Capítulo 27 – Maldito Amor
Carlos está no escritório do laticínio Leite Branco entregando alguns papéis
de balanços e custos da empresa na mesa de Rodrigo para ele assinar.
Carlos: Então Rodrigo, pensou na minha proposta?
Rodrigo: Acho isso muito arriscado! E se alguém desconfiar?
Carlos: Confia em mim! Vai dar tudo certo! É sua grande chance de se livrar
das dívidas, nós temos muito a ganhar!
Carolina caminha pelas ruas do centro de São Paulo e logo entra na veterinária que
seu marido trabalha e fica impressionada com a quantidade de animais presos em
jaulas ou gaiolas espalhados pelo estabelecimento, entre corujas, papagaios, araras,
tartarugas, canários, principalmente cachorros e gatos até ver José segurando um
cão nas mãos.
José: Carolina! Que bom que veio, gostou do local onde trabalho?
Carolina: Nossa José, é muito bicho que tem aqui.
José: É, eu sei, mas é que não tem mais onde colocar. A maioria desses animais
eu encontro abandonados e torturados na rua ou então alguém vem trazê-los.
Sabe que amo os animais e quero ajudar, espero conseguir adotar todos eles.
Carolina: Puxa, não vai ser nada fácil.
José: Mas por que veio aqui?
Carolina: Só queria te contar uma novidade.
José: Novidade?
Carolina: Eu consegui um emprego por aqui perto, Vou trabalhar numa lanchonete,
começo amanhã!
José: Bem, se você quer trabalhar vai em frente. Espero que dê tudo certo. A
gente poderia aproveitar essa noite e sair pra se distrair um pouco, hein?
Carolina: Hoje não José, estou um pouco enjoada, não estou muito bem.
José: Mas você não está doente, está?
Carolina: Não se preocupe, logo vai passar.
José: Vai pra casa descansar, vai!
Carolina: Tá bom, acho que estou precisando descansar mesmo.
Jorge está no bar da Maria bebendo um copo de pinga com limão e chama
Maria do balcão.
Jorge: Maria, mais uma pra mim!
Maria serve Jorge preocupada e logo ele bebe tudo de uma vez.
Jorge: Mais!
Maria: Senhor Jorge! Chega, o senhor já bebeu demais! Até quando vai
ficar desse jeito?
Jorge: Eu preciso beber Maria! Você não entende, mas eu preciso beber pra
curar a saudade que sinto da minha esposa! Você nem imagina o meu sofrimento
depois da morte dela, ela não merecia morrer! Ela não merecia!
Jorge bate forte com as mãos sobre a mesa depois da última palavra e abaixa a
cabeça desesperado.
Maria: É muita dor que sinto! Não estou aguentando mais!
Jorge: Do que está falando?
Maria: Eu sei que empurrou a dona Helena daquele penhasco! Eu sei quem matou
a sua esposa!
Jorge: O quê?
Continua no próximo capítulo…