Histórias da Vida – Capítulo 24
Capitulo 24
Continuação do capítulo anterior…
Cena 1.
Maria: Eu sei. Mas eu não consigo manter a calma nunca situação dessas. A vontade que eu tenho é de tirar ela da minha vida de uma vez pra sempre.
Hélio: Você pode falar com o Junior. Ele vai te entender Maria. Eu tenho certeza disso.
Maria: Não, eu tenho medo disso. Eu não quero arriscar a deixar a cabeça do meu filho perturbada igual a minha está agora.
Hélio: Tudo bem, eu não vou sugerir isso mais. Mas eu tenho outro assunto chato pra falar com você.
Maria: O que aconteceu dessa vez?
Hélio: Eu acho que a Valéria sabe do beijo.
Maria: Como assim ela sabe? Você falou pra ela?
Hélio: Claro que não. Mas ela esta agindo estranhamente. Fazendo umas perguntas sobre amar ela e rasgando fotos. Eu acho que você devia tomar cuidado por que ela pode estar tramando qualquer coisa contra você.
Maria e Hélio se encaram.
Maria: Você não acha que pode estar exagerando? Eu sei que a Valéria não é fácil de lha dar, mas planejar algo contra mim é uma pouco demais.
Hélio: Espero mesmo que você esteja certa. Porque o comportamento dela está me preocupando.
Cena 2.
Casa de Sandra.
No quarto, Sandra se ajeita em frente o espelho, Vitória sentada na cama conversa com ela.
Vitória: E no meio do jantar, ele me pediu em casamento. Olha aqui a aliança no meu dedo.
Sandra olha para mão de Vitória.
Sandra: Filha, que maravilha. Eu achei que ele iria te enrolar para o resto da vida. Graças a Deus ele não fez isso.
Vitória: Credo mãe.
Sandra: Não to falando por mal meu bem. Mas você sempre teve alguns pequenos atritos com os irmãos. Achei que eles iam conseguir te separar dele. Ainda bem que eu estava errada.
Vitória: Você acha que eles vão tentar alguma coisa pra me separar do Caio?
Sandra: Claro que não filha. Foi só modo de falar.
Vitória: Que bom. Eu estou tão feliz, não quero deixar nada me atrapalhar com o Caio.
Sandra: E nada vai. Vem cá, me da um abraço. Que felicidade. Minha filha vai casar.
Sandra e vitória se abraçam.
Cena 3.
Casa de Maria.
Na sala, Maria e Hélio continuam conversando.
Maria: Como assim, agindo estranhamente?
Hélio: Ontem ele rasgou uma foto que tinha no meu quarto. Na foto tinha você e meu irmão. Ela rasgou em cima da sua imagem.
Maria: Mas você acha que ela está assim porque ela ouviu sobre o beijo? Eu posso conversar com ela. Explicar que foi um acidente, que isso não vai mais acontecer.
Hélio: Não. Não ia adiantar. Até porque seria uma mentira. Não foi um acidente, eu te beijei por que eu quis. E eu não me arrependo.
Maria: Hélio, o Rafael está no quarto dormindo. A gente já combinou de não falar mais sobre isso.
Hélio: Um dia nós vamos ter que falar Maria. Ontem a Valéria me perguntou se eu ainda a amava. Eu não pude falar pra ela que sim, porque eu só penso em você.
Maria: Acho melhor eu ir pra imobiliária. Essa conversa está indo para um lado que eu não estou gostando.
Hélio: Porque você não fala sobre os seus sentimentos. É nítido que você sente alguma coisa por mim. Você fica toda desconsertada com esse assunto.
Maria: Porque você é casado. Porque você tem uma família, porque eu tenho uma família. Porque você é irmão do meu marido. Isso nunca vai dar certo Hélio. Só nos resta aceitar.
Cena 4.
Motel.
Na cama, Breno deitado só de cueca conversa com Valéria que está sentada na cama tirando os brincos.
Valéria: Eu não sei o que me deu, mas ouvir que os dois tinha se beijado me deixou diferente. Nunca imaginei que isso iria mudar meu comportamento.
Breno: Você está com ciúmes do seu marido. É isso.
Valéria: Deixa de ser ridículo. Ainda mais eu, ter ciúmes do Hélio. Eu tenho um jovem na cama agora e vou me preocupar com um velho. Pode ter sido meu orgulho ferido, o Hélio todo sonso me passou pra trás. Só pode ser isso.
Breno: Se você está falando.
Valéria: Ou pode ser por causa da Maria. Se fosse qualquer outra mulher não faria diferença pra mim. Mas foi com a Maria.
