Eduardo & Mônica

Eduardo & Mônica – Episódio 01

Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade
Como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer…

Cena 1. São Paulo.

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Letreiro: Cidade de São Paulo, 2016.

Cena 2. São Paulo / Universidade de São Paulo (USP) / Tarde.

Mônica e sua melhor amiga Sandra caminham pelo campo da universidade.

Mônica: Essas aulas estão ficando cada vez mais cansativas, ainda bem que já estamos no último semestre.

Sandra: Não vejo a hora de chegar em casa e dormir, estou tão cansada amiga. – diz Sandra enquanto olha seu celular para ver se chegou alguma mensagem.

Mônica: Também estou bastante cansada, hoje o Fernando que não tente querer fazer nada pois estou muito cansada, nem que ele implore de joelhos não vai rolar nada.

Sandra: Sempre que você fala no Fernando os seus olhos brilham, você é muito apaixonada por ele não é?

Mônica (Sorrindo): Completamente apaixonada.

Sandra: Você teve muita sorte de encontrar um grande amor assim, nunca tive sorte nos meus relacionamentos.

Mônica: Um dia vai aparecer alguém muito especial, a sua outra metade que vai completar tudo que falta em você, assim como o Fernando me completou.

Sandra:  A esperança é a última que morre. (Risos)

Mônica: Vamos correr que já vai começar a aula de Medicina Legal, não podemos chegar atrasadas.

Sandra: Vai indo você, não estou passando bem, é melhor eu ir para casa.

Mônica: Quer que eu vá com você?

Sandra: Não precisa é só uma dor de cabeça, vai assistir a aula e anota tudo para depois passar para mim.

Mônica: Melhoras, se precisar de mim é só me ligar.

Sandra: Obrigada amiga. – Sandra abraça Mônica e a duas se despedem.

Cena 3.  São Paulo / Barra Funda / Casa de Eduardo / Quarto do Eduardo / Tarde.

Eduardo finge que estuda para enganar sua mãe mas passa a tarde inteira lendo resumo de novela.

Fátima: Vou no supermercado filho quer que eu traga alguma coisa de lá?

Eduardo: Biscoito!

Fátima: Já coloquei na lista.

Eduardo: Refri!

Fátima: Também já coloquei na lista.

Eduardo: Então não preciso de nada não mãe.

Fátima: Vê se não passa a tarde toda jogando esses joguinhos de internet, vai estudar que na próxima semana você tem prova Eduardo.

Eduardo: Eu vou estudar mãe, você sabe que eu sou um aluno aplicado.

Fátima: É sei! Em uma prova valendo 10,0 você me tira 2,0 Eduardo, e vem me dizer que é bom aluno? Vai estudar, porque se você for para recuperação te mando para ir morar com seu pai.

Eduardo: Por favor tudo menos isso. – diz Eduardo se ajoelhando nos pés de sua mãe.

Fátima: Levanta daí Eduardo e deixa de besteira, você acha mesmo que eu ia mandar você morar com seu pai? Claro que não filho.

Eduardo: Se quis me matar de susto, você conseguiu. – diz Eduardo se levantando.

Fátima: Pelo visto você gosta muito de mim, só de falar em morar com seu pai você já se ajoelhou.

Eduardo: Gosto muito da sua comida, na casa do papai é só comida congelada e miojo.

Fátima: Ah é? Então você só gosta de mim por causa da comida?

Eduardo: Claro que não mãe, eu também amo você. – Eduardo dar vários beijos em sua mãe.

Fátima (Sorrir): Para Eduardo, está fazendo cosquinhas. Vai estudar, que eu tenho que ir no mercado.

Eduardo: Ah, traz sorvete para mim e calda também.

Fátima: Tá bom eu trago. – diz Fátima saindo do quarto.

Eduardo (Grita): Calda de Morango!

Eduardo: Vamos lá ver o que vai acontecer na novela essa semana. – Eduardo pega seu celular e acessa um site de resumos de novela.

Cena 4. São Paulo / Butantã / Apartamento Mônica / Suíte do Casal / Noite.

Ao chegar em casa após um dia de aulas na faculdade, Mônica se depara com seu namorado Fernando transando na suíte do casal com sua melhor amiga.

(Gemidos são ouvidos de dentro do quarto)

Mônica (Pensa): Que gemidos são esses? – diz Mônica entrando na Suíte. Ao entrar na Suíte Mônica se depara com Sandra transando com Fernando.

Mônica: Cachorro! Canalha! CANALHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Sandra (Assustada): Mônica! – diz Sandra saindo de cima de Fernando.

Fernando: Calma meu amor, deixa eu explicar. – diz Fernando se levantando da cama pelado e ereto. Ao perceber a ereção ele tenta esconder com um travesseiro.

Mônica: Sandra…você? Não, não é verdade, não é possível.

Fernando: Mônica, vamos conversar porque não é nada disso que você está pensando.

Sandra: Vamos evitar o clichê até porque não cola dizer que não é o que você tá pensando. – diz Sandra se levantando da cama totalmente nua.

