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Filho Amado

Capítulo 76 – Filho Amado

Filho Amado.
CAPÍTULO 76( MOMENTOS FINAIS).

Noronha, sem conseguir acreditar: O quê?- Ele se senta na cama- Minha mãe tá morta?
Aurora: Eu não devia ter contado…Você ainda está muito frágil…Perdão!
Noronha engole em seco: Eu quero sair daqui, quando eu saio?
Jasmine o acalma: Você perdeu muito sangue, quase ficou a beira da morte e ainda está debilitado, portanto trate de ir com calma…Já levaram o corpo da Anna, o corpo e a cabeça, ela morreu depois de levar três golpes de enxada. E ninguém sabe quem fez isso.
Noronha, decepcionado: Ela não podia ter tido esse fim…Ela tinha que sofrer antes de morrer, e muito! Ela estragou a minha vida!
Jasmine: Você não pode ter stress, Noronha! Aliás, você também não, Aurora! Vamos tratar tudo com muita calma…Felizmente o dia de ontem já passou.
Noronha respira fundo: Tudo bem, vamos por partes…Cadê o detetive Américo?
Jasmine e Aurora se entreolham.
Jasmine conta: Está em coma…Foi envenenado, estão tentando salvar ele mas…Parece que não tem mais jeito, o organismo foi destruído!
Noronha, querendo chorar: E o Rodrigo? Já acordou?
Jasmine: O caso dele é leve, quando saímos do quarto dele, ainda estava dormindo…Nem venha me perguntar o que ele estava fazendo na nossa casa, porque eu também não sei.
Noronha fica calado.
Aurora: É melhor deixarmos você descansar…Ontem foi muito agitado…Ninguém se recuperou…
Noronha pega na mão dela: Eu não sou filho da Anna- Ele a encara.
Aurora: Ela contou pra gente, ontem, enquanto você agonizava.
Noronha, lacrimejando: Foi tudo em vão, ela falou aquilo pra me ferir, pra me fazer pensar que essa vingança toda foi atoa…Ela não é minha mãe, o Éssio não é meu irmão…No final não tinha vingança familiar, porque não eramos uma família.
Jasmine lembra: Isso não justifica nada do que ela fez contigo, Noronha, mesmo que ela não fosse sua mãe. A Anna te tratava como cachorro. Foi um jogo emocional…Agora acabou, essa história já estava no fim porque o próprio Éssio reconheceu o quão má era a mãe. A Anna tinha perdido o amor do único que ainda tinha qualquer sentimento positivo por ela. Já não teria sentido algum nessa vida…
Noronha escorre suas lágrimas, e soluça: Ela era uma monstra mesmo, pela sua perspectiva de vida, pelos seus ideais…Mas eu convivi tanto tempo com esse rancor, que acabei ficando assim…Veja o que eu fiz. TRANQUEI O ÉSSIO NO PORÃO! EU MEREÇO TER O MESMO FIM QUE ELA TAMBÉM.
Jasmine: Não fala isso, você se arrependeu, a gente se arrependeu de tudo de ruim que fizemos, porque nós somos humanos, a sua mãe não tinha sentimentos e nem compaixão, e você tem! Depois disso tudo, é hora de viver sua vida…
Aurora apoia: É verdade Jasmine…Agora vamos deixar ele descansar. Fique bem, Noronha- As duas saem.
No corredor…
Éssio está na cadeira de rodas: Como está o meu irmão?
Jasmine conta: Se recuperando, mas já está melhor em relação a quando chegou. Eu vou avisar pra os que estão no andar debaixo e não puderam subir…
Aurora a impede: Deixa que eu vou, minha mãe está lá também e quero ver ela, pode ser?
Jasmine: Tudo bem…
Aurora sai, Jasmine fica sozinha com Éssio.
Éssio, animado: Preciso falar com o Noronha, ele disse que não estou paraplégico, portanto posso andar novamente…Só necessito saber que médico pode anular o efeito dessas injeções que supostamente paralisaram os meus movimentos da cintura pra baixo.
Jasmine sorri: Não se preocupe, ele está descansando mas logo você fala com ele e aí sim…Vai se ver livre dessa cadeira de rodas, vai voltar a andar!- Eles sorriem.
Éssio confessa: Mas ainda estou muito impressionado com essa morte da minha mãe, e o pior é que muita gente tinha motivo pra matar ela…- Ele suspira- Inclusive…Você.
