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Jovens Tardes

Capítulo 6 – Jovens Tardes

Roteiro de telenovela Brasileira       Capítulo 006

Cena 01. Interior, noite, Casa de Ância e Melione. COZINHA.
Ância, Melione, Edith e Maria Marta estão jantando.
Ância – Escuta Melione, você ainda não me disse onde passou à tarde.
Melione – Fui dar uma volta, queria arejar a cabeça, não posso?
Ância – Claro que pode, só tenha cuidado pra não arejar a sua cabeça enfeitando a minha.
Melione – Só você mesmo Ância, só você pra achar que eu nessa idade iria sair por aí me dando ao desfrute com alguém.
Ância – Não pense que sou idiota, eu vi o jeito que a Santa te olhou na última vez que fomos à casa da Tomázia.
Maria Marta – Mas quem é Santa mãe?
Edith – Santa é a empregadinha da Tomázia e do Marechal, uma amiga íntima dos tempos de colégio do papai.
Melione – Edith, eu não te dou a liberdade de ficar falando assim da minha vida.
Ância – Mas é verdade, ela era a sua preferida no colegial. Era com ela que você dividia segredinhos, fazia trabalho com ela. Sabe Deus mais o que você não fazia com ela. Tenho até medo de perguntar.
Melione (enfurecido) – Quer saber de uma coisa? Eu escolhi mal, escolhi errado. Eu deveria era ter me casado com ela, a Santa sim me entende, sabe do que gosto. Agora você, casou-se comigo por conveniência, aliás, é a única coisa que você faz na vida… Aliança por conveniência.
Ância – Eu não admito que você fale assim de mim, não admito.
Melione – Então não manche a minha integridade. Eu sou casado, mal casado, mas sou casado.
Ância – Não seja por isso, podemos nos separar.
Melione – Eu levo um casamento até o fim, não adianta me contrariar, eu sou assim.
Maria Marta começa a chorar.
Ância – O que foi filha? O Giulio fez alguma coisa?
Maria Marta – Ai mãe, vendo o declínio da nossa família, você e papai falando que fizeram escolhas erradas, nossa eu fico com um aperto no peito, uma coisa ruim.
Edith – Calma minha irmã, você tá em dúvida sobre seu casamento?
Maria Marta – Aquele curso… Aquele bendito curso tá me mostrando outras coisas, outros ângulos que eu nunca tinha enxergado, e quando chego em casa me deparo com vocês e vejo que uma má escolha pode me marcar pra sempre.
Melione – Mas você o ama.
Maria Marta – Mas será que apenas o amor basta? Será que o amor é suficiente para cobrir as imperfeições de uma escolha mal definida?
Ância – Só o amor é capaz de salvar qualquer relação. O amor faz com que as diferenças se tornem atrativas, afinal, você nunca achará alguém como você.
Edith – E se achar, não será tão interessante. A graça da vida é ir desbravando caminhos desconhecidos, é matar a charada de cada dia.
Melione – Isso deve ser nervosismo, coisa do momento. Passa, eu sei que passa. Tudo na vida passa, até a uva passa.
Maria Marta – Que trocadilho besta pai. Agora eu vou me trocar e ir pro culto.
Ância – O Giulio vai?
Maria Marta – Não mãe, esse culto é só para as mulheres.
Ância – Posso ir com você?
Maria Marta (surpresa/Alegre) – Mas é claro, será um enorme prazer. Você vem com a gente Edith?
Edith – Tô fora. Tô me arrumando e indo pro bar.
Melione – Cruzes, toda família tem que ter sua banda podre e a nossa é a Edith. Ainda bem que ela é sua filha Ância.
Ância – É.
Melione – É só sua filha.
Ância – Claro, é só minha. Eu a fiz com o dedo.
Maria Marta – Calma mãe, foi só uma brincadeira, agora vamos nos arrumar.
Maria Marta se levanta e beija o rosto de Melione, e sai com Ância.
Edith e Melione ficam se olhando.
Corta para:
Cena 02. Interior,noite, Mansão Acioli. SALA DE JANTAR.
Bela está jantando e nesse instante Filó entra.
Filó – Com licença dona Bela.
Bela – Quantas vezes eu terei que repetir que odeio, O-DEI-O que interrompam minhas refeições? Será que terei que desenhar? Não, melhor, te dispensar.
Filó – É que a campainha tocou, uma mulher muito elegante quer falar com a senhora.
Bela – Não recebo visitas a noite, diga para voltar amanhã.
Filó – Mas ela disse que era Mirian, Missia.
Nesse instante Missy Justem aparece com um elegante vestido de seda vermelho.
Missy Justem – Sou eu Darling.
Bela (sorridente) – Missy?
Missy Justem – Em carne, osso, beleza e formosura.
Bela se levanta e dá um forte abraço em Missy Justem.
Bela – Ai como eu sofria de estar longe de você. Aqui eu nunca tive uma amizade.
Missy Justem – Eu nem sei por que você voltou a essa cidade deprimente.
Bela – Vingança, justiça, contas a acertar. Escolha o nome que quiser. Eu tinha que vir e saber que assim como quando eu deixei esse lugar, eu voltaria e poderia acabar com muita coisa, muita gente.
Missy Justem – Garanto que ainda nem conseguiu se aproximar do tal Marechal.
Bela – Consegui até mais que isso. Minha vingança contra ele já está quase terminada. Ludibriar um homem é mais fácil do que andar sobre os próprios pés. Ainda mais esses provincianos daqui. Já consegui acabar com a Carmita, mas te contarei isso depois. Sente e jante comigo.
Missy Justem e Bela e sentam.
Bela (p/ Filó) – Vá trazer o aparelho de jantar para que a Missy Justem jante. Anda imbecil.
Filó (saindo) – Sim senhora.
Filó sai.
Bela – Mas você não chegaria aqui só amanhã de manhã?
Missy Justem – Consegui um vôo no aeroporto de Nova Iorque que chegaria mais cedo ao Brasil.
Bela – E como conseguiu o helicóptero até aqui?
Missy Justem – Uma menina que estava vindo de Nova Iorque dividiu o helicóptero comigo, super gentil ela.
Bela faz uma cara de que não gostou muito.
Bela – Qual o nome dela?
Missy Justem – Melina, Melina Kalil.
Bela (surpresa) – Então essa só pode ser a filha do Marechal com a Tomázia, só pode ser ela. Daria tudo pra saber quem é a ratinha.

