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Filho Amado

Capítulo 48 – Filho Amado

Filho Amado.

 

Capítulo 48.

 


 

Sorveteria Varzeônica/ Janeiro de 1989…

 

O sol está mais quente do que nunca, o verão daquele ano era um dos mais calorosos que já tinha se dado notícia.

 

Giacomo limpa o balcão, a sorveteria está cheia.

 

De repente Noronha e o pai chegam, muito felizes.

 

Giacomo, contente: Achei que vocês não iam vir hoje no meu último dia na cidade…

 

Bento e Noronha se sentam em uma mesa.

 

Bento, triste: Eu ainda não consigo me conformar que você vai pra Cuiabá, seu sorvete era o melhor da cidade, Giacomo, e agora onde vamos tomar um tão bom quanto?

 

Giacomo ri: Quem sabe um dia eu volte, Bento, preciso ir pra capital por causa da minha mãe que tá precisando de ajuda lá, mas a gente nunca sabe o que a vida reserva…

 

Noronha, animado: Pra compensar eu vou pedir uns 20 sorvetes hoje!

 

Bento ri: Vamos com calma ou eu vou a falência- Ele  se dirige a Giacomo- Você sabe quais são os nossos sabores favoritos…

 

Giacomo, emocionado: Nunca vou esquecer!- Ele vai até o freezer- De limão para o Noronhinha e pro Bento de Abacaxi- Ele dá os picolés- Licença que tem uma cliente me chamando ali, volto já…

 

Noronha abre rapidamente seu sorvete: Vou comer devagar porque é nossa última vez aqui, pai…-Ele lambe um pouco- Esse era um dos meus lugares favoritos na cidade, principalmente porque eu sempre venho com você…

 

Bento, feliz: Também gosto muito de vir aqui…

 

Noronha: Eu só tenho boas lembranças aqui, nossas conversa sobre futebol, sobre a novela, eu sabia que a Leila tinha matado a Odete Roitman, ganhei até um picolé numa aposta- Ele fica triste- Pena que tudo isso vai acabar, daqui pra frente meus dias vão ser mais tristes do que o normal…

 

Bento suspira: Sei que você e sua mãe andam brigando muito, mas enquanto eu estiver naquela casa não vou deixar ela te bater…

 

Noronha, melancólico: Não adianta, você falou que o Éssio ia mudar mas ele continua o mesmo, ele me provoca, faz as coisas erradas e a culpa sempre recai sobre mim…Cansei da minha vida…

 

Bento: Infelizmente sua mãe não vai mudar, mas quando você crescer vai se tornar um grande homem, e eu sei que vou estar vivo pra ver isso- Ele pega na mão do filho- E se eu não estiver presente, pode ter certeza que te darei forças de onde estiver…

 

Noronha tira seu sorvete: Pai, eu vou ser uma grande pessoa, pode anotar isso, e vou fazer de esfregar isso na cara da mamãe!

 

Bento termina de comer seu picolé: Esfregar não adianta nada, só faça questão de vencer na vida filho, e saiba que vou te apoiar em todas as suas decisões! Em tudo…- Ele se vira para Giacomo- Traz mais um de cada sabor, vamos aproveitar esse último dia!

 

Noronha olha fixamente pro pai: Eu te amo, não quero te perder nunca…

 

Nunca…

 

Nunca…

 

Volta para 2014…

 

Noronha anda apressado pelos corredores do IML, ele não consegue pensar em nada apenas nas lembranças que teve com o pai, trêmulo, procura pelo corpo de Bento, seguido por Bruno e Jasmine.

 

Ele consegue achar o quarto, e entra, vagarosamente.

 

Noronha olha fixamente para o corpo do pai, estirado em uma cama: Não…Não é possível!

 

FLASHBACK…

 

Noronha começa a chorar: Pai…Eu não sei o que me deu…O Éssio…Ele arruinou minha vida hoje, ele e a mamãe, eles me fizeram sentir uma coisa horrível, uma angustia, eu fui humilhado pai, e dessa vez na frente de tanta gente…Eu não quero mais viver…

 

Bento o abraça: Eu posso imaginar como você se sente, filho, mas essa situação vai mudar, eu te juro, chega dessas humilhações, a partir de agora você e o Éssio serão igualmente tratados.

 

Noronha, sincero: A mamãe me odeia, pai, ME ODEIA! Eu quero ir embora daqui, pra outro lugar e bem distante…Me ajuda…Me ajuda- Ele deita a cabeça sobre o pai.

 

Bento, preocupado: Eu vou te ajudar, Noronha, eu prometo, prometo filho…”

 

Fim do flashback.

