Capítulo 35 – Maldito Amor

Carolina chega na lanchonete e encontra Lúcia no balcão.

Carolina: Bom dia senhora Lúcia.

Lúcia: Bom dia Carolina. Por que demorou tanto pra chegar? Eu já estava
 preocupada com você.

Carolina: Me desculpa pelo atraso, é que passei no médico essa manhã.

Lúcia: Mas você está doente?

Carolina: Não, só queria confirmar uma coisa. Estou grávida, agora tenho 
certeza.

Lúcia: Grávida? Parabéns Carolina, espero que seja uma boa mãe, uma boa
 mãe que eu não fui.

Carolina: Como assim? A senhora já teve filhos?

Lúcia: Sim, na verdade eu abandonei minha filha e meu marido em Cuiabá pra 
ficar com o desgraçado do Juca. A minha filha me odeia, eu sempre fui uma
 péssima mãe, sinto tanta saudades dela.

Carolina: E por que não a procura novamente?

Lúcia: Não tenho coragem, não tenho forças pra isso, ela me disse que nunca
 vai me perdoar e isso dói muito. Me sinto tão fraca, tão sozinha.

Carolina: Não está sozinha, pode contar comigo.

Lúcia: Obrigada Carolina, obrigada por tudo que está fazendo por mim, você
 está sendo uma grande amiga. Vem aqui, me dá um abraço.

Bia e Zeca terminam de pintar alguns cômodos da casa nova e sentam no chão
 com as crianças para descansar.

Zeca: Está ficando bonitinha a nossa casa, né Bia?

Bia: Está mesmo Zeca. Amanhã de noite vamos buscar nossas roupas e o 
restante das coisas pra se mudar logo pra cá.

Zeca: Vamos sim, quero muito se livrar da sua mãe, não aguento mais ela.

Bia: Eu ainda não entendo porque vocês dois brigam tanto.

Zeca: Ela nunca gostou de mim, acho que ela adora infernizar nossa vida.
 Aquela mulher é um capeta em forma de gente.

Bia: Não fale desse jeito na frente das crianças Zeca!

Zeca: Tá bom, desculpa, só falei a verdade, não precisa me bater.

Roberto chega na fazenda Moraes e encontra seu pai tomando café na varanda
 do casarão.

Roberto: Acabou tudo pai. Eu solicitei as demissões dos funcionários, não dá
 mais pra continuar. O laticínio fechou as portas.

Jorge: O laticínio que lutei tanto pra construir, você destruiu meu sonho.

Roberto: Estou pouco me importando com isso, aliás foi melhor assim, eu
 abandonei a minha faculdade de medicina pra cuidar da porcaria dos seus 
negócios.

Jorge: Você é meu único filho, a porcaria dos negócios foi pra te dar um futuro
 melhor!

Roberto: Mentira! Nunca se importou com meu futuro, só se importa com
 dinheiro! Só se importa em preservar o sobrenome dos Moraes, mas isso
não vale nada pra mim!

Jorge: É uma pena que pense  dessa maneira Roberto.

Continua no próximo capítulo…