Gira Mundão | Cap 05 | Fazenda fechada
ÚLTIMA CENA DO CAPÍTULO ANTERIOR:
Aparecida: Agora só tem eu e você aqui Gaxambu, só eu e você.
Gaxambu: O que você vai fazer comigo?
Aparecida: Eu serei muito mais boazinha do que meu pai foi com você. Eu vou puni-lo.
Gaxambu: Meu deus!
Aparecida: Calma! Não terminei de falar ainda. Gaxambu, você ficará preso por dez anos, em uma jaula humana.
Gaxambu: Não faça isso, por favor! fala Gaxambu, sob os pés de Aparecida
Ela, irritada empurra ele.
Gaxambu: Não faça isso comigo, por favor!
Aparecida: Esse é o seu castigo por ter mexido com um membro da família. Seu negro medíocre.
Depois de falar isso, ela cospe no rosto de Gaxambu.
Capítulo 5
Continua:
Cena 1 – Fazenda Coro Velho – Dia
Mais um dia amanhece na fazenda Coro Velho. Taú e os outros escravos, estão observando mais um deles apanhando no tronco.
Taú: Foi assim, que minha Amara morreu.
Habib: Quem é Amara?
Taú: Era uma grande amiga minha, não só amiga como namorada da adolescência. Sinto muita saudade dela
Habib: Meus pêsames
Taú: Ela morreu a exatos dez anos. Junto com ela se foram Zaila e meu parceiro, Xoloni.
Habib: E quem são estes?
Taú: Zaila era uma grande mulher. Xoloni, era um grande amigo. Os dois eram casados. Ele morreu sendo caçado pelos homens. Ela morreu de tanta preocupação, pois ficou dois dias esperando ele voltar, e ele não voltou.
Habib: Estás aqui a quanto tempo, Taú?
Taú: Entrei aqui em mil oito centos e trinta. E só saio daqui quando o pai me permitir.
Habib: Que isso homem? Já pensando na morte é?
Taú: Eu não. Mas sabe? ele já pode me levar. Meu papel aqui já foi cumprido com êxito. E você meu jovem, a quanto tempo está aqui?
Habib: Ah Táu, estou aqui desde ontem mesmo.
Taú: Tem muito a aprender, muito a aprender.
Mais um dia amanhece na fazenda Coro Velho. Taú e os outros escravos, estão observando mais um deles apanhando no tronco.
Taú: Foi assim, que minha Amara morreu.
Habib: Quem é Amara?
Taú: Era uma grande amiga minha, não só amiga como namorada da adolescência. Sinto muita saudade dela
Habib: Meus pêsames
Taú: Ela morreu a exatos dez anos. Junto com ela se foram Zaila e meu parceiro, Xoloni.
Habib: E quem são estes?
Taú: Zaila era uma grande mulher. Xoloni, era um grande amigo. Os dois eram casados. Ele morreu sendo caçado pelos homens. Ela morreu de tanta preocupação, pois ficou dois dias esperando ele voltar, e ele não voltou.
Habib: Estás aqui a quanto tempo, Taú?
Taú: Entrei aqui em mil oito centos e trinta. E só saio daqui quando o pai me permitir.
Habib: Que isso homem? Já pensando na morte é?
Taú: Eu não. Mas sabe? ele já pode me levar. Meu papel aqui já foi cumprido com êxito. E você meu jovem, a quanto tempo está aqui?
Habib: Ah Táu, estou aqui desde ontem mesmo.
Taú: Tem muito a aprender, muito a aprender.
Cena 2 – Fazenda Coro Velho – Mansão – Dia
Jamili está apresentando a Nicolau a fazenda Coro Velho.
Jamili: E não a de pensar que esta fazenda é nova não, tá?
Nicolau: Eu sei tudo dona Jamili. Eu morei aqui meus primeiros anos de vida. Conheço esse lugar a mais tempo que Aparecida.
Jamili: Mas escuta coronel, vocês não me contaram sobre esse passado sombrio de vocês não?
Nicolau: Melhor nem saber
Jamili: Se eu não sei por você, sei por Aparecida.
