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Rastros do Passado

Capítulo 3 – Rastros do passado

Capitulo 3.

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1.

Thiago desamarra Lucas e o arrasta pra fora do quarto. Thiago no alto da escada.

Thiago: Agora eu tenho que descer essa escada com você. Qual o jeito mais fácil?

Thiago joga Lucas da escada que desce rolando e cai no chão da sala.

Thiago: Espero que não tenha morrido porque eu preciso de você ainda.

Thiago desce a escada, segura Lucas pelo braço e o arrasta pela casa, o leva pra cozinha e o passa numa porta em direção à despensa, Thiago solta Lucas, tira o tapete do chão e abre a porta no chão para o porão.

Cena 2.

No porão.

Lucas acorda amarrado na cadeira.

Lucas: Ai minha cabeça. Que dor na minha perna é essa? Que lugar é esse?

Thiago sentado na mesa.

Thiago: Ate que enfim você acordou achei que estava morto.

Lucas: É o que você queria.

Thiago: Claro que não, eu preciso de você ainda.

Lucas: Minha perna ta doendo.

Thiago olha pra perna esquerda de Lucas.

Thiago: Ta feia a situação da sua perna mesmo. Acho que quebrou quando você caiu da escada.

Lucas: Você me jogou da escada?

Thiago: Tanto faz. Agora grava aqui uma despedida pra Ana.

Lucas: O que?

Thiago: Isso mesmo. Você vai gravar uma despida pra ela, eu vou fazer com que ela acredite que você a abandonou.

Lucas: Ela nunca vai acreditando isso.

Thiago: Quanto a isso você não precisa se preocupar, eu a faço acreditar.

Lucas: Eu não vou fazer isso.

Thiago: Você vai gravar sim. Eu vou te fazer gravar.

Lucas: Eu posso estar amarrado, mas ainda dou conto de você.

Thiago: É mesmo?

Thiago vai ate Lucas e pisa em cima o canela da perna quebrada.

Lucas grita de dor: AAAAAAAAAAAAAAAA,

Thiago: Dói não é?

Lucas: Você é louco.

Thiago: Você não viu nada ainda. Agora você vai fazer essa maldita gravação, esta me ouvindo?

Thiago chuta a perna quebrada de Lucas duas vezes.

Lucas: Aiai, para com isso.

Thiago: Eu posso continuar assim ate amanha, e você aguenta?

Lucas: Psicopata. Você não vai sair dessa.

Thiago: Bla bla bla, vamos gravar agora?

Cena 3.

Na sala.

Thiago chega à sala e abre a porta, Ana e Joice entram,

Ana: Você viu o Lucas?

Thiago: Ola, boa tarde pra você também.

Ana: Desculpe, eu to preocupada.

Thiago: Eu to percebendo. O que aconteceu?

Joice: O Lucas, o namorado da Ana.

Thiago: Eu sei quem é ele. O que aconteceu?

Ana: Ele sumiu Thiago, sumiu. Ele sai pra correr, ele sempre faz isso, ele corre de manha, mas ele saiu e não voltou. Ele sumiu.

Thiago: Sumiu? Como assim? Liga pra ele.

Ana: Você acha que eu não liguei, mas não chama parece desativado, não sei.

Joice: Você não o viu não?

Thiago: Não Joice, eu só vi ele lá na sua casa.

Ana: Meu Deus eu não sei mais o que fazer aonde ir.

Thiago: Calma, Você o procurou sei lá na casa de um amigo, de alguém?

Ana: Que amigo? O Lucas nunca tinha vindo aqui, ele não tem amigo aqui. Ele não conhece ninguém.

Thiago: Então ele ta perdido.

Joice: Ana calma.

Thiago: Vamos procurar ele, eu vou te ajudar.

Ana, Thiago e Joice saem de casa, Thiago tranca a porta e sai.

Cena 3.

No carro.

Joice dirigindo, Ana no carona e Thiago atrás.

Ana: Eu não estou aguento mais, me leva na delegacia mãe.

Thiago: O que você vai fazer?

Ana: Vou dar queixa. O Lucas ta desaparecido e eles tem que fazer alguma coisa.

Thiago: Tem que esperar no mínimo 48 horas pra que a policia possa fazer alguma coisa.

