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Filho Amado

Capítulo 64 – Filho Amado

Filho Amado. 

 

Capítulo 64. 

 


 

Josélia serve café para Benê e Américo. 

 

Benê, surpreso: Quer dizer que Noronha te contratou pra investigar o passado de Anna? 

 

Américo confirma: Isso mesmo, eu odeio mentir mas era necessário ficar disfarçado como assessor de Noronha enquanto eu investigava o passado da mãe dele…E veja o que eu achei- Ele entrega as fotos. 

 

Benê as avalia: São de 1974, mas essa paisagem aqui de fundo não é em Vila Varzeônica. 

 

Américo: Exatamente, isso significa que a Anna veio de outra cidade, você lembra de algo sobre esse período? 

 

Benê conta: Claro, a Anna chegou junto com outro homem e ficou abrigada na orquestra, onde os refugiados da guerra permaneciam por um tempo. Depois ela virou camareira e…- Ele continua falando. 

 

Casa de Noronha/ Corredor… 

 

Anna, paralisada: O que você disse? Tá louco? 

 

Noronha a confronta: Eu disse que você matou várias pessoas…No incêndio da orquestra foram várias, a Helena e mais um resto, matou o papai também SE não tiver tido outras vítimas…Mas mesmo assim não tenho medo de você! 

 

Anna mexe nos cabelos: Eu não sei do que você tá falando…Vou trabalhar, porém a situação com o Éssio não vai ficar assim se depender de mim! 

 

Noronha provoca: Quando eu toco nos seus crimes você sai de fininho, não é? Para de negar, já sei de tudo!- Ela sai correndo- Covarde! 

 

Orquestra de Vila Varzeônica… 

 

Recepcionista: Você quer ver a lista de nomes dos refugiados da guerra de 74? 

 

Américo confirma: Isso mesmo…Sou historiador e preciso de informações, e elas estão aqui! 

 

A recepcionista entrega uma papelada: Ok, é só preencher esses papéis! 

 

Um pouco depois… 

 

Américo vê a lista de nomes: Esse papel tá todo sujo e velho…Vamos ver…Acácia, Afonsa, Alana, ALIZIA! Eis o nome que eu queria!- Ele vai até a página de Alizia indicada no sumário- Agora eu descubro toda a farsa da nojenta que me empurrou!- Diz, decidido. 

 

Casa de Jurema/ Dia. 

 

Jurema coloca o café, Betânia despreza. 

 

Betânia, irritada: Só isso? Na casa do Noronha eu tinha cinco opções de alimento! A Ema era chata mas até que cozinhava razoavelmente bem… 

 

Jurema ri: Quer voltar pra lá? Faço suas malas com muito prazer!- Betânia fica quieta- Pare de reclamar e agradeça que eu te acolhi e que você tem o que comer, ou te expulso daqui, odeio ingratidão! 

 

Betânia pega o leite: Tudo bem, já me calei! 

 

Jurema: Bom mesmo- Ela coloca o bilhete de Belarmino em cima da mesa- Temos que decifrar o enigma desse papel, se demorarmos demais alguém acha a mala e pega tudo o que é “nosso”… 

 

Betânia passa manteiga no pão: O que diz mesmo? 

 

Jurema coloca os óculos e força a vista: “ Não adianta colocar as mãos no dinheiro sem dor; pra sucesso obter vai precisar agir como pescador”. 

 

Betânia pensa: Belarmino ia pescar de vez em quando num clube chique, era na divisa com São Cristovão! 

 

Jurema, animada: Bingo! Hoje não vou abrir o mercado, vamos no tal clube pra finalmente colocar as mãos na grana toda…A mala só pode estar lá! 

 

Betânia se anima também.

 

Delegacia/ Dia. 

 

Mafalda chega na delegacia apressada, Adams e Wagner conversavam. 

 

Mafalda pega seu apito e o usa, assustando os dois: Chega de papo sem nexo, quero saber quais são os crimes arquivados que pediram pra eu que investigasse…Não posso perder tempo! 

