Escolhas da Vida

Escolhas da Vida – Capítulo 14

https://www.youtube.com/watch?v=Ai9oDOMTfk4

Capítulo 14

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1.

Casa dos Camargo.

No quarto de Pedro, Samuel aproveita que não tem ninguém no quarto e procura alguma pista nas coisas de Pedro. Samuel vai até o guarda-roupa, abre as portas e procura algo no meio das blusas. Samuel vai até as gavetas no criado mudo e procura algo.

Samuel: Eu sei que eu vou achar alguma coisa aqui.

Samuel vai até a cômoda e abre a porta e acha uma caixa trancada.

Samuel: Eu sabia que você estava escondendo alguma coisa.

Maria entra no quarto e vê Samuel mexendo nas coisas de Pedro.

Maria: O que está acontecendo aqui, Samuel?

Samuel e Maria se encaram.

Maria: Posso saber o que você está procurando no quarto do Pedro?

Samuel: Eu não estou procurando nada. Você tá supondo coisas que não existe.

Maria: E o que você está fazendo aqui então?

Samuel: Eu vim…

Maria: Por favor, Samuel. Eu não nasci ontem. Você estava mexendo nas coisas do Pedro, isso é um absurdo.

Samuel: Não é absurdo nenhum. Ele está na minha casa, com minha família. Eu tenho que ter a certeza de que ele não vai fazer mal nenhum a eles.

Maria: Meu filho não fazer mal a ninguém.

Samuel: Você não sabe se ele é seu filho. O resultado do exame não saiu ainda. Eu tenho certeza de que ele não é o seu Vítor.

Maria: Muito obrigada pelo apoio. Você está se mostrando um homem que eu nunca imaginei que seria.

Samuel: Um pai protetor?  Olha aqui, Ele tem uma caixa com cadeado, com certeza tem drogas ou uma arma aqui dentro.

Maria: Para, como que você consegue julgar as pessoas assim se nem se importar com as coisas.

Maria fecha a porta da cômoda.

Maria: Vamos sair daqui agora.

Os dois saem do quarto.

Cena 2.

Mansão dos Castro.

Na festa, todos ainda se divertem. No canto da sala, Matheus, Lucio e Geraldo conversam.

Matheus:…Complicado não, enigmáticas. Essa é a palavra que descrevem as mulheres.

Lucio: Buscou a palavra certa, eu não saberia descrevê-las melhor.

Matheus: Se você agrada, elas reclamam. Se você não faz nada elas reclama. Se você manda flores, você aprontou. É praticamente impossível entender a cabeça de uma mulher.

Lucio: Isso quando você não reparar no corte de cabelo novo, é o inicio para a terceira guerra mundial.

Geraldo: Se vocês acham a Rita e a Joana complicadas, tentem conviver um dia com a Samara.

Matheus: Eu to fora. Prefiro enfrentar a Joana de TPM. Ela é mais instável que a Samara.

Lucio: Com certeza. As mulheres são enigmáticas, mas a Samara é louca.

Geraldo: Louca mesma. Mas é a minha louquinha. Não vivo sem ela.

Lucio: Ninguém vive sem elas.

No outro lado da sala. Juliana, Joana, Rita e Samara conversam.

Rita: Meu casamento é maravilhoso.

Juliana: Eu já prefiro ficar só no namoro mesmo.

Joana: Pagando as minhas contas eu to feliz.

Samara: Espertinha, você. O Geraldo é um homem insuportável que se eu pudesse amarrava uma pedra enorme e afundava ele com a pedra no fundo do mar. Mas ai eu lembro que eu o amo, e não posso fazer isso.

Juliana: Isso foi uma declaração de amor?

Samara: Tentei ser romântica.

Joana: É a declaração mais estranha que eu já ouvi na minha vida.

Rita: Cada um expressa o amor de uma maneira. E o da Samara foi estranho.

Samara: O importante é amar. Um brinde.

Entediada, Carol fica sentada no sofá, Vítor se aproxima e senta do lado dela.

Vítor: Bem chato aqui, né?

Carol: Acho que eu não nasci pra essas festas assim.

Vítor: Eu também não curto esse tipo de festa. Me faz sentir como se eu tivesse 40 anos.

Carol: Que exagero.

Vítor: Exagero nada. Acho que o mais certo seria eu e você sairmos daqui. Ir pra um lugar tranquilo e fazer a nossa própria festa.

Carol: Vítor, fala sério. Você consegue alguém com essa cantada? Foi péssima.

Vítor: As minas piram.

Carol: Eu não sei qual tipo de mina que você se relaciona, mas foi horrível sua cantada.

Cena 3

Casa dos Camargo.

Na sala de TV, Pedro sentado no sofá assiste um documentário, Caio entra na sala e pega o controle.

Caio: Tá na hora do meu filme. Você não vai se importar se eu trocar o canal, né.

Pedro: Não. Pode ficar a vontade.

Caio: Que bom, que você compreende. Também estamos na minha casa, você caiu aqui de paraquedas. Nem sabemos se você vai ficar aqui ainda. Eu espero que não.

Pedro levanta do sofá e caminha pra porta da sala.

Caio: Espere, eu não terminei. Quando essa sua farsa acabar, pague por tudo que você usufruiu aqui. É o mínimo que você pode fazer.

Bia entra a sala.

Bia: Que bonito, Caio. Continua com essa sua ceninha ridícula. A mamãe vai adorar saber o que aconteceu aqui.

Caio: Não se mete Bia.

Bia: Me meto sim. Isso não é jeito de falar com o Pedro. Não jeito de falar com ninguém. Não foi assim que fomos criados.

