Escolhas da Vida

Escolhas da Vida – Capítulo 15

https://www.youtube.com/watch?v=Ai9oDOMTfk4

Capítulo 15

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1.

Na calçada, João ouvindo musica pelo fone do celular, caminha em direção à entrada da universidade. O carro de Matheus para na porta da universidade e Vítor desse do carro.

Matheus: Não preciso nem falar, né? Acabou o curso…

Vítor: Eu sei pai.

João chega na porta da universidade e vê Matheus e Vítor conversando. João reconhece Matheus.

João: Eu não acredito nisso. É ele. É o meu pai.

João fica espantado ao ver seu pai e seu irmão, e os observa. Matheus percebe a presença de João.

Matheus: Acho melhor você entrar.

Vítor: Vai vim me buscar?

Matheus: Hoje não. Eu tenho uma reunião. Mas as regras são as mesmas. Pra casa.

Matheus arranca com o carro. Vitor entra na faculdade e João vai atrás observando ele. Vitor parar e via até João.

Vítor: Qual seu problema? Perdeu alguma coisa em mim?

João: Não. Eu só… Era seu pa… Nada. Esquece.

João sai caminhando.

Cena 2.

Apartamento de Ludmila.

Na mesa do café. Ludmila, Duda e Isabela tomam café juntas.

Ludmila: A Vanessa não tomar café com a gente não?

Duda: Eu passei no quarto dela e ela não estava lá.

Isabela: Ela já deve ter ido trabalhar.

Ludmila: Vocês acham mesmo que eu sou burra, não é? Eu vi ontem vocês duas tentando entrar sem fazer barulho com a Vanessa bêbada igual um gambá.

Duda: Lud você tem que entender que ela é doente.

Ludmila: Eu não tenho que entender nada Duda. Esse apartamento é meu. Eu respondo por vocês perante a síndica. E eu já estou cansada das burradas da Vanessa.

Isabela: Ela está tentando Ludmila. Você nunca pensou em tentar dar uma palavra amiga pra ela. É disso que ela precisa.

Ludmila: Você e a Duda fazem isso toda vez e ela continua do jeito que está. Eu tentei fazer do jeito de vocês e não funcionou, agora vai ser do meu jeito. Próxima vez que ela chegar aqui bêbada, ela pode fazer as malas. Eu vou ora faculdade agora.

Ludmila levanta da mesa e sai.

Cena 3.

Casa de Bruna.

Bruna caminha até o quarto de Laura e sente um cheiro estranho.

Bruna: Filha, você não imagina o quanto foi terrível meu encontro. Que cheiro é esse?

Laura: Cheiro de que?

Bruna: Não sei. Seu quarto ta fedendo a mato queimado. Você ta fumando maconha?

Laura: Claro que não. Você está sentindo o cheiro do meu incenso. Pra tirar os maus fluidos.

Bruna: E precisa feder tanto assim?

Laura: Não fede. Você que não está acostumada. Agora fala do seu encontro. Vampirão passou o dente no seu pescoço.

Bruna: Deus me livre. Sabe quem era o Vampirão? O seu pai.

Laura: Mentira. Quer dizer que você teve um encontro com meu pai. Quem diria que depois de tantos anos vocês iam voltar.

Bruna: Deus me livre. Tá repreendido. Me dá um incenso que eu vou passar pelo corpo. Eu não quero ver esse homem na vida de novo nunca mais.

Laura: Pode pegar esse. Mas não passa no corpo. Deixa a fumaça fazer o serviço dela. Eu tenho que estudar agora.

Cena 4.

Casa dos Camargo.

Na sala, sentada no sofá, Maria se lembra de Samuel falando da caixa no quarto de Pedro. Pedro chega à sala.

Pedro: Tá com os pensamentos tão longe.

Maria: Oi. Desculpa. Eu tava pensando e nem percebi…

Pedro: Tudo bem. Está com uma cara de preocupada. Eu posso ajudar?

Maria: Não estou preocupada. Mas obrigado por perguntar.

Maria levanta se e caminha até a escada e volta até Pedro.

Maria: Pedro. Você sabe que eu me apeguei a você de uma maneira tão rápida. Eu tenho quase 100% de certeza que você é meu filho de verdade. Eu to muito feliz de ter te encontrado.

Pedro: Obrigado. Eu também gosto muito de você.

Maria: Você sabe que pode contar comigo sempre. Se você precisa conversar ou precisar me contar qualquer coisa eu vou estar aqui.

Pedro: Agora eu não estou entendendo o que você quis dizer.

Maria: Deixa pra lá. Acho que eu tenho que parar de ouvir os outros e seguir meu coração.

Cena 5.

Teatro.

No teatro. Samuel e Nazaré caminham pelo corredor e vão até o palco.

Nazaré: Essa sala é uma das maiores. Ta pensando em um espetáculo grande mesmo.

Samuel: To sim.

Nazaré: Que desanimo é essa? Você não é assim? Problemas no paraíso?

Samuel: E dos grandes. Você sabe que minha mulher teve um filho roubado anos atrás, não sabe?

Nazaré: Você me contou por alto. Mas o que aconteceu?

Samuel: O detetive que contratamos encontrou um rapaz. Não tem muito tempo isso. A Maria já o colocou dentro de casa. Ela está sega pela a esperança de ter encontrado o filho abandonado. Mas eu não tenho certeza de que é ele.

Nazaré: Isso é muito perigoso. Se não for ele? Se for um bandido?

Samuel: Eu sei disso. Minha família pode estar correndo risco. Mas sempre que eu toco nesse assunto com a Maria, a gente acaba discutindo. Eu tenho que esperar esse resultado de DNA sair logo pra poder tomar uma atitude. Enquanto isso eu só posso vigia-lo de longe.

