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Histórias da Vida

Histórias da Vida – Capítulo 30

Capítulo 30

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1.

Mansão de Glória.

Hélio entra na casa de Glória com as malas.

Glória: Então era verdade? Eu achei que era mais uma das mentiras da Valéria, mas realmente ela estava certa.

Hélio: Eu não sei o que a Valéria disse a senhora ou como ela disse. O que eu sei é que eu preciso de um lugar pra ficar mãe.

Glória: Há quanto tempo vocês tinham um caso?

Hélio: Mãe, a senhora podia esperar eu chegar direito e te contar o que realmente aconteceu ao invés de me perguntar isso.

Glória: Você e a Maria não tem nenhum envolvimento na morte do Heitor não né.

Hélio: O que? Não to acreditando que a senhora me fez essa pergunta.

Glória: Perguntar não ofende.

Hélio: Ofende sim. E não é de hoje que você me ofende. Sempre foi assim. Heitor na frente e se sobrar tempo Hélio.

Glória: Isso não é verdade.

Hélio: É verdade sim e a senhora sabe disso. Nunca fez questão nenhuma de esconder sua preferência pelo Heitor. Nem depois de morto isso mudou. Nem depois de todas as merdas que ele fez na vida da Maria e dos filhos dele.

Glória: De novo a Maria. Você não percebe que essa sua preocupação ao estremo com a Maria que te colocou nessa situação.

Hélio: Não é preocupação. É gostar. E eu gosto dela. Muito. Mãe eu achei que eu poderia ficar aqui até eu conseguir um lugar pra ficar de vez, mas estou percebendo que você não mudou em nada. Não adianta trocar as roupas, abrir as janelas da casa, se você continua arrumando qualquer desculpa pra atacar a Maria. Eu vou embora.

Glória: Espera. Você não precisa ir embora. Você é bem vindo aqui. Muito bem vindo. Essa casa sua também. Eu quero meu filho perto de mim. Eu prometo que nem vou tocar no nome da Maria. Fica por favor.

Cena 2.

Casa de Maria.

Maria: Cadê a Nath e o Junior? Eu queria ter essa conversa com todos e de uma vez.

Carla: Nath está na cozinha. Chegou estranha e não falou com ninguém. O Junior deve estar chegando já. Eu vou lá chamar a Nath.

Rafael: Eu quero mesmo que a senhora explique tudo. Porque depois eu vou ter uma conversa seria com o tio Hélio.

Maria: Você não vai ter conversa com ninguém. Eu já sou grandinha o suficiente pra ter responsabilidade sobre as decisões e sobre o que acontece na minha vida.

Rafael: Mas mãe, por causa dele a vizinhança inteira está falando da senhora.

Maria: E com a vizinhança eu resolvo.

Junior entra em casa, Nath e Camila chegam da cozinha.

Diego: Que bom que você chegou Junior. Só estava esperando você.

Junior: Reunião de família?

Maria: Eu quero ter essa conversa com vocês todos juntos. EU vou explicar tudo que aconteceu e não quero ser interrompida.

Carla: Pode falar mãe.

Maria: Quando o Heitor morreu, ele deixou uma carta com o Hélio pra ser entregue a mim, mas por uma ironia do destino ou a mão do diabo, essa carta foi parar nas mãos da Valéria e que leu o conteúdo e me entregou no dia do velório. Na carta ele me explicava que o Junior era filho dele com uma mulher chamada Marcela e que ela o chantageava por conta desse segredo. Foi por isso que nós não tínhamos dinheiro pra nada. Sempre ele dava um jeito de tirar mais e mais dinheiro dele. Tanto que entramos em dividas e até agiota ele procurou.

Nath: Minha nossa.

Maria: Por esse motivo tive que vender a casa, a loja e tudo mais. Por causa de contas. Mas não estou aqui pra falar mal do Heitor. Depois disso, eu sempre pude contar com a ajuda do Hélio. Ele sempre me apoiou, me ajudou e ajudou vocês. O tempo nos aproximou mais do que já éramos próximos. Mas nunca tivemos um caso.

Rafael: Não é o que estão falando.

Maria: Quem está falando não sabe da minha vida. Fomos sempre próximos e sempre muito amigos. Mas nos últimos meses nos aproximamos mais e aconteceu o beijo. Não foi um caso, não éramos amantes. Tivemos a infelicidade de a Valéria ver um dos momentos de fraqueza. Mas essa fraqueza não vai se repetir. Acho que era isso que queria falar.

Cena3./Noite.

Mansão de Glória.

Na sala, Hélio sentado no sofá se lembra do primeiro beijo com Maria. Ele pega o celular e liga pra ela.

Casa de Maria.