Ana: O que vocês querem que eu faça? Meu namorado está desaparecido desde cedo, já esta anoitecendo, alguma coisa aconteceu.

Thiago: Já passou a ideia de que ele foi embora. Que ele fugiu?

Ana: Eu vou fingir que eu não escutei isso.

Thiago: Eu só estou dizendo o que eu acho.

Ana: Mas ninguém quer saber o que você acha.

Joice: Ana.

Ana: Ana não mãe. Meu namorado esta desaparecido, eu estou aqui super preocupada e ele vem falar que meu namorado fugiu.

Thiago: Eu fiz uma suposição, não afirmei nada. Mas ninguém some assim do nada, de repente.

Ana: E é por isso que nos estamos aqui.

Thiago: Quer saber Ana? Pra mim chega. Por favor, encosta o carro, eu vou pra casa.

Joice: Eu te levo lá.

Thiago: Não precisa. Eu vou a pé.

Joice encosta o carro, Thiago sai e fecha a porta, Vai ate a janela de Ana.

Thiago: Boa sorte nessa sua procura, por alguém fugiu.

Thiago sai andando.

Cena 4.

Na casa de Ana.

Paulo abre a porta e Thiago entra.

Paulo: Não é uma boa hora Thiago, a Ana nem esta aqui em casa também.

Thiago: Eu sei que ela não esta, eu estava com ela e a Joice. Eu vim pra falar com o senhor.

Paulo: Comigo?

Thiago: É. Sobre o Lucas. Eu estava ajudando a Ana a procura-lo. Eu sei que eu não devia estar falando isso com o senhor ele é o namorado da sua filha, mas eu gosto e respeito demais a Ana pra deixar essas coisas acontecerem.

Paulo: Do que você esta falando?

Thiago: O Lucas sumiu do nada. Quando o senhor já ouviu falar em desaparecimentos aqui na nossa cidade? Nunca teve. Agora vem um palyboyzinho da cidade grande e some do nada. Pra mim, desculpe a franqueza ele foi embora.

Paulo: Não, essa hipótese é absurda.

Thiago: A Ana também acha, mas ela esta apaixonada. É compreensível ela pensar assim, mas o senhor é esperto sabe que não tem nada de absurdo. Ninguém se perde numa cidade pacata e monótona igual a nossa. Se ele quisesse mesmo voltar aqui ela já teria voltado.

Paulo: Eu sei que na lógica você esta certo, se tivesse acontecido alguma coisa com o Lucas na rua, alguém já teria vindo comunicar, tinha muita gente na festa da Ana, e todo mundo se conhece aqui.

Thiago: Mas então?

Paulo: É o homem que minha filha ama, eu tenho que acreditar que ele não faria isso, pra poder ajudar ela.

Thiago: Ok. A Ana quer se enganar, eu não poso fazer mais nada, mas o senhor tapar os olhos para o obvio não esta ajudando ninguém. Se eu fosse o senhor, conversava com a Ana e tentava mostrar a verdade pra ela.

Paulo: Eu ainda tenho esperança.

Thiago: O senhor quem sabe.

Thiago sai da casa.

Cena 5./(MANHÃ)

Na mesa do café.

Joice e Paulo tomam café da manhã, Ana chega à cozinha e senta a mesa.

Joice: Esta melhor filha?

Ana: Não, nem dormi direito.

Paulo: Ele não deu noticias?

Ana: Nenhuma, eu tentei ligar para o celular dele, mas não adianta.

Paulo: Esta historia esta muito estranha.

Joice: Toma um café.

Ana: Eu estou sem fome.

Joice: Você já pensou no que o Thiago disse. Pode ter um fundo de verdade?

Ana: Eu não pensei e nem vou pensar porque eu tenho certeza que esta historia é impossível de ser verdade, eu vou pra delegacia, eu não vou ficar aqui parada enquanto meu namorado esta desaparecido.

Ana levanta da mesa e sai da cozinha.

Cena 6.

Na garagem.

Ana entra no carro, e coloca a chave na ignição e olha o porta luvas e vê uma foto de Lucas com ela, e pega a foto.

Ana: Meu amor, onde você esta?

Ana coloca a foto no banco do carona.

Ana: Eu vou te achar Lucas.

Cena 7.

Na sala da casa de Ana.

Joice chega à sala e senta no sofá do lado de Pedro.

Joice: O que você acha que aconteceu?

Paulo: Eu não tenho certeza de mais nada.

Joice: É muito estranho esse desaparecimento do Lucas.

Paulo: O Thiago disse a mesma coisa.

Joice: Você esteve com ele?

Paulo: Ele esteve aqui em casa, pouco depois de ajudar você a Ana procurar o Lucas. Ele me disse que tinha certeza que o Lucas tinha fugido.

Joice: Ele disse o mesmo pra mim e a Ana. Será que ele sabe de alguma coisa e não quis contar?

Paulo: Não creio que seja isso, ele me disse apenas o que ele achava e ele não estava errado. Ninguém nunca desapareceu aqui, essa cidade é bem tranquila pra acontecer essas coisas.

Joice: Então você também acha que o Lucas fugiu.

Paulo: Eu espero que não. Pelo bem da nossa filha.

Cena 8.

Na lanchonete.

Ana e Carol conversam em pé na porta.

Carol: Nada mesmo?

Ana: Não, nenhuma notícia.

Carol: Você já tentou ligar pra algum amigo dele em São Paulo?

Ana: Eu liguei pra todos, mas nenhum sabe dele. Pelo menos eu tenho certeza que ele não foi embora, não me abandonou.

Carol: O que você vai fazer agora?

Ana: Vou à delegacia. O delegado vai ter que fazer alguma coisa.

Cena 9.

No porão.

Lucas olha ao seu redor, analisando o porão.

Lucas: Eu tenho que dar um jeito de sair daqui rápido antes que esse louco faça alguma coisa.

Lucas começa a se balançar na cadeira, e se joga no chão. Ao cair, as cordas afrouxam um pouco. Lucas se mexe e tenta se desamarrar. Lucas consegue se soltar das cordas. Lucas tira as cordas do corpo, e tenta se levantar com dificuldade, Lucas sente dor na perna quebrada.

Lucas: Minha perna.

Lucas vai com dificuldade se segurando na parede ate a escada, e tenta subir sem usar a perna quebrada.

Cena 10.

Na delegacia.

Ana entra na sala do delegado.

Ana: Com licença.

Delegado: Oi.

Ana: Desculpa esta invadindo a sua sala assim, mas eu preciso muito da sua ajuda.

Delegado: O que aconteceu?

Ana: Meu namorado ele esta desaparecido, Ele saiu sem deixar pista, eu estou muito preocupada.

Delegado: Calma, seu namorado desapareceu certo?

Ana: Sim.

Delegado: Mas quando foi isso? Como?

Ana: Ele sai pra correr pela manha de ontem e desapareceu, de repente. Não sei te explicar como.

Delegado: Ele teve alguma briga recente? Algum desentendimento? Envolvimento com drogas?

Ana: Não. O Lucas não fazer isso, ele não se envolve com drogas. Ele nem é daqui. Nós somos de São Paulo, viemos passar o fim de semana na casa dos meus pais e ele sumiu.

Delegado: Já ligou para o celular dele? Pra casa em São Paulo?

Ana: Sim e ele sumiu sem deixar rastros. Eu to muito preocupada. O senhor podia parar de me fazer essas perguntas e ir encontrar meu namorado.

Delegado: Mocinha, eu seu qualquer o meu serviço, e eu não posso fazer nada enquanto não der 48 horas.

Ana: Como é?

Delegado: São as leis, só pode ser encaixado em desaparecimentos depois de 48 horas.

Ana: Isso é um absurdo.

O celular de Ana toca, Ana tira o celular da bolsa e olha no visor e lê AMOR.

Ana: É ele.

Ana atende.

Ana: Alô, Lucas, onde você esta? Cadê você Lucas?

Ana ouve Lucas: Eu só liguei pra dizer que eu vim embora. Eu cansei disso. Não é assim que eu quero. Eu percebi que não é você quem eu amo.

Ana: O que?

Ana ouve Lucas: Eu vim embora. Não me procura mais, esquece que eu existo.

O telefone desliga.

Ana: Alô, alô, alô, Lucas?

Delegado: Ele apareceu? Onde ele esta?

Ana: Não estou acreditando nisso.

Delegado: Ele apareceu ou não?

Ana desiludida: Ele fugiu, ele fugiu.

