Capítulo 77 – Filho Amado
Filho Amado.
Capítulo 77( MOMENTOS FINAIS).
Mafalda pergunta novamente: Onde está o senhor Éssio Dávila? Fale agora, ou é preso como cúmplice! Alguém aqui guardava muita mágoa dele, pra ter essa pasta cheia de provas contra o sujeito…
Bruno: Bem…O Éssio?
Mafalda: Exatamente, onde ele está?
Bruno: Escuta, a senhora gosta de bolo de laranja? É porque minha mãe fez um ontem, mas com essa tragédia grega que aconteceu, ninguém quis comer.
Mafalda, furiosa: PARA DE MUDAR DE ASSUNTO E FALA ONDE ESTÁ O ÉSSIO!
Bruno desiste: Ai…Ele está no hospital São Cristóvão, onde o Noronha foi internado.
Mafalda corre: É pra lá que eu irei agora!
No jardim…
Wagner e Adams procuram pistas.
Wagner, assustado: Como alguém é capaz de dar golpes de enxada em uma pessoa? Deus me livre…
Adams ri: Até parece que essa é sua primeira vez como policial. Já vimos tantos casos piores que esse daqui chega a ser lev…Epa, o que é aquilo ali?- Ele acha algo atrás de uma moita- Um anel! Achei uma pista! Um anel!!
Casa de Jurema/ Manhã.
Jurema pega duas pás na garagem: Estamos prontas pra achar a mala enterrada e cheia de dinheiro, podemos ir?
Betânia, confiante: Podemos sim, depois de muito sofrimento, finalmente iremos ter o que nos é de direito!
Jurema pergunta: E o seu caso com o Noronha? Porque você voltou tão apressada de lá? Ele ameaçou te matar…
Betânia conta: Quando eu cheguei lá, o Noronha estava caído e ensanguentado…Pelo que eu entendi, a nojenta da Anna tinha tentado matar ele!
Jurema, impressionada: Meu Deus…A Anna? Sinto muito dizer, mas eu já esperava uma atitude assim dela! Nunca fui com a cara daquela mulher, que sempre deu preferência pro Éssio, um dia isso iria chegar ao extremo!- Ela pega a chave do carro- Vamos?
Betânia, ainda aérea: Vamos sim…Vamos esquecer a noite de ontem e pensar no nosso “ tesouro”.
Jurema percebe: E cadê aquele seu anel que você vivia dizendo que ia penhorar?
Betânia olha pra própria mão: Eu…Perdi.
Casa de Noronha/ Jardim/ Manhã.
Mafalda aparece: Vamos pro Hospital São Cristóvão, agora! Temos que prender um criminoso!
Adams mostra: Achamos uma prova, veja!
Mafalda analisa o objeto e o coloca em um saco de plástico: Depois voltamos aqui…Agora vamos pro hospital, já!- Os três policiais saem.
Bruno, angustiado: Tenho que ligar pra Jasmine- Ele vai até o telefone.
Quarto de Noronha/ Manhã.
Éssio vai até a varanda: Noronha…Você tá aí?- Ele vê o irmão olhando pra rua- O que tá fazendo aqui? Tinha que estar na cama, você ainda está debilitado, nem pode se levantar…
Noronha, distante: Eu estava…Pensando na vida…- Ele entra- Acho que pensei demais, pensei até no que não devia!
Éssio tenta chegar no assunto: Eu queria falar sobre uma coisa muito importante que você me contou ontem…
Noronha se senta na cama: Do jeito que eu não tava muito bem, nem quero imaginar o que é.
Éssio dá um fraco riso: Sabe, Noronha…Você me disse que eu não tô paraplégico- Revela, fazendo com que o irmão fique atento- Lembra? Me falou isso quando tava agonizando.
Noronha confirma: É verdade, eu paguei pra um médico dar esse falso diagnóstico, ele te deu injeções que paralisam os movimentos da cintura pra baixo, eu comprei todas no exterior, o efeito acaba mensalmente, ou seja, um mês depois você já poderia voltar a andar… E eu pretendia renova-las até que fosse necessário.
Éssio: Eu entendo, mas queria saber se tem como anular esse efeito! Queria voltar a andar, Noronha.