 

Adams pega alguns papéis: Temos vários casos aqui, tem uns antigos que nem valem a pena ser investigados, tipo o da morte do Chico Branco… 

 

Wagner ressalta: Mas o tal do Noronha veio aqui e disse que exige que o caso da morte de Chico fosse aberto novamente…Mas é coisa muito antiga! 

 

Mafalda joga os papéis na mesa e fica com apenas um: Sou especialista em investigar esse tipo de crime- Ela coloca os óculos- “ Chico Branco foi achado morto no banheiro da festa, depois foi descoberto que ele tivera sido envenenado por um bolinho; logo o dono da barraca era o culpado”- Lê. 

 

Adams: O dono da barraca de bolinhos era o Noronha, ele afirma que não tem nada a ver com a morte, mas fugiu da polícia no dia do próprio casamento…História antiga, mas que qualquer um aqui de Vila Varzeônica conhece, chega a ser clássica. 

 

Mafalda: Gostei do caso, o tal Noronha ainda mora aqui? 

 

Wagner conta: Passou anos no Rio de Janeiro e enriqueceu lá, voltou faz pouco tempo e ganhou as eleições, dizem que veio se vingar porque era humilhado pela mãe mas “deurmilivre” de saber dessas histórias, minha boca é um tumulo! 

 

Mafalda pega sua bolsa: Vamos pra casa do tal Noronha imediatamente! 

 

Prefeitura/ Interior/ Dia. 

 

Noronha entra apressado. Na sala de reuniões, Bravejo e Ruper estão jogando ping pong. 

 

Bravejo alisa a raquete: Até nos esportes eu sou um vencedor! 

 

Noronha entra com tudo: Não quero atrapalhar o lazer de vocês mas vim entregar um documento antigo que estava devendo, coisa boba! 

 

Bravejo continua jogando: Não se preocupe, Noronha…PONTO MEU! Pode deixar o documento lá na minha mesa, aqui estão as chaves- Ele as joga- Ainda estamos no período de dois meses de descanso- Ele solta um riso abafado. 

 

Noronha fica furioso: Eu vou sim…Podem continuar jogando!- E sai correndo. 

 

Na sala do Coronel… 

 

Noronha revira sua gaveta: Preguiçoso infeliz, vagabundo, nunca mereceu ganhar eleição nenhuma!- Ele acha papéis comprometedores- Mas o crime dele contra meu pai não vai ficar impune, pode jogar ping-pong enquanto pode, vamos ver se atrás das grades você consegue!- Ele pega os papéis e os coloca em sua maleta, depois deixa tudo revirado, de propósito. 

 

Apartamento de Aurora e Marinez/ Dia. 

 

Marinez chega com o pão: Sabe filha, eu tenho economias no banco que podem nos ajudar, você tem a sua poupança também! Vou comprar uma mesa e uma cama ainda hoje, e assim vamos possuindo as coisas mais importantes, até a casa ficar cheia novamente! 

 

Aurora, contente: Conta comigo, vamos colocar vida nesse apartamento! 

 

A campainha toca insistentemente. 

 

Aurora estranha: Será que são os vizinhos pra nos dar boas-vindas? 

 

Marinez se assusta: Meu Deus, eu não tenho nada pra oferecer! Que vergonha… 

 

Aurora: Calma, qualquer coisa explicamos a nossa situação e eles vão nos entender…- Ela a abre. 

 

É Taléfica. 

 

Aurora, furiosa: O que a senhora está fazendo aqui? 

 

Marinez vai até ela: Fecha a porta, Aurora, esse tipo de gente não é bem recebida no meu apartamento! 

 

Taléfica suspira: Preciso falar de um assunto importante com vocês, me escutem por favor! 

 

Aurora e Marinez se entreolham. 

 

Casa de Noronha/ Jardim/ Dia. 

 

Ema rega as plantas e Bruno corta a grama. 

