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Maldito Amor

Capítulo 14 – Maldito Amor

Maria conta a José o que aconteceu com sua filha e o leva até a delegacia. Ele
 encontra Carolina sentada no chão do canto da cela. 

José: Carolina? Sua mãe me contou da injustiça que sofreu, você está bem?

Carolina: Ah José, estou humilhada.

José: Humilhada? Por favor, não chora Carolina ou eu vou chorar também!

Carolina: José, eu quero sair daqui, eu me sinto presa numa gaiola.
 
José: Carolina, sabe que pode desabafar e contar comigo, desde pequenos
 compartilhamos nossa história.

Carolina: Sei, é claro que sei.

José: Lembra-se de quando morávamos em Manaus no Amazonas?
 Das nossas travessuras?

Carolina: Há! Há! Há! Como eu poderia esquecer? Foi uma época maravilhosa!
 Ainda queria ser uma criança na inocência da vida!

José: Me recordo de diversas histórias, eu e você éramos os maiores
 bagunceiros do pedaço! Lembra? A gente jogava bolinhas de papel na
 professora, espirrávamos lama nas pessoas que passavam pela avenida,
 passeávamos de barco no córrego do lixão, e eu adorava assustar a sua mãe
 com baratas e ratos na cozinha! Era tudo uma diversão!

Carolina: É, foi um tempo legal no Amazonas, mas também teve muitas cenas 
tristes, foi uma época difícil.

José: Não vamos nos lembrar disso, temos que recordar dos momentos bons
 que tivemos!

Carolina: Você tem razão!

Carolina e José ficaram algumas horas entre as grades recordando a infância,
 porém ele foi embora assim que o sono atacou. Depois que ele saiu a mãe de
 Carolina aparece para falar com ela
.
Maria: O José sim seria um bom marido para você.

Carolina: O que está dizendo mãe?

Maria: Filha, sabe que o José gosta de você, não sabe? Ele sempre te amou.

Carolina: Mas eu o considero como amigo, mais nada. Infelizmente amo o
 Roberto e não posso mudar o que sinto.

Lúcia está lavando louça na sua casa em São Paulo quando escuta alguém
 batendo na porta, então ela vai atender e ao abrir a porta tem uma grande
 surpresa.

Lúcia: Rodrigo?

Rodrigo: Ainda pensa que vai se livrar de mim? Quero dinheiro Lúcia! Sei muito
 bem que o drogado do Juca te deu uma fortuna!

Lúcia: Mas como você descobriu o meu endereço? Como descobriu seu
 miserável?

Rodrigo: Você é tão burra que deixou um comprovante da residência jogado
 no quarto lá em Cuiabá.

Lúcia: Como tem a coragem de invadir minha casa? Fora daqui vagabundo!

Rodrigo: Há! Há! Há! Só vou sair depois que me der um bom dinheiro para pagar
 minhas dívidas! Por causa das dívidas eu tive que vender a casa, mas o
 dinheiro está acabando!

Lúcia: Eu não vou mais te sustentar! Cansei de te sustentar! Chega! Vai
 trabalhar! Se quiser dinheiro vai ter que trabalhar!

Rodrigo: E você acha mesmo que vai viver numa boa com o dinheiro que aquele
 bandido do Juca ganha com drogas?

Lúcia: Vá pro inferno!

Rodrigo: Você me fez de corno, mas isso não ficar assim! Vou me vingar!
 Primeiro vou te dar uma boa surra e depois vou matar seu amante!

Lúcia corre para seu quarto e Rodrigo a segura pelos cabelos dela, lhe bate
 com muitos tapas no rosto e a joga no chão. Rapidamente Lúcia pega uma 
tesoura com ponta que fica em cima de uma mesinha e vai pra cima de Rodrigo.

Rodrigo: Lúcia, larga essa tesoura!

Lúcia não pensa duas vezes  e lança a ponta da tesoura na barriga de Rodrigo 
cheia de raiva. Ele dá um grito de dor e cai no chão. Ela dá um sorriso e
 começa a dar muitas gargalhadas.

Lúcia: Há! Há! Há!

Lúcia lava as mãos que estão cheias de sangue, logo enfia o corpo de Rodrigo
 dentro de um saco plástico preto e o coloca no porta-malas. Ela sai 
desesperada com seu carro até um lugar deserto longe dali, retira o saco 
do porta-malas e o joga no matagal, entra no veículo e vai embora.

Lúcia: Finalmente estou livre.

Continua no próximo capítulo…

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