 

Noronha se ajoelha diante do corpo de Bento: Isso não podia acontecer, pai, você não pode me abandonar sem me ver triunfar… Eu falei que ia esfregar tudo na cara da Anna e do Éssio, e você tinha que estar presente porque você é a única pessoa que eu considero da minha família- Ele se aproxima e vê o rosto do pai frio por não ter mais o sangue circulando, e acaba se emocionando instintivamente.

 

Jasmine se aproxima, muito triste: Noronha…

 

Noronha, irritado: Me deixa Jasmine, me deixa aqui com meu pai, eu não posso deixar que levem ele!

 

Os enfermeiros se aproximam: Agora que o corpo foi reconhecido vamos providenciar o velório.

 

Noronha arregala os olhos: NÃO! EU NÃO VOU DEIXAR QUE LEVEM O MEU PAI PRA LONGE DE MIM, ELE NÃO MERECE NADA DISSO!- Ele impede que os enfermeiros passem pra pegar o corpo.

 

Um dos enfermeiros se aborrece: Não atrapalhe o nosso serviço!

 

Noronha, chorando: Não atrapalhe você a minha vida, você não sabe o que esse homem significa pra mim? Ele foi o meu herói, o único que me defendia lá em casa, o único que sempre me apoiou em tudo, não posso deixar que isso acabe agora, não antes de eu fazer justiça por ele, porque meu pai, meu pobre pai também sofreu muito nas mãos daquela mulher e ele não mereceu, tudo que ele tinha que receber era a glória e o triunfo! Não se aproximem…

 

Bruno o puxa: Noronha nós sabemos o que o Bento significava pra você, eu também gostava muito dele mas…Aconteceu…

 

Os enfermeiros cobrem Bento com um pano preto.

 

Noronha surta: NÃO! NÃO, PAI! PAI! NÃO FAÇAM ISSO COM ELE, EU ORDENO, DEIXEM O MEU PAI EM PAZ, DEIXEM ELE…

 

Jasmine tenta conte-lo mas não sabe o que fazer.

 

Os enfermeiros empurram a maca para outro lugar, e Bruno puxa o amigo para trás, a fim de não deixar que ele faça alguma loucura.

 

Noronha, desesperado: NÃO LEVEM O MEU PAI- Ele puxa Bruno pelo colarinho- FOI ELA BRUNO, FOI ELA SÓ PODE TER SIDO…

 

Bruno, assustado: Ela quem?

 

Noronha, louco: A MINHA MÃE, ELA MATOU MEU PAI…- Ele vê a imagem de Bento em sua memória.

 

Bento: Eu te amo, filho…

 

E de repente desmaia, sendo segurado pelo amigo.

 

Jasmine: Eu estou barbarizada, nunca tinha visto o Noronha tão descontrolado como agora…Ele sempre tinha me falado muito bem do pai, era um sentimento muito verdadeiro.

 

Bruno pega Noronha desmaiado e coloca em uma cadeira: Pobre Bento- Ele começa a chorar- Ele sempre me pagava pastéis e sorvetes, era um homem muito bondoso, não merecia ser casado com a Anna.

 

Jasmine: Eu estou arrepiada…Tinha visto o Bento hoje mesmo, ele estava muito apressado pra falar com o Noronha e…Meu Deus…Eu tô me lembrando do que ele falou…

 

Bruno, assustado: O que ele foi Jasmine?

 

FLASHBACK…

 

Jasmine, horrorizada: Bento, o que foi isso? Um acidente no carro?

 

Bento, ainda lento: Foi…Foi ela…

 

Josélia, preocupada: Ela quem?

 

Bento, ofegante: A Anna, ela tentou me matar!

 

FIM DO FLASHBACK.

 

Jasmine, apavorada: O Bento falou hoje mais cedo que a Anna tinha tentado matar ele…Será que ela fez isso, Bruno? A mãe do Noronha teria sido capaz de tamanho ato?

 

Bruno olha com expressão preocupada, Noronha continua desmaiado.

 

Casa dos Dávila…

 

Anna chega como se nada tivesse acontecido, Éssio está na sala assistindo TV.

 

Éssio se levanta ao ve-la: Nossa, mãe onde você tava esse tempo todo? A Jurema me contou que você e o papai brigaram, fiquei preocupado…

 

Anna disfarça: Brigamos sim, mas não foi nada sério, você sabe como a Jurema é exagerada…Seu pai é um ingrato, mas isso não vem ao caso agora…Ele já chegou?- Diz cinicamente.

 

Éssio, atordoado: Não, eu fiquei esperando vocês pra gente jantar junto, mas nenhum dos dois chegou e eu acabei comendo sozinho…Poxa, não posso ficar preocupado agora, amanhã são as eleições e tenho que estar cheio de energia!

 

Anna explica: Desculpa pela demora, eu fui pra igreja rezar e acabei indo me confessar com o padre, depois ficamos conversando.