Cena 6.

Apartamento de Samara.

Na sala, Carol sentada no sofá lê um livro, Samara chega a sala devagar e senta-se do lado de Carol e a observa.

Carol: Conheço essa cara mãe. Não vou te dar dinheiro.

Samara: Quem disse que eu vim aqui pedir dinheiro? Bom também ia pedir. Mas meu assunto principal é outro. Eu to tão orgulhosa por você.

Carol: Do que a senhora está falando?

Samara: Se fingindo de bobinha pra gente aqui em casa, mas eu vi na festa. Você e o Wesley lá fora. Só os dois. Esperta. E eu achando que você tinha puxado a família do seu pai. Mas dessa vez eu me enganei. Você puxou a mamãe.

Carol: Não aconteceu nada, mãe. Tira isso da sua cabeça.

Samara: Não aconteceu ainda. Mas ele já está caidinho por você. Disso eu tenho certeza.

Carol: Não está. E mesmo que estivesse eu não ia entrar nesse jogo. Porque você e o papai só querem o dinheiro da família dele.

Samara: Claro que não. Quero que você seja feliz com um homem que você ame de verdade. E que seja bem rico.

Carol: Esqueci isso mãe. Eu não posso ficar com Wesley.

Samara: Não pode por quê?

Carol: Porque… Porque… Ele é gay.

Samara: Mentira. To boba. Um homem tão bonito daquele gosta de Pi…

Carol: Para, nem termina o que você ia falar. Eu tenho que ir pra rádio agora. Mas a senhor atem que me prometer que não vai contra isso pra ninguém. É segredo. Promete pra mim.

Samara: Eu prometo.

Carol caminha até a porta e sussurra.

Carol: Eu não devia ter inventado isso.

Cena 7.

Faculdade.

Na lanchonete, Vítor chega ao balcão.

Vítor: Um suco, por favor.

Vítor olha pra trás e vê Duda sentada à mesa. Ele pega o suco e vai até ela.

Vítor: Oi. Eu posso me sentar?

Duda: Oi. Claro. Pode sim.

Vitor se senta á mesa.

Vítor: Aquele dia você nem me disse seu nome.

Duda: Eduarda. Mas pode me chamar de Duda.

Vítor: Lindo nome. Combina com você. Eu sou o Vítor.

Duda: Prazer. Novo aqui não é.

Vitor: Sim. Eu era de outra universidade, mas tive uns probleminhas lá e tive que mudar.

De longe Marcelo observa os dois conversando e vê o clima entre os dois.

Cena 8.

Faculdade.

Na biblioteca, Ludmila caminha pelo corredor, e Marcelo a puxa para o canto.

Ludmila: Fetiche com biblioteca? Vou adorar.

Marcela: Não fala besteira. A Duda tá chamego com outro cara lá na lanchonete. Você não pode deixar.

Ludmila: Eu não posso deixar? Eu quero que ela arrume outro mesmo. E você fique livre pra mim.

Marcela: Eu quero a Duda. Por favor, me ajuda.

Ludmila: Porque eu faria isso?

Marcela: Você disse que gosta de mim. Quando nós gostamos das pessoas de verdade, nós desejamos que ela seja feliz, mesmo que não seja com a gente.

Ludmila: Então deixa a Duda ser feliz com esse cara novo.

Marcela: Esse ditado é uma merda. Se você me ajudar a conseguir a Duda de volta. Podemos nos encontrar escondidos e comemorar isso.

Ludmila: Agora a proposta está ficando boa.

Cena 8.

Apartamento de Samara.

Na sala, Samara anda de um lado para o outro.

Samara: Eu prometi pra minha filha que eu não ia dizer nada. Tenho que me segurar, mesmo que meus dedos estejam coçando pra mandar uma mensagem contando. Se controla mulher.

Samara em pé na cozinha fala ao telefone: Renatinha você não sabe do babado. Sabe o filho da Rita Castro. Então… É gay. Isso mesmo. Fonte seguras me afirmaram isso.

Samara deitada fala no celular: Isso menina. Viadinho. E com aquela cara de homem, quem ia imaginar que ele gosta de uma barba na nunca.

Samara em pé na varanda do apartamento: Alô, Fabíola Reipert…

Cena 9.

Faculdade.

No pátio, Vitor caminha em direção ao portão e Ludmila se aproxima dele.

Ludmila: Oi, tudo bem? Posso te pedir um favor? Me empresta seu celular, eu acho que perdi  o meu, queria ligar pra ele pra tentar achar.

Vítor: Oi. Claro. Aqui pode usar.

Vítor entrega o celular pra Ludmila e ela liga para o celular dela. O celular toca dentro da bolsa dela.

Vítor: Acho que seu celular está dentro da sua bolsa.

Ludmila: Eu sei. Só queria ter o seu numero no meu celular.

Vítor: Meu número? Por quê?

Ludmila: Um gatinho desses, você acha mesmo que eu ia perder a oportunidade? Eu sei que eu estou sendo um pouco atirada, mas no fundo eu sou um doce.

Vítor: EU gostei de você. É das minhas.

Ludmila: Você é dos meus.

Cena 10.

Empresa Castro.

Do lado de fora, João encostado em uma árvore observa a porta da empresa até Matheus sai e caminha em direção ao seu carro. Matheus para e começa a caminha em outra direção. João percebe e vai atrás dele tentando não ser notado. Matheus pega o celular coloca na orelha como se estivesse conversando com alguém. João se aproxima tentando escutar a conversa. Matheus se vira para João.

Matheus: Posso saber por que você está me seguindo?

João: Te seguindo? Acho que você está enganado.

Matheus: Eu vi você na porta da faculdade do meu filho e agora isso. Quem é você?

João e Matheus se encaram.

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