Ana sai correndo da delegacia.

Capitulo 3.

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1.

Thiago desamarra Lucas e o arrasta pra fora do quarto. Thiago no alto da escada.

Thiago: Agora eu tenho que descer essa escada com você. Qual o jeito mais fácil?

Thiago joga Lucas da escada que desce rolando e cai no chão da sala.

Thiago: Espero que não tenha morrido porque eu preciso de você ainda.

Thiago desce a escada, segura Lucas pelo braço e o arrasta pela casa, o leva pra cozinha e o passa numa porta em direção à despensa, Thiago solta Lucas, tira o tapete do chão e abre a porta no chão para o porão.

Cena 2.

No porão.

Lucas acorda amarrado na cadeira.

Lucas: Ai minha cabeça. Que dor na minha perna é essa? Que lugar é esse?

Thiago sentado na mesa.

Thiago: Ate que enfim você acordou achei que estava morto.

Lucas: É o que você queria.

Thiago: Claro que não, eu preciso de você ainda.

Lucas: Minha perna ta doendo.

Thiago olha pra perna esquerda de Lucas.

Thiago: Ta feia a situação da sua perna mesmo. Acho que quebrou quando você caiu da escada.

Lucas: Você me jogou da escada?

Thiago: Tanto faz. Agora grava aqui uma despedida pra Ana.

Lucas: O que?

Thiago: Isso mesmo. Você vai gravar uma despida pra ela, eu vou fazer com que ela acredite que você a abandonou.

Lucas: Ela nunca vai acreditando isso.

Thiago: Quanto a isso você não precisa se preocupar, eu a faço acreditar.

Lucas: Eu não vou fazer isso.

Thiago: Você vai gravar sim. Eu vou te fazer gravar.

Lucas: Eu posso estar amarrado, mas ainda dou conto de você.

Thiago: É mesmo?

Thiago vai ate Lucas e pisa em cima o canela da perna quebrada.

Lucas grita de dor: AAAAAAAAAAAAAAAA,

Thiago: Dói não é?

Lucas: Você é louco.

Thiago: Você não viu nada ainda. Agora você vai fazer essa maldita gravação, esta me ouvindo?

Thiago chuta a perna quebrada de Lucas duas vezes.

Lucas: Aiai, para com isso.

Thiago: Eu posso continuar assim ate amanha, e você aguenta?

Lucas: Psicopata. Você não vai sair dessa.

Thiago: Bla bla bla, vamos gravar agora?

Cena 3.

Na sala.

Thiago chega à sala e abre a porta, Ana e Joice entram,

Ana: Você viu o Lucas?

Thiago: Ola, boa tarde pra você também.

Ana: Desculpe, eu to preocupada.

Thiago: Eu to percebendo. O que aconteceu?

Joice: O Lucas, o namorado da Ana.

Thiago: Eu sei quem é ele. O que aconteceu?

Ana: Ele sumiu Thiago, sumiu. Ele sai pra correr, ele sempre faz isso, ele corre de manha, mas ele saiu e não voltou. Ele sumiu.

Thiago: Sumiu? Como assim? Liga pra ele.

Ana: Você acha que eu não liguei, mas não chama parece desativado, não sei.

Joice: Você não o viu não?

Thiago: Não Joice, eu só vi ele lá na sua casa.

Ana: Meu Deus eu não sei mais o que fazer aonde ir.

Thiago: Calma, Você o procurou sei lá na casa de um amigo, de alguém?

Ana: Que amigo? O Lucas nunca tinha vindo aqui, ele não tem amigo aqui. Ele não conhece ninguém.

Thiago: Então ele ta perdido.

Joice: Ana calma.

Thiago: Vamos procurar ele, eu vou te ajudar.

Ana, Thiago e Joice saem de casa, Thiago tranca a porta e sai.

Cena 3.

No carro.

Joice dirigindo, Ana no carona e Thiago atrás.

Ana: Eu não estou aguento mais, me leva na delegacia mãe.

Thiago: O que você vai fazer?

Ana: Vou dar queixa. O Lucas ta desaparecido e eles tem que fazer alguma coisa.

Thiago: Tem que esperar no mínimo 48 horas pra que a policia possa fazer alguma coisa.

