Histórias da Vida – Capítulo 14
Capítulo 14
Continuação do Capítulo anterior…
Cena 1.
Carla levanta do sofá.
Carla: Você não vai buscar ninguém. Ela está com meus irmãos. Não tem perigo ela se divertir um pouco. Deixa a menina viver.
André: Eu já estou perdendo a paciência. É melhor você me falar onde essa garota foi.
Carla: Não vou falar. Faz assim, Vai tomar um banho, você se acalma e quando você sair do banho vai estar…
André: Cala a boca.
André em um impulso de raiva descontrolado dá um tapa forte no rosto de Carla, que cai no sofá com a força da bofetada. Carla cai no sofá sem acreditar no que havia acabado de acontecer. Carla sabia que André era um homem impulsivo e sem paciência. Mas que não havia chegado a esse ponto de agredi-la. Carla olha para André, desacreditada no que o marido fez e André olha pra Carla sem acreditar no que havia feito. Os dois em silencio se encaram por alguns instantes.
André sem entender seus sentimentos de raiva e arrependimento.
André: Me Desculpe. Eu não sei o que me deu… Eu…
André se aproxima de Carla para ajuda-la.
Carla: Não encoste em mim. Sai de perto de mim.
André: Desculpa, foi impulso… Eu não sei o que me deu.
Carla: Eu também não.
Carla levanta e vai pro quarto.
Cena 2.
Casa de Carla/quarto.
No quarto, Carla entra chorando e vai direto para o banheiro. Carla para em frente o espelho e encara seu reflexo espantado. Ela ainda não havia recuperado do que tinha acabado de acontecer. Carla lava o rosto e se encara no espelho mais uma vez. Ela via no reflexo o rosto marcado por uma bofetada forte. Se sentindo humilhada e agredida, ela desaba em um choro que limpava sua alma. André sempre se mostrava um homem de pouca paciência e de impulsos. Já havia a agredido com palavras e um puxão forte pelo braço, mas com um tapa foi era a primeira vez. Carla não sabia como se comportar diante da situação. Ela se sentou no chão do banheiro e deixou as lágrimas falarem por si.
Cena 3.
Casa de Hélio.
Hélio: Estou esperando mais uma de suas justificativas que não convence ninguém.
Valéria tenta despistar e começa a rir.
Valéria: Isso foi à cena mais ridícula que você já fez em vários anos.
Hélio: Cena ridícula?
Valéria: Lógico que sim. Você está me acusando de ter escondido uma marca no pescoço que o amigo do seu sobrinho fez em mim. Se você não tivesse bebido na casa da Maria eu ia ficar muito chateada com você. Mas eu vou relevar isso.
Hélio: Eu bebi pouco. Não precisa relevar nada. Eu já estava desconfiado por essa marca no seu pescoço, mas quando eu vi você e o Breno sozinhos na sala, parecendo ser tão íntimos, as coisas começaram a se encaixar. Juro que eu me segurei pra não tirar satisfação de vocês dois lá mesmo, mas respeitei a casa da Maria.
Valéria: Você é muito ridículo. Faz essas acusações sem provas nenhuma. Meu pescoço estava manchado mesmo, mas por causa de um colar vagabundo que você me deu há um tempo. Quando eu vi aquele colarzinho chinfrim que parecia ser feito de arame de cerca de gado, eu já sabia que ia me dar alergia. Coisa vagabunda sempre me da alergia. Mas pra agradar a você eu resolvi usar. E foi um dos meus maiores arrependimentos. Me deixou marcada mesmo. Tive que esconder essa marca ridícula no meu pescoço pra que as pessoas não comentassem nas ruas que o meu marido me dá joias vagabundas de presente.
Hélio: Você acha mesmo que esse seu discurso engana alguém?
Valéria: Eu já não posso fazer nada se você não acredita. É apenas a verdade.
Hélio encara valeria e sai do quarto.
Cena 4.
Calçada da boate.
Em frente à boate. Diego, Junior, Patty e Julia conversam.
Julia: Eu estou com medo. Vai que esse plano dá errado.
Junior: Deixa de ser medrosa. Se você continuar assim vai dar errado mesmo. Eles vão sacar logo que nossas identidades são falsas.
Diego: Como que você conseguiu identidades falsas?
Junior: O Breno conhece um cara que resolvi isso.
Julia: Isso é crime.
Junior: Carteirinha de estudante falsa também é crime e um monte de gente faz.
Patty: Acho bom isso dar certo. Eu gastei minha mesada quase toda com essa identidade falsa. E se meu pai descobrir isso eu vou estar ferrada.
