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Polícia vs Amor

Polícia Vs Amor – Capítulo 02

Polícia Versus Amor – Segundo Capítulo

Cena 01/ Restaurante ‘Madame Francesa’. Dia

Efeito Sonoro (instrumental TENSÃO de fundo)

[Salão]

  Todos correm assustados para perto do corpo daquele homem ao vê-lo caindo ao chão com o impacto do tiro de Big:

Catarina (assustada) – Você atirou nele!

Thomas – Não acredito que fez isso, mané! Era só quando tivesse certeza – repreende o amigo, se preparando para dar os primeiros socorros ao ferido.

Big Parker – Ele era um suspeito. Capa preta, no fundo do salão, e com trijeitos estranhos. É um perigo! Se eu não atirasse, quem saberia se ele não ativaria uma bomba?

  A bala tinha acertado numa região de pouco risco de seu corpo, ou seja, sobreviveria.

  Ao puxar a sua capa para o lado, Big encontra o que aquele homem estava pegando. Não era nenhum controle de uma bomba ou instrumento para tal, mas sim, um simples bloquinho de notas:

Big Parker (confuso) – Como assim? Um bloquinho de notas?

Homem – É … – afirma com a respiração abafada, devido a dor do tiro.

Catarina – NÃO ACREDITO …!

Max (se aproximando) – Você atirou no crítico famoso! – berra, abrindo caminho entre os curiosos.

Big Parker (perdido no assunto) – Crítico? Famoso? O que vocês estão falando?

Catarina – Hoje um crítico visitaria o nosso restaurante. Ele avaliaria o nosso cardápio.

Crítico – Eu só me levantei para comunicar ao gerente que, sim, esse restaurante merece ter as cinco estrelas que tem. Só não imaginava que a segurança deste lugar fosse ser tão rigorosa.

Max – Ele não é o nosso segurança! Mil perdões pelo ocorrido. Garanto que cobriremos todos os custos médicos deste mau entendido.

Crítico – Que bom – e Max corre para ligar para a emergência.

Os dois policiais se afastam:

Thomas – E agora? Aposto que a chefia irá piar nos nossos ouvidos durante horas assim que ele der a ocorrência.

Big Parker – Você tá certo. Mas não foi por querer – se justifica, enquanto saiam do restaurante.

[Cozinha]

  Após o ocorrido, Catarina foi se arrumar para ir embora pois já havia comprido sua carga horária diária de trabalho. Mariane a aborda antes de partir:

Mariane (correndo) – Espere! – Catarina parou, esperando a amiga.

Catarina – Verdade! Me esqueci de que queria falar comigo no final do expediente.

Mariane – É. Mas, na verdade, o que eu tenho é mais para mostrar do que falar.

Catarina – Como assim?

Mariane – Venha comigo até a sua casa que você vai entender – e puxa Catarina pelos braços até entrarem no ônibus que levaria elas até a casa dela.

 

Cena 02/ Academia de Polícia. Dia

[Sala de Leona]

 

Os dois rapazes entram na sala com o “rabinho entre as pernas”, na qual Leona, a chefe da academia, aguardava-os:

Thomas – Nos chamou? – pergunta, assim que bateu na porta, entrando.

Leona (em sua cadeira) – Sim. Podem entrar. E fechem a porta. – responde, com a voz séria e negativa.

 

Big por ser o último a entrar teve que fechar a porta, e senta ao lado de Thomas na mesa, amedrontado:

Big Parker – E o que teria de tão importante para falar conosco?

Leona – Tenho duas coisas para falar. A primeira, que aposto que já sabem o que deva ser, é que já fui comunicada sobre o ocorrido ao crítico israelita no restaurante…

Big Parker – Mas ele era um suspeito! Sério. Capa preta, no fundo, sozinho, e ainda por cima era um estrangeiro! – tenta levantar hipóteses para aliviar o seu ato – Não tinha como não duvidar, ainda mais com a sua ligação.

Leona – É normal das pessoas acharem estrangeiros suspeitos, ainda mais quando fazem parte das terras onde há o terrorismo. Confesso, foi engano meu também, pela ligação.

Thomas – Então a segunda vai ser a parte em que seremos demitidos?

Leona – Pelo contrário. Vocês dois, como dupla, obtém ótimos resultados em nossos trabalhos. E são um dos melhores de nossas equipes.

Big Parker (esperançoso) – Então …?

Leona – Então que eu resolvi lhes dar uma segunda chance. – os dois vibram em seus lugares. Ela mantém sua postura séria – As fichas com a nova missão de vocês estão na central. Esperam não me decepcionar com vocês novamente.

Big Parker – Pode deixar, chefinha – falou completamente animado, correndo até atrás de sua mesa para lhe dar um beijo no rosto.

