Lágrimas do Céu – Capítulo VII
Vários dias haviam se passado com rapidez, Ângela tivera uma semana muito agitada tendo que dividir seu tempo entre idas ao hospital e ao trabalho. A Sra. Margarete mesmo estando doente não parecia abatida, estava sorridente, mas ainda pensava que Ângela fosse sua criada, isso só mostra o quanto à doença toma conta de sua mente. Era uma sexta-feira chuvosa quando Ângela entrou no hospital para visitar a Sra. Margarete, o local estava agitado como de costume. A jovem subiu as escadas, entrou no quarto com calma, logo a idosa a viu, deu um belo sorriso e falou:
– Olá! Cachinhos dourados, como você está? – ela falou com uma expressão de alegria.
– Estou bem e você, como se sente hoje?
– Estou bem meu anjo. Você pode me tirar daqui, quero dar um passeio, não gosto de ficar o dia todo deitada nessa cama não – ela fez um movimento que iria se levantar, mas foi interrompida da sua ação por Ângela.
– Melhor você ficar na cama, não pode sair assim não está tomando soro ainda. Vou falar com o médico e pergunto se posso dar uma volta pelo hospital com você – depois que Ângela falou a idosa se acomodou na cama mostrando que concordou com o que acabara de ouvir.
Fazia tempo que a jovem não era chamada de cachinhos dourados, era assim que sua querida mãe a chamava quando ela era pequena. Ângela se sentia muito bem quando estava com a Sra. Margarete a pesar de estar doente, porém vê-la sorrir lhe fazia muito bem. A jovem saiu do quarto e foi procurar o médico. Mais a diante falou com uma enfermeira que foi logo chamar o médico responsável pelo caso da Sra. Margarete. Ângela ficou no quarto a espera do profissional, enquanto isso conversou com a idosa que estava impaciente por estar naquele local e disse um pouco sobre um momento de sua infância.
– Eu costumava andar na égua Flora, ela era muito mansa e tinha umas machas brancas. Adorava passear, tinha muita habilidade com equitação, mas meu pai estava sempre de olho com medo que eu caísse. Era muito maravilhoso sentir o vento no meu rosto e olhar a paisagem. Bons tempos eram estes – a idosa falou com uma tristeza no olhar.
– Como era o seu pai? – falou Ângela.
– Ele era alto, moreno, usava um bigode. Ele não vem me visitar? – a idosa falou franzindo a testa.
– Ele trabalha muito, mas disse que quando der ele vem vê você – Ângela ficou com um ar de preocupação.
Ângela ficou surpresa, pois a idosa nunca tinha falado de quando era criança e de como era a convivência com o pai. Margarete lembrava muito bem de fatos da sua vida passada, fala com riqueza de detalhes e com um ar nostálgico, porém os fatos mais recentes sumiram como se alguém tivesse passado uma borracha. O médico não demorou a chegar e chamou Ângela para conversar fora da sala. Nesse momento ela ficou preocupada, mas escutou tudo com atenção:
– Creio que a senhorita está querendo saber notícias do estado de saúde da Sra. Margarete, pois bem, ela passou mal esses dias, sua pressão baixou várias vezes, delirou enquanto dormia. Foram feitos exames detalhados, neles pode perceber que ela necessita de tratamento específico, aprofundado, coisa que este hospital público não pode oferecer a ela. Sinto lhe informar que a idosa terá que ser transferida para um hospital particular, o Hospital Português. Este é o único da região que possui especialidade no tratamento do alzheimer – nesse momento o médico pode ver que duas lágrimas haviam caído no rosto de Ângela, ele segurou no ombro dela e continuou falando, porém com calma – Eu sei que não é fácil, mas é a única forma de tratar da doença. Eu vou tentar conseguir que o estado pague pelo tratamento dela, porém não será nada fácil conseguir. Não podemos perder a esperança, enquanto não conseguirmos que ela seja tratada nesse outro hospital ficará aqui sobe meus cuidados. Ela só pode sair daqui se for para esse outro hospital. Fique calma, tudo isso vai ser resolvido, farei o possível para ajudar – ele terminou de falar, deu um abraço na jovem e deixou-a sentada em uma das cadeiras que estava no corredor.
Ângela não se conteve e chorou muito ao saber da triste notícia que recebera. Como faria para pagar o tratamento da Sra. Margarete? O trabalho que possui mal dá para ela pagar as despesas quanto mais uma coisa tão inesperada quanto essa? Ela enxugou as lágrimas com as mãos, olhou para um canto do corredor que estava vazio, então virou seu rosto para o outro lado e teve uma surpresa. Mais a diante vinha um homem de camisa social azul e caminhava a largos passos em sua direção. Era William, mas o que ele estava fazendo lá?
– Oi moça, o que aconteceu? Porque está chorando? Aconteceu algo com a Sra. Margarete? – ele deu um abraço na jovem e entregou a ela um lenço para que enxugasse as lágrimas.
– Ela não está nada bem, piorou… – ela não estava conseguindo falar direito – o médico disse… Disse que ela terá que ser transferida para outro hospital, um particular… – as lágrimas que caiam no seu rosto não estavam deixando-a falar – eu não tenho condições de pagar pelo tratamento – ela recebeu mais um abraço do empresário.
– Se acalme eu vou conversar com o médico. Eu estou aqui com você, não se preocupe, vou dar um jeito nisso. Não faça nada, fique aqui que já volto. Faça o seguinte, tome água e vá andar um pouco lá fora. Eu não demoro – ele falou olhando atentamente para os olhos da jovem que concordou com um aceno de cabeça.
William saiu pelos corredores do hospital à procura do médico, desceu as escadas e foi logo a bancada da entrada onde estava uma jovem de cabelo castanho, ela mexia no computador, porém quando viu a presença de William voltou sua atenção a ele.
– Em que posso ajudar? – disse à moça que parecia ser bem educada.
– Eu preciso falar com o médico que está cuidando do caso da Sra. Margarete – ele foi interrompido pela atendente.
– É a idosa que está com alzheimer?
– Isso mesmo, pode chamar o médico para ir ao quarto dela, preciso conversar com ele.
– O médico já foi chamado, pode esperar lá no quarto que logo ele chegará.
William agradeceu, subiu as escadas com pressa à procura de Ângela, olhou pelos corredores quando avistou a moça sentada em uma cadeira. Ele chegou perto dela, se abaixou e deu um pequeno beijo na bochecha da moça. Ângela estava paralisada por conta de tudo que ocorrera no dia, estava sem ação e não retribuiu o beijo que recebera.
Demorou bastante para o médico aparecer, isso deixou William um pouco irritado, mas preferiu não demonstrar. O empresário pediu licença à jovem Ângela e saiu com o profissional para terem uma conversa particular. O diálogo durou muito temo, o médico explicou tudo bem detalhado para o empresário que ouviu com atenção e fez as perguntas necessárias. William queria ficar sabendo de tudo que se passava com a Sra. Margarete enquanto ela estiver no hospital, ele sabe que a idosa não é nada sua, mesmo assim sentia vontade de ajudá-la em que precisasse. Dinheiro não era problema para ele, o que faltava era saber como ajudar.
Durante o diálogo com o medico ele descobriu que a idosa terá que ser transferida para um hospital. Com isso resolveu pagar pelo tratamento, porém precisava conversar antes com Ângela. Ele voltou para o corredor em que a jovem estava sentada, mas não há encontrou, procurou nos corredores vizinhos e nada dela, olhou no quarto, mas ela não estava lá. Então resolveu descer as escadas e a avistou andando perto da recepção.
– Moça – ele falou andando em direção a ela – podemos conversar?
– O senhor não precisa se preocupar comigo e muito menos com Margarete, ficaremos bem, eu vou dar um jeito – ela falou ainda andando.
– Você pode parar um pouco para que possa falar com a senhorita – ele já estava ficando impaciente.
– Ok. Podemos sair um pouco desse local – ela enfim parou e falou olhando para a porta de entrada do hospital.