 

Bruno, triste: Nessa casa tá tudo muito quieto e triste, parece que o sentimento do Noronha se espalhou pra todos… 

 

Ema, melancólica: Também estou achando e fiquei com dó da dona Jasmine e de Éssio, Noronha foi cruel nesse castigo, cheguei a ficar com medo! Mas precisamos desse emprego, portanto devemos plena obediência ao nosso chefe! 

 

Bruno: Mas eu sinto que lá no fundo o Noronha continua o mesmo de antigamente…Aquele que era meu amigo e companheiro de todas as horas. 

 

Anna aparece: Aquele Noronha que assassinou um político, que tentou me enforcar e sufocou o Éssinho com o travesseiro. Belo amigo o seu, amigo de porta de cadeia! 

 

Bruno se levanta: Aquele Noronha que você humilhava, excluía e rejeitava, aquele mesmo que ia procurar refúgio na nossa casa, aquele que era carente de atenção, aquele que só queria ter o amor da mãe mas nunca conseguiu isso! Uma pessoa assim é “de porta de cadeia”? Acho melhor a senhora rever os seus conceitos e pensar antes de dizer qualquer tolice! 

 

Anna, irônica: Não me admira que você defenda o Noronha, baleia, você sempre foi cumplice nos crimes dele! A péssima influência da família também ajudou! 

 

Bruno se irrita: O Noronha teve sorte de fugir da sua maldade, porque ninguém merece conviver com uma pessoa tão medíocre e venenosa como você! Por isso que toda vez que o Noronha te humilha eu gosto, é prazeroso ver sua pessoa se acabando e se rebaixando ao filho que sempre humilhou! VOCÊ MERECE- Grita. 

 

Anna não pensa duas vezes e lhe dá um tapa: Não fala de mim, miserável infeliz, baleia satânica! 

 

Ema intervém: A senhora não bata no meu filho, tudo o que ele disse foi a pura verdade! 

 

Anna toma a chave dela: Eu vou ir agora na delegacia contar as monstruosidades que Noronha anda cometendo, ele vai ser preso e tomara que a sua família também seja! Seus podres, nojentos, mereciam ter explodido junto com a fábrica, se bem que Helder está perto disso… 

 

Ema lhe agarra pelo pescoço: Não mencione o nome da minha família, me dá as chaves, o Noronha confiou elas a mim e ordenou que ninguém saísse! 

 

De repente três policiais surgem no portão. 

 

Mafalda apresenta o distintivo: Polícia Varzeônica, viemos falar com Noronha Dávila. 

 

Os olhos de Anna brilham. 

 

Apartamento de Marinez/ Dia. 

 

Marinez, indignada: Eu não acredito que você teve a frieza de trocar os remédios do 
José mesmo sabendo o estado em que ele iria ficar com a falta das pílulas! Você e seu filho são monstros, sem piedade, sem compaixão… 

 

Aurora, desolada: Não consigo acreditar…Mas agora compreendo o porque da agressividade do papai, não podia ser algo normal. 

 

Taléfica assoa o nariz em um lencinho: Eu sei que eu não podia ter feito isso mas eu me arrependi depois! Foi tudo muito rápido, eu precisava me vingar, estava cega por isso!- A voz se embarga- Mas eu mudei agora, tanto que vim confessar tudo, eu me arrependi… 

 

Marinez: E se arrepender adianta? Veja as consequências do seu ato vingativo! E elas podem piorar, tenho dó da Conceição que ainda continua naquela casa…O José enlouqueceu, e a culpa é sua! 

 

Taléfica, arrependida: Mas eu já destroquei os remédios, agora temos que contar tudo pra o Zé antes que seja tarde! Me perdoem, por favor, mas eu quero reverter o que fiz! 

 

Marinez, agoniada: Eu vou tentar falar com o Zé, mas o meu perdão você jamais terá, Taléfica. Jamais. 

 

Taléfica chora: O Clécio foi preso, estou sozinha e amargurada agora…Tô pagando por cada pecado que cometi, acreditem. E a solidão é o pior castigo já inventado… 

 

Marinez não tem pena. 

