Escolhas da Vida – Capítulo 9
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Capítulo 9
Continuação do capítulo anterior…
Cena 1.
No hospital.
Na sala de espera, Pedro e Maria sentados do sofá.
Maria: Eu to ansiosa e você?
Pedro: também estou. Espero não te decepcionar.
Maria: Não pense assim. Você só é mais uma vitima de tudo.
Pedro: Ta bem.
Maria: Eu estava pensando, ontem eu fiquei com isso na cabeça e acho que é o mais certo a se fazer.
Pedro: A senhora esta falando sobre o que?
Maria: Eu quero que você venha morar lá em casa. Como uma família.
Pedro se espanta com o pedido de Maria, os dois se encaram.
Pedro: Morar? Não, como assim?
Maria: Morar comigo. Assim simples. Não acho certo você ficar naquele abrigo. Parece que você fica tão triste lá.
Pedro: Maria, eu agradeço toda essa preocupação que você está comigo. Mas eu não acho certo ir pra sua casa assim. Vamos fazer esse exame primeiro. Quando ficar pronto nós decidimos isso.
Maria: Não mesmo. Eu não aceitar essa desfeita comigo. Fiquei tanto tempo longe de você. Não quero ficar mais.
Pedro: Você acredita realmente que eu sou seu filho?
Maria: Quero muito acreditar.
Enfermeira se aproxima: Vamos fazer a coleta de sangue?
Cena 2.
Mansão dos Brandão.
Joana: Não fale assim Matheus. Não tem ninguém mentindo pra você. Você devia acreditar na sua família.
Matheus: Você achou mesmo que ia ligar para o meu advogado no meio da noite pra tirar o Vitor da cadeia e ele não ia me falar?
Joana: Muita falta de profissionalismo.
Matheus: O que mais está faltando pra você aprontar Vítor? O que você fez na universidade já não foi o bastante?
Vítor: Pai me desculpe. Me deixe te explicar o que aconteceu.
Matheus: Explicar o que? Você vai me explicar que você não estava no racha, que estava passado no lugar errado, na hora errada. E o policia te confundiu você com um deles. Outra injustiça?
Joana: Você exatamente isso que aconteceu. Mas você nunca acredita no seu próprio filho, nem adianta falar.
Matheus: Continue passando a mão na cabeça dele mesmo, Joana. Quando as irresponsabilidades dele acabar matando alguém. Não digam que eu não avisei. Sabe o que eu vou fazer? Eu vou dar um jeito de te mandar pra um colégio interno, um colégio militar. Algo assim pra te dar juízo.
Vítor: O senhor não pode fazer isso comigo. Eu sou maior de idade.
Matheus: Duvide de mim pra você ver?
Vitor: Pra você é fácil falar isso. Você nunca me amou mesmo.
Vítor sobe a escada e vai pro quarto.
Cena 3
Pensão de Monica.
Mônica com um bolo nas mãos, Iasmim, Lorraine e Carina saem da pensão e vão até a casa de Leo. Iasmim toca a campainha. Leo abre a porta.
Leo: Pois não.
Mônica: Tudo bem? Nós moramos aqui na pensão da frente. Eu sou a Mônica, essas são Iasmim, Lorraine e Carina. Trouxemos um bolinho de boas vindas pra vocês.
Lorraine: Podemos entrar? Que bom.
Lorraine entra na casa sem esperar a resposta de Leo. As outras meninas entram atrás.
Mônica: Eu vou colocar esse bolo em cima da mesa lá na sua cozinha.
Iasmim: O senhor não disse o seu nome.
Leo: Leonardo, mas todos me chamam de Leo.
Carina: Sua casa é muito bonita.
Lorraine: O senhor tem filhos? De preferência homem da minha idade, forte com o corpo sarado, forte, com tanquinho assim.
Carina: Lorraine menos.
Lorraine: Só perguntei.
Leo: Tenho não Lorraine. Eu sou sozinho no mundo.
Mônica: Se o senhor é sozinho porque uma casa tão grande?
Leo: Aqui é uma republica. Três rapazes da faculdade devem estar chegando já, vem morar aqui.
Lorraine: Se o senhor precisar que faça o teste do sofá com eles, eu estou à disposição.
Mônica: Lorraine…
Lorraine: Vocês tem inveja, chorem no meu corpo.
Cena 4.
Mansão dos Brandão.
No quarto, Vítor deitado na cama triste. Joana entra e deita do lado de Vítor.
Joana: Não fica assim meu amor. Seu pai está estressado, mas logo depois passa.
Vítor: Você acha mesmo que ele vai me mandar para o colégio militar? Ele estava tão determinado.
Joana: Claro que não. Ele falou por impulso. Eu também não ia deixar. Jamais ficaria sem você perto de mim.
Vítor: Obrigado mãe. Me responde uma coisa. Eu realmente sou filho do meu pai? A gente nem se parece, ele não gosta de mim, sempre brigando comigo. Eu tenho certeza que ele não queria me ter.
Joana: Não fala besteira. Seu pai te ama. E você é filho dele sim. Que absurdo você me perguntar isso.
Vítor: Desculpe. Eu te amo mãe.
Joana: Eu também te amo filho.
Cena 5.
Casa dos Camargo.
No quarto, Samuel e Maria conversam.
Samuel: Você fez o que?
Maria: Ele não podia continuar naquele lar. É desumano.
Samuel: O abrigo que ele vive é ótimo. Varias crianças e adolescentes vivem lá. Não é um péssimo lugar.