Leona – Ok, ok Big, pode me soltar agora … – resmunga, limpando a área de seu rosto que ficou com um rastro de baba.

Thomas – Garantimos para a senhora que não decepcionaremos vocês novamente – conclui, enquanto saiam de sua sala.

 

Cena 03/ Casa de Catarina. Dia

Mariane empurra Catarina ansiosamente até a sua casa:

Cataria – Mas que pressa é essa, hein? – retruca, assim que chegaram na porta de sua casa.

Mariane – É nada não … – tenta disfarçar, enquanto aguarda ela encontrar as suas chaves na bolsa.

 

Catarina abre a porta, e assim que abriu é surpreendida por um berro coletivo: ” SURPRESA!!!”, e pessoas começam à brotar de diversas partes da casa. Catarina fica emocionada ao ver toda a decoração de festa montada na sala:

Catarina – Não acredito … Vocês montaram a festa por mim?

 

Sua mãe se aproxima dela:

Vilma – Foi sim. Mas a doidona responsável por organizar tudo isso aqui foi aquela ali – e aponta para Mariane. Catarina corre até a amiga para abraçá-la:

Catarina – Aiiiii, obrigada amiga. O que seria de mim sem você?

Mariane – É, o que seria de você sem mim – brinca.

Vilma – Olha o aniversariante chegando – comenta, abrindo caminho para seu neto passar, que corre para abraçar a mãe:

Catarina – Filho, que saudades eu senti de você! – e pega-o no colo.

Daniel – É eu também! Você trabalha tanto que eu achei que não viria para o meu aniversário.

Catarina – Não é bem assim, né, filho. Lembra que já conversamos? A mamãe nesses dias além de trabalhar, tem que treinar também.

Daniel – Tudo bem, mamãe. Eu entendo. E sei que você vai ser a melhor nessas olimpíadas.

Catarina – Obrigado, filho!

Daniel – Cadê o meu presente? – pergunta curioso, tentando encontrar escondido em algum lugar.

Catarina – Espero que goste – fala, entregando para ele um embrulho barato. Daniel abre ansioso, encontrando lá dentro um simples par de meias.

Daniel – Só isso? Achei que você ia comprar aquela bicicleta daora que eu te mostrei na loja, e que todos os meus amigos tem.

Catarina – Sinto muito, meu filho, mas isso foi tudo o que deu para comprar. A renda deste mês está apertada. Quem sabe no próximo dê?

Daniel – … você fala isso toda vez … – murmura.

Cataria – Vamos pular para a melhor parte então? A dos comes e bebes.

Daniel – Vamoooss! – e corre empolgado até a mesa montada com um pequeno bolo, alguns salgados e bebida.

 

Todos preparados para cantar os “parabéns”, mas nessa hora, são surpreendidos por uma presença inusitada na festa:

  • – Nem esperaram por mim? – pergunta ironicamente, indo até eles na mesa.
  • Catarina – O que faz aqui? – pergunta mudando sua feição alegre para uma feição fria na hora.
  • Seu filho faz ao contrário, corre animadamente até ele:
  • Daniel – Papai! Você veio! – Martin abraça o garoto, tratando de retornar sua atenção para Catarina.
  • Martin (ao público) – Perdão pelo atraso – e deposita na mesa uma caixa de presente, e a outra, por ser um objeto maior entrega ao filho – Abra!

Após rasgar o embrulho energizadamente, Daniel vê o presente que ganhou:

Daniel – Uma bicicleta! Olha, mamãe! – Catarina se contorce em seu canto, se sentindo humilhada por dentro por sua renda mensal ser inferior à do ex-marido.

Martin – Espero que goste, filhão. Feliz aniversário – e pega a outra caixa de presente que havia deixado na mesa.

Daniel – Essa é pra mim também?

Martin – Não, filho. Essa é especialmente para a sua mãe – e entrega a caixa para ela.

Catarina (desconfiada) – Para mim? – e começa à abrir a caixa, na qual encontra um envelope lá dentro – O que é isso?

Martin – Veja com seus próprios olhos.

 

Catarina abre o envelope, encontrando um papel, lendo-o.

 

Conforme lia, seus olhos ficavam cada vez mais esbugalhados:

Martin (com um ‘ar de vitorioso’) – Isso aí é um pedido judicial – falou, para todos da festa saber – Um pedido em que declara que a guarda de nosso filho, o Daniel, foi passada à mim.

Catarina – O QUÊ?! NÃO PODE SER!

Martin – É isso mesmo, Catah. Pode ir se despedindo do seu amado filho. Á partir de hoje, ele irá morar comigo – disse, sentindo um enorme prazer dentro de si ao ver as lágrimas dela rolarem de seus olhos. Finalmente, poderia declarar vitória.

 

Continua no próximo capítulo …

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