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Formas de Amar

Capítulo 25 – Formas de Amar

                                                                              Capítulo 25.

Cena 1

Na boate.

Paula: O Ricardo. Ele é louco por você. Ele te ama de tal maneira que eu tenho um pouquinho de inveja. Mas só pouquinho. E da pra ver nos seus olhos que você também é louca com ele. Quer um conselho? Procura por ele.

Maria olha pra Paula sem entender.

Maria: Você ta de sacanagem com a minha cara? E vocês dois?

Paula: O Ricardo é um cara fantástico, um gostoso. Mas ele te ama. É ótimo ficar com ele, mas nosso lance não ia render por muito tempo.

Maria: O Ricardo não quer me ver nem pintada de ouro. E eu não o culpo.

Paula: Você quer me contar o que aconteceu?

Maria: Sabe quando sua vida esta ótima? Você esta com um cara bacana, um relacionamento sólido. Eu não tinha duvida nenhuma sobre meu amor pelo Ricardo. Até que de repente sem mais nem menos o Cesar apareceu na minha vida. Eu não pensei que um mal entendido em uma festa ia fazer minha vida virar de cabeça para baixo igual aconteceu.

Paula: Você e o Cesar começaram a se encontrar escondidos?

Maria: Não, isso nunca aconteceu. Se o Ricardo te disse isso, ele está enganado.

Paula: Ele nunca me disse, eu fiz uma suposição.

Maria: O Cesar e eu começamos a nos encontrar sim, mas nada combinado, coincidência da vida ou até mesmo ele forçando esses encontros sem eu perceber. Pra ser muito sincera eu não sei quando ou onde, mas às vezes eu me pegava pensando no Cesar. Quando eu fui perceber eu já estava totalmente envolvida com o Cesar. Ele então se mudou para o mesmo prédio que eu moro e um dia nós ficamos presos no elevador. Eu sou de carne e osso, eu erro. E naquele momento aconteceu um beijo e por ironia do destino o elevador se abriu e o Ricardo estava do lado de fora.

Paula: Não brinca. Que azar.

Maria: Foi um dos piores erros que eu fiz na vida.

Paula: Você estava envolvida com o Cesar, eu entendi isso. Mas e o Ricardo, você não sentia mais nada por ele?

Maria: Eu sempre amei o Ricardo, eu continuo amando o Ricardo. Mesmo não tendo duvida nenhuma do meu sentimento pelo Ricardo as coisas aconteceram. Eu não sei expressar o que eu sentia pelo Cesar, eu sei que foi um sentimento forte inexplicável.

Paula: Gata, ter o coração divido é terrível. Olha que ironia, você tinha dois boys e agora está sem nenhum.

Maria: Como dizem: O mundo da volta. Eu preciso é de mais uma tequila.

Paula: Desce mais duas tequilas aqui.

Cena 2.

 No apartamento de Maria.

Ana no celular.

Ana: Eu não sei se eu devia ir, tem muitas coisas acontecendo. E o Doutor Vitor disse que você deveria descansar.

Jonas na sala da mansão falando ao telefone.

Jonas: Eu já estou bem. Acho que você deveria vim aqui pra confirmar que eu estou bem. Aproveita e janta comigo.

Ana: Espertinho. Mas acho melhor deixarmos pra amanhã.

Jonas: A Cida fez um jantar tão gostoso. Disse também que está com saudades de você.

Ana: Vai usar a Cida pra me fazer ir jantar com você?

Jonas: Só estou dizendo a verdade.

Ana: Esta bem. Eu aceito seu convite. Eu vou me arrumar.

Cena 3.

Na Aromas.

Guto sai da sua sala e vai até a recepção.

Guto: Eu já estou indo pra casa. Qualquer informação você anota pra mim.

Secretaria: Sim senhor. O senhor já foi comunicado do acidente?

Guto: Acidente?

Secretaria: Sim. O Carlos bateu o carro em outro carro que estava entrando no estacionamento. Parece que ele perdeu o freio. Ele está no hospital agora. Não corre risco graças a Deus.

