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Homicídios

HOMICÍDIOS – Episódio 6 – ” Judith dos Santos Vaz!!!”

Cena 1 – Praça Ulisses Gurgel – área aberta; exterior/tarde:

Muitos gritaram, outros saíram correndo e alguns ainda, estupefatos, desmaiaram ou ficaram paralisados.

Mais de vinte pessoas corriam até o cemitério, lideradas por Guilherme e Marcelo. Theo ainda meio desolado corria quase por último.

Marcelo: Theo! Corra! Theo!

Theo acelerou e ao passar por muitas pessoas, ouviu reclamações e xingamentos que ele ignorou. Adora essa adrenalina, corrida contra o tempo…Quando chegaram ao cemitério, apenas Marcelo, Luiz e Theo puderam entrar enquanto diversos seguranças tentavam conter a multidão.

Eles se aproximaram do local, e lá estava caído sobre o túmulo de mármore, como se o abraçasse. Theo se aproximou.

Theo: O terceiro crime vem aí! Getúlio, Ulisses e Gustavo! Meu Deus!

Um médico chegou ao local e depois de alguns minutos terminou seu serviço.

Médico: Morreu a duas horas no máximo. Aquele pedaço de tronco de árvore foi o responsável. Possivelmente três golpes! É necessário força, mas uma pessoa de qualquer sexo e idade poderia fazer.

Marcelo: Obrigado doutor. É tudo por hora.

O médico se retirou e Theo analisava o tronco.

Theo: Digitais!

Marcelo: O que?

Theo: Há digitais no tronco! Olhe!

Os dois se olharam muito animados.

27 DE JANEIRO DE 2016 – QUARTA-FEIRA

Cena 2 – Cemitério Nossa Senhora da Conceição – Capela mortuária; interior/manhã:

O caixão preto com detalhes em dourado entrou na capela carregado por seis homens da polícia. A capela, pequena para toda a população, estava cheia e apenas seis cadeiras dentro. Estas ocupadas exatamente pelos seis suspeitos principais: Leonardo, que se mantêm frio e apenas orava; Margareth, que chorava e rezava; Olívia que apenas chorava; Marcelo que olhava fixamente para a cruz; Dona Miranda, que apenas olhava para o caixão e Judith que limpava lágrimas em seu rosto.

Theo (pensando): Difícil ainda mais! Aquela digital tem de sair rápido! Vou para a delegacia.

Theo pede licença a alguns e sai da capela, se dirigindo a porta do cemitério. Margareth o observa de longe.

Margareth (pensando): Meu marido, meu amante, um coveiro que…

Olívia (pensando): Minha arma? Será que foi com minha arma? Onde está minha arma? Sim claro! Só pode…

Dona Miranda (pensando): Três crimes perfeitos e eu aqui como suspeita! Cúmulo! Ao menos que eles…

Marcelo (pensando): Esse Theo sabe de algo que eu não sei! Só se…

Leonardo (pensando): Menos um pra me aporrinhar! E ainda bem que…

Judith (pensando): Desconfiam de mim! Eles desconfiam! Eles sabem…

Cena 3 – Cemitério Nossa Senhora da Conceição – túmulo de Ulisses Gurgel; exterior/manhã:

Marcelo e Theo, logo após saírem do enterro, seguiam para a cena de dois crimes. Marcelo analisava a base de mármore onde Túlio foi encontrado e Theo, agachado, rondava o terreno.

Marcelo: Sangue, cabelo, digitais, tudo de Túlio! Nada! Vamos esperar o resultado das digitais.

Theo escutava o chefe enquanto procurava algo.

Theo: Pois é! As digitais podem revelar muito! Mas na…

Theo parou de falar e sua expressão foi a mais surpresa possível, ele pegou algo do chão e mostrou a Marcelo. Os dois, estupefatos, mal conseguiam falar.

Theo: Mais uma vez, o passaporte de Judith!

Marcelo: Não há dúvidas!

Cena 4 – Banca de Jornal; exterior/tarde:

Muitas pessoas chegavam à banca na esperança de alguma notícia sobre a série de assassinatos, quando Geórgia vinha correndo vinda do cemitério.

Geórgia (pensando): Valeu apena espionar aqueles dois! Judith Dos Santos! A assassina!

Ela parou ofegante me frente à banca.

Geórgia: Atenção! Um comunicado urgente sobre os crimes!

Todos que ali estavam se voltaram para a fofoqueira da cidade.

Geórgia: Está confirmado! A assassina em série é a recém chegada médica Judith Vaz!

Muitos gritos foram ouvidos, entre eles: “Vamos invadir a casa dela e prendê-la!”

Próxima dali, Júlia ouvia tudo e chorava, desesperada corria para a casa de sua patroa para contar sobre tudo!

Cena 5 – Delegacia da Vila Barragens; exterior/tarde:

Em frente à delegacia, Theo, Luiz e Marcelo conversavam enquanto aguardavam a viatura que os levaria até a casa de Judith.

Marcelo: Caso resolvido! Theo, realmente foi um ótimo detetive!

Theo, meio distraído, sorriu para Marcelo e se afastou de Luiz e Marcelo, que já imaginavam as manchetes de jornais e os agradecimentos formais.

Theo: Será que esse caso está mesmo resolvido?

Cena 6 – Casa de Judith – sala; interior/tarde:

Júlia entrou correndo na casa e assustou Judith que lia um livro no sofá. Judith, vendo a cara de aflição da empregada se levantou assustada.

Judith: O que foi Júlia? O que houve?

Júlia: Filhinha! Descobriram! Não sei como, mas sabem que você matou aquelas pessoas! Os moradores estão vindo, a polícia vai te prender!

Judith sentiu o mundo cair em suas costas e apenas observou quando dezenas de

pessoas derrubaram a porta e começaram a xingá-la e agredi-la. Júlia tentava socorrê-la, mas era derrubada.

De repente Marcelo chega dando um tiro no teto, a multidão se dispersa e Luiz manda todos para fora da casa. Policiais carregaram Júlia para seu quarto.

Marcelo: Senhorita Maria Judith dos Santos Vaz, você está presa pelos assassinatos de Ulisses Gurgel, Gustavo Andrade e Getúlio França!

Judith, caída no chão, cheia de arranhões, olha para os três policias assustada.

Cena 7 – Viatura policial – percurso: casa de Judith a Delegacia da Vila Barragens; interior/tarde:

Dentro do carro, Judith chorava e soluçava, enquanto Theo dirigia e Luiz mexia no GPS. Já Marcelo, fazia de tudo para que a acusada confessasse.

Marcelo: Conte logo! Conte como matou aquelas três pessoas!

Judith: Eu já disse! Não fui eu! Eu não matei ninguém! Nunca!

Marcelo dá uma gargalhada. Theo ainda com expressão de confuso, via tudo pelo retrovisor interno.

Marcelo: Ficará na cela até o dia de seu julgamento!

Judith: Não! Pelo amor de Deus! Não faça isso! Eu não matei ninguém.

Cena 8 – Delegacia da Vila Barragens – celas; interior/noite:

Marcelo: Pronto! Agora não vai mais matar ninguém!

Judith vê a chave girando e percebe que agora está presa. Ela abaixa a cabeça e começa a rezar.

Marcelo: Isso! Reze pra não morrer aí dentro!

Theo, o último a sair, apaga a luz.

Theo: Que Deus te proteja!

Cena 9 – Delegacia da Vila Barragens; exterior/madrugada:

Aproximadamente uma e meia da manhã, uma pessoa caminha em direção a delegacia, ela olha para o letreiro: POSTO DE POLÍCIA – vila barragens;

A pessoa dá uma gargalhada e entra na delegacia, que estava trancada.

Cena 10 – Delegacia da Vila Barragens – celas; interior/madrugada:

Judith está ainda rezando quando vê que alguém se aproxima. Ela, assustada, fica em pé e vê o rosto.

Judith: Então quer dizer a pessoa responsável por tudo isso é…

Três tiros foram suficientes para calar para sempre a boca de Judith. Três tiros disparados pela mesma pessoa que matou outras três.

Ulisses Gurgel, Gustavo Andrade, Getúlio França e Judith dos Santos estão mortos. Ulisses Gurgel, Gustavo Andrade, Getúlio França e Judith dos Santos foram assassinados…

NO PRÓXIMO EPISÓDIO…

– A revolta dos moradores com a inocência de Judith;

– O quinto crime!

– Após o crime número cinco, uma certeza choca muitas pessoas;

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