 

Mansão de José do Gado/ Dia. 

 

Conceição limpa o chão, seu filho Guido, que sofre de paralisia cerebral, está sentado na mesa tentando desenhar. 

 

José chega, irritado: CONCEIÇÃO, PRECISO FALAR CONTIGO! 

 

Guido se assusta. 

 

Conceição vai até o patrão: Por favor não grite, senhor José, o Guido é sensível e pode se assustar facilmente… 

 

José ignora: Quem mandou trazer esse inútil pra cá? Arque com as consequências, a casa é minha e posso gritar o quanto quiser!- Ele respira fundo- Foi você quem tirou as roupas daquelas duas ingratas dos armários? 

 

Conceição afirma: Sim, a dona Mari pediu pra eu tirar todos os pertences dela e da Aurora e levar pro lugar onde elas estão morando… 

 

José a pega pelo braço: MAS VOCÊ NÃO DEVE OBEDIÊNCIA A “ DONA MARI”, EU SOU O SEU PATRÃO! MAIS UM ERRO GROTESCO DESSES E TE DEMITO SEM DÓ E NEM PIEDADE- Exclama. 

 

Ele sai, deixando a empregada muito abatida. Guido percebe a preocupação da mãe e corre para lhe abraçar. 

 

Conceição, aflita: Tenho que sair daqui… 

 

José volta para pegar a carteira e a chave do carro: Para de pensar na vida e vai trabalhar! Outra coisa que não gosto é de gente lerda, se quiser continuar trabalhando aqui vai ter que seguir as minhas severas regras à risca!- Ele sai, espraguejando. 

 

Casa de Noronha/ Ainda de Dia. 

 

Ema, Bruno e Anna estão no jardim, a polícia continua parada no portão. 

 

Anna, radiante: É minha chance de denunciar o Noronha por o que ele está fazendo…- Ela vai andando, quando Ema a impede. 

 

Ema sussurra: Não entregue o Noronha, pense bem! As consequências serão piores depois, o desejo de vingança dele vai aumentar, e se o seu filho perder a cabeça…Uma tragédia pode acontecer com o Éssio. 

 

Anna, irritada: Esse sofrimento tem que acabar! Vou contar tudo pra polícia, vou pedir abrigo e segurança, e nunca mais o Noronha vai me incomodar! 

 

Ema suspira: Vá em frente…Mas eu te avisei das condições que esse ato terá! 

 

Anna para no meio do caminho: Isso não é justo…- Ela dá meia volta e entra novamente na casa. 

 

Ema vai até o portão: Pois não, o que desejam? 

 

Mafalda tira os óculos: Necessitamos falar com Noronha Dávila, fale a ele que é sobre a morte de Chico Branco. 

 

Ema avisa: Ah mas o senhor Dávila não se encontra no momento, ele saiu. 

 

Mafalda: Droga! Mas avise a ele que precisamos falar urgentemente, dê meu cartão e diga pra seu patrão nos procurar o mais rápido possível! Obrigado e boa tarde- Ela, Adams e Wagner saem. 

 

Ema suspira aliviada: Por pouco não acontece uma tragédia nessa casa… 

 

Apartamento de Marinez/ Dia. 

 

Marinez chora, encostada na parede: Ela destruiu a minha vida Aurora…Os efeitos da loucura do José são horríveis! Sei disso porque certa vez fomos pra Cuiabá e ele perdeu os remédios, nem queira saber o quão desastrosa foi a viagem! 

 

Aurora a consola: Vamos falar com o papai e resolver isso, ele vai nos ouvir e nos entender porque mesmo com essa insanidade, o lado humano dele ainda está vivo em algum lugar! Temos que fazer isso o mais rápido possível antes que tudo piore! 

 

A campainha toca. 

 

Marinez, enraivada: Se for aquela mulher de novo eu não vou aguentar…Me deu vontade de dar umas bofetadas na cara da Taléfica pra ver se ela aprendia a agir como gente! O arrependimento dela não me convenceu. 

 

Aurora abre a porta, mas dessa vez é Noronha. 