– Podemos sim, venha comigo. Tem uma pequena praça perto daqui, podemos conversar lá – William falou olhando para ela e deu a sua mão para a jovem segurar.
– Tudo bem, mas não podemos demorar muito.
Ela resolveu não segura na mão do empresário e saíram do prédio juntos. O céu estava azul com algumas nuvens, pois a chuva havia passado, os dois seguiram em direção a praça que possuía poucas pessoas. Era pequena, com balanços e outros brinquedos. Possuía alguns bancos de pedra que cabiam apenas duas pessoas, provavelmente eram destinadas aos casais. Tinha algumas árvores frondosas e dava para sentir o cheiro das flores que floresciam calmas sobre a vegetação do local. Eles sentaram em um dos bancos que ficava perto de uns balanços em que duas crianças estavam se divertindo. William resolve dar início a conversa:
– Primeiro me deixa enxugar essas lágrimas do seu rosto – ele pegou o lenço do bolso – com licença, posso? – ele chegou bem perto da jovem e delicadamente passou o lenço azul claro com listras azul marinho pelo rosto. A jovem fechou os olhos nesse momento e só reabriu quando o empresário terminou.
– Obrigada, não precisava se preocupar – ela ficou ligeiramente corada por conta do ato de William.
– Eu me preocupo com você, não gosto de ver as pessoas tristes – ele falou olhando atentamente para a jovem – você é muito bonita, não merece está sofrendo assim – Ângela voltou a ficar corada – Bom vamos para o que interessa. Eu conversei muito com o médico que está cuidando da Sra. Margarete e descobri que ela necessita ser transferida para outro hospital especializado, não é isso? – William sempre fora objetivo de mais, até mesmo nos momentos que não exigia formalidades.
– Sim, isso mesmo o médico também conversou comigo antes de você chegar – ela ainda possuía tristeza no olhar.
– Esse outro hospital eu o conheço, com isso estou disposto a ajudar – ele deu uma pequena pausa e segurou nas mãos da jovem – Estou disposto a pagar pelo tratamento da idosa.
– Mas não precisa, vou arrumar uma forma de resolver isso o mais rápido possível – ela largou as mãos do empresário.
– Como fará para pagar? – ele falou com um ar de preocupação.
– Eu vou trabalhar mais, fazer horas extras. Farei o que for preciso.
– Não se preocupe eu faço questão de pagar pelo tratamento. Não sei por que, mas eu peguei um apreço por você. Eu não sei explicar o porquê, por isso quero ajudar você. Há! Antes que me esqueça, tome – ele retirou um pequeno embrulho do bolso e entregou-o a jovem – Isso é seu.
Ela pegou o embrulho branco, tratou logo de abri-lo e teve uma surpresa, era a pulseira que tinha perdido messes atrás. A jovem olhou o objeto atentamente observando como estava o estado, percebeu que fora bem guardada. Com os olhos marejados ela agradeceu ao senhor. Ele delicadamente colocou a pulseira no braço de Ângela que deu um pequeno sorriso em meio ao rosto vermelho de chorar tanto aquela tarde.
Ela agradeceu novamente por ele ter guardado seu objeto e falou que é uma recordação de família, recebera como presente quando completou quinze anos. Nesse momento a jovem se lembrou do tempo que tivera essa idade, foram tempos difíceis, pois sua mãe trabalhava como empregada doméstica e a jovem sofria tendo que trabalhar para ajudar. Não tivera uma festa de debutante com vestido longo, um bolo gigante, valsa e tudo mais. Não tive nada, apenas a pulseira que estava em sou pulso. Apesar de ser simples o significado dela valia mais que qualquer pedra preciosa.