Na cozinha, Maria e Janet conversam enquanto tomam chá em pé do lado do balcão.

Maria: Eu fico pensando, quando que eu perdi o controle da minha vida.

O celular de Maria toca, ela vê no visor o nome de Helio e não atende.

Janet: Você vai ficar evitando ele até quando?

Maria: Até quando eu puder. Eu não estou preparada pra conversar com ele, eu não sei o que dizer.

Janet: Uma hora vocês vão ter que conversar. Você gosta Maria isso é nítido. Eu até achei que demorou pra isso acontecer.

Maria: Do que você está falando?

Janet: Sempre que vocês estavam juntos eram diferentes. Os olhos brilhavam, dos dois. O seu tom de voz mudava ao falar dele.

Maria: Você está viajando, como dizem meus filhos.

Janet: Eu acho que você está se enganando. Como diz eu mesma.

Cena 4.

Bar.

Na porta do bar, Flávia e Diego conversam.

Flávia: Eu só acho que já tem um tempo bom que nós estamos juntos e já está na hora de darmos um passo pra frente.

Diego: Nosso namoro não é um namoro normal. Você sabe disso.

Flávia: Independente de ser normal ou não. Temos que fazer isso.

Diego: Isso o que?

Flávia: O que todo casal faz.

Diego: A gente já se beija e eu estou te beijando agora sem você precisar mandar.

Flávia: Eu estou falando de sexo. Transar. Isso que eu estou falando.

Diego se espanta.

Diego: Fala baixo. As pessoas não precisam saber disso.

Flávia: Você parece que gosta de ver estressada. Vamos marcar em um lugar calmo. Motel ou pode ser lá em casa. Não lá em casa não dá, meus pais não vão nos dar privacidade. Talvez o Thiago me empreste o apartamento dele. É aqui em cima do bar mesmo.

Diego: Calma, não é assim. A minha família está passando por uma situação terrível e você pensando em sexo. Eu não sei se eu to com cabeça pra pensar nisso.

Flávia: Não quer transar porque ta com a cabeça pensando na sua família ou ta pensando em piro…

Diego: Olha o que você vai falar.

Flávia: Eu vou trabalhar que é melhor. Antes que a gente brigue feio aqui.

Flávia vai pra palco.

Cena 5

Casa de Carla.

Na sala, André entra em casa completamente bêbado tropeçando nos moveis e vai até o quarto.  No quarto ele vê Carla guarda algumas roupas no guarda roupas.  André agarra Carla por trás.

André: Que bom te ver aqui. Eu vim te cobrar o que você me deve.

Carla: Que bafo de cachaça. Me solta que você este me machucando.

André: Ta machucando nada. Eu sei que você que seu macho te pegue forte assim.

Carla: Me solta André. Você está bêbado.

André: Bêbado, mas ainda sou seu homem.

André segura Carla e a joga na cama.

Carla: Parou a palhaçada. Vai tomar um banho pra você melhorar.

André deita por cima de Carla, e beija o pescoço. Carla tenta empurrar André de cima dela, mas ele segura as mãos dela sobre o colchão.

Carla: Me solta André. Eu não quero isso.

André grita: Mas eu quero! Você é minha mulher, tem que satisfazer seu marido.

Carla: Mas não obrigada, não a força. Você vai me estuprar?

Andre: Vai ser precisa?

Carla: Me solta, agora. Eu vou gritar André. Me solta. Me solta.

Julia entra no quarto empurra André que cai de lado na cama. Carla levanta da cama.

Carla: Você está ficando louco.

André: Louca é essa menina. Quem disse que você podia entrar nesse quarto.

Julia: Você é um ogro. Eu não vou deixar você fazer nada contra a minha mãe.

André: Eu devia te dar uns bons tapas pra você aprender a respeitar seu pai.

Julia: Tenta. Eu ligo pra policia na mesma hora.

André: Eu odeio essa família.

André sai do quarto.

Julia: Você está bem mãe?

Carla: To sim filha. Mas você não devia se meter nos assuntos dos seus pais.

Julia: Ele queria te forçar mãe. A gente tem que sair dessa casa o mais rápido possível.

Carla: Não. Vai ficar tudo bem. Ele só estava bêbado. Vai ficar tudo bem.

Cena 6.

Boate.

No bar, Rafael coloca o copo de bebida no balcão e um pacotinho de cocaína do lado. O cliente pega o pacote e coloca no bolso e deixa 100 reais sobre o balcão. Rafael pega e guarda a nota.

Rafael: Valeu.

Rafael se lembra de Maria proibindo ele de conversar com Hélio.

Rafael: Tomas, eu vou dar um pulo no banheiro, cuida do bar pra mim.