 

Noronha sorridente, lhe mostra um buquê: Vim te visitar, e te fazer uma proposta também- Eles se beijam. 

 

Marinez escorre as lágrimas: Noronha? Mas o quê… 

 

Aurora explica: Eu ainda ia te contar tudo mãe, é que Noronha e eu nos unimos novamente. 

 

Noronha, animado: E dessa vez não há crime pra separar a gente, vamos ser muito felizes, inclusive eu já sei da gravidez da Aurora e estou disposto a assumir esse filho! 

 

Marinez sorri: Confesso que estou surpresa mas muito feliz pela união dos dois…Mas você não é casado, Noronha? 

 

Noronha nega: Separado. Eu e Jasmine já não temos nenhum laço amoroso, apenas o Caio, e foi tudo muito “pacificamente”, e falar desse assunto foi bom pois ele me leva a proposta que vim fazer. 

 

Aurora: Que proposta é essa? Fiquei até curiosa! 

 

Noronha: Queria que você e sua mãe fossem morar na minha mansão-Diz, sorrindo.

 

Aurora e Marinez ficam sem reação. 

 

Aurora: Nossa…Eu nem sei o que falar… 

 

Noronha pigarreia: Calma, essa não é uma decisão de se tomar da noite pro dia, é um convite meu e ficarei feliz se aceitarem, porque pelo visto aqui nesse apartamento ainda tá tudo muito no começo…Mas pode pensar com calma. 

 

Aurora, feliz: Eu vou pensar, avaliar, conversar com a mamãe a respeito e em breve te dou resposta, prometo. 

 

Noronha: Ótimo!- Ele a beija. 

 


 

Casa de Noronha/ Perto do meio-dia. 

 

Anna passa o pano na sala: Meu filho…Preciso falar com ele…- Diz, melancólica. 

 

Ema aparece: A polícia foi embora, por pouco você não provoca uma tragédia! 

 

Anna a olha, friamente: Se a situação continuar assim por muito tempo…Eu não vou pensar duas vezes antes de cometer um crime aqui. 

 

Ema, assombrada: Cruzes!!- Ela sai. 

 

Caio entra com sua bola, estava todo sujo: TIA EMA, TIA EMA! 

 

Anna se estressa: Para de gritar, moleque, aqui ninguém é surdo. 

 

Caio abaixa a cabeça: Desculpa…- Ele sai andando e acaba sujando o piso da casa de terra. 

 

Anna perde a cabeça: SEU IMBECIL, VIU O QUE ACABOU DE FAZER? ALÉM DE EU TRABALHAR COMO UMA BURRA DE CARGA, AINDA PRECISO FICAR LIMPANDO MIL VEZES A MESMA COISA PORQUE UM IDIOTA SEM ATENÇÃO SUJOU TUDO DE NOVO! 

 

Caio se assusta: Desculpa, vó Anna, eu esqueci de tirar os tênis e… 

 

Anna grita: Desculpa uma ova! Você fez isso de propósito e ainda tem o cinismo de me chamar de “vó”? Moleque infeliz, pelo visto seus pais não lhe educaram mesmo! 

 

Caio faz bico: Para de gritar comig..- Mas antes de concluir a frase, leva uma bofetada da avó. 

 

Anna lhe bate: E isso é pra aprender a prestar atenção nas coisas! Você merece uma surra por ser tão mimado assim. 

 

Caio tenta se defender: Socorro…Para! 

 

Bruno chega: O que tá acontecendo aqui? 

 

Noronha também surge, mas pela porta da frente: Eu é que pergunto, o que tá acontecendo aqui? 

 

Anna fica sem reação. 

 

Termina o capítulo 64. 

Victor Morais

Escrevi as webs novelas Beira-Mar e Filho Amado que foram publicadas no portal. Atualmente escrevo " Ser Humano", que se passa nos anos 80 e trata da relação complicada entre mãe e filha. Drama, emoções, cotidiano, conflitos familiares...Esse é o meu estilo.

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