Jasmine se assusta: O que tá querendo insinuar com isso? Que eu matei a Anna? Justo eu, que tanto preguei discursos éticos, que sempre fui pacífica, EU dei golpes de enxada nela?
Éssio: Calma…É que você saiu com os outros pro jardim, e foi lá que minha mãe morreu, até que se prove o contrário, todos são suspeitos, mas não quis te acusar!
Jasmine conta: Fui atrás do Caio que saiu correndo.
FLASHBACK/ NOITE ANTERIOR/ JARDIM.
Jasmine anda pelo jardim a procura do filho…
Jasmine, desespera: CAIO! CAIO!
Ele se aproxima da mãe: Eu tô aqui, mamãe, temos que pegar a vó Anna, não podemos deixar ela fugir!
Jasmine o repreende: Isso não é assunto pra criança, é um tema tão forte, você já escutou atrocidades demais por hoje…Vamos…
Caio se solta da mão dela: A vó Anna matou o papai, mãe! Ela não pode fugir, eu amo o meu pai e não vou deixar que isso aconteça- Ele sai correndo.
Jasmine o persegue: FILHO! VOLTA AQUI!
VOLTA A CENA.
Jasmine termina de contar: Depois o Caio fugiu de mim, mas eu logo alcançei ele, e tratei de leva-lo embora daquele jardim…Foi isso, eu juro!
Éssio calmo: Não precisa jurar, Jasmine, eu acredito na sua palavra, mas alguém matou a Anna. Quero saber quem foi.
Delegacia Municipal/ Manhã.
Godofredo conversa com alguns policiais: Mandamos várias viaturas atrás dos bandidos que fugiram, mas são muitos caras, jamais iremos prender todos de novo…
Mafalda chega: Bom dia, eu soube do que aconteceu na cadeia e…É isso mesmo? Um lobisomem?
Godofredo, irritado: Foi sim, um lobisomem! E estou tentando salvar essa cidade, mas pelo visto será impossível, mais de mil pessoas fugiram!- Lamenta.
Mafalda: Eu sinto muito, posso ajudar em alguma coisa?
Godofredo lhe entrega um papel: Aconteceu um assassinato e os peritos pegaram o corpo da vítima, ninguém sabe quem matou, foi nessa mansão aqui- E indica o endereço- Alguém de lá tinha nos chamado ontem, mas não conseguimos chegar por conta desse caso do lobisomem, sinto que, se isso não tivesse acontecido, teriamos evitado essa morte- Ele suspira- Vá até essa mansão, Mafalda, e tente achar algum rastro, alguma pista de quem possa ter matado a tal da “ Anna”.
Mafalda concorda: Certo, eu já fui nessa mansão antes investigar um outro assassinato, parece que por essa família se rondam vários crimes…- Ela sai.
Quarto do Hospital São Cristovão/ Manhã.
Noronha se levanta da cama, mesmo sabendo que não pode, ele vai até a janela do quarto e olha para a rua, estava no quarto e último andar do hospital.
Primeiro Andar do Hospital/ Manhã.
Aurora conta o que houve:…Mas os médicos falaram que Noronha vai ficar em estado de observação, só que já está tudo mais controlado, ele tinha perdido muito sangue, mas já recuperou, porque o banco de sangue do hospital estava cheio…
Ema se benze; Minhas orações tiveram efeito, mas e o detetive?
Aurora: Esse daí infelizmente está em estado grave, os doutores estão fazendo o possível pra salva-lo.
Ema: Coitadinho…
Helder: Bom, então não tem mais necessidade de ficarmos aqui, vamos voltar pra mansão, porque o Bruno está cuidando do Caio e talvez precise de nossa ajuda.
Marinez: Eu vou com vocês.
Alminha lembra: E ninguém vai no velório da Anna?
Leopoldo ri: Depois do que ela fez ontem, não merece sequer um pé de gente no velório…Ela fez suas escolhas, e aí estão as consequências. Só porque ela morreu eu não irei me compadecer, ela merecia isso! A morte!
Lara, assustada: Para de falar isso, pai…Ela tinha que ser presa pelo que fez!
Leopoldo, com desprezo: Que morresse logo pra parar de nos incomodar, era capaz de que se fosse presa, fugisse e voltasse a nos aterrorizar…
Aurora; Bom, eu vou voltar pra onde o Noronha está. Podem ir, descansem e se recuperem também, todos precisamos disso!
Marinez, brava: Inclusive você, filha! Venha pra casa conosco, você tá grávida, não pode se desgastar tanto, fora que a Jasmine está cuidando do Noronha.