 

Éssio boceja: Vou dormir, amanhã o dia vai ser longo, mas confesso que tô preocupado com o papai, ele nunca demorou tanto assim, será que ele ficou na lavoura?

 

Anna, rancorosa: Depois que ele fez uma cachorrada de brigar comigo na frente dos vizinhos sem motivo não devia aparecer em casa por um bom tempo, mas se bem conheço seu pai, ele chega já com a cara lavada, se não chegar bêbado o que é mais provável…-Ela tenta esconder o riso- Vai dormir, Éssinho, eu vou ver se como alguma coisa e depois tomarei banho pra poder repousar.

 

Éssio desliga a tv: Amanhã vai ser meu grande dia, mãe, até lá- Ele beija Anna e vai saindo, quando alguém bate desesperadamente na porta.

 

Anna, cínica: Mas quem é o mal educado que tá fazendo barulho a essa hora da noite? Até parece que alguém morreu!

 

Éssio, já sonolento: Deixa que eu abro, mãe, deve ser a Jurema querendo saber se você já chegou, porque ela tava desesperada também e…-Ele abre, é Helder- Nossa, Helder? Tá fazendo o quê por aqui?

 

Helder, sério: Não trago boas notícias pra vocês…

 

Anna, falsa: As eleições foram canceladas?

 

Helder pigarreia: É algo mais sério…O Bento foi achado morto perto da prefeitura.

 

Éssio fica horrorizado, e Anna finge o mesmo.

 

Éssio, surpreso: Mas como? Como isso aconteceu, Helder?

 

Helder suspira: Não sabemos nada…Mas o Noronha já foi reconhece-lo no IML e o velório foi providenciado, vai começar no cemitério Varzeônico daqui a pouco…

 

Éssio, desesperado: Não é possível…Ninguém nos avisou nada até agora, estávamos sem informações e você chega dizendo que meu pai foi morto? Que tipo de brincadeira é essa?

 

Anna coloca a mão no coração: Helder, diz que é mentira, DIZ! AH MEU DEUS, MEU MARIDO QUE EU TANTO AMAVA NÃO PODE TER ME DEIXADO ASSIM DE REPENTE! AI, AI QUE DOR NO CORAÇÃO- Ela finge que irá cair mas Éssio a segura.

 

Éssio, lacrimejando: Calma mãe…

 

Anna, teatralmente: CALMA? MEU COMPANHEIRO DE ANOS NÃO ESTÁ MAIS ENTRE NÓS E VOCÊ QUER CALMA? SÓ DEUS SABE O QUE ESTOU SENTINDO…-Ela finge chorar copiosamente- QUE NOTÍCIA HORRENDA!

 

Helder, tristonho: Meus pêsames, nós todos ainda estamos em choque, o Noronha coitado está sofrendo muito pois amava o pai de uma maneira irredutível…

 

Éssio se ofende: Eu amava meu pai tanto quanto o Noronha, mais do que ele inclusive, por que ao contrário de meu irmão eu nunca abandonei minha família…

 

Helder, calmo: Não vamos puxar o assunto pra outro lado, vão se arrumar pro enterro, eu fico esperando vocês no carro, sei que ainda é tudo muito de repente mas temos que reunir forças pra tentar encarar a situação..

 

Anna enxuga suas lágrimas: Eu…Eu não sei se vou ter forças de encarar esse enterro, foi tudo muito rápido, não estou preparada pra isso, o Bento nunca fez nada de errado, era um bom homem, quem fez isso com meu marido tem que pagar muito caro por ferir um corpo inocente como o dele!

 

Éssio a orienta: Mãe, põe um casaco, vamos ver o papai, ou então começam o velório sem a gente…

 

Anna se levanta: Eu vou filho, só um instante que já volto e poderemos ir- Ela sai, soluçando.

 

Éssio coloca as mãos sobre a cabeça: Isso não podia ter acontecido, meu Deus…Justo agora perto das eleições…-Ele recomeça o choro.

 

Anna fecha a porta do quarto, e começa a rir maléficamente.

 

Anna se olha no espelho de sua penteadeira: Ai, meu Deus, cadê meu Emmy? Atuei perfeitamente, como aquelas atrizes de novelas das 9- Ela olha para uma foto da família- O Bento não devia ter mexido comigo, eu nem pretendia matar ele, mas o diabo insistiu na história do meu passado e foi nisso que deu, qualquer outro que faça isso vai ter o mesmo fim!- Ela penteia seu cabelo- Vou ter que atuar ainda melhor no velório, vai começar a chegar o bando de bobão chorando por ele e não posso rir lá, mas tudo bem, eu dou um jeito…Me jogo no caixão pra demonstrar o quanto amava meu maridinho…Ela pega a foto- Não é mesmo, Bentinho?