Noronha: Tem sim, é só falar com o doutor Rui, aliás, manda chamar ele aqui que eu explico tudo. Foi ele quem me ajudou a executar o plano.
Éssio, compreensivo: Tudo bem. Eu só queria isso porqu…
Noronha o interrompe: Você tem esse direito, Éssio, eu que não podia ter feito nada disso. Mas uma coisa eu afirmo: Não fui eu quem atirei em você! E nem mandei ninguém atirar…Foi tudo muito as pressas, quando cheguei no hospital falei com o médico e combinei tudo o que deveria ser feito. Mas não tenho nada a ver com a bala que te atingiu.
Éssio: Eu confio no que você diz- Ele ri.
Noronha está melancólico.
No corredor…
O celular de Jasmine toca.
Jasmine atende: Alô? Oi, Bruno!….Como é? Certo, eu vou avisar pra ele! Não se preocupe- Ela desliga.
Aurora, angustiada: O que aconteceu?!
Jasmine, querendo chorar: A polícia tá vindo aqui…Pra prender o Éssio.
Aurora se espanta.
Éssio sai do quarto, animado: Jasmine, você poderia ir até a recepção e chamar um médico pra mim? Noronha falou que ele tem injeções que anulam o efeito das primeiras…Vou poder voltar a andar.
Jasmine fica sem jeito.
Éssio nota: O que aconteceu com vocês duas? Ah, não me digam que o detetive…
Jasmine revela: Os policiais acharam provas que te incriminam, Éssio. E eles estão vindo pra cá, te prender.
O sorriso no rosto de Éssio some.
Casa no centro da cidade/ Interior.
Johne, impressionado: Você fugiu da cadeia, tio?
Ruper afirma: Eu e o Coronel, e precisamos de um lugar seguro pra ficar. Não podemos voltar pra casa e nem permanecer na rua…Pensei que poderia nos abrigar! Já fiz muitos favores pra você quando era criança e…
Johne se estressa: Olha, não precisa esfregar na minha cara o que você fez por mim…Eu deixo vocês ficarem aqui, mas por um curto período, uma hora ou outra vão ter que sair, até porque estou indo morar no Rio mês que vem, onde farei minha primeira novela.
Bravejo se senta no sofá: Um mês é o suficiente pra nos estabilizarmos. Vamos precisar de disfarces provisórios…E você vai ter que comprar, João.
Johne: Meu nome é Johne, não João! E não vou ficar gastando meu precioso salário com dois fugitivos da polícia…E se eu me der mal por culpa de vocês…Ah, saibam que não ficará impune!
Ruper brinca: Sempre com espirito vingativo, né, sobrinho?
Johne não ri: Tenho que sair agora, podem ficar a vontade mas tentem não sujar a casa, porque minha diarista só vem de 15 em 15 dias, e ela já veio ontem!- Ele pega sua mochila- Se cuidem!- E sai.
Bravejo: Esse seu sobrinho não é nada amigável, ao contrário, parece um velho reclamão…Se Deus quiser não ficarei aqui por muito tempo, vou usar o telefone porque preciso falar com a única pessoa que pode me ajudar nessa situação tão difícil!
Casa de Alminha/ Manhã.
Leopoldo, Lara e Alminha tomam café.
Leopoldo lê um jornal: Sabe que estava com saudades dessa comida aqui de Vila Varzeônica?Comi tanto Bacalhau em Lisboa que me sinto mal só de pensar…Mas mesmo assim a viagem valeu a pena, nisso o Noronha me ajudou, fiquei rico em cultura!
Alminha passa creamcheese no pão: Já estava sentindo a sua falta por aqui, você precisava ver o que aconteceu nas eleições, o Bravejo ganhou, mas o astro mesmo foi Noronha, que jogou a mãe e o irmão do palco, exatamente como tinha acontecido na primeira vitória do Coronel, lembra? Só que ao contrário.