Breno: Sério? Eu ficaria puto com qualquer traição. Independente com quem seja.
Valéria: Você não entende a rivalidade feminina meu caro. Mas eu sei muito bem o que eu preciso fazer pra voltar a me sentir bem. Eu só preciso atingir a Maria do jeito que ela me atingiu. Eu só preciso encontrar a tal Marcela da carta do Heitor, ai sim, as coisas voltam ao normal.
Breno: Quem é Marcela?
Valéria: Não interessa. Agora faça o seu papel de me dar prazer.
Breno puxa Valéria pra cama, e ela deita do lado dele. Eles se beijam enquanto Breno tira a blusa de Valéria.
Cena 5.
Faculdade.
Sentado à mesa na lanchonete, Diego se lembra da conversa com Patty sobre a sua sexualidade. Nath chega à mesa e senta-se do lado de Diego.
Nath: Tudo bem?
Diego: Sim. To legal.
Nath: Você tava com uma cara tão séria…
Diego: To bem. De verdade… Como foi lá na consulta? Você não disse nada.
Nath: To bem também. Nada de errado.
Diego: Ainda bem. Eu tenho uma aula agora. Depois a gente se fala.
Nath: Tá bom.
Diego beija o rosto de Nath e sai andando.
Cena 6.
Casa de Sandra.
Na sala, Sandra caminha até a porta e abre e vê Lucas.
Sandra: O que você está fazendo aqui?
Lucas: Eu vim te mostrar isso.
Lucas tira da pasta alguns papeis.
Sandra: O que é isso?
Lucas: Esse é o meu divorcio. Eu já dei entrada na papelada toda. Só falta a assinatura da Camila. Eu to separado de vez.
Sandra: E por que você veio aqui me mostrar isso? Eu sou médica. Advogado é você.
Lucas: Eu sei. Você disse que era pra acertar minha vida antes de te procurar. Eu só to querendo te mostrar que eu me importo com você. Que eu to fazendo tudo certinho pra gente continuar de onde nós paramos.
Sandra: Você é a primeira pessoa que tenta conquistar uma mulher com os documentos de divorcio.
Lucas: Funcionou?
Sandra beija Lucas.
Cena 7.
Praia.
Diego toma água de coco sentado na areia da praia, Flávia se aproxima e senta do lado dele.
Flávia: Que bom que você aceitou me encontrar aqui.
Diego: Não tinha porque não vim, né.
Flávia: Eu fiquei pensando muito sobre ontem à noite.
Diego: Eu também fiquei pensando muito naquele beijo.
Flávia: Eu pensei em coisas alem do beijo. Depois que vocês foram embora o Thiago me disse que você poderia ser gay.
Diego olha pra Flávia sem graça. Mesmo ele sabendo que o que Flávia dizia não era mentira, mas não era algo que Diego aceitava com facilidade.
Flavia: É mentira não é? Não pode ser. Eu devo ter o dedo podre demais. Os caras que eu me relaciono ou são bandidos ou gays. O que eu fiz de errado meu Deus.
Diego: Para de falar assim e de falar alto. As pessoas na praia não precisam saber da minha vida.
Flávia: Desculpe. Mas eu fiquei sem dormir a noite inteira pensando nisso. O Thiago e dizem que existe esse tal de gaydar e eu não quero que ele esteja certo. Você não é gay, não aceito. Fala pra mim que é mentira isso. Fala pra mim.
Diego: Flávia, para. Você descontrolada.
Flávia: Desculpe. Então me fala a verdade. Você é gay?
Diego: Não… Não sei. Eu não sei o que está acontecendo comigo. Eu não sei quem eu sou.
Flávia: Você me beijou ontem, então você gosta de mulher. Você gostou do beijo?
Diego: Colocar pressão em cima de mim assim não está ajudando.
Flávia: Desculpe. Olha, eu tenho uma ideia. Você está em duvida, está dividido. Por que você não tenta ficar comigo de novo, quem sabe com o tempo você se acostuma e se define hetero.
Diego: Você realmente quer continuar com um cara que pode se revelar gay daqui algum tempo?
Flávia: Eu não vou achar ruim de ser usada por você. Eu gosto de você. Vai ser bom pra mim e talvez te ajude.
Diego: Bom, acho que podemos tentar.
Flávia: Que bom. Então vem e me beija de novo.
Diego: Espera, assim? Agora?
Flávia: Sim, vem.
Flávia beija Diego.
Cena 8.
Mansão de Glória.