Aurora, determinada: Eu amo o Noronha, e vou ficar do lado dele, mesmo se estivesse grávida de 9 meses, com a bolsa prestes a romper.
Quarto de Noronha/ Manhã.
Noronha caminha até a sacada do quarto, ele avalia a rua e suspira.
FLASHBACK.
Anna sai em prontidão para atender, vê a inspetora da escola com Noronha de um lado e Éssio do outro, os dois sujos e machucados. 
Anna, arrasada: Meu Deus, o que foi isso? 
Inspetora: Eles brigaram dona Anna Maria, foi tão sério que tive que trazer eles aqui, os dois brigaram por causa de… 
Anna interrompe: Obrigado, inspetora- E se curva para eles- Noronha, eu aposto que você provocou isso tudo, vai pro quarto, agora! 
Noronha, revoltado: Você não vai querer nem ouvir a história? Foi esse traste que começou! 
Anna estapeia o filho: Não chame o Éssinho assim! 
Inspetora: Na verdade, dona Anna, foi o Éssio que começo… 
Anna interrompe: Eu já disse, muito obrigado por ter vindo aqui, agora volte para a escola ou você pode perder o dia de trabalho e ficar sem seu precioso salário, deixe que dos meus filhos eu sei cuidar- Ela bate a porta na cara da inspetora—Vai logo tomar banho e ficar de castigo no quarto, Noronha, AGORA. 
Noronha, indignado: Por quê você nunca escuta o meu lado da história? O Éssio destruiu um trabalho meu, pergunta pro Bruno, pra Aurora, ou pra qualquer um que estava lá, ele jogou a bola de propósito no cartaz! 
Éssio mente: Claro que não, ele está tentando me incriminar, mamãe. Eu estava jogando futebol no meu canto, aí ele veio e tomou a bola de mim e jogou no próprio cartaz, dizendo que “ não estava bom o suficiente”! 
Anna passa a mão na cabeça do filho: Eu sabia, o Noronha é bem dessas coisas mesmo, critico demais, nunca satisfeito, e ainda tenta incriminar o irmão e chama ele de traste. Traste é você, Noronha! Vai pro seu quarto agora, você não vai almoçar! 
Noronha bate o pé no chão: Você vai acreditar nele, mãe? Você prefere acreditar nele do que em mim e na própria inspetora da escola? 
Anna justifica: Aquela inspetora é uma falsa, agora não discute e vai logo!- Ela não percebe que Éssio está sorrindo maldosamente. 
Noronha, chorando: É a segunda vez que você me deixa sem comer, você acha que me matando de fome vai resolver alguma coisa? 
Anna o agarra pelo braço: Não discute comigo, seu infeliz.
INFELIZ! 
Noronha começa a lacrimejar. Um filme se passa em sua cabeça.
FLASHBACK.
Anna continua rondando o filho: Você ficou humilhando o seu irmão só porque ia hastear a bandeira, e olha que isso nem é tão importante assim, imagina quando você ganhar seu diploma, SE você ganhar, o que vai fazer? Esfregar o diploma na cara do seu irmão, né? 
Noronha, revoltado: Mãe, eu não fiz nada, o Éssio inventou isso só pra me acusar, eu estava ensaiando com a bandeira e ele ficou incomodado porque pela primeira vez ele não vai estar acima de mim, porque o Éssio, ele sim gosta de pisar em cima de mim, e só faz isso porque VOCÊ permite! 
Anna o segura forte pelo braço: Você é um maldoso, injusto. Como pude criar um ser com tamanha maldade? Ah e além de te criar, eu te eduquei e fiz o melhor pra te dar uma vida digna, e você ainda fala coisas assim na minha cara, que eu prefiro o seu irmão! 
Noronha, já roxo: Você prefere ele, qualquer um sabe disso, prefere ele e ainda apoia tudo o que ele faz, seja coisa boa ou ruim, e eu, nem que um dia ganhe o prêmio Nobel jamais vou receber seus parabéns, JAMAIS. Parece que você me criou por obrigação! 
Anna dá um tapa na cara do filho: É por isso que você nunca vai ganhar nada, porque você Noronha quer tudo pra si mesmo, é egoista e ingrato e nunca suportou ver seu irmão ser o melhor, pois saiba que ele É melhor que você SIM, por ser uma pessoa do bem e pura! 
Noronha fica pasmém: PURA? O ÉSSIO É O SER MAIS MALDOSO QUE EXISTE, AGORA CHEGA, EU NÃO VOU MAIS DISCUTIR PORQUE EU SEI QUE NÃO FIZ NADA- Ele vai em direção ao palco e passa das cortinas, mas a mãe o persegue. 