Pedro: Deixa ele, Bia. Não precisa…

Bia: Precisa sim. Já passou da hora do Caio parar com essas atitudes de criança e se comportar como homem. Pede desculpas Caio.

Caio: Você está louca? Tá achando que eu tenho que te obedecer.

Bia: Eu quero ver o que a mamãe vai achar disso. Ou você pede desculpas ou vou lá agora falar com ela.

Pedro: Não precisa disso, eu to bem.

Caio: Ele já falou que não precisa.

Bia: Precisa sim. To esperando Caio.

Caio: Me desculpe, Pedro.

Pedro: Não se preocupe.

Bia pega o controle da mão de Caio e entrega pra Pedro.

Bia: Continua assistindo seu documentário. E você, Caio, cai fora daqui.

Caio com raiva sai da sala de TV.

Cena 4.

Apartamento de Aline.

Na sala, Nazaré sentada do sofá, João se aproxima e a entrega um xícara de café.

João: Eu sou péssimo com café, deve está horrível.

Nazaré: Está ótimo. Me fale agora o que aconteceu?

João: Bom, eu não posso te falar tudo. Eu queria te fazer uma pergunta e queria que você me respondesse à verdade.

Nazaré: Se eu souber a verdade eu te respondo.

João: Eu sempre quis saber do meu pai. Sempre. Isso foi uma duvida que eu sempre tive. E isso sempre fez com que eu e a minha mãe brigássemos. Hoje ela me revelou o que de fato aconteceu. E é uma historia horrível.

Nazaré: Onde está sua mãe?

João: Ela se desgastou muito com essa historia, eu dei um calmante pra ela e ela dormiu. Espero que ela acorde melhor.

Nazaré: E o que você quer me perguntar?

João: Você sempre foi amiga da minha mãe desde que eu me entendo por gente.  Você sabe dessa história? Eu preciso muito saber a verdade.

Nazaré: Eu realmente sou amiga da sua mãe de uma longa data. Acho que já nos conhecemos a 18 anos, desde que eu fui gravar uma novela em Minas, foi lá que eu conheci sua mãe. Mas nessa época você já era grandinho, Já devia ter 4, 5 anos.

João: Ela nunca te falou nada sobre o meu pai?

Nazaré: Não, ela nunca me disse nada. Mas eu não acredito que ela iria mentir pra você ou inventar uma história com uma coisa tão séria. Você não devia desconfiar dela assim.

João: Eu não desconfio Nazaré. Acredito e confio na minha mãe de olhos fechados. Mas os fatos da história não batem.

Nazaré: Infelizmente eu não vou poder te ajudar dessa vez, João.

Cena 5.

Mansão dos Castro.

Enquanto a festa rola na mansão. Carol com uma taça de champanhe fica na varando observando as estrelas. Wesley se aproxima.

Wesley: Astróloga?

Carol: Oi?

Wesley: Deve ser astróloga. Deixando uma festa pra vim observar a estrelas.

Carol: Não, não sou astróloga não. Sou radialista. Mas eu to um pouco com dor de cabeça. Eu resolvi vim pra cá. Talvez melhorasse. E você não está lá dentro curtindo com seu pai mais um troféu?

Wesley: Já na tem mais graça essas festas. Sempre a mesma coisa. Mesmo motivo, mesmas pessoas. Nossas famílias se conhecem há tanto tempo e nós nunca paramos assim pra conversar. Acho que porque todo mundo fala que sua mãe é louca e eu resolvi me afastar.

Carol: Eu não posso nem achar ruim e me ofender, porque eles têm razão. Dona Samara é muito complicada.

Wesley: O importante que a filha não é.

Carol: Ainda bem.

Wesley observa Carol.

Carol: O que foi?

Wesley: Não, nada.

Cena 6./ Manhã.

Republica de Leo.

Na cozinha, Daniel faz ovos mexidos. Sentados à mesa, Marcelo, Bernardo e Leo tomam café.

Leo: Esses ovos mexidos estão ótimos. Você é oficialmente o cozinheiro da casa.

Marcelo: Soa tão gay você elogiar os ovos mexidos do Daniel.

Leo: Ta me estranhando?

Marcelo: Piadinha.

Bernardo: Mas ficou bom mesmo.

Daniel coloca os ovos mexidos no prato e senta à mesa com eles.

Daniel: Que bom que vocês gostaram. Porque eu já fiz o café pra vocês. As panelas ficaram pra lavar. E depois do encontro terrível que eu tive eu não vou lavar.

Leo: Eu sou idoso, não posso lavar.

Marcelo: Eu to atrasado pra faculdade.

Bernardo: Vocês são preguiçosos hein, Pode deixar que eu lavo.

Cena 8.

Apartamento de Aline.

Na mesa do café, João toma café, Aline chega à mesa.

Aline: Eu acho que eu perdi a hora.

João: Foi bom, a senhora dormiu e descansou. Coisa que a senhora estava precisando.

Aline: Como que você está?

João: Depois de tudo que eu ouvi eu to tentando digerir tudo. Desculpa te forçar a dizer tudo aquilo.

Aline: Não vamos falar mais nisso.

João: Eu já estou atrasado, tenho que ir pra faculdade. Ontem eu transferi meu curso pra cá, nem deu tempo de te contar.

Cena 9.

Universidade.

Na calçada, João ouvindo musica pelo fone do celular, caminha em direção à entrada da universidade. O carro de Matheus para na porta da universidade e Vítor desse do carro.

Matheus: Não preciso nem falar, né? Acabou o curso…

Vítor: Eu sei pai.

João chega na porta da universidade e vê Matheus e Vítor conversando. João reconhece Matheus.

João: Eu não acredito nisso. É ele. É o meu pai.

João fica espantado ao ver seu pai e seu irmão.

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