Capítulo 28 – Maldito Amor
Jorge fica chocado com a revelação de Maria e levanta da mesa do bar totalmente
transtornado enquanto Maria chora desesperada.
Jorge: Maria, quem matou minha esposa? Eu preciso saber! Fala!
Maria: Eu não queria contar isso porque não tenho provas, mas eu não aguento
mais esconder, está entalado na minha garganta, eu só quero justiça!
Jorge: O que você sabe Maria?
Maria: Eu estava no parque Monte Alegre aquele dia e escutei uma gritaria,
então fui espiar atrás de uma árvore… eu vi a sua nora empurrando a dona
Helena do penhasco! Eu vi com meus próprios olhos, fiquei muito assustada
e saí correndo dali.
Jorge: A Laura? Então foi ela?
Maria: Eu tenho certeza disso! Foi ela sim!
Jorge: Mas… por que você não contou isso pra polícia? Por que ficou calada, hein?
Maria: Eu não tenho como provar, eu não tenho nenhuma prova senhor Jorge! Eu
só fiquei com medo do que pudesse acontecer, pensei que a Laura fosse
confessar tudo.
Jorge: Isso não pode ser verdade! Não consigo acreditar que a Laura fosse
capaz de matar, ela não pode ter matado a Helena, não tem lógica! A minha
esposa não!
Maria: Eu não quero me meter nessa confusão, eu só contei isso porque não
estava mais aguentando! Me deixa longe dessa confusão, por favor!
Jorge: Maria, espera!
Maria: Eu não vou falar mais nada senhor Jorge! Só espero que um dia a justiça
seja feita. Agora solta meu braço.
Jorge sai do bar pensativo com as mãos na cabeça, muito confuso, entra na sua
camionete e vai em direção da fazenda Moraes.
Logo o dia termina e vem uma nova manhã agitada no centro de São Paulo. Carolina
está servindo o cliente da lanchonete enquanto Lúcia observa pelo balcão.
Carolina: Senhor, aqui está o pastel e o refrigerante que o senhor pediu, bom
apetite.
Cliente da lanchonete: Obrigado.
Carolina volta com a bandeja para o balcão, mas logo o cliente a chama novamente
irritado.
Cliente da lanchonete: Mas moça, que porcaria de pastel é esse? O recheio
tá com muito sal! O gosto tá horrível! Eu não vou pagar isso não!
O cliente bebe um pouco do refrigerante e sai dali furioso reclamando.
Carolina: Senhor, espera, eu posso trocar o pastel!
Cliente da lanchonete: Esquece! Eu até perdi a fome. Esse lugar é um lixo mesmo!
Lúcia: Carolina, deixa ele ir.
Carolina: Mas senhora Lúcia, vai ser um prejuízo.
Lúcia: E o pior que ele tem razão. Os salgados e pastéis que eu preparo
são uma porcaria, do jeito que as coisas vão, vou acabar falindo. Sou péssima
na cozinha.
Carolina: Calma, talvez eu possa ajudar. Sei fazer salgados deliciosos, pode
confiar.
Lúcia: Você sabe?
Carolina: Sei preparar coxinha, pastel, tapioca, e muitas tortas.
Lúcia: Então vamos arriscar.
Carolina: Só preciso que compre alguns ingredientes e temperos.
Lúcia: Faça uma lista neste caderno e vou comprar tudo agora mesmo.
Carolina: Prometo que a senhora não vai se arrepender!
Jorge entra no seu quarto muito abalado e pega um porta-retrato com a foto
de Helena.
Jorge: Não, não pode ser verdade, a Laura, aquela vagabunda! Mas eu vou
esperar o momento certo pra agir e vou te colocar na cadeia Laura.
Continua no próximo capítulo…