Capítulo 5 – Maldito Amor
Juca retira uma faca da sua jaqueta e vai para cima de Roberto.
Juca: Eu vou te estraçalhar até derramar todo o seu sangue!
Roberto se desvia da faca, depois dá um soco bem forte que fez Juca cair no
chão e logo o bandido foge pela mata.
Roberto: Moça, você está bem?
Carolina: Estou bem, obrigada por ter arriscado sua vida por mim.
Roberto: Uma moça bonita como você não deveria ficar andando sozinha pela
mata uma hora dessa da noite.
Carolina: Eu sei.
Roberto: Qual o seu nome?
Carolina: Carolina.
Roberto: Ah, me lembrei de você, a mocinha das taças quebradas que
encontrei hoje de manhã! Suba no cavalo, eu te levo até sua casa.
Carolina: Não se incomode senhor, eu moro aqui perto.
Roberto: Não seja teimosa! Suba logo! Eu não vou te morder!
Carolina: Está bem, está bem.
Roberto leva Carolina montados no seu cavalo para casa dela e se despedem
com um beijo no rosto.
Carolina: Muito obrigada pela carona senhor.
Roberto: Não foi nada, mas prefiro que me chame apenas de Roberto.
Carolina: Boa noite então.
Roberto: Boa noite Carolina.
Rodrigo come pipoca enquanto assiste tv na sala quando percebe sua filha Laura
pegando a bolsa dela e saindo vestida com um short jeans bem curto, uma
blusa bem decotada, o cabelo loiro solto, batom vermelho e um sapato com
salto bem alto.
Rodrigo: Laura! Onde você vai vestida desse jeito?
Laura: Vou me divertir um pouco.
Rodrigo: Vai se encontrar com aquele canalha do Carlos novamente, não é isso?
Até quando vai continuar enganando o coitado do Roberto?
Laura: Há! Há! Há! Não te interessa! Estou pouco me importando com o idiota
do Roberto!
A noite está lotada de estrelas, a lua se destaca no escuro, mas ao passar das
horas o cenário muda e o sol renasce com o canto dos sabiás, um novo dia
começa. No seu olhar brota a sinceridade, a pureza, a honestidade de uma
mulher cheia de encantos, porém manchada pela tristeza e sofrimento,
estamos falando da Carolina. Ela acorda logo cedo e aproveita a vista da
cachoeira que alegra a fazenda Moraes. Roberto aparece ali e se aproxima dela.
Roberto: Este é o lugar mais bonito da fazenda, não é mesmo?
Carolina: Já acordou senhor? Ainda são cinco horas da manhã!
Roberto: Pelo visto eu não sou o único.
Carolina: Eu amo ver o sol nascer.
Roberto: Eu também. Carolina, você me parece tão triste, o que foi?
Carolina: Não é nada.
Roberto: Ninguém fica triste por nada.
Carolina: Só estou preocupada com meu pai, ele está muito doente, está com
tuberculose.
Roberto: Nossa, eu sinto muito, imagino que deve ser horrível essa situação.
Acho que você não merece sofrer tanto! Carolina, você é tão linda, tão…
Carolina: Ah não! Eu preciso ajudar a Bia a preparar o café!
Roberto a viu sair correndo para o casarão da fazenda, mas não consegue parar
de pensar nela, naqueles olhos esverdeados, a pele morena, os cabelos pretos
embaraçados, a doçura das suas palavras, na magia do seu rosto. A imagem
de Carolina domina seu pensamento e ele encontra uma dúvida cruel: que
sentimento é esse que em tão pouco tempo o incomoda dessa maneira?
Continua no próximo capítulo…