Ajuste de Contas – Capítulo VII

Diogo: Kadu. Tem uma visita pra você.

Kadu: Visita? Aqui na loja?

Diogo: Uma bela visita, inclusive. Onde conseguiu essa?

Kadu: Do que está falando Diogo?

Kadu vai até a porta da loja e depara-se com Vanessa, exuberante.

Kadu: Vanessa?

Vanessa: Nossa! Porque esse olho tão arregalado? É surpresa, susto, é o que?

Kadu: Na verdade é uma mistura de tudo isso com… admiração. Você está linda Vanessa.

Vanessa: Isso já está ficando repetitivo Kadu, daqui a pouco vou acreditar.

Kadu: Você sabe disso. Eu percebo que você se tornou uma mulher experiente.

Vanessa, sensualmente: Você não imagina o quanto. Descobri coisas capazes de enlouquecerem os homens.

Kadu, seduzido: Sério mesmo? O que por exemplo?

Vanessa: Ei, estamos falando da minha intimidade. Respeito, por favor.

Kadu, despertando: Sim, sim, me desculpe. Afinal, qual o motivo da ilustre visita?

Vanessa: Nada demais. Queria lhe ver. Saber como você está. Saber se ainda está tão gato como estava ontem.

Kadu: Não faz isso Vanessa, você está me deixando nervoso.

Vanessa: Me desculpe, não foi minha intenção.

Vanessa dá um beijo demorado próximo ao ouvido de Kadu e se despede.

Ele fica de pernas bambas, mas consegue questionar:

Kadu: Como descobriu onde trabalho?

Vanessa responde ainda de costas, indo embora: Você falou ontem.

Kadu: Falei?

Vanessa: Ah, estou morando na rua C, número 30. Passa lá quando puder.

Kadu, em pensamento: Com certeza!

 

André: Olha, só pode ser coisa do destino. Estamos nos encontrando de novo.

Bia, tímida: É verdade. Tudo bem?

André: Melhor agora. Olha isso, seus olhos são verdes! Que lindos! Demais. Quer tomar alguma coisa? Um sorvete, um suco?

Bia: Não, obrigada. Eu preciso ir pra casa agora.

André: Mas por quê? Sério? Vamos conversar um pouco mais.

Bia sai apressada: Agora não posso, depois conversamos.

 

Afonso: Alô? Sim, sou eu. Você está louca? Como foi capaz de ligar para meu celular particular, fora do meu horário de trabalho ainda. Eu já disse pra esperar um pouco!

Vera, chegando na sala: Quem é amor?

Afonso, assustado: Vera, oi meu amor! É um fornecedor. Barreto, conversamos depois. Estou em casa agora, não é hora de falarmos sobre trabalho. Abraços.

Vera: Te achei tenso. Algum problema na empresa?

Afonso: Sim, muitos. Estamos passando por alguns problemas financeiros e estou ficando muito nervoso com isso, porque não estamos conseguindo reagir.

Vera acaricia Afonso: Calma amor, as coisas vão melhorar.

Afonso, indo para o quarto: Espero que sim. Vou deitar um pouco.

Vera observa, não convencida da explicação.

 

Vanessa vai até o consultório de Guilherme.

Leo: O Dr. Guilherme pediu desculpas, mas disse que não vai poder te atender agora. Ele está atendendo um paciente com um problema complicado.

Vanessa: Que pena! Depois falo com ele, obrigado.

Leo: Vanessa, seu nome. Vamos tomar algo mais tarde?

Vanessa diz secamente e sai: Não, obrigada.

Leo, em voz baixa: Você ainda não sabe, mas será minha.

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