Nicolau: Tá bom. Eu me separei daqui, quando meu pai se separou de uma parte de nossa família.
Jamili: Como assim?
Nicolau: Meu pai brigou com meu tio, José. E aí os dois se tornaram rivais. Depois da briga, nenhum dos dois se olharam mais cara a cara.
Jamili: Quer dizer que José é irmão de Jorge?
Nicolau: Os dois são filhos de Jopretino, que vocês chamam de Salomão. Esse cara, tinha as duas fazendas que hoje brigam tanto.
Jamili: Não sabia.
Nicolau: Aparecida todos os dias tenta esquecer isso, desde pequenininha. Mas ela não consegue. Ela queria muito rever a irmã, Carolina. E eu tenho certeza que ela vai aproveitar essa oportunidade dada.
Jamili: Sei não viu. Sei não.
Jamili está apresentando a Nicolau a fazenda Coro Velho.
Jamili: E não a de pensar que esta fazenda é nova não, tá?
Nicolau: Eu sei tudo dona Jamili. Eu morei aqui meus primeiros anos de vida. Conheço esse lugar a mais tempo que Aparecida.
Jamili: Mas escuta coronel, vocês não me contaram sobre esse passado sombrio de vocês não?
Nicolau: Melhor nem saber
Jamili: Se eu não sei por você, sei por Aparecida.
Nicolau: Tá bom. Eu me separei daqui, quando meu pai se separou de uma parte de nossa família.
Jamili: Como assim?
Nicolau: Meu pai brigou com meu tio, José. E aí os dois se tornaram rivais. Depois da briga, nenhum dos dois se olharam mais cara a cara.
Jamili: Quer dizer que José é irmão de Jorge?
Nicolau: Os dois são filhos de Jopretino, que vocês chamam de Salomão. Esse cara, tinha as duas fazendas que hoje brigam tanto.
Jamili: Não sabia.
Nicolau: Aparecida todos os dias tenta esquecer isso, desde pequenininha. Mas ela não consegue. Ela queria muito rever a irmã, Carolina. E eu tenho certeza que ela vai aproveitar essa oportunidade dada.
Jamili: Sei não viu. Sei não.
Cena 3 – Fazenda Coro Velho – Mansão – Dia
Augusta acorda da cama. Ao levantar ela toma um susto com Manuel a observando, sentado em uma cadeira.
Augusta: O que está fazendo aqui Manuel?
Manuel: Cumprindo ordens da patroa.
Augusta: Minha mãe chegou a esse ponto. Vou tomar banho agora, quer vir me espionar?
Manuel: Só se sua mãe mandar
Augusta: Desencana, Manuel!
Augusta acorda da cama. Ao levantar ela toma um susto com Manuel a observando, sentado em uma cadeira.
Augusta: O que está fazendo aqui Manuel?
Manuel: Cumprindo ordens da patroa.
Augusta: Minha mãe chegou a esse ponto. Vou tomar banho agora, quer vir me espionar?
Manuel: Só se sua mãe mandar
Augusta: Desencana, Manuel!
Cena 4 – Mata dos Atracauê – Dia
Aparecida está mandando os homens retirar os pertences de Augusta, da casa dela.
Aparecida: Augusta agora morará na Itália.
Cristóvão: Como assim, patroa?
Aparecida: Vou colocar ela na Europa, para ficar bem longe dessa raça negra que nós temos por aqui. Ela um dia vai me agradecer
Cristóvão: Vai ser por muito tempo?
Aparecida: O tempo que for preciso. Ela precisa pensar no que fez e ocupar a mente. Agora vá tratar de retirar os pertences da moça.
Cristóvão: É para já senhora
Aparecida: E mande alguém me levar até a fazenda. Uma donzela como eu não posso andar sozinha por aí, correto?
Cristóvão: Correto, madame!
Depois de Cristóvão se ir, Aparecida fala:
Aparecida: Vamos logo Cristóvão.. Preciso de alguém pra dar uma verificada no Gaxambu.
Aparecida está mandando os homens retirar os pertences de Augusta, da casa dela.
Aparecida: Augusta agora morará na Itália.
Cristóvão: Como assim, patroa?