Leopoldo toma café: Lembro sim…Nossa, olhem isso!- Ele mostra a notícia- Uma rebelião aconteceu na cadeia e mais de mil presos fugiram, dentre eles o Bravejo! O Coronel tinha sido preso por corrupção e desvio do dinheiro publico…Gente, eu jamais imaginava isso! Não sabia que ele roubava o dinheiro dos impostos, pelo menos nunca me meti com isso.
Lara repara: E tem uma manchete já sobre a morte da tia Anna. Será que alguém foi no velório dela? Sim, porque depois de ontem, ninguém mais quis ao menos chegar perto…
Leopoldo acaba tendo uma crise de tosse.
Lara o ajuda: O que foi, pai? Toda vez que falo na Anna você se estressa!
Leopoldo consegue se recuperar: Não é nada, filha…Deve ser o nome da diaba que me faz sentir mal. Lara, onde que tá aquele anel que te dei no seu aniversário ano passado? Eu juro que te vi com ele ontem…
Lara disfarça: Eu esqueci lá em casa. E aquele anel que você usava dizendo que te dava sorte? Esqueceu lá na Europa, pai?
Leopoldo, desconfortável: Aquilo era besteira…Eu perdi em Lisboa.- Afirma.
Hospital São Cristóvão/ Manhã.
Éssio, confiante: Eu não vou fugir, se eles descobriram os meus crimes, tenho que pagar por eles, Jasmine. Só queria ir pra cadeia andando…E não nesse estado.
Jasmine, com pena: Quem sabe os policiais não esperam o tal médico te dar a injeção?
Éssio ri: Policiais não gostam de esperar, são secos e frios…Mas é assim que eu mereço ser tratado.
Mafalda aparece no corredor vazio: Você deve ser o Éssio Dávila.
Éssio, calmo: Eu mesmo.
Jasmine fica aflita.
Casa de Noronha/ Manhã.
Ema, Helder e Marinez chegam.
Helder: Bruno, conseguiu cuidar do menino?
Bruno está deitado no sofá: Sim, ele está tomando banho e eu aqui…Refletindo sobre a vida…Os policiais vieram aqui e acabaram mexendo tanto que acharam provas que incriminam o Éssio.
Marinez, assustada: Como assim? O que o Éssio fez?
Bruno conta: Matou o Zézão, um lavoureiro, e o Fígaro, esposo da Josélia.
Ema, chocada: Então foi ele?
Bruno: Sim. Mas não é isso que me deixou assim, eu recebi uma carta…Da prima Margot.
Helder e Ema ficam espantados.
Helder: E o que diz essa carta, meu filho?
Bruno a olha: Ela tá voltando, pai!- Conta, desesperado.
Sítio de Josélia e Benê/ Manhã.
Benê avalia as galinhas: Sabe Josélia…Eu não sei qual delas mato pra fazer o almoço de hoje…Tenho um carinho tão especial por todas…
Josélia se aproxima: É melhor entrarmos na dieta dos vegetais, cada vez que é pra matar um bicho, você faz um drama digno de novela!- Ela aponta pra uma galinha- Aquela ali tá mais gorda, vamos usa-la hoje, e pare com isso que logo Jasmine e Caio vem morar conosco, ela me contou ontem a noite, está separada do Noronha, definitivamente.
Benê fica intrigado com algo: É claro, ficarei feliz mas…Eu posso te fazer uma pergunta?
Josélia ri: Já está fazendo!
Benê pega sua mão: Cadê o anel caríssimo que te dei pelo nosso um mês de namoro oficial?
Josélia fica constrangida: Ah, Benê…Aquilo lá é só um anel, tá no meu baú, guardado! Sabe que não ligo muito pra esses objetos, minha mãe bem dizia que quando a gente morre não leva nada da terra, e ela estava certíssima…Pare de se apegar a isso…Vou voltar as minhas tarefas rurais-Ela sai, apressada.
Benê coça a cabeça: Uma hora diz que ama o anel e nunca vai larga-lo, e agora fala isso! Tem caroço nesse pequi…Pera aí, não é assim o ditado…
Casa de Noronha/ Manhã.
Bruno termina de contar pra Ema e Helder o que havia na carta de Margot.
Bruno: E ela falou que vai se instalar na nossa casa. E agora? O que eu faço? A prima Margot é apaixonada por mim, não sei o que fazer, ela vai começar a me agarrar e me perturbar…E eu não resisto.