3º INTERVALO

Corta para:
Cena 03. Exterior, noite, Mansão Kalil. Jardim.
Laerte e Lorena passeiam pelo jardim de mãos dadas, ora se abraçam e se beijam.
Lorena – Eu tenho uma coisa muito importante pra te confessar, não sei como vai reagir depois disso tudo.
Laerte – Assim você me deixa assustado amor, o que é?
Lorena – Eu não vou procurar palavras bonitas, nem fazer rodeios, vou direto ao que importa.
Lorena respira fundo.
Lorena – Eu sou sobrinha da Bela Acioli, a mulher que deixou seu pai no altar.
Laerte fica em estado de choque.
Lorena – E tem mais: Com medo da minha mãe contar a todos as falcatruas e segredos dela no exterior, ela assassinou a minha mãe. A Bela Acioli matou a única pessoa que me amava, a única pessoa que me deu valor nessa vida, que me trouxe ao mundo.
Lorena começa a chorar e Laerte tenta ajudá-la.
Laerte – Você sendo sobrinha dessa cobra, em nada mudará nosso relacionamento, em nada. Sei que você é boa de coração e pura nos sentimentos que tem para comigo. O que não entendo é por que você ainda vive com ela.
Lorena – Questão de necessidade, às vezes a vida nos prega cada peça, e eu dependo dela economicamente. Mas eu vou me vingar, da maneira mais cruel que existe, juro que vou acabar com a raça dessa mulher que é podre, que tem pedra no lugar do coração.
Laerte – Às vezes nem vale a pena. Não se suje, não deixe a raiva te transformar numa pessoa semelhante a ela. Você é superior Lorena.
Lorena (chorando) – Podem passar décadas, mas eu continuarei com o mesmo propósito, o de destruir essa mulher. Mesmo que eu acabe com a minha vida.
Nesse instante Santa chega.
Santa (p/ Laerte) – Seu pai está te chamando para jantar. Quer conhecer a namorada nova.
Santa sai.
Laerte – Seque eu as lágrimas, limpe o rosto e guarde as mágoas. Agora é hora de oficializar nosso namoro, em breve uma Srª. Kalil.
Lorena sorri e seca o rosto. Ambos caminham em direção ao interior da casa.
Corta para:
Cena 04. Interior, noite, Mansão Kalil. SALA DE JANTAR.
Marechal e Tomázia estão jantando. Helena e Santa estão os servindo.
Marechal – Cadê nosso filho Tomázia? Tô morto de curiosidade pra saber quem é a garota.
Tomázia – Ai Marechal, nosso filho cresceu, tá namorando, daqui a pouco casa e vai embora.
Marechal – Faço questão que ele more aqui conosco.
Nesse instante Laerte aparece trazendo Lorena.
Laerte – Pai e mãe, essa daqui é a Lorena, a minha namorada.
Tomázia (feliz) – Seja bem vinda Lorena. Sente-se para jantar conosco, nem tocamos na comida ainda. Estávamos esperando vocês.
Laerte e Lorena se sentam e começam a jantar.
Marechal – E então Lorena, de onde é sua família?
Laerte e Lorena se entreolham.
Lorena – Minha mãe era brasileira, muito nova ela foi trabalhar na Itália.
Tomázia – E agora onde ela está?
Lorena – Minha mãe faleceu, há muitos anos.
Tomázia – Meus sentimentos.
Laerte – Esse frango tá ótimo Santa.
Santa – Foi a Helena quem fez. Ela é uma dádiva da cozinha.
Marechal – Tá bom mesmo.
Helena – Obrigada!
Marechal – Mas você veio para a cidade com quem?
Lorena – Eu vou ser franca, eu sou sobrinha da inimiga da sua família senhor Marechal, eu sou sobrinha da Bela Acioli.
Tomázia deixa uma taça cair.
Laerte – Pai, não liga pra isso, a Lorena é bem diferente da tia.
Marechal – Sai da minha casa, você tem o sangue ruim.
Laerte – Pai, por favor.
Tomázia – Olha Lorena, eu odeio sua tia, minha vontade é matá-la, mas isso em nada influencia minha relação de sogra com você. Dou todo o apoio a vocês.
Marechal – Que dá apoio o que. Não quero mais minha família envolvida com essa gentinha.
Laerte – Peraí pai, peraí. Já sou bem grandinho e decido sobre o que quero para minha vida, eu decido com quem quero ficar.
Marechal – Você não decide nada enquanto tiver morando na minha casa.
Lorena – Se a briga é por minha causa, eu vou embora. Desculpe seu Marechal.
Tomázia – Como assim vai embora? Marechal, você não pode deixar isso acontecer!
Marechal – Eu já disse Tomázia, quero essa mulher fora daqui o quanto antes. Nada que me faça relembrar o passado sofredor.
Laerte – Você não tem esse direito, você não é Deus para sair por aí decidindo o que cada um faz da vida. Eu não vou pagar pela sua tristeza, eu não serei infeliz como você.
Marechal – Gosto muito de você meu filho, gosto até demais, mas não permitirei esse seu relacionamento com essa garota.
Laerte – Se não quer, tudo bem. Eu vou embora dessa casa.
Tomázia (gritando) – Não, não vai não.
Lorena – Se acalmem, por favor. Minha intenção nunca foi criar uma guerra entre vocês.
Marechal – Tá vendo do que você com esse sangue venenoso é capaz de criar? Acioli, esse sobrenome leva a desgraça por onde passa. Vocês semeiam o mal e isso eu não vou admitir.
Laerte abraça forte Lorena que começa a chorar.
Tomázia – Laerte leva a Lorena embora. Aproveita e dorme fora de casa, vamos esfriar a cabeça. Todos estão com os ânimos exaltados. Acho que amanhã conversaremos melhor.
Laerte – Tem razão mãe. A Lorena não merece tudo isso.
Lorena e Laerte vão embora.