Ana: O que vocês querem que eu faça? Meu namorado está desaparecido desde cedo, já esta anoitecendo, alguma coisa aconteceu.

Thiago: Já passou a ideia de que ele foi embora. Que ele fugiu?

Ana: Eu vou fingir que eu não escutei isso.

Thiago: Eu só estou dizendo o que eu acho.

Ana: Mas ninguém quer saber o que você acha.

Joice: Ana.

Ana: Ana não mãe. Meu namorado esta desaparecido, eu estou aqui super preocupada e ele vem falar que meu namorado fugiu.

Thiago: Eu fiz uma suposição, não afirmei nada. Mas ninguém some assim do nada, de repente.

Ana: E é por isso que nos estamos aqui.

Thiago: Quer saber Ana? Pra mim chega. Por favor, encosta o carro, eu vou pra casa.

Joice: Eu te levo lá.

Thiago: Não precisa. Eu vou a pé.

Joice encosta o carro, Thiago sai e fecha a porta, Vai ate a janela de Ana.

Thiago: Boa sorte nessa sua procura, por alguém fugiu.

Thiago sai andando.

Cena 4.

Na casa de Ana.

Paulo abre a porta e Thiago entra.

Paulo: Não é uma boa hora Thiago, a Ana nem esta aqui em casa também.

Thiago: Eu sei que ela não esta, eu estava com ela e a Joice. Eu vim pra falar com o senhor.

Paulo: Comigo?

Thiago: É. Sobre o Lucas. Eu estava ajudando a Ana a procura-lo. Eu sei que eu não devia estar falando isso com o senhor ele é o namorado da sua filha, mas eu gosto e respeito demais a Ana pra deixar essas coisas acontecerem.

Paulo: Do que você esta falando?

Thiago: O Lucas sumiu do nada. Quando o senhor já ouviu falar em desaparecimentos aqui na nossa cidade? Nunca teve. Agora vem um palyboyzinho da cidade grande e some do nada. Pra mim, desculpe a franqueza ele foi embora.

Paulo: Não, essa hipótese é absurda.

Thiago: A Ana também acha, mas ela esta apaixonada. É compreensível ela pensar assim, mas o senhor é esperto sabe que não tem nada de absurdo. Ninguém se perde numa cidade pacata e monótona igual a nossa. Se ele quisesse mesmo voltar aqui ela já teria voltado.

Paulo: Eu sei que na lógica você esta certo, se tivesse acontecido alguma coisa com o Lucas na rua, alguém já teria vindo comunicar, tinha muita gente na festa da Ana, e todo mundo se conhece aqui.

Thiago: Mas então?

Paulo: É o homem que minha filha ama, eu tenho que acreditar que ele não faria isso, pra poder ajudar ela.

Thiago: Ok. A Ana quer se enganar, eu não poso fazer mais nada, mas o senhor tapar os olhos para o obvio não esta ajudando ninguém. Se eu fosse o senhor, conversava com a Ana e tentava mostrar a verdade pra ela.

Paulo: Eu ainda tenho esperança.

Thiago: O senhor quem sabe.

Thiago sai da casa.

Cena 5./(MANHÃ)

Na mesa do café.

Joice e Paulo tomam café da manhã, Ana chega à cozinha e senta a mesa.

Joice: Esta melhor filha?

Ana: Não, nem dormi direito.

Paulo: Ele não deu noticias?

Ana: Nenhuma, eu tentei ligar para o celular dele, mas não adianta.

Paulo: Esta historia esta muito estranha.

Joice: Toma um café.

Ana: Eu estou sem fome.

Joice: Você já pensou no que o Thiago disse. Pode ter um fundo de verdade?

Ana: Eu não pensei e nem vou pensar porque eu tenho certeza que esta historia é impossível de ser verdade, eu vou pra delegacia, eu não vou ficar aqui parada enquanto meu namorado esta desaparecido.

Ana levanta da mesa e sai da cozinha.

Cena 6.

Na garagem.

Ana entra no carro, e coloca a chave na ignição e olha o porta luvas e vê uma foto de Lucas com ela, e pega a foto.

Ana: Meu amor, onde você esta?

Ana coloca a foto no banco do carona.

Ana: Eu vou te achar Lucas.

Cena 7.

Na sala da casa de Ana.

Joice chega à sala e senta no sofá do lado de Pedro.