 

No velório…

 

Anna e Éssio ficam perto do corpo que está todo coberto por algodões, outros parentes começam a se aproximar, velas são colocadas perto do defunto…

 

Éssio pega na mão do pai, emocionado: Amanhã eu vou me tornar vice-prefeito, e dedicarei tudo a você!

 

Outros parentes começam a chegar, como Lara e Alminha.

 

Alminha entra em estado de choque: Então é verdade! Mataram meu irmão- Ela começa um choro estrondoso- Meu Deus, quem foi capaz disso…- A vidente acaba tendo um arrepio- Tô sentindo uma energia muito malvada aqui- Ela olha pra Anna, e acaba tendo uma dor de cabeça.

 

Lara se aproxima de Éssio: Eu sinto muito…

 

Logo o lugar se enche, Bravejo aparece e aparenta seriedade.

 

Bravejo aproveita o clima e resolve discursar: Meus queridos, eu gostaria de dizer que Bento e a família Dávila sempre me foram muito prestativos, e sempre apoiaram minha campanha, especialmente ele, que era um homem generoso, não sei quem foi capaz de tamanho ato contra sua pessoa, mas isso será investigado e punido, eu garanto! E o assassino será preso!- Ele recebe aplausos da população, e olha disfarçadamente para Anna Maria- Ele cola um selo com seu nome na camisa do morto – Isso é pra provar que Bento votaria em mim amanhã, que descanse em paz nosso amigo, minhas condolências para a família Dávila.

 

Em frente ao estacionamento, o helicóptero de Noronha pousa com todos lá dentro. O clima é de silêncio.

 

Noronha, que estava cabisbaixo, ergue-se.

 

Jasmine abre a porta do helicóptero e todos saem quietos.

 

Jasmine, triste: Noronha, você vai ter que ser forte…

 

Noronha a interrompe: Não se preocupe Jasmine, eu fiquei muito alterado quando recebi a notícia do Bruno, mas agora pensei muito seriamente e cheguei a uma conclusão…Foi minha mãe, ela é a culpada desse assassinato!

 

Josélia, cautelosa: Nós ainda não temos provas de nada, é certo que ela é suspeita mas temos que provar antes de sair acusando…

 

Noronha, frio: Só eu sei do que ela é capaz…Tenho certeza que minha mãe cometeu esse crime, mas agora não tem perdão, depois que eu ganhar essas eleições ela vai comer na minha mão- Uma lágrima sai do seu rosto- Vamos…- Eles seguem até o cemitério.

 

Lá dentro, Anna percebe que Noronha que chegou e volta para perto do caixão, e começa a alisar o rosto de Bento propositalmente: Meu pobre marido sofreu muito, principalmente com os filhos…

 

Noronha começa a se irritar: Falsa, cínica, como ela consegue dizer isso sem remorso?- Fala para si mesmo.

 

Jasmine pega em sua mão: Calma, Noronha, não vá ter nenhuma reação explosiva aqui, por enquanto tudo é apenas uma suspeita…

 

Anna continua se lamentando: Bento, ó meu querido esposo não se vá…

 

Alminha sente um tremor interno, as velas que acercam o corpo do lavoureiro começam a tremer.

 

Noronha não suporta, ele se solta de Jasmine e pega a mãe com toda a força possível: Assassina infeliz, falsa e cínica, monstra é o que você é, capaz de matar o próprio marido!

 

As pessoas se impressionam com a frase dita pelo filho mais velho de Anna.

 

Ela se defende: Noronha, eu sei que é doloroso pra todos nós mas eu não tenho culpa de nada, sou apenas uma esposa fragilizada aqui, demonstrando os meus reais sentimentos por meu marido, você devia se arrepender porque abandonou seu pai e ainda roubou o carro dele!- Provoca.

 

Noronha cospe nela: Sua falsa, o papai nunca foi feliz com você, ele nunca mereceu um ser tão nojento e monstruoso como você, tenho certeza, VOCÊ MATOU ELE!

 

Anna começa um choro falso: Não fiz nada, por que você insiste em me culpar? O Bento era meu esposo e eu…Eu o amava…

 

Éssio intervém: Noronha, larga ela, você não pode descontar sua raiva pela morte do papai nos outros, seja sensato como eu, e aceite.

 

Noronha, furioso: ACEITAR O QUÊ? ELA É UMA ASSASSINA, ELA MATOU MEU PAI!- Noronha joga a mãe com toda força e ela vai parar na parede- EU VOU ACABAR COM VOCÊ!

 


 

Termina o capítulo 48.

Victor Morais

Escrevi as webs novelas Beira-Mar e Filho Amado que foram publicadas no portal. Atualmente escrevo " Ser Humano", que se passa nos anos 80 e trata da relação complicada entre mãe e filha. Drama, emoções, cotidiano, conflitos familiares...Esse é o meu estilo.

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