No banheiro, Rafael sozinho no banheiro, tira um pacotinho de cocaína e coloca na mão e cheira. Oto entra no banheiro e vê.

Oto: Que palhaçada é essa, Rafael?

Rafael: Oto, não é nada disso que você está pensando.

Oto: Isso é pó?

Rafael: Não, espera. Eu posso explicar.

Oto: Você não tem que explicar nada. Eu já disse isso mil vezes que eu não aceito isso na minha boate.

Rafael: Foi mal, Oto. Não passando por uma situação boa lá em casa e eu pensei…

Oto: Vai embora. Pensa no que você fez. Isso pode te custar o emprego. Amanhã você volta a trabalhar. Se eu te pegar com essas porcarias de novo. É rua.

Cena 7.

Casa de Sandra.

Na mesa do jantar, Sandra e Lucas jantam juntos.

Sandra: Ela reagiu bem?

Lucas: Claro que não. É da Camila que estamos falando. Mas o importante que ela assinou os papéis do divorcio e estou livre e todo seu.

Sandra: Eu fico muito feliz que você está livre e todo meu. Mas sinceramente eu não queria que ela sofresse. Apesar dela me xingar sempre que me vê, eu não desejo nada de mal pra ela.

Lucas: Eu também quero que ela seja feliz. Mas ela não aceita isso. Ela acha que será só comigo.

Sandra: Vamos parar de falar dela. Não te chamei pra jantar aqui em casa pra ela ser o assunto.

Lucas: Claro. Me desculpe.

Lucas beija Sandra.

Lucas: Quando que vai ser sua folga no hospital? Nós podíamos ir pra búzios. O que você acha?

Sandra: Eu vou adorar. To precisando relaxar mesmo.

Cena 8.

Boate.

Na boate, Guilherme e Camila sentam em uma mesa no canto.

Guilherme: Confesso que quando a senhora me chamou pra boate eu achei que estava brincando.

Camila: Eu ainda estou chateada com você. Só te chamei porque eu não tenho nenhuma amiga.

Guilherme: Eu já te expliquei mãe. Eu não podia escolher…

Camila: Chega disso sai. Eu vim aqui me divertir. Não vou estragar minha noite falando do seu pai ou daquela sonsa da Sandra.

Guilherme: Isso mesmo mãe. Vamos divertir.

Oto se aproxima de Camila.

Oto: Camila é você?

Camila: Oto? Quanto tempo? Você não mudou nada.

Os dois se cumprimentam com beijos no rosto.

Oto: Você já mudou muito. Está mais linda do que nunca. Cadê o Lucas?

Camila: Com outra. Estamos separados.

Guilherme: Eu ainda estou aqui.

Camila: Não atrapalha Guilherme. Não está vendo que eu estou conversando.

Cena 9.

Casa de Lucas.

Na sala, Lucas ajuda Bia a fazer o projeto de ciências, enquanto Vitória olha revistas de casamento.

Caio: Sempre deixando pra ultima hora, né Beatriz.

Bia: Não deixei não. Tem 2 semanas que eu estou fazendo esse projeto. Você viu o quanto ele é grande. Vale metade na nota final. Se eu tirar nora ruim corre o risco de repetir o ano. Bate na madeira.

Caio: Vai não. Vamos acabar a tempo e vai dar tudo certo.

Vitória: Larga isso ai e vem ver a revista Caio. Já te chamei 3 vezes.

Caio: Meu amor, eu tenho que ajudar a Bia.

Bia: Sua folgada meu trabalho é amanhã. Seu casamento nem sabe se vai acontecer mesmo. Fica na sua.

Vitória: Vai acontecer sim, nada que você fale vai adiantar.

Caio: Vocês duas parem. Eu não posso olhar a revista agora Vitória.

Cena 10.

Casa de Maria.

Na sala, Maria e Glória se encaram.

Maria: Eu acho que eu seu exatamente o porquê a senhora está aqui.

Glória: Que bom. Isso economiza meu tempo. Eu não quero ficar muito tempo aqui.

Maria: Dona Glória. Eu posso garantir pra senhora que Hélio e eu não somos amantes e nunca tivemos um caso.

Glória: Eu quero saber é se você e o Hélio planejaram a morte do Heitor. Acho melhor você responder a verdade porque eu não estou com paciência pra você.

As duas se encaram.

2 comentários sobre “Histórias da Vida – Capítulo 30

  • Camila arrumou seu boy pro fim da trama. Já estou vendo que vai ser OtoMila.
    Faltam 10 capítulos para terminar.
    Vou sentir saudades dessa trama.
    Queria que o final do André fosse feliz ao lado da família.
    Nath vai ter logo os sintomas do HIV?
    Qual será o plano de Valéria e Marcela para essa reta final da história?

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