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Escolhas da Vida

Escolhas da vida – Capítulo 2

https://www.youtube.com/watch?v=Ai9oDOMTfk4

Capítulo 2.

Continuação do capítulo anterior…

Cena 3.

Quarto de Maria.

Joana: Bruna, você vai ter que fazer esse parto.

Bruna: Eu?

Joana: Sim, você. Eu não posso por causa da barriga.

Bruna: Mas eu nunca fiz um parto na minha vida.

Joana: Você não assiste filmes? Deve ser a mesma coisa.

Bruna: Está bem. Dona Juliana eu preciso de toalha e água.

Juliana: Eu tenho que pegar?

Joana: Anda Juliana ajuda.

Bruna ajuda Maria a ter a criança. Maria se esforça ao máximo pra que a criança nasça. Ela faz força, muita força. Ela já quase não conseguia manter acordada, ela estava fraca. O esforço que ela sofreu foi muito. O parto não foi feito da maneira mais correto, mas foi o que fez a criança nascer.

Juliana e Joana ficaram na porta observando tudo. Joana não tirava os olhos de Maria, e quando a criança nasceu ela não conseguia tirar os olhos da criança.

Juliana: Tá ouvindo? É choro da criança. Nasceu.

Joana: Nasceu sim. O meu filho nasceu. Meu…

Joana fixa o olhar na criança.

Maria: Eu quero ver meu filho. Cadê ele? Poe ele aqui pertinho de mim.

Bruna enrola a criança em um lençol e coloca nos braços de Maria.

Maria: Meu filho. Mamãe está aqui e nunca vai te abandonar. Eu te amo.

Joana: A criança nasceu antes do tempo.  Temos que dar um jeito de leva-los para o hospital.

Bruna: Ela já devia estar no hospital há muito tempo.

Joana: Eu liguei para ambulância, eles já devem estar chegando.

Cena 2.

São Paulo.

Prédio onde Aline morava.

Na recepção do prédio, Matheus conversa com o porteiro.

Matheus: Como assim ela foi embora?

Porteiro: Ontem à noite. Ela até deixou o apartamento para ser alugado.

Matheus: Mas pra onde?

Porteiro: O senhor me desculpe, mas isso eu não posso lhe informar. Ela não me disse nada.

Matheus: Nem mesmo um número de telefone?

Porteiro: Eu sou só o porteiro. Ela não deixaria essas coisas comigo.

Matheus: Claro. Obrigado pelas informações.

Matheus sai do prédio, vê um taxi vazio e entra.

Matheus: Por favor, me leve até o centro. Se não se importa eu estou um pouco atrasado pra uma reunião.

Taxista: Claro senhor, vamos chegar rapidinho.

Cena 3.

Santa Catarina.

Hospital público.

Na sala de espera, Joana e Juliana sentadas em duas cadeiras conversam.

Juliana: Eu conheço esse olhar. Você está planejando alguma coisa e não é de hoje.

Joana: Esse filho da Maria. Ele via salvar meu casamento. Vai ser o que eu sempre precisei.

Juliana: O que você está planejando?

Joana: Eu vou resolver meus problemas de uma vez por todas. E vou poder tirar essa barriga irritante. Não suporto mais essa coisa me incomodando.

Juliana: Até agora eu não entendi o que você está planejando.

Joana: Você não tem que entender nada. O importante que o Matheus vai chegar em uma semana e eu vou estar com o filho dele nos braços.

Bruna chega à sala de espera.

Bruna: A Maria já está bem, e a criança também. Um menino. Vítor. Lindo o nome, não é?

Joana: Sim, eu gosto de Vítor.

Juliana: A criança está na incubadora? Eu queria vê-lo.

Bruna: Vamos lá. Eu também quero ver como ela está.

Cena 4.

Quarto de Maria no hospital.

Um quarto simples, com 4 camas, mas apenas uma está ocupada. Joana entra no quarto.

Joana: Sempre ouvi dizer que hospital público são varias pessoas em cada quarto, Parece que você deu sorte.

Maria: Por enquanto. A enfermeira já me disse que vão vim mais duas pacientes pra cá.

Joana: Complicado essa situação. Mas o importante é que você e o Vítor estão bem. Alias adorei o nome.

Maria: Graças a Deus estamos bem.

Joana pega uma cadeira e coloca do lado da cama de Maria e se senta.

Joana: Maria eu sei que não é o momento de ter essa conversa com você. E tenho certeza de que você não estava nem imaginando que eu teria essa conversa. Mas eu preciso falar.

Maria: Eu não estou entendo. O que aconteceu?

Joana: Você sabe que o nascimento prematuro ás vezes pode complicar as coisas.

Maria: O que você está me dizendo Joana? Meu filho está bem, não está?

Joana: Calma. Está tudo bem com o Vítor. Por enquanto. Às vezes esses quadros de crianças prematuras se complicam, mas vamos pedir a Deus pra que não aconteça isso com o Vítor.

Maria: Não vai acontecer nada com meu filho.

Joana: O Hospital público por mais que seja bom, tem suas limitações. Não tem a capacidade de um hospital particular. O Vítor e você mesma, estaria melhor no hospital particular.

Maria: A onde a senhora quer chegar com essa conversa?

Joana: Maria, você sabe que a minha gravidez é falsa. Que eu estou fazendo isso porque eu amo o Matheus e não quero perde-lo. Eu nunca contei isso pra ninguém, mas eu sou estéril. Eu não posso ter filhos. E o Matheus tem uma amante. Ele pode me abandonar a qualquer momento. Mas um filho pode ajudar a salvar meu casamento.