Guto: Ainda bem. O Carlos parece ser um motorista tão consciente, deveria levar o carro dele mais vezes na revisão.

Secretaria: Todos estranharam.

Guto: Eu vou pra casa. Encomende umas flores e mande pra ele no hospital em nome da Aromas.

Secretaria: Sim senhor.

Guto sai da empresa.

Cena 4.

Na mansão dos Bordoni.

Jonas e Ana conversam na sala.

Jonas: Você está linda.

Ana: Obrigada. Você também esta ótimo pra quem acabou de sair do coma esses dias.

Jonas: Renovado, pronta pra outra.

Ana: Deus me livre. Nem brinca com isso. Você disse que a Cida estava com saudades. Quero ver ela.

Jonas: Deve esta na cozinha, preparando a mesa.

Ana: Então vamos la.

Ana e Jonas vão até a sala de jantar e encontram Cida preparando a mesa.

Ana: Cida. Quantas saudades.

Cida: Eu também estava com saudades da senhora.

As duas se abraçam.

Ana: Que mesa linda. Não perde o jeito mesmo.

Cida: Só falta pegar o vinho e já está pronto.

Ana: Vinho?

Jonas: Pra acompanhar a massa. A Cida disse que você adora.

Cena 5.

No quarto de hospital d Carlos.

Carlos deitado na cama, Guto entra no quarto.

Guto: Meu amigo Carlos, o que aconteceu com você? Que acidente horrível.

Carlos: Os freios do carro não funcionaram. Acho que você queria me ver morto, mas não funcionou.

Guto: Não queria não. Não tenho necessidades nenhuma de te matar. Isso foi só um aviso mesmo.

Carlos: Eu já disse que não vou compactuar com o que você fez. Eu vou revelar toda a verdade para a dona Ana.

Guto: Não vai. Sabe por que você não vai? Porque acidentes acontecem. Por exemplo, o seu acidente. Seu carro estava sem freio. Deu pane no sistema de segurança e perdemos todas as filmagens da câmera de segurança do estacionamento. Acidentes… Na vida tem essas coisas. Pode acontecer com qualquer um. Comigo, com você, com suas filhas.

Carlos: Não pense em fazer nada com a minha família.

Guto: Eu não estou fazendo nada. Você é quem está querendo que aconteça algo com elas.

Carlos: Como que você consegue ser tão sangue frio.

Guto: Sem bla bla bla por favor. Vamos acertar as coisas de vez. Você fica na sua e eu fico na minha. Ninguém se mete com ninguém.

Carlos: Está bem, eu vou ficar na minha. Mas se acontecer qualquer coisinha com minhas filhas eu te entrego pra policia.

Cena 6.

Na sala de Cesar.

Cesar deitado no sofá olhando para o horizonte. Laura entra no apartamento e o vê deitado.

Laura: Você está deitado ai desde a hora que eu fui pra ir pro Buffet?

Cesar: Deixa-me aqui quietinho, mãe.

Laura: Deixar você quietinho? Nada disso. Você terminou um namoro não esta morrendo.

Cesar: Eu sinto que eu morri.

Laura senta no sofá do lado de Cesar.

Laura: Terminar namora é assim, mas você vai melhor com o tempo. Você tem que reagir.

Cesar: Eu quero a Ana de volta mãe. Ela não quer nem ouvir minha voz. Eu fui burro. Não devia ter ficado com aquele colar aqui em casa. O que eu faço mãe? Conversa com ela pra mim. Talvez a você ela ouça.

Laura: Eu quero te ver bem filho, te ver de pé. Mas eu não posso falar com ela por você. Foi você junto com aquele marginal do J.P que invadiram o apartamento dela, roubaram. E você ainda foi atrás dela querendo se relacionar com ela.

Cesar: Eu me apaixonei por ela. Naquele assalto mesmo mãe.