Mônica (Grita): Vagabunda! – Mônica parte para cima de Sandra e dar um tapa na cara dela.

Fernando: Calma Mônica! – Fernando tenta segura-la.

Mônica: Não toca essas mãos imundas em mim. – Mônica dar um tapa na cara de Fernando.

Mônica: Nunca mais ouse encostar essa mão imunda em cima de mim, eu tenho nojo de você.

Sandra: Mônica… (Interrompida)

Mônica: Fala para essa sua amante vagabunda não me dirigir a palavra, eu não falo com vadias.

Sandra: Não Mônica eu não sou isso que… (Interrompida)

Mônica: Para! (Mônica dar outro tapa na cara de Sandra) Não fala comigo sua vadia.

Mônica: Vocês dois não são gente, não tem nenhuma espécie de sentimento humano, não tem alma, parecem dois animais no cio.

Fernando: Mônica você está fora de si.

Mônica: Eu não estou fora de mim Fernando, eu estou completamente lúcida, e estou vendo o meu namorado, o homem que eu achei que era a minha outra metade, transando com a mulher que eu pensava que era minha melhor amiga.

Mônica: Vocês dois devem ter se divertindo tanto com a minha estupidez, a minha burrice, enquanto transavam na minha cama. Como eu pude ser tão burra, como eu posso ter me relacionado com um cafajeste, imoral, sem respeito próprio, que ainda por cima tem péssimo gosto para escolher as amantes, se relacionando com uma rameira, vadia, vagabunda, puta.

Sandra: Você está me ofendendo.

Mônica (Grita): Cala a boca!

Mônica: Chega! Chega de falsidade, chega de traição. Chega! Se vistam agora mesmo e saiam do meu apartamento.

Fernando: Vamos conversar antes de tomar qualquer decisão.

Mônica: Vista a sua roupa, pegue tudo que é seu e saia do meu apartamento. Quando eu voltar eu não quero encontrar nada que me lembre você. E tá vendo esse anel aqui? (Mônica tira o anel de noivado que ganhou de Fernando do dedo) Enfia no mesmo lugar que você estava enfiando esse seu pinto pequeno quando eu entrei no quarto. (Mônica joga o anel no chão e sai da Suíte).

Fernando: Pequeno? – diz Fernando olhando para seu pênis.

Cena 5.  São Paulo / Barra Funda / Casa de Eduardo / Quarto do Eduardo / Noite.

Eduardo e seu avô jogam futebol de botão.

Francisco: E ai rola um futebolzinho de botão?

Eduardo: Só se for agora vô. – diz Eduardo jogando o celular na cama e indo pro chão.

Francisco: Eu fico com o Grêmio!

Eduardo: Santos! – os dois começam a armar o futebol de botão no chão para dar início a partida.

Fátima: Jogando futebol de botão Eduardo, já terminou de estudar?

Eduardo: Já mãe, passei a tarde inteirinha estudando.

Fátima: Ah bom, então pode continuar, mas vê se não vai ficar jogando até tarde com seu avô, não esqueça que amanhã você tem que acordar cedo para ir à escola.

Eduardo: Eu vou dormir no horário mãe, prometo.

Francisco: Vamos iniciar a partida. – Eduardo e Francisco jogam futebol de botão.

Cena 6. São Paulo / Lapa / Bar / Madrugada.

Mônica bebe em um bar para esquecer seus problemas.

Mônica: Um conhaque por favor!

Mônica: Eu vou esquecer tudo que aconteceu hoje, esquecer que um dia eu tive uma amiga chamada Sandra e um namorado chamado Fernando, vou apagar tudo da minha memória e bola para frente.

Mônica: Viva la vida. – diz Mônica bebendo o conhaque.

Cena 7. São Paulo / Dia.

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Cena 8. São Paulo / Barra Funda / Casa de Eduardo / Quarto do Eduardo / Dia.

Fátima acorda Eduardo para mais um dia de aula.

Fátima: Eduardo acorda, tá na hora.

Eduardo abre olhos mas não quis se levantar, virou na cama para olhar o celular e ver que horas eram.

Corta Para

Cena 9. São Paulo / Lapa / Bar / Dia.

Barman: Já vamos fechar.

Mônica: Eu já estou indo, mas hoje à noite eu volto. – diz Mônica saindo do bar.

Corta Para

Cena 10. São Paulo / Ruas / Dia.

Mônica e Eduardo se cruzam na rua.

Eduardo (Pensativo): Escola…Escola…Escola…AAAAH, quando é que eu vou poder acordar a hora que eu quiser? – diz Eduardo enquanto caminha em direção a escola mexendo no telefone.

Mônica (Pensativa): As bombas não tem culpa de serem bombas, os ratos não tem culpa de serem ratos, e as pessoas não tem culpa de serem pessoas ou tem? – diz Mônica caminhando para casa mexendo no telefone.

Eduardo e Mônica se batem e deixam seus celulares caírem no chão, os dois se abaixam para pegar o celular e as suas mãos se tocam.

Congelamento nas mãos unidas de Eduardo e Mônica.

FIM DO EPISÓDIO

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