Maria: Eu espero que você não esteja pensando no que me passou na minha cabeça. Porque se for, a resposta é não.

Joana: Calma. Me escuta. Eu posso tirar você e o Vítor daqui e colocar em um hospital melhor. Eu posso dar um futuro melhor pro Vítor. Alimentação, roupas, escola. O melhor para o seu filho.

Maria: O melhor pro meu filho é estar junto com a mãe dele.

Joana: Eu nunca iria separar vocês dois. Você vai continuar lá em casa. Você seria a babá dele. Ia ficar 24 horas por dia com ele. Um quarto no andar de cima, do lado do quarto do Vítor. Eu só preciso fazer o Matheus acreditar que o filho é dele.

Maria: Isso é loucura Joana. Eu não posso fazer isso com meu filho, ele não é uma mercadoria.

Joana: Pense no futuro dele. Você está pensando só em você. Ele vai ter mais chances na vida sendo filho de uma família rica do que sendo filho da empregada. Eu não devia estar falando isso com você nessa situação, mas eu estou desesperada. O Matheus vai chegar logo. Pensa na minha proposta, pensa no futuro do Vítor.

Cena 5./ Uma semana depois/ Manhã.

Quarto de empregada.

Maria com Vitor nos braços conversa com Bruna.

Bruna: Isso é loucura. Você não pode está pensando em fazer uma coisa dessas.

Maria: Eu também achei que é loucura. Mas eu to sozinha. O Henrique já me abandonou.

Bruna: Você não está sozinha. Eu estou com você. Eu vou te ajudar a cuidar dele.

Maria: Se eu entrar no jogo dela, eu não vou me separar do meu filho. Eu vou estar junto com ele. Sempre. Eu vou cuidar dele.

Bruna: E nunca vai poder falar pra ele que é a mãe dele. Maria, eu não confio na Joana. Você está sendo ingênua em achar que isso vai dar certo. Que isso é o certo.

Maria: Dona Joana sempre me ajudou. Ele vai ter um futuro melhor. Escola melhor, chances na vida que o filho da empregada não tem. O Matheus vai chegar amanhã eu preciso tomar uma decisão.

Bruna: Eu não sei o que essa mulher falou com você. Que poder de convencimento é esse. Mas eu não acho que o certo é esse. Maria, essa mulher é perigosa. Não toma nenhuma decisão precipitada. Eu preciso ir embora agora. Não faz nenhuma besteira, por favor.

Maria senta na cama.

Maria: Meu pequeno. O que eu faço? Eu quero o melhor pra você. Meu Deus me ajude.

Cena 6.

Quarto de Joana.

Joana deitada na cama, Maria entra.

Maria: Com licença.

Joana: Pode entrar.

Maria: O Dr. Matheus chega na hora do almoço. Ele telefonou e pediu pra avisar.

Joana: Obrigada.  Você não pensou na proposta que eu te fiz, né?

Maria: Eu pensei sim. Eu estou confusa. Com medo.

Joana: Maria, eu já te disse que você não vai ficar longe do Vítor. Eu só preciso enganar o Matheus. Mas tudo bem. Se você não quer o futuro melhor pro seu filho eu não posso fazer nada.

Maria: Quero sim. Eu quero que a senhora me prometa que nós vamos falar que eu sou a verdadeira mãe dele.

Joana: Ele precisa primeiro crescer, quando ele tiver uma cabeça formada pra isso, nós revelamos.

Maria: Meu Deus, que essa seja a escolha certa que eu esteja tomando.

Joana: Isso é um sim? Você aceita?

Maria: Eu aceito. Espero que eu não me arrependa.

Joana abraça Maria.

Cena 7.

Mansão.

Na sala, Joana com Vitor nos braços, Maria do lado. E Matheus entra em casa. Matheus olha espantado para Joana com a criança nos braços.

Matheus: O que aconteceu?

Joana: Nasceu, Matheus. Nosso filho nasceu.

Matheus: Mas não estava na hora. Quando que foi isso?

Joana: Ele veio antes da hora mesmo. Mas está tudo bem agora. A Maria me ajudou muito. Ela é um anjo.

Matheus beija Joana.

Matheus: Eu estou tão feliz. Meu filho. Eu quero pegá-lo.

Maria: É melhor o senhor tomar um banho primeiro. Está sujo da rua. Não é bom pra criança.

Matheus: É meu filho. E eu vou pegá-lo agora.

Joana: A Maria está certa. Você vai tomar um banho primeiro.

Matheus: Está bem.

Joana: Prepare um banho para o Vítor também. Por favor.

Maria: Claro. Posso leva-lo.

Joana: Claro.

Maria pega Vítor e o leva para o quarto.

Cena 8

Quarto de Joana.

Joana e Matheus entram no quarto.

Matheus: Eu vou tomar meu banho rápido. Quero muito pegar meu filho.

Joana: Ele vai adorar encontrar o pai. Como foi essa reunião? Uma semana é muito tempo pra uma reunião.

Matheus: Não foi uma reunião. Foram várias. E estávamos acertando as coisas. Eu tenho uma novidade.

Joana: Que novidade?

Matheus: Eu vou ser o novo presidente de uma filial da empresa no Rio de Janeiro. Nós vamos nos mudar para o Rio de Janeiro.

Joana: Nós mudar?

Matheus: Sim. Daqui um mês. Você sempre gostou do Rio de Janeiro. Não gosta mais?

Joana: Gostei sim.

Matheus: Vou tomar meu banho.

Matheus entra para o banheiro. Joana senta na cama.

Joana: Rio de Janeiro. Isso é perfeito. Eu já sei como eu vou tirar a Maria do meu caminho pra sempre.

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