Ema ri: Então se jogue nessa paixão filho, não vejo a hora de ser avó.
Bruno fica vermelho: Mãe, mas que fala indiscreta! E outra que eu já tenho uma paixão, e o nome dela é Maria Betânia Flores!
Helder: Mas o quê?
O telefone toca.
Ema vai até ele: Vamos deixar essa discussão familiar pra depois- E atende- Alô? Ah oi…Coronel Bravejo, é você??
Bravejo disfarça: Bravejo? Claro que não, meu nome é…É…Bravujo…E gostaria de falar com a Anna Maria Dávila, ela está?
Ema conta: Morreu. Ontem, foi achada morta e o corpo está sendo velado, senhor “ Bravujo”, o senhor é o quê dela?
Bravejo, chocado: ELA MORREU?- E desliga o telefone- Meu Deus…A Anna morreu, Ruper!
Ruper, impressionado: Nossa…
Bravejo pega seu chapéu: O velório está acontecendo nesse momento e preciso ir ve-la…Me despedir dela…
Ruper se assusta: Vamos com calma, se alguém te ver provavelmente chama a polícia! Não podemos arriscar tudo por causa da Anna. Lembra que ela apoiou fortemente o José do Lixo na ultima eleição? Lembra?
Bravejo se lembra do passado: Eu não tô falando de política, seu idiota…E sim de amor. Esquece, você jamais entenderá- Ele pega sua bengala- Preciso me despedir da Anna, nem que seja disfarçado, vamos ver se no guarda-roupa do seu sobrinho Johne tem algo que possa servir em mim…- Eles vão pro dormitório.
Hospital São Cristóvão/ Manhã.
Adams algema Éssio, Jasmine fica aos prantos e Aurora paralisada.
Mafalda proclama: O senhor está preso pelo homicídio aparentemente culposo do lavoureiro José, popularmente chamado de Zézão, conforme mostra esse exame de corpo de delito que contém traços do seu DNA, afinal o senhor havia se cortado com um pedaço de vidro…
Éssio se mantém firme.
Mafalda continua: O senhor também é suspeito da morte de Fígaro, mas precisamos de mais provas pra que isso seja confirmado. E, pasmem, também é suspeito da morte de Chico Branco, e também descobrimos que uma pessoa ligada a você foi achada morta caída no Monte Varzeônico, Josué, esse nome lhe é familiar?
Éssio, desesperado: O Josué…Morreu?
Mafalda dá um riso irônico: Sim. Está morto. Assim como a sua mãe, será que é o quinto assassinato que você cometeu?
Jasmine tenta defende-lo: Ele não tem nada a ver com isso…
Mafalda, direta: E você…Tem?
Jasmine fica calada.
Mafalda ri: Como eu suspeitava…Vamos leva-lo pra prisão, será o primeiro a ocupar aquele lugar vazio depois da fuga do tal “ lobisomem”.
Adams empurra a cadeira de rodas, Éssio sai cabisbaixo, seguido por Mafalda e Wagner.
Jasmine corre atrás: Espera…Não levem o Éss…- Ela é puxada por Aurora.
Aurora: Aceita Jasmine, não há mais nada a fazer.
Jasmine fica chorando. Aurora a abraça.
Cemitério Municipal/ Manhã.
Bravejo e Ruper chegam disfarçados no local onde ocorre o velório de Anna. Não há ninguém. Apenas o corpo dela no caixão ainda aberto.
Bravejo se aproxima lentamente: Quem fez isso com você, Alizia?- Ele se ajoelha perto da defunta- Tá vazio…Ninguém veio te ver?
FLASHBACK…
Alizia e Elmano estão sentados em uma colina, olhando o por do sol.
Alizia suspira: Nessa vida não adianta ter sentimento nenhum com ninguém, só viver intensamente, fazer o que for preciso pra atingir seus objetivos. E quando a hora de ir chegar, sem sofrimento, morreu. E ponto. Claro, se for pra fingir que amava aí já é outra história. Mas as coisas nesse mundo tem que ser assim, frias, secas, diretas, é assim que a vida funciona, e se você estiver disposto a fugir comigo, vai ter que seguir minhas regras.