Laura: Eu entendo filho, mas foi errado. Eu sempre tentei, eu sempre lutei pra te mostrar o certo e o errado. Sempre fiz de tudo pra te fazer um homem de bem. E você preferiu ir para o lado errado. Roubar, enganar. Eu não estou numa posição muito certa pra vim te cobrar isso porque depois que o J.P invadiu lá em casa eu vim pra cá. Para o apartamento que você conseguiu com dinheiro sujo, mas amanhã mesmo eu estou voltando pra minha casa. Coisa que você também deveria fazer.

Cesar: Eu tenho que ficar aqui perto dela, se não ela nunca vai me perdoar. Ela não vai me perdoar mesmo de qualquer maneira.

Laura: Se você mudar talvez ela te perdoe. Não tem como amar alguém que você perdeu a admiração. Mas se você mostrar pra ela que você é um novo homem. Um homem correto, talvez ela te perdoe. Eu acho que você deveria devolver esse apartamento, ir procurar um emprego, voltar a estudar. Virar homem de verdade.

Cena 7.

Na mansão dos Bordoni.

Jonas e Ana jantam juntos.

Ana: E os exames que o Vitor te pediu?

Jonas: Eu fiz, os resultados ele ia encaminhar para um neurologista amigo dele.

Ana: Que bom. Tenho certeza que não vai dar nada.

Jonas: Obrigado por se preocupar comigo.

Ana: Não precisa agradecer. Eu me importo com você apesar de tudo.

Jonas: Ana, eu sei que você esta muito magoada com o que eu fiz. Eu não me lembro de nada que eu fiz, e até melhor assim porque parecem ser coisas horríveis. Mas eu quero mudar, se eu estou sem memória eu quero aproveitar isso e construir a minhas memórias com você. Coisas boas.

Ana: Eu sei que você esta tentando ter um relacionamento bom comigo. E eu acho que devemos ter mesmo porque temos uma filha juntos. Mas voltar a vida de casal eu acho que é quase impossível. Você perdeu a memória, mas pode voltar a qualquer momento e eu não quero passar tudo de novo, ter as mesmas brigas com você por causa do seu comportamento.

Jonas: Você disse que é quase impossível. Quase não é impossível. Eu sei que eu te amo, e vejo no seu olhar que sobrou um pouco de amor ai dentro. Eu vou te conquistar de novo, vou fazer você confiar em mim. Aquele velho Jonas não existe mais. Eu vou te mostrar isso com o tempo.

Cena 8.

Na balada.

Paula e Maria sentadas à mesa.

Paula: Você falou muito do Ricardo, mas não entendi o porquê você e o Cesar não estão mais juntos.

Maria: Eu descobri que ele é um canalha.

Paula: Todos os homens são. Eu ainda não sei quem é o Cesar, mas ele tem ser muito gostoso pra você ficar divida entre o Ricardo e ele. Porque o Ricardo é muito bom, principalmente na cama. Desculpe falar isso.

Maria: Pior que é verdade. Vou aproveitar que eu estou tonta, o Ricardo é muito bom naquilo.

Paula: E o Cesar?

Maria: Também. Mas é diferente. Mas eu não vou te contar. Sabe o por quê? Porque você vai querer ele também.

Paula: Se ele for gostoso vou querer mesmo.

As duas começam a rir.

Cena 9./ Manhã.

No restaurante D’gust.

Daniel chega ao salão e vê uma mulher de costas.

Daniel: Eu to cheio de coisas pra fazer lá cozinha, tenho que abrir para o almoço. Quem que quer falar comigo?

Isa se vira de frente pra Daniel.

Isa: Eu preciso conversar com você.

Daniel: Você não tem vergonha na cara não.

Isa: Por favor, Daniel me escuta.

Cena 10.

No apartamento de Maria

Maria dorme deitada na cama. Com o som da campainha Maria acorda.

Maria: Que dor de cabeça. Nunca mais eu bebo desse jeito.

Maria ouve a campainha novamente.

Maria: Que inferno de campainha.

Maria levanta e sai do quarto. Na sala Maria caminha indo em direção à porta.

Maria: Cadê minha mãe que não abriu a porta?

Maria abre a porta e vê Cesar. Os dois se encaram.

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