Diego: Vocês vão à frente, se vocês passarem, ótimo. Agora se não passarem, vocês vão embora e fingem que não me conhece. Eu tenho 18 anos posso entrar e não vou me queimar por causa de vocês.
Patty: Cadê o amor da família?
Diego: Vão logo.
Junior: Decorem o nome e a data de nascimento. Só isso.
Cena 5.
Na fila na entrada da balada.
Na fila, Junior, Patty e Julia caminham em direção ao segurança na portaria.
Junior: Relax. As duas.
Segurança: Qual a idade das duas?
Patty: 18.
Segurança: Não parecem.
Julia: Mas somos. Pode olhar aqui na identidade.
Julia mostra a identidade.
Patty: Genética boa. Todo mundo acha que somos mais novas.
Segurança: Entram antes que eu me arrependa.
Patty e Julia entram na boate. Junior é o próximo da fila.
Segurança: Vai dizer que sua genética também é boa?
Junior: Como? Não entendi.
Segurança: Não precisa. Dê o fora daqui pivete.
Diego mais atrás na fila.
Diego: Droga. O Junior se ferrou. Tenho certeza que ele vai me ferrar também.
Junior: Qual foi grandalhão? Eu tenho 18.
Segurança: RG.
Junior mostra a RG falso. Segurança pega e olha.
Segurança: Como é seu nome mesmo?
Junior: Samuel Carvalho.
Segurança: Data.
Junior: 16/01/98.
Segurança com um sorriso de que tinha sacado a jogada de Junior, mas não se importava.
Segurança: Pode entrar.
Junior entra na balada. Diego fica mais aliviado na fila.
Cena 6.
Casa de Carla.
André entra no quarto e vê Carla olhando no espelho. Carla ainda perplexa com o que havia acontecido, olha o seu rosto no espelho.
André: Carla, eu sinto muito. Eu não queria ter feito o que eu fiz. Eu me descontrolei. Não sei o que me deu.
Carla fica em silêncio.
André: Você sabe que não tenho muita paciência, você ainda em provocou. Não tive 100 % de culpa. Você sabe disso.
Carla se vira de frente para André e o encara com lagrimas nos olhos. Eles se olham em silêncio. Os dois sabiam que as coisas estavam erradas na relação que tinham. Carla caminha até o banheiro e fecha a porta. Jorge vai até a porta e bate.
André: Carla…
Dentro do banheiro.
Carla: Sai daqui André.
André: Carla abre essa porta.
Carla: Se não… Você vai arrombar e vai terminar de me dar à surra que você começou na sala?
André: Carla…
Carla grita: Sai.
André sai do quarto. Carla encostada na porta chora.
Cena 7.
Balada.
Balada cheia, pessoas dançando na pista de dança. Alguns grupos reunidos em volta de algumas mesas mais no canto da boate. Jovens bebendo e se divertindo.
Junior: Olha isso. E vocês achando que eu ia colocar vocês em uma roubada.
Patty: Aqui é muito irado mesmo. Nunca imaginei que seria assim.
Julia: Se meu pai imaginar que eu estou aqui ele surta. Literalmente.
Junior: Você não vai ficar falando seu pai aqui, né?
Patty: Ele tem razão, Julia. Se eu perder algum gatinho por sua causa, com esse papinho de pai, você me paga.
Diego se aproxima deles.
Diego: Vocês não são nada espertos. Essa é a boate que o Rafael trabalha. Assim que ele vê vocês aqui, ele dá um jeito de por vocês pra fora.
Patty: Você é o adulto aqui. Ta responsável por nós.
Diego: Não sou responsável por mim, imagina por vocês.
Julia: O Diego ta certo. É melhor a gente ir embora.
Junior: Para de ser medrosa. O Rafael fica no bar, é só ninguém chega perto de lá e pronto.
No bar da balada, Rafael faz uma mistura de bebidas e entrega ao cliente. Breno se aproxima do balcão.
Breno: Consegui um beck maneiro.
Rafael: Deixou pra mim?
Breno: Claro. Parça é parça.
Rafael: Que bom. Mais 10 minutos aqui e eu tiro um pausa para o descanso.
Breno: Aqueles ali não são seus irmãos?
Rafael: Meus irmãos?
Rafael olha no meio da balada e vê Junior, Diego, Patty e Julia.
Rafael: Os dois são. As meninas são minha sobrinha e minha prima. O que eles estão fazendo aqui?
Rafael pula o balcão pra fora e vai até eles
Rafael: Eu posso saber como vocês entram aqui?
Os quatro se assustam e encaram Rafael.
Cena 8
Apartamento de Lucas.
Lucas e Guilherme conversam sentados no tapete e encostados no sofá com uma long neck na mão cada um.
Guilherme: Vai ficar maneiro aqui.
Lucas: Eu também gostei bastante desse apartamento. Não está mobiliado direito. Falta muita coisa, mas vai ficar bacana. E tem um quarto pra você quando você quiser estará ai pra você.
Guilherme: Valeu pai.
Lucas: E sua mãe?
Guilherme: Ta reagindo bem. Melhor do que eu esperava. Eu achei que ela ia fazer aquelas ceninhas de adolescente. Minha mãe é muito boa nisso.
Lucas: Isso é verdade.
Os dois riem.
Guilherme: Mas ela não fez. Consegui levar ela para shopping, ela se distraiu. Comprou algumas roupas, ela ama fazer isso. Espero que ela fique assim. Ela só disse que homem quando se separa começa a cuidar do corpo pra pegar as novinhas. Eu falei que eu te vi correndo na Orla.
Lucas ri: As novinhas? Não consigo mais.
Guilherme: Que bom. As novinhas são minhas.
Lucas: Você me viu e não foi falar comigo?
Guilherme: Você estava conversando com uma bonitona. Você acha mesmo que eu ia lá atrapalhar?
Os dois riem, e brindam com as long necks.
Cena 9.
Balada.
Rafael: Eu estou esperando uma resposta.
Diego: Eu não tenho nada com isso.
Diego começa a sair.
Rafael: Volta aqui Diego. Você tem tudo com isso. Falem agora como vocês entram aqui. Vocês são menores de idade não passariam na portaria.
Todos ficam calados.
Rafael: Julia, Fala pro seu tio. Vai ser melhor assim. Você sabe que vai ser.
Julia: Eu confesso, nós usamos identidades falsas.
Patty: Julia…
Julia: Ele me pressionou.
Rafael: Fez certo Julia. Agora vocês vão sair daqui e vão direto pra casa.
Diego: Todos não, eu tenho 18. Posso ficar aqui.
Rafael: Você vai junto. Veio com eles, sabia do rolo todo, vai sofrer as consequências juntos. Quando a Maria ficar sabendo, vocês todos estarão ferrados.
Junior: Não faz isso Rafael. Irmãozão. Pra que envolver a Maria nisso?
Rafael: Se acontecer qualquer coisa com vocês aqui vai sobrar pra mim. Eu que não vou correr esse risco.
Junior leva Rafael pra frente e fica um pouco distante do resto do pessoal.
Junior: Por favor, Rafael. Quebra essa pra mim. É a única chance que eu tive de trazer a Patty em uma balada maneira. To tentando impressionar ela.
Rafael: Você está querendo pegar sua prima?
Junior: Não é você que vive dizendo que prima não é parente?
Rafael ri: Esse é meu irmãozinho. Vocês têm uma hora e meia pra curtir a festa. Depois casa.
Junior: Beleza.
Rafael volta para o balcão. Junior volta até a turma.
Junior: Tudo resolvido.
Patty: O que você falou com ele?
Junior: Assunto meu.
Cena 10.
Casa de Maria.
Na sala, Maria abre a porta e Helio entra.
Hélio: Desculpe vim assim na sua casa, Maria. Mas você é a pessoa que eu mais confio.
Maria: Não precisa pedir desculpas. Aconteceu alguma coisa? Eu fiquei assustada. Você aqui em casa a essa hora, e com essa cara de péssimas noticias.
Hélio: Eu preciso que você seja bem sincera comigo.
Maria: Claro, pode falar.
Hélio: Você acha que a Valeria me trai?
Maria fica sem saber o que responder e o encara.
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Pena que a máscara da Valéria está caindo. Mas espero que ela faça um inferno da vida de Maria e Hélio.
Cena perfeita entre André e Carla.
Pensava que Camila ia fazer várias coisas para ter o Lucas de volta.
Odiando Guilherme a favor do pai.
Valéria é muito esperta pra sua mascara cair assim kkkkk
Camila ainda vai dar o que falar.
Tomara que a Carla perceba que esse relacionamento com André já deu o que tinha que dá, torcendo pra ela cair fora.
Tô adorando que o Hélio tá se tocando sobre a Valéria, tomara que ele descubra logo e se livre dessa infeliz pra ficar com a Maria, torço pelo casal.
Não gostei do fato do Rafael ter deixado o Junior ficar na festa só porquê o garoto quer pegar a Patty, por favor né…
Rafael ajudou o irmão. Também torço por Maria e Hélio <3.