Na sala, Junior entra na casa e vê Glória descendo a escada com roupas escuras, mas não pretas.
Junior: Aconteceu alguma coisa? A senhora me ligou pra vim aqui eu fiquei um pouco assustado. A senhora está de batom?
Glória: Você percebeu? Esse é um batom que o Heitor me deu no meu aniversário. No dia em que ele morreu.
Junior: Desculpe vó, eu não sabia. Não queria fazer à senhora se sent…
Glória: Está tudo bem. Eu quis usar ele por isso mesmo. É o ultimo presente que eu tenho dele. E por incrível que pareça eu acordei me sentindo melhor.
Junior: E o fato da senhora ter acordado se sentindo melhor tem a ver com os fatos estranhos que estão ocorrendo nessa casa?
Glória: Que fatos estranhos? Do que você está falando?
Junior: Você de batom, não está usando preto. As janelas estão abertas, tem um jarro de flor em cima da mesa de centro da sala.
Glória: Isso é ruim? Você acha que está cedo pra isso?
Junior: Claro que não. Isso é ótimo. Já passou da hora, já era pra isso ter acontecido a muito tempo. Eu estou tão feliz pela senhora.
Junior abraça Glória.
Glória: Você quer ir ao cinema?
Junior: A senhora está falando serio?
Glória: Sim, quero passar o dia com meu neto.
Cena 9.
No salão.
Sentada no sofá, Janet folheia uma revista, enquanto Edneia, Dirce e Lele passam perto dela e a observa. Janet se levanta e caminha até o balcão e pega a agenda, Dirce vai até o balcão e olha pra agenda e depois para o rosto de Janet, e se afasta. O celular de Janet toca, Edneia corre pra perto de Janet e olha para o celular e percebe que era um lembrete para tomar remédio, Edneia se afasta.
Janet: Vocês são estranhos naturalmente, mas hoje está pior do que de costume. O que aconteceu?
Lele: O que aconteceu é você quem tem que tem que nós dizer. Eu to aqui morta de curiosidade esperando você chegar e falar alguma coisa. E você fazendo a Britney Spears e não fala nada.
Janet: Fazendo à Britney Spears?
Edneia: Fazendo a muda. Mas para de enrolação e fala logo.
Dirce: Como foi o seu encontro com o caçador?
Janet: Eu não quero falar sobre isso.
Lele: Tá louca, racha. Eu quase picotei o dedo da Regininha só pensando como foi seu encontro e você não quer falar sobre isso?
Edneia: Ele não era um caçador? Achei que ele ia te caçar, te levar pro abatedouro e arrancar suas penas.
Janet: Você ta me chamando de galinha?
Dirce: Não presta atenção nela. Só conta como foi.
Janet senta no sofá.
Janet: Foi horrível. O pior encontro que eu tive na vida. Ele era um caçador sim, mas não um caçador sexual. Ele era um caçador Pokémon.
Lele: Oi?
Janet: É isso mesmo. Nós fomos jantar no restaurante japonês e ele ficou o tempo todo com o celular na mão. Até ai tudo bem. Porque quando nós fomos para o motel que eu achei que ele ia fazer loucuras com a pokebola dele, ele ficou caçando Pokémon dentro do motel. Eu quase desenhei um Pikachu dentro da minha calcinha pra ver se ele prestava atenção em mim.
Dirce: Que barra. Peço a Deus que eu nunca passe por isso.
Lele: Ele não era pra você, amiga.
Edneia: Conta-me o mais importante, Ele conseguiu capturar algum Pokémon?
Cena 10./ Noite.
Casa de Hélio.
No corredor da casa, Hélio caminha até chegar ao seu quarto. Hélio entra e vê o quarto com uma luz mais baixa, o som tocando uma música romântica e sexy ao mesmo tempo. Hélio olha pra cama e vê Valéria deitada com uma langerie vermelha bem provocante sobre um lençol de setim.
Hélio: Que isso Valéria?
Valéria: Essa é minha surpresa pra nós dois.
Hélio: Você…
Valéria: Hoje somos apenas nós dois, Hélio. Sem ninguém pra atrapalhar.
Hélio e Valéria se encaram.
Camila cadê vc? Apesar de amar LuMila acho fofo SanLu.
Gostei de vc ter colocado algo do cotidiano. A do pokémon foi hilário. Ri bastante.
Camila ta voltando calma,
hahaha do pokemon tmb gostei.
Gosto muito de Sandra e Lucas como casal, quero que eles dêem certo e a Camila não os atrapalhe.
Também gosto deles.
Na verdade gosto de todos. São meus filhotes.