Elmano, sorrindo: Eu sigo todas as suas regras pra ficar do seu lado, eu te amo e muito, intensamente, como você própria falou…Só que não sou tão frio quanto dona Alizia…No dia em que você morrer, eu vou chorar e muito.
Alizia se curva: Pois eu não se acontecer contigo. A vida passa, bola pra frente. Não sou sentimental, a menos que alguém mereça, por exemplo o meu filho, quando o meu amado nascer dedicarei tudo a ele, farei o possível pra ve-lo forte e firme no mundo.
Elmano: Mas quando você morrer eu vou derramar um rio.
Alizia o beija: Você não aprende a viver mesmo, não é?- Eles se beijam e deitam na grama.
VOLTA A CENA.
Bravejo está chorando, Ruper percebe.
Ruper, impressionado: Nossa…Eu não sabia que o senhor gostava tanto da Anna…Ela traiu a gent…
Bravejo o interrompe: CALA A BOCA, RUPER! VAI ESPERAR LÁ FORA!- Ordena.
Ruper sai correndo.
Bravejo percebe que Anna havia sido decapitada: Não se preocupe, querida, eu vou ser firme e forte como havia pedido. E o nosso segredo está muito bem guardado- Ele se levanta e sai lentamente do recinto.
Lá fora…
Ruper: Olha Coronel, me desculpa, eu não queria subestimar seus sentim…- Bravejo o abraça, causando surpresa.
Hospital São Cristóvão/ Manhã.
O médico conversa com Noronha.
Noronha respira fundo: Obrigado por tudo, doutor. E quando eu tenho alta?
Médico: Em breve, mais algumas horas, ou talvez até o dia seguinte, em estado de observação vão ser o suficiente pra que possamos fazer um diagnóstico mais preciso e definido.
Noronha: Certo. Acho que posso aguentar firme e forte- Ele olha pra varanda.
O médico pega sua mala e sai: Ainda hoje venho te visitar.
Jasmine e Aurora ficam no quarto.
Jasmine, triste: Noronha, preciso te falar uma coisa.
Noronha: Primeiramente cadê o Éssio? Foi pra casa? Ele falou com o doutor Rui? Conseguiu?
Jasmine revela: O Éssio foi preso, acharam aquela sua pasta no escritório. E ainda acusaram ele por mais outros crimes.
Noronha fica chocado.
Refugio dos presos/ Manhã.
Vários bandidos agora livres se acomodam em um galpão abandonado da cidade.
Clécio conversa com dois deles: Eu sei que nós pretendemos fugir daqui em breve, por que afinal ninguém vai permanecer em um galpão onde logo seremos descobertos! Mas eu quero levar duas pessoas na minha fuga, eu sei que vocês dois tem carros e armas, e quero pedir ajuda.
Um deles faz cara feia: E porque a gente deveria te ajudar?
Clécio ri: Porque eu fui o único que tive coragem de hipnotizar o Batista, fui eu quem organizei a escapada e se não fosse por MIM ninguém estaria aqui…Ou seja, acho que isso é o suficiente pra me ajudarem…
Bandido 1: Nós temos um carro mesmo…Acho que podemos te ajudar sim, é só falar o que devemos fazer e quem temos que sequestrar. Mas é só isso. Depois vai cada qual pro seu canto.
Clécio, confiante: Quero que sequestrem duas pessoas pra mim, eu quero levar elas comigo pro resto da minha vida, vou ir pra Cuiabá e ninguém nunca vai me achar por lá.
Bandido 2: E como pretende chegar em Cuiabá?
Clécio: Falei com um amigo meu do Circo onde trabalhava e ele irá me ajudar com a casa. Minha vida vai mudar.
Bandido 1: E quem você pretende levar contigo pra Cuiabá?
Clécio, animado: A minha esposa e minha mãe.
Mostra a imagem de Taléfica entrando em casa e de Aurora nos corredores do hospital.
Clécio: Elas vão aprender a viver comigo…Nem que seja a força- Ele dá um riso maléfico.
Termina o capítulo 77.