Anna tenta arrancar a bandeira das mãos do filho: CHEGA! VOCÊ NÃO VAI HASTEAR ESSA BANDEIRA PORQUE NÃO MERECE, ME DÁ ESSA BANDEIRA, AGORA! 
Éssio fica olhando tudo, e rindo. 
Noronha começa a chorar: Você não tem o direito de estragar meu momento, mãe, essa é uma das únicas vezes que eu vou ser especial, por favor, solta essa bandeira, eu já disse que não fiz nada! 
Anna continua tentando pegar a bandeira, os dois começam a se atracar: Você não merece momento nenhum! 
Todos ficam olhando para a briga, Bento se levanta na hora, Bravejo fica sem jeito. 
Noronha briga incondicionalmente pela bandeira: Você sempre acredita no Éssio? Você nunca parou pra pensar que ele inventa tudo isso?Hein?- Ele consegue puxar a bandeira e sai correndo. 
Anna o persegue e logo consegue capturar o filho: Quem vai erguer essa bandeira vai ser o ÉSSIO, pra você deixar de ser maldoso, e você vai observar a glória do seu irmão abaixo dele, como merece, SEU IDIOTA.
IDIOTA!
FLASHBACK.
Noronha a confronta: Se fosse mentira você realmente teria sido uma mãe pra mim, mas parece que você me criou obrigada por alguém, como se eu fosse uma obrigação horrível e nojenta! 
Anna: Você é um ingrato, isso sim, e não me canso de repetir isso, e além de tudo tenta matar o irmão e ser o bom da história! Eu nunca vou te entender!
INGRATO!
FLASHBACK.
Anna continua com a arma: Sua hora vai chegar, Noronha, sua hora vai chegar e eu ainda vou te dizer isso novamente quando sua vida estiver em ruinas! 
Noronha, ferido: Você já percebeu que você nunca me desejou o bem? 
Bento: Parem os dois por favor! 
Anna: Você não merece o bem, Noronha! 
Bento: PAREM! 
Noronha: Eu te odeio! 
Bento: Pelo amor de Deus… 
Anna: EU te odeio mais, Noronha, e nunca vou conseguir te amar! 
NUNCA!
FLASHBACK.
Noronha a encara, com os olhos cheios de lagrimas: Você é uma monstra!- Ele está tremulo com o que acabara de ouvir.
Anna ri: E você um ingrato, eu te salvei de ser queimado, tive que abortar meu filho por sua causa, e é assim que me agradece? Noronha, eu nunca te dei amor porque te criei por obrigação… Quem disse que amei o Bento algum dia? Eu amava o Elmano, era com ele que eu desejava construir minha vida, meu futuro! Mas as coisas nem sempre saem como quero… Você e o Bento não passam de um monte de NADA pra mim! Pra que dar amor a um filho que ne meu era? Eu te tratei de qualquer jeito, porque pra mim você era um qualquer…
QUALQUER!
VOLTA A CENA.
Noronha está pronto pra pular da sacada de seu quarto. Estava decidido. Iria tirar a própria vida.
Noronha, melancólico: Fim. Finalmente a minha vida vai acabar.
UM POUCO DEPOIS…
Éssio bate na porta do quarto: Noronha…Eu posso falar com você?- Ele vê que não há ninguém e entra- Noronha? Você tá aí?
O quarto estava vazio, na cama apenas os aparelhos médicos, a cortina era a única que se movimentava, por conta do vento vindo da rua, já que a porta da sacada estava aberta.
Éssio anda com a cadeira de rodas: Noronha?- Ele vai até o banheiro do quarto- Nossa…Mas eu não vi ele sair daqui, e olha que fiquei em frente a porta esse tempo todo- Será que…- Ele vai até a varanda, e se espanta com o que vê.
Casa de Noronha/ Manhã.
Bruno e Caio desenham.
Bruno mostra seu desenho: Veja que lindo, Caio!- É um hamburguer.
Caio ri: Mas você só desenha comida, tio Bruno!
A campainha toca.
Bruno se levanta: Vou ver quem é…- Ele sai e deixa o menino desenhando.
É o carteiro: Tem uma entrega especial para o senhor Bruno, é você?
Bruno assina o papel: Obrigado- Ele lê- Ah, é uma carta do Rio de Janeiro!- E vê o remetente- É DA PRIMA MARGOT!