Aparecida: Vou colocar ela na Europa, para ficar bem longe dessa raça negra que nós temos por aqui. Ela um dia vai me agradecer
Cristóvão: Vai ser por muito tempo?
Aparecida: O tempo que for preciso. Ela precisa pensar no que fez e ocupar a mente. Agora vá tratar de retirar os pertences da moça.
Cristóvão: É para já senhora
Aparecida: E mande alguém me levar até a fazenda. Uma donzela como eu não posso andar sozinha por aí, correto?
Cristóvão: Correto, madame!
Depois de Cristóvão se ir, Aparecida fala:
Aparecida: Vamos logo Cristóvão.. Preciso de alguém pra dar uma verificada no Gaxambu.
Cena 5 – Fazenda Coro Velho – Dia
Taú: Você sabia que eu sou o mais velho escravo dessa fazenda, pelo menos por agora?
Habib: E é? Quantos anos senhor tem?
Taú: Eu estou com cinquenta anos. Quando eu cheguei aqui, tinha escravo até de noventa. Pena que todos eles já se foram, e eu sou o que restou. Não vai demorar muito, sou o próximo.
Habib: E como o senhor quer ir?
Taú: Pelo tronco que não! Muito dolorido. Prefiro ir da noite pro dia, que nem minha tia Damuf se foi.
Habib: Interessante. Essa fazenda tem muita história
Taú: E vai continuar fazendo muita história ainda, tenho certeza, de que mais anos ela aguentará.https://www.youtube.com/watch?v=J7kO_vDqBy4#action=share
Cena 6 – Fazenda de Jopretino – Tarde
Carolina está fechando a Fazenda de Jopretino. José, está ao lado dela com uma bengala, chorando.
José: Pense bem, ainda dá tempo minha filha. Não coloque essa placa
Carolina: Meu pai, já conversamos sobre
José: Colocando essa placa, você está desonrando à Jopretino. Você quer se entregar a outra parte da família, depois de tudo que fizeram?
Carolina: Não! Não vai acontecer isso meu pai!
José: Fechando essa fazenda, vai! E eu não duvido muito de que acontece daqui a alguns dias.
Carolina: Pai, já estou mais que decidida.
Carolina, coloca a placa na fazenda.
José: Agora que tu colocastes esta placa, para onde irão nossas escravas?
Carolina: A fazenda Coro Velho cuidará delas. Cuidaram, melhor que nós.
José: É o que veremos Carol, é o que veremos.
Taú: Você sabia que eu sou o mais velho escravo dessa fazenda, pelo menos por agora?
Habib: E é? Quantos anos senhor tem?
Taú: Eu estou com cinquenta anos. Quando eu cheguei aqui, tinha escravo até de noventa. Pena que todos eles já se foram, e eu sou o que restou. Não vai demorar muito, sou o próximo.
Habib: E como o senhor quer ir?
Taú: Pelo tronco que não! Muito dolorido. Prefiro ir da noite pro dia, que nem minha tia Damuf se foi.
Habib: Interessante. Essa fazenda tem muita história
Taú: E vai continuar fazendo muita história ainda, tenho certeza, de que mais anos ela aguentará.https://www.youtube.com/watch?v=J7kO_vDqBy4#action=share
Cena 6 – Fazenda de Jopretino – Tarde
Carolina está fechando a Fazenda de Jopretino. José, está ao lado dela com uma bengala, chorando.
José: Pense bem, ainda dá tempo minha filha. Não coloque essa placa
Carolina: Meu pai, já conversamos sobre
José: Colocando essa placa, você está desonrando à Jopretino. Você quer se entregar a outra parte da família, depois de tudo que fizeram?
Carolina: Não! Não vai acontecer isso meu pai!
José: Fechando essa fazenda, vai! E eu não duvido muito de que acontece daqui a alguns dias.
Carolina: Pai, já estou mais que decidida.
Carolina, coloca a placa na fazenda.
José: Agora que tu colocastes esta placa, para onde irão nossas escravas?
Carolina: A fazenda Coro Velho cuidará delas. Cuidaram, melhor que nós.
José: É o que veremos Carol, é o que veremos.
essa web ta muito boaa
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