Capítulo 23 – Detalhes Sórdidos
Puxou outra vez, e mais uma, e mais uma. Nada. A arma estava descarregada. Garibaldi riu ironicamente.
GARIBALDI – Oh, que droga! Esqueci de carregar a arma! Vadia!(grito)
Mais um tabefe, e outro, e um terceiro ainda. Dessa vez o rosto de Anita ficou inchado. Garibaldi pegou uma faca que trazia consigo da cozinha. Uma faca bem afiada. Passou a lâmina rente aos olhos de Anita.
GARIBALDI – Não me obrigue a tirar a sua pele centímetro por centímetro, antes de matar você. Não duvide que eu seja capaz disso, sua vagabunda.
ANITA(chorando) – Por favor, me deixe ir embora. Eu nunca pedi para estar aqui.
GARIBALDI – Eu deixaria, mas tem muita coisa em jogo. Milhões de dólares em jogo. Dinheiro que para a lua inteira de prostitutas como você. E vê se pare de chorar porque eu não suporto isso.
Anita continuou chorando. E Garibaldi gritou bem alto e bem perto do seu rosto, de tal forma que a sua saliva saltou para o rosto de Anita:
GARIBALDI – Eu disse, pare de chorar, Poxa!!!!!
Garibaldi a amarrou novamente, e pegou uma grande banana, enfiando-a inteira na boca de Anita, fazendo-a engasgar. Em seguida, puxou o seu cabelo, falando sussurrando, perto do seu ouvido.
GARIBALDI – Eu vou buscar as outras vagabundas. Quem sabe você não possa me satisfazer antes de morrer, heim? (riu)
Corta para Tom.
TOM – Fiquem de olho em tudo. Se tudo o que ouvimos é sério, estamos lidando com criminosos sanguinários, dispostos a qualquer coisa.
GARIBALDI – Não precisa ter tanto trabalho. Estou aqui.
EDSON – Garibaldi?!
GARIBALDI – Se afastem ou eu atiro. Fiquem de lado. Eu só quero as vadias.
Tom se colocou entre as mulheres e Garibaldi.
TOM – Você não vai fazer nada com elas.
GARIBALDI – Quem vai impedir? Você? Eu mato você, e depois as pego. Não tenho pressa. Aliás, tenho pressa sim, mas dos males, o menor.
TOM – Se quiser pegá-las, terá que atirar.
GARIBALDI – Eu não estou brincando. Me entregue essas putas, e você sairá ileso.
TOM – Não!
GARIBALDI – Você não me deixa escolha…
Garibaldi nem sentiu quando Edson voou sobre ele, pela cintura, jogando-o no chão, e o esmurrando com toda a sua força. Tom chutou a arma para longe, mas Garibaldi tinha uma faca, com a qual fez um imenso corte no braço de Edson, que gritou, saindo de cima do escritor. Ele já estava se refazendo, quando Tom, em um golpe de karatê, o pouco que ele sabia, projetou uma voadora em Garibaldi, que num grito de dor, voou sobre uma parede. A faca lhe caiu da mão, e foi quando Edson novamente precipitou sobre ele com socos e pontapés. Agora, Garibaldi estava entre Edson e Tom.
TOM – Quem dita as normas agora?
GARIBALDI – Se pensam e fazer alguma coisa, para a sua segurança, que seja matar-me, porque se eu ficar vivo, ah, vocês vão lamentar muito… muito mesmo.
TOM – Meninas, saiam daqui agora.
GARIBALDI – Isso não vai ajudar, porque elas não poderão sair com segurança da casa.
Elas correram.
EDSON – Agora eu vou acertar as contas com você, pelas duas tentativas de assassinato.
GARIBALDI – Eu deveria ter te matado quando tive a chance.
EDSON – Cale essa boca!
Um murro no nariz quebrou-lhe o osso, e Garibaldi tinha toda a face banhada em sangue.
GARIBALDI – Isso, libera toda a sua raiva. Essa libido do espírito, que faz o homem se tornar aquilo que ele esconde dentro de si.
Outro murro, na barriga. Mais um na testa. Garibaldi se contorcia, mas ainda assim, sorria para seu agressor.
GARIBALDI – Pensa que assim vai sair vivo daqui? Ledo engano! Quando os outros chegarem aqui, negro, você é um homem morto!
Dessa vez foi um chute no rosto, quebrando-lhe um dente.
TOM – Já chega, Edson. Precisamos dele consciente, para saber onde Anita está.
GARIBALDI (gargalhando) – Está louco se pensa que eu vou falar.
EDSON – Me deixe matar esse desgraçado…
Eles não perceberam que lentamente Garibaldi se arrastava novamente para perto da faca. E levantando-se de uma vez, agarra Tom, enquanto ele falava com Edson. Com a faca, ele ameaçava cortar-lhe o pescoço. Nesse momento, o Padre Dornas e Júnior chegam.
MORDOMO – Deixe-os aí. Os cães vão cuidar deles. Vamos atrás das mulheres.
Garibaldi jogou Tom para o lado, e mancando, seguiu o mordomo e o padre pelos corredores escuros da casa.
TOM – Ele disse cães?
Corta para Garibaldi.
GARIBALDI – Tem mais cães?
JÚNIOR – Sim…
GARIBALDI – mas onde estavam?
JÚNIOR – Existem muitos compartimentos secretos nessa casa. Agora vamos, não temos tempo a perder. Essa casa é muito grande, e o Anfitrião está pra chegar.
Corta para Mariah e Marinna.
MARINNA – Você acha que estamos seguras agora?
MARIAH – Estaremos seguras se sairmos daqui ou se morrermos.
MARINNA – Pelo amor de Deus, não fala isso!.
Cansadas, elas pararam de correr.
MARIAH – Será que o Garibaldi matou o Tom?
MARINNA – Queira Deus que não.
MARIAH – Eu não aguento mais, tenho que me sentar um pouco.
MARINNA – Não podemos parar. Temos que continuar.
MARIAH – Ir para onde? Acorda! Será apenas questão de tempo até nos pegarem.
MARINNA – eu não aguento mais. Vou me deitar aqui. Quem sabe não apareça um daqueles cães e me coma…
MARIAH – Como aquele alí?
MARINNA- Eu e minha boca grande! Vamos correr!!!!(grito)
As duas correram, e o cão foi em perseguição. No fim do corredor havia uma bifurcação, e cada uma foi para um lado. O Cão foi em perseguição da Mariah, e a Marinna ficou sozinha no outro corredor. Sozinha por pouco tempo.
GARIBALDI – Ora ora ora! Se não é quem eu estava procurando!
MARINNA – Garibaldi, por favor, não faça nada comigo.
GARIBALDI – Prometo, que depois que te matar, não farei mais nada.(risada sarcástica)
Marinna começou a chorar.
Fim do capítulo 23