William olhou para o objeto no pulso da jovem, depois voltou seus olhos para a moça e deu um pequeno sorriso de admiração. Ficaram sentados por um tempo na praça, em silencio apenas observando o local. O sol estava baixando, começou há ventar um pouco, porém não forte, apenas o possível para deixar algumas folhas e pétalas de uma flor amarela cair sobre os dois. Nesse momento ele passou o braço por cima de Ângela e a abraçou de leve, com isso ela baixou a cabeça encostando-se ao peito dele, ela se sentiu acolhida e protegida. Ficaram assim por um bom tempo sem ligar para absolutamente nada, nem o sol que estava indo embora de vagar e nem para os pequenos pingos de chuva que caiam.
Depois de certo tempo William percebeu que a jovem havia cochilado então a colocou em seus braços deu um pequeno beijo na testa dela e levou-a para seu carro a sentando no banco da frente. Tratou logo de baixar um pouco o banco delicadamente para que a jovem não acordasse, porém foi em vão. Ela abriu os olhos de vagar, olhou para William que estava no banco do motorista e falou:
– O que estou fazendo aqui? – ela falou enquanto passava as mãos sobre o rosto.
– Você adormeceu, então resolvi trazê-la até aqui para descansar – a jovem fez um movimento querendo se levantar, porém foi interrompida pelo empresário que a segurou – Não precisa ir agora, descanse um pouco, não farei nada com a senhorita. Deseja que eu a leve para casa? – ele falou como se fosse o motorista dela.
– Não, eu preciso falar com a Sra. Margarete, quero me despedir dela. Não precisa se preocupar comigo, me viro muito bem, posso ir para casa de ônibus – ela fez um movimento para sair do carro, mas assim que a porta se abriu uma forte chuva começou a cair e já havia chegado à noite. Ela abriu a porta e saiu às pressas para o hospital. William se apreçou, travou as portas de seu carro e correu em direção à moça. Ela subiu as escadas mais rápido do que o esperado e o empresário atrás dela. Ao chegar à frente do quarto da Sra. Margarete ela parou, William estava atrás dela. Ângela segurou a maçaneta da porta e a abriu devagar, queria apenas pegar suas coisas, se despedir da idosa e ir embora. William não entrou no local ficou apenas observando a bela moça realizar o que desejava. Ângela deu um pequeno beijo na testa da idosa que estava dormindo, pegou sua bolsa e saiu do local. Para sua surpresa William estava na porta a sua espera dando o braço para ela o segurar, mas ela não quis, apenas seguiu seu caminho a passos largos e apressados.
– Espere, eu deixo você na sua casa – William falou enquanto acompanhava a jovem.
– Já disse, não precisa se preocupar comigo. O que você que? Porque está atrás de mim? Siga seu caminho, eu sei me virar – ela continuou caminhando rumo a saida do local.
– Eu já lhe disse que não sei o porquê de ter um apreço por você, o que sei é que desejo ajudar à senhorita – ele a acompanhou.
Nesse momento Ângela saiu do hospital, estava chovendo muito. William correu conseguindo alcançá-la e a segurou pelo braço. Como achou o ato muito forte deu um abraço nela e sentiu vontade de beijá-la. Logo olharam um para o outro, a chuva a cair pelos seus corpos. A camisa de William estava encharcada, colada ao corpo dava para perceber que o peitoral dele estava em forma. Ele deixou sua mão na cintura dela, com a outra colocou no rosto dela, chegou mais perto, deixando seus rostos próximo um do outro como se fossem realizar um belo ato de amor com um beijo, porém ele recuou da ação e falou:
– Me desculpe, eu não pretendia fazer… – ele parou por um instante – Por favor, me deixe levá-la para casa, vamos para o carro estamos molhados de mais.
– Você é insistente em, tudo bem pode me deixar em casa, mas antes posso lhe pedir uma coisa? – ela falou olhando atentamente para os olhos dele como se fosse uma criança pedindo um doce ao pai, porém ele imaginou como se ela fosse sua mulher lhe pedindo um beijo.
– Claro que pode – ele falou, porém antes mesmos dela falar ele a levantou em seu colo, a segurou com cuidado e ficou olhando nos olhos dela – Você é muito bonita, delicada – ele olhava para os lábios dela e para os olhos alternadamente – Mas não deveria realizar o ato que perpassa pela minha mente, mesmo tendo vontade.
