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Formas de Amar

Capítulo 21 – Formas de Amar

Capítulo 21

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1

No apartamento de Cesar.

Cesar se aproxima de Maria pra beija-l a e Maria se afasta.

Cesar: O que foi?

Maria entrega o relatório da policia pra Cesar.

Maria: Eu quero entender que história é essa que você já foi preso.

Cesar e Maria se encaram.

Cesar pega a ficha e da uma olhada rápida.

Cesar: Onde você arrumou essa ficha?

Maria: Não interessa. Eu quero saber se é verdade que você foi preso por roubo de uma loja?

Cesar: Não. Claro que não.

Maria: Essa ficha é falsa não é? Fala pra mim que é.

Cesar: Mais ou menos.

Maria: Eu acho bom você me explicar essa historia direito. E pra constar eu não estou nem um pouco paciente pra mentiras.

Cesar: Ok. Fica calma. Eu vou te explicar o que realmente aconteceu. Eu estava na rua, tranquilo. Não estava fazendo nada de errado, ai veio um cara correndo com uma sacola na mão e trombou em mim, nos dois caímos. Ele estava fugindo da policia, quando eles chegaram eles me levaram junto, achando que eu estava com ele  no assalto, mas eu não estava, juro pra você.

Maria: Essa é a pior historia que eu já ouvi. Você não sabe nem mentir.

Cesar: Por favor. Acredite em mim. Eu lutei tanto pra conseguir ficar com você eu não ia mentir pra correr o risco de te perder logo agora.

Maria: Vamos dizer que eu acreditei, mas sinceramente esta muito difícil de acreditar nessa historinha.

Maria sai do apartamento.

Cena 2.

No quarto de hospital de Jonas.

Ana: Como eu queria que você tivesse me dito isso há um tempo.

Jonas: Eu fui um péssimo marido assim?

Ana: Foi. Não vou mentir não.

Os dois riem.

Ana: Você foi um bom pai, carinhoso, atencioso. Sempre esteