Capítulo 30 – Segredos de Família

Capítulo 30

 

Cena 1./ Meio dia./ Int./ Mansão Gueiros Morgado./ Quarto de Morgana.

Théo já havia ido embora e Ester saia do banho. Coloca toda sua roupa.

Ester escuta um barulho: Théo? É você?

Ester é surpreendida por Rômulo que tampa sua boca.

Rômulo: Coopera, fica quieta e vem comigo… Agora!

Ester em pânico é levada por Rômulo.

Cena 2./ Meio dia./ Ext. – Int./Morro do Dante./ Pico da Águia./ Perto da pracinha – Casa de Samuel.

Kaio volta para casa depois de ter comprado o remédio. Kaio vê a pracinha destruída. Samuel que passava por ali corre até Kam.

Samuel: Kaio… Kaio, o que houve? Vem comigo!

Kaio é levado por Samuel até sua casa. Kaio em estado de nervos pega no sono por causa de um remédio dado por Samuel.

Kaio acorda aos poucos: Onde estou?

Samuel: Em minha casa!

Kaio: A pracinha… O que aconteceu com ela? Ela estava destruída!

Samuel: Acalme-se, se continuar fique sabendo que não tenho mais calmantes… Já respondendo a sua pergunta, pelo que os moradores me informaram, não foi vandalismo… Foi a mando de seu pai!

Kaio: Meu… Meu pai? Ele destruiu a única lembrança do meu único amor… Único!

Kaio está passando pela porta e Samuel pega em seu braço.

Samuel: Espera… Tente se acalmar, tente pensar antes de falar!

Kaio: Eu sempre respondo na mesma moeda… Se ele, meu pai, não me respeita e não pensa… Eu farei o mesmo!

Kaio sai e Samuel vai atrás.

Cena 3./ Meio dia./ Int./ Prédio abandonado./ Porão.

Rômulo leva Ester para o porão onde vive.

Ester: Me solta, desgraçado!

Rômulo: Se eu te soltar agora… Terei que mata-la!

Ester: Então me mate!

Rômulo solta Ester, que fica parada.

Rômulo: Fique calma… Precisamos conversar, precisamos esclarecer tudo… Todos os motivos… De eu ter fingido minha morte, de tudo que acontece e aconteceu com você!

Ester: Que conversa é essa?

Rômulo: Ester, eu sei de tudo… Tudo, e o que não sabia, eu descobri!

Ester bate palmas: Que palhaçada… Onde estão as câmeras? Você não é você… Até achei engraçado, já pode tirar a mascara… É o Luciano Huck, ou melhor, o Faustão?

Rômulo: Eu sou Rômulo… Rômulo! Eu provo que sei uma coisa das muitas que você sabe… O mascara… Pseudônimo de uma pessoa que Frederick, nosso tio, venera!

Ester: Claro, é você… Você é o mascara!

Rômulo: Eu? Deixe de ser burra, seja esperta… Aquela garota que arquitetou a morte da própria mãe!

Ester: Mentira… Eu nunca fiz isso, nunca!

Rômulo: A é? Então vai dizer também que nunca fez programas ou pior… Que nunca matou ninguém… Ester, aceite… Eu sei de tudo.

Ester fica perplexa.

Ester: Como… Como sabe disso?

Nesse momento, ouvem-se barulhos de salto alto, e uma mulher aparece.

Rômulo: Ainda bem que você apareceu… Agora me ajude a convencer essa cabeça dura que o mal do século não é a depressa, nem sou eu e sim, nossa finada mãe Morgana e toda a sua corja que ainda habita essa terra!

Ester fica pálida: Você!

Cena 4./ Meio dia./ Int./Morro do Dante./ Pico da Águia./ Toca do Fer./ Escritório de Ferdinand.

Kaio e Samuel aparecem no escritório de Ferdinand.

Kaio: Senhor Ferdinand?

Ferdinand: Eu? Filho!

Kaio: Está feliz? Destruiu a única lembrança que eu tinha de meu único amor!

Ferdinand: Não sei do que fala, deve ser coisa desse seu novo amigo que já está bem avisado!

Kaio: Chega!

Kaio quebra tudo.

Kaio: Chega de mentira, seu sem escrúpulos, sem caráter!

Ferdinand: Respeite-me!

Kaio: Seu assassino, traficante dos infernos!

Ferdinand dá um soco na cara de Kaio.

Samuel: Ei!

Ferdinand acerta um soco em Samuel que cai ao chão.

Ferdinand: Está satisfeito Kam? Está?  E você seu pedaço de merda?

Samuel se levanta e começa uma briga com Ferdinand. Ferdinand leva o primeiro soco e no segundo desvia acerta um chute em Samuel. Ferdinand saca o revolver.

Ferdinand: E agora? Não é macho? Vem… Vem me bater!

Ferdinand engatilha o revolver.

Cena 5./ Meio dia./ Int./ Prédio abandonado./ Porão.

Rômulo leva Ester para o porão onde vive. Uma mulher misteriosa aparece. E começa uma longa conversa.

Rômulo: Surpresa Ester? Ficou sabendo por que sei de tantas coisas?

Ester: Selma!

Selma: O que foi? Nunca me viu vestida socialmente?

Ester: É claro que não… Para mim você era uma mera empregada, filha de ciganos… Você não era nada!

Selma: Se precisava saber quem eu era agora sabe… Não sou uma mera empregada, nem muito menos filha de ciganos, tudo o que eu falava eu já sabia, tudo… Tenho coração bom, mas uma incessante sede por justiça!

Rômulo: Nós nos amamos!

Ester: Vocês… Vocês têm um caso?

Rômulo: Namoramos há anos, eu contei tudo a ela que resolveu pôr sua vida em risco naquela mansão!

Ester: O que querem comigo? E do que vocês falam? Quais são as verdades? Respondam-me!

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