Capítulo 32 – Maldito Amor
Carlos e Rodrigo ficam assustados com a entrada de Roberto no escritório do
laticínio Leite Branco.
Carlos: Roberto, o que está fazendo aqui? Não estava viajando de lua de mel
com sua esposa?
Roberto: Estava, mas vim fazer uma surpresa pra vocês, bando de golpistas!
Pensou mesmo que eu não descobriria o desvio de dinheiro na empresa, hein
desgraçado?
Rodrigo: Do que está falando Roberto? Eu te enviei o relatório com os custos
do laticínio.
Roberto: Relatório falso, seu canalha! Nem tente me enganar novamente! Meu
pai desconfiou de tudo e quando cheguei no laticínio reparei a queda da
produção! Eu quero a verdade! Fala a verdade!
Carlos: Calma amigo, a gente pode explicar, mas você tá muito nervoso,
precisa ficar calmo…
Roberto: Cala a boca seu verme! Ainda tem coragem de me chamar de amigo?
Amigo da onça! Minha vontade era te matar, eu quero os dois fora daqui agora!
Roberto pega pela gola da camisa de Carlos e o joga com força no chão.
Roberto: E vão me pagar muito caro por isso, fora daqui! Fora da minha
empresa! Fora!
Carlos e Rodrigo saem rapidamente do escritório enquanto Roberto fica
descontrolado.
Começa anoitecer quando Carolina termina de limpar as mesas da lanchonete
e se despede de Lúcia.
Carolina: Já estou indo senhora Lúcia, até amanhã!
Lúcia: Pode ir Carolina, ótimo trabalho hoje! Boa noite querida.
Carolina pega sua bolsa e sai da lanchonete. Ela caminha pelas ruas em direção
ao ponto de ônibus, mas alguém puxa seu braço de repente.
Carolina: Juca?
Juca: Pensou mesmo que escaparia de mim, né?
Carolina: Mas a Lúcia me disse que você tinha ido embora de São Paulo!
Juca: Não vou embora sem você! Quero você comigo, sinto tanta saudades do
seus beijos morena, volta pra mim, foge comigo?
Carolina: Nunca! Eu só tenho nojo de você! Esquece que existo, entendeu?
Juca: Ah não, é melhor me obedecer ou vai ser muito pior pra você!
Carolina: Me solta! Me solta ou eu vou gritar!
Juca: Pode ir, vai! Mas escuta uma coisa: Isso não vai ficar assim, eu voltarei.
Juca solta Carolina e sai apressado com um boné na cabeça, logo ele some pela
escuridão das esquinas do centro de São Paulo.
Zeca chega na pequena casa de bambu da dona Maria e como sempre faz,
abraça os filhos.
Zeca: Bia, que bom que você já chegou!
Bia: O que foi Zeca?
Zeca: O senhor Jorge nos deu uma folga amanhã! E quero aproveitar o
momento pra gente ir até a casa nova pintar as paredes!
Bia: Ótima idéia! Amanhã vamos todos juntos então pintar a casa nova! Estou
muito ansiosa pra morar logo lá! Mãe, vai lá nos ajudar, vai?
Zeca: Bia, não é pra convidar essa velha chata! Quero distância dela!
Maria: Pois eu vou sim! Quero conhecer essa casa! Deixa o endereço anotado
aí num papel que amanhã passo lá. Quero ver a porcaria que esse estrupício
construiu.
Zeca: Pois fique sabendo que é uma casinha de tijolos muito bonita construída
com amor e carinho! Bia, tenho certeza que os nossos filhotes vão gostar.
Laura acorda, desce do quarto do casarão da fazenda Moraes e encontra
Jorge na sala.
Laura: Onde está meu marido?
Jorge: Que bom te encontrar sua cadela, eu queria tanto falar com você.
Laura: O que você quer, hein seu velho idiota?
Jorge: Chegou a hora de você confessar o seu crime, piranha!
Laura: O que é isso? Solta o meu braço, está me machucando!
Jorge: Não se faça de boba, eu já sei que foi você que empurrou a Helena
daquele penhasco! Agora confessa que matou minha esposa! Confessa
vagabunda!
Continua no próximo capítulo…