Maria: Mas essas crianças não têm família ou não encontraram. O Pedro encontrou a dele.
Samuel: Você fez o exame hoje. Vamos esperar o resultado sair pra falar disso.
Maria: Ele vai vim pra hoje, Samuel. Eu quero meu filho perto de mim. Você tem que me entende?
Samuel: Eu não vou falar mais nada Maria.
Samuel sai do quarto com raiva.
Cena 6.
Casa dos Camargo
Na sala, Bia sentada no sofá lê um livro, Caio desce a escada e vai até ela.
Caio: Você não vai acreditar no que eu acabei de ouvir.
Bia: Tá ouvindo conversa atrás da porta agora?
Caio: Foi sem querer. O importante é que eu ouvi. E é um absurdo.
Bia: O que foi?
Caio: A mamãe chamou o Pedro pra morar aqui com a gente. Isso é um absurdo. Nós nem sabemos quem é esse cara.
Bia: Ela tinha comentado comigo mesmo. Mas achei que ela ia esperar o exame sair. Mamãe ta muito empolgada com o Pedro.
Caio: Ele é um farsante. Essas histórias dele não batem.
Bia: Eu acho que você está é com ciúmes do seu novo irmãozinho. Vai perder o titulo de queridinho da casa. Não vai ser o caçula mais.
Caio: Até parece que eu tenho que me preocupar com isso. Ele é mais velho que você.
Bia: Mas é o novo da família. Você vai ser o filho do meio, aquele que ninguém lembra.
Caio: Cala a boca;
Caio sai da sala.
Cena 7.
Casa dos Brandão.
Na área da piscina, deitado na espreguiçadeira Vítor ouve musica pelo fone do celular. Matheus se aproxima de Vítor e senta na espreguiçadeira do lado.
Matheus: A gente pode conversar?
Vítor: Na moral pai, quero brigar mais não. Me deixa aqui quietinho, que é melhor.
Matheus: Eu não vim brigar. Eu vim conversar com você. Sem brigas.
Vítor tira os fones: Pode falar.
Matheus: Eu fiquei pensando no que você disse e não é verdade. Eu te amo muito. Eu dou a minha vida pela sua se for preciso.
Vítor: Eu sei pai, mas às vezes…
Matheus: Nós estamos brigando muito sim, eu sei. Mas você está passando dos limites. Você foi expulso d faculdade e foi preso em menos de uma semana. Como você quer que eu fique?
Vítor: Eu sei que eu mandei mal. Eu vacilei. Me desculpa.
Matheus: Eu quero que você seja um homem de bem, que seja bem sucedido na vida. Com uma carreira feita. Pra poder manter esse padrão que nós vivemos. Eu não vou estar aqui pra sempre.
Vítor: Eu sei pai. Me perdoa, de verdade. Eu vou melhor. Vou parar com essas molecagens.
Matheus: Assim que se fala. Agora me da um abraço aqui.
Matheus e Vítor se abraçam.
Matheus: Já consegui te colocar em outra universidade, você começa amanhã. Não apronte.
Cena 8.
Casa dos Camargo.
Maria entra em casa com Pedro.
Maria: Seja bem vindo a sua nova casa.
Pedro: Eu ainda acho que nós devíamos esperar o resultado do exame.
Maria: Nós já conversamos sobre isso. Já fizemos tudo. É só esperar o resultado.
Bia chega na sala.
Bia: já chegaram?
Maria: Conseguimos vim antes do que eu esperava.
Bia: Que bom. Só um avisinho Pedro. Tem um caçula aqui em casa que está morrendo de ciúmes de você.
Pedro: Eu não quero causar problemas, eu acho melhor eu ir embora.
Maria: Não vai embora nada. O Caio sempre foi ciumento. Depois eu vou conversar com ele. Cadê seu pai?
Bia: Ta lá em cima. Parece que está analisando o texto do teatro.
Maria: Então vêm que eu quero te mostrar o seu quarto.
Cena 9.
Casa dos Camargo/Quarto de hospedes.
Pedro e Maria conversam enquanto ele tira as roupas da mala.
Maria: Eu acho um absurdo você não querer ir pro eu quarto, e preferir ficar aqui no quarto de hospedes.
Pedro: Você fez aquele quarto com tanto amor. Eu não quero ficar nele enquanto o resultado não ficar pronto. Não é justo.
Maria: Se você acha assim. Eu vou deixar você se ajeitar no quarto. Fiquei a vontade é seu.
Pedro: Obrigado.
Maria sai do quarto, Pedro senta na cama e olha o quarto, Samuel entra no quarto.
Samuel: Gostou do quarto?
Pedro: Sim. Lindo. Bem maior que o quarto que eu ficava no abrigo. Obrigado por vocês me acolherem assim. Eu nem sei como agradecer.
Samuel: Eu só vim te dar um aviso. Eu não confio em você, nem um pouco.
Pedro: Seu Samuel…
Samuel: Cala a boca que agora eu estou falando. Suas histórias não fazem sentido pra mim. Você pode estar conseguindo enganar a minha esposa, mas a mim você não engana. Você está dentro da minha casa, com a minha família. Pode ter certeza que eu vou ficar de olho em você. Acho bom você não tentar fazer nada com minha família. Você não sabe do que eu sou capaz de fazer pra protegê-los.
Samuel e Pedro se encaram.
Gostei dessa trégua entre Matheus e Vitor.
Fiquei até com medo do Samuel agora. Kkkk.
Samuel defendo a familia.