Ela fechou os olhos, encostou a cabeça perto da dele deixando seus lábios perto do ouvido dele e baixinho disse:
– Você é um homem muito bondoso, educado, gentil, não deixe de fazer o que desejas. Gostaria de retribuir tudo que está fazendo por mim – Ela deu um pequeno beijo na bochecha dele fazendo com que os seus lábios ficassem perto um do outro, mas sem encostar.
A chuva caia sem pena sobre os dois, deixando o ar frio, porém o calor que os dois corpos estavam trocando no momento não os deixava sentir nada nesse momento a não ser um sentimento inimaginável. Ainda com os lábios prestes a encostar um no outro, com os olhos fechados ele não se conteve e deu um beijo. Este tinha gosto de beleza, chuva e alegria. Fora um ato inimaginável, pois Ângela nunca esperava que ocorresse isso neste dia.
William colocou a jovem no chão com delicadeza, pegou a bolsa dela que havia caído e a conduziu para o seu carro. Estavam completamente molhados, mas o empresário não ligou, deu a ela seu casaco e ligou o aquecedor do carro. Como estava feliz, ligou o som e para sua surpresa tocava uma bela melodia de um piano acompanhado de violino. Durante o trajeto do hospital até a casa de Ângela apenas fora dito o caminho, mais nada. Eles se entreolhavam com cuidado, a jovem parecia estar com vergonha do que aconteceu. Ao chegar à casa da jovem William desceu do carro, abriu gentilmente a porta, estendeu à mão dele, ela segurou e recebera um beijo nela o que a fez ficar corada por um pequeno instante. Não estava mais chovendo, mas o ar na cidade estava um pouco frio.
– Esta entregue e em segurança – ele deu um pequeno sorriso no canto do rosto.
– Aqui está o seu casaco, muito obrigada por tudo – ela segurava sua bolsa e falou olhando para o empresário.
– Não preciso agradecer, eu me desculpo pelo ocorrido hoje, foi muita ousadia da minha parte ter o realizado. Uma jovem tão bela como você não deve fazer isso com homens como eu – Ângela corou nesse momento.
– O senhor não fez nada de errado, penas seguiu o que seu coração queria. Então até mais, se nos encontrarmos por ai – ela deu um aceno com uma das mãos e foi em direção ao prédio em que estava a sua casa.
– Espere, preciso do número do seu telefone. Precisamos resolver o caso da Sra. Margarete – ele falou com um ar preocupado.
– O caso dela eu vou resolver, não se preocupe. Já tenho o seu número se precisar ligarei para o senhor – ela virou novamente para entrar no prédio, porém ele segurou na mão dela não a deixando entrar.
– Por favor, não irei lhe perturbar com ligações desnecessárias. Apenas quero seu número porque desejo lhe ajudar, estou falando de coração – ele possuía um pouco de tristeza no rosto.
– Me desculpe estou um pouco cansada, preciso dormir um pouco, o dia foi bastante cheio.
– Entendo tudo bem se não quer me dar seu número de telefone, mas posso procurá-la aqui? – ele falou sem parar de olhar para os olhos da jovem.
– Tudo bem, eu preciso entrar. Se cuide e não se preocupe o senhor não fez nada de errado hoje.
Ângela deu um pequeno aceno com uma das mãos, entrou no prédio e deixou o empresário a observando atentamente com admiração. William entrou no carro que possuía os dois bancos da frente molhados, mas ele não se importou, apenas seguiu seu caminho até seu apartamento. Ainda sentia o gosto doce do beijo que dera na bela jovem, mas não acreditou que realizara o ato. Estava sorridente, parecia um adolescente que acabara de sair com a namorada e a deixou em casa. A imagem dela em seus braços vagava pela mente, os olhos azuis como o céu, a pele branca como a neve, os lábios rosados como morango e doce como uma pequena cereja. Chegou ao apartamento, tomou um banho e logo dormiu em sua cama.
muito bom o capitulo muitas surpresas estar um arraso