Mafalda se aproxima: Polícia! Sou a delegada Mafalda e vim investigar o local onde Anna Maria Dávila foi achada morta.
Bruno guarda a carta e abre o portão: Ah, tudo bem eu acho…- Ela, Adams e Wagner entram.
Mafalda, séria: Onde que a individua foi encontrada morta?
Bruno a guia até o local.
Mafalda tira os óculos escuros: Ninguém mexeu aqui, certo? Apenas a perícia!
Bruno confirma.
Mafalda: Ótimo, Wagner e Adams investiguem o exterior da casa, pois irei procurar algo nos comodos do interior- Ela entra.
Bruno, sem entender nada: Como assim no interior? O crime aconteceu aqui na cidade mesmo!
Mafalda o responde: Sim, mas esse crime aconteceu por algum motivo, motivo que veio lá de dentro da casa…Você trate de me contar tudo o que aconteceu ontem, com os mínimos detalhes!
Bruno engole em seco.
Em frente a prefeitura/ Manhã.
Bravejo e Ruper observam os policiais.
Ruper: Não adianta Coronel, eles vão ficar de sentinela ali…Nunca mais vamos poder entrar na prefeitura…Agora que comecei uma vida de criminoso, acho melhor fugir da cidade.
Bravejo respira fundo: Jamais fugirei da cidade, Ruper! Você não disse que tinha um sobrinho que morava aqui por perto? Podemos ficar abrigados na casa dele até que a poeira baixe, mas é certo que a essa hora o Noronha já deve ter assumido o meu lugar. A vida é cruel.
Ruper, contente: Ah, o meu sobrinho Johne! Ele é uma figura mesmo…Mora na rua da pré-escola!
Bravejo: É pra lá que vamos, e lembre-se, ninguém pode nos reconhecer! Tô louco pra tirar essa roupa de presidiário! 
Ruper: Então vamos, a casa do Johne é por ali- Eles saem disfarçados.
Casa de Noronha/ Manhã.
Bruno termina de contar tudo o que havia ocorrido na noite anterior:…E foi aí que achei a Anna morta.
Mafalda: Mas que confusão, viu…- Ela vê o escritório- Foi ali que a Anna se trancou? Pelo que você me disse, a porta caiu em cima do tal Rodrigo.
Bruno: É isso mesmo!
Mafalda entra no escritório, a procura de alguma coisa.
Bruno, sem jeito: Mas a senhora não veio aqui pra investigar a morte dela? O crime aconteceu no jardim, e não no escritório.
Mafalda remexe nas gavetas: Eu vim aqui pra investigar qualquer crime que ainda não tenha sido concluído- Ela vai até um quadro e o tira- Como eu suspeitava, esse quadro era apenas para esconder coisas- A delegada acha uma pasta.
Caio chega: Tio Bruno, o que essa mulher tá fazendo aqui?
Mafalda abre a pasta e olha os papéis: Fotos de 1974, fotos que mostram  uma pessoa colocando fogo na parte de fora da orquestra municipal, e uma mulher saindo discretamente antes das chamas…- Ela acha outras coisas- Um laudo que tinha sido roubado da polícia e que mostra que Éssio Dávila matou José Fernando( popularmente chamado de Zézão).
Bruno: Sinto que o Éssio está encrencado.
Mafalda acha um gravador: Vamos ver o que temos aqui…
Voz de Lara falando.
Eu tenho pesadelos horríveis com aquela noite de vez em quando e me arrependo de ter sido cumplice do Éssio…Ele me usou no seu plano, disse que ainda íamos ser muito felizes juntos mas depois me esqueceu. O atropelamento devia atingir Josué mas ele errou tudo e matou Fígaro.
Bruno, chocado: O Éssio matou o Fígaro…Por essa nem eu esperava…
Mafalda pega a pasta: Onde é que está esse Éssio Dávila? Vamos prende-lo!
Bruno disfarça: Mas você não está aqui pra investigar a morte da Cobranna?
Mafalda se irrita: Se você falar isso de novo, eu te prendo por desacato! Onde está esse criminoso chamado Éssio Dávila? Eu exijo saber.
Bruno fica nervoso.

Termina o capítulo 76.

Victor Morais

Escrevi as webs novelas Beira-Mar e Filho Amado que foram publicadas no portal. Atualmente escrevo " Ser Humano", que se passa nos anos 80 e trata da relação complicada entre mãe e filha. Drama, emoções, cotidiano, conflitos familiares...Esse é o meu estilo.

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