Joice: O que você acha que aconteceu?

Paulo: Eu não tenho certeza de mais nada.

Joice: É muito estranho esse desaparecimento do Lucas.

Paulo: O Thiago disse a mesma coisa.

Joice: Você esteve com ele?

Paulo: Ele esteve aqui em casa, pouco depois de ajudar você a Ana procurar o Lucas. Ele me disse que tinha certeza que o Lucas tinha fugido.

Joice: Ele disse o mesmo pra mim e a Ana. Será que ele sabe de alguma coisa e não quis contar?

Paulo: Não creio que seja isso, ele me disse apenas o que ele achava e ele não estava errado. Ninguém nunca desapareceu aqui, essa cidade é bem tranquila pra acontecer essas coisas.

Joice: Então você também acha que o Lucas fugiu.

Paulo: Eu espero que não. Pelo bem da nossa filha.

Cena 8.

Na lanchonete.

Ana e Carol conversam em pé na porta.

Carol: Nada mesmo?

Ana: Não, nenhuma notícia.

Carol: Você já tentou ligar pra algum amigo dele em São Paulo?

Ana: Eu liguei pra todos, mas nenhum sabe dele. Pelo menos eu tenho certeza que ele não foi embora, não me abandonou.

Carol: O que você vai fazer agora?

Ana: Vou à delegacia. O delegado vai ter que fazer alguma coisa.

Cena 9.

No porão.

Lucas olha ao seu redor, analisando o porão.

Lucas: Eu tenho que dar um jeito de sair daqui rápido antes que esse louco faça alguma coisa.

Lucas começa a se balançar na cadeira, e se joga no chão. Ao cair, as cordas afrouxam um pouco. Lucas se mexe e tenta se desamarrar. Lucas consegue se soltar das cordas. Lucas tira as cordas do corpo, e tenta se levantar com dificuldade, Lucas sente dor na perna quebrada.

Lucas: Minha perna.

Lucas vai com dificuldade se segurando na parede ate a escada, e tenta subir sem usar a perna quebrada.

Cena 10.

Na delegacia.

Ana entra na sala do delegado.

Ana: Com licença.

Delegado: Oi.

Ana: Desculpa esta invadindo a sua sala assim, mas eu preciso muito da sua ajuda.

Delegado: O que aconteceu?

Ana: Meu namorado ele esta desaparecido, Ele saiu sem deixar pista, eu estou muito preocupada.

Delegado: Calma, seu namorado desapareceu certo?

Ana: Sim.

Delegado: Mas quando foi isso? Como?

Ana: Ele sai pra correr pela manha de ontem e desapareceu, de repente. Não sei te explicar como.

Delegado: Ele teve alguma briga recente? Algum desentendimento? Envolvimento com drogas?

Ana: Não. O Lucas não fazer isso, ele não se envolve com drogas. Ele nem é daqui. Nós somos de São Paulo, viemos passar o fim de semana na casa dos meus pais e ele sumiu.

Delegado: Já ligou para o celular dele? Pra casa em São Paulo?

Ana: Sim e ele sumiu sem deixar rastros. Eu to muito preocupada. O senhor podia parar de me fazer essas perguntas e ir encontrar meu namorado.

Delegado: Mocinha, eu seu qualquer o meu serviço, e eu não posso fazer nada enquanto não der 48 horas.

Ana: Como é?

Delegado: São as leis, só pode ser encaixado em desaparecimentos depois de 48 horas.

Ana: Isso é um absurdo.

O celular de Ana toca, Ana tira o celular da bolsa e olha no visor e lê AMOR.

Ana: É ele.

Ana atende.

Ana: Alô, Lucas, onde você esta? Cadê você Lucas?

Ana ouve Lucas: Eu só liguei pra dizer que eu vim embora. Eu cansei disso. Não é assim que eu quero. Eu percebi que não é você quem eu amo.

Ana: O que?

Ana ouve Lucas: Eu vim embora. Não me procura mais, esquece que eu existo.

O telefone desliga.

Ana: Alô, alô, alô, Lucas?

Delegado: Ele apareceu? Onde ele esta?

Ana: Não estou acreditando nisso.

Delegado: Ele apareceu ou não?

Ana desiludida: Ele fugiu, ele fugiu.

Ana sai correndo da delegacia.

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