4° INTERVALO

Corta para:
Cena 05. Exterior, noite, Mansão Kalil. Garagem.
Lorena muito abalada entra no carro acompanhada de Laerte e saem. Santa e Helena chegam à garagem.
Helena – Mais uma vez a Bela Acioli tá fazendo esse pessoal sofrer. Quando é que isso vai parar?
Santa – Isso só vai parar quando ela morrer. Quando for eliminada da face da terra.
Helena – Ela é feito uma doença contagiosa, feito lepra, que vai passando de pessoa por pessoa.
Santa – Tenho medo do que mais essa mulher possa fazer a essa família. O doutor Marechal é louco por ela e pode até matar alguém.
Helena – Só com a morte, todos poderiam viver em paz.
Nesse instante um táxi chega.
Helena – Quem será a essa hora?
Melina desce do carro, pega suas malas e anda em direção a Santa.
Santa (surpresa) – Minha menininha? O que aconteceu?
Melina – Santa minha linda, que saudade.
Melina abraça Santa.
Melina (c/ Helena) – E você quem é?
Helena – Sou Helena, a nova empregada aqui.
Melina – Ah sim, se puder pegar minhas malas e levar para meu quarto eu agradeço.
Helena (pegando as malas) – Sim senhora, já estou levando.
Melina entra em casa.
Corta para:
Cena 06. Interior, noite, Mansão Kalil. SALA DE JANTAR.
Marechal e Tomázia estão terminando de jantar calados.
Tomázia – Satisfeito com o que fez? Precisava desse carnaval todo?
Marechal – Você deveria me apoiar. Além de ser minha esposa, sabe o quanto a Bela Acioli ou qualquer coisa que a lembre, pode ser prejudicial para nós.
Tomázia – Eu só espero que você não afaste o nosso filho do nosso convívio. Pra mim família é fundamental.
Marechal – Ele é novo, e essa garota é só a primeira das muitas paixonites dele. Com o tempo ele descobre quem é melhor pra vida dele, aí vai descartando o que não presta.
Nesse instante Melina entra na sala de jantar.
Melina (sorridente) – Boa noite.
Tomázia olha assustada para Melina e Marechal continua jantando normalmente.
Tomázia (surpresa) – Filha? Você aqui?
Melina – Fiquei com saudade e decidi voltar.
Tomázia se levanta e abraça Melina.
Tomázia – Senta e vem jantar com a gente.
Tomázia e Melina se sentam.
Tomázia – Mas você voltou assim tão cedo, tão de repente. O que aconteceu?
Melina – Pai, o senhor que não parece estar feliz.
Marechal – E você queria o que? Que te recebesse com confetes e serpentinas, fogos de artifícios e salgadinhos?
Melina – Pai eu voltei porque não me adaptei ao clima e nem as aulas. Não era o que eu queria.
Marechal – E o que você quer? Ser sustentada a vida toda por mim? Ah me poupe dos detalhes da sua incompetência.
Melina – Eu esperava a sua compreensão.
Marechal – Você ainda ficou brava quando eu disse que você faz tudo pelo meio. Começa e não termina nada. Você escolheu o curso, escolheu o país, escolheu apartamento e até diarista. Eu fui e paguei tudo, paguei os dois anos de curso, dois anos de locação do apartamento, paguei passagem e te dava uma gorda mesada.
Tomázia – Ela não gostou.
Marechal – Não gostou de que? Não gostou de só ter que estudar? De só ter vida boa? É por isso que ela tá assim, você sempre tá passando a mão na cabeça dessa menina.
Melina – Você tem que entender que aquele curso não era pra mim. Eu tentei começar ele pra te impressionar.
Marechal – Lamento e choro cada centavo que eu gastei com a sua educação. Se eu soubesse que seria essa fracassada, teria criado você no quarto da empregada. Pra aprender com a vida, pra não ter escolha de emprego.
Tomázia – Você tá exagerando.
Melina – Eu ainda fiquei alguns dias lá em Nova Iorque, por causa do Hélio.
Tomázia – Quem é Hélio?
Melina – Hélio é um brasileiro, meu namorado. A gente se conheceu na cantina da escola, ele trabalhava lá como garçom, tava vindo embora.
Marechal – Então quer dizer que eu acho que você está fazendo curso, mas na verdade eu patrocinei foi o seu romance com esse rapaz que deve feder a coxinha e óleo velho.
Melina – Eu tô feliz com ele, muito feliz.
Marechal – Virando figurinha fácil hein Melina, dessas que os rapazes pegam, usam e jogam fora. Não dou dois meses pra ele se cansar de uma pessoa tão vazia quanto você.
Melina – Você tem inveja da minha felicidade, isso sim. Inveja.
Marechal – Veja lá se eu vou ter inveja desse namorico seu. Querida, eu sou casado há mais de vinte anos.
Melina – Você que dizer que é infeliz a mais de vinte anos né.
Marechal – O que é que você sabe da minha vida, pra ir me julgando desse jeito? Aliás, quem foi que te deu permissão pra falar da minha vida?
Melina – Você não fala da minha? Pois então, agora é a minha vez.
Marechal – Eu falo da sua porque posso, sou eu quem te visto, eu que te dou teto, que te dou o que comer. Quando você se sustentar e morar debaixo do seu próprio teto, aí terá uma vida, mas por enquanto eu te mando, ou seja, sua vida é minha propriedade.
Tomázia – Mais uma briga numa única noite não. Eu não suporto.
Melina – Eu vou subir pra tomar um banho e descansar. Tô exausta da viagem.
Marechal – Aproveite seus últimos instantes nessa casa.
Melina – Você tá me colocando pra fora?
Tomázia – Seu pai não tá raciocinando direito, calma.
Marechal – Você não está tão apaixonada assim por esse vendedor de coxinhas? Então vá viver com ele. Você não quer uma nova vida?
Melina se levanta e Marechal vê uma tatuagem no braço de Melina com o nome: “Hélio”.
Marechal se levanta e pega forte no braço de Melina.
Marechal – O que é isso?
Melina – É a última moda em Nova Iorque.
Marechal – Mas quem deixou você fazer uma bobagem dessas? Quem? Ainda mais tatuar o nome de alguém no seu corpo, como se fosse o seu dono.
Melina – E ele é meu dono. Quando a gente ama, vira propriedade da pessoa amada. Eu sou assim, aliás, eu só sei amar dessa forma.
Marechal – Você tá ficando louca.
Melina – Me larga. Tá me machucando pai.
Marechal larga Melina.
Marechal – Vai lavar isso.
Melina – Isso não sai assim. É tatuagem.
Marechal – Se não sai com água, vai sair com fogo ou com faca.
Marechal pega uma faca na mesa e aponta para Melina.

Num desespero de Melina a imagem congela. FIM DO CAPÍTULO!

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