casa encontra
Maria e José na sala.
Carolina: Mãe?
Maria: Oi filha! Juntei uma grana pra passagem de avião e vim te fazer uma
visita.
Carolina: Que surpresa boa mãe! E como está a Bia, o Zeca e os meus
sobrinhos?
Maria: Estão bem, eles vão se mudar pra casa nova que o Zeca construiu. E
você filha, está feliz aqui em São Paulo?
Carolina: Quero aproveitar e dar uma ótima notícia. Fui no médico hoje de
manhã e ele confirmou. Estou grávida mãe! Estou grávida!
Maria: Há! Há! Então vou ter mais um netinho, que bom filha!
José: Então é verdade Carolina? Eu pensei que você estava tomando pírola pra
não engravidar! Eu não queria ter um filho agora! Sabe muito bem que estou
pagando as parcelas do carro, o aluguel da casa e esse filho vai ser mais uma
despesa!
Carolina: Teve alguns dias que acabei me esquecendo de tomar a pírola, mas
não se preocupe com as despesas, vou te ajudar, tenho meu trabalho na
lanchonete.
José: Não quero mais você trabalhando naquela lanchonete!
Maria: Por que a minha filha não pode trabalhar, hein José?
José: Porque aqueles clientes devem se aproveitar dela, ela está voltando
muito tarde pra casa, aliás eu até duvido que esse filho seja meu.
Carolina: Cala a boca José! Você está me ofendendo! Eu sempre fui fiel a você!
Eu não vou deixar de trabalhar, sempre trabalhei honestamente e vou
continuar assim! Não vou ficar trancada nessa casa como uma prisioneira!
José: Pois eu não vou suportar mais isso! Sou seu marido e tem que me
respeitar! Vai ter que tirar essa criança, quero que faça um aborto.
Carolina: Não vou tirar meu filho! Não vou, entendeu?
Maria: Pare com isso José! Pare de maltratar a minha filha!
José: Maltratar? É ela que maltrata! Me despreza! Sei muito bem que ela
ainda ama o Roberto! Mas não quero discutir isso agora, cheguei cansado do
trabalho e vou tomar um banho pra relaxar.
Carolina: Mãe, eu não aguento mais ele! Está sendo um inferno! Venha morar
comigo, por favor!
Maria: Não filha. Eu só vou passar alguns dias por aqui e logo volto pra Cuiabá.
Carolina: Mãe, eu preciso da senhora aqui comigo!
Maria: Eu não posso Carolina. Gosto demais de Cuiabá, não quero sair do meu
cantinho, tenho que cuidar do meu bar. Mas quando quiser as portas lá de casa
vão estar abertas pra você.
Carolina se consola abraçando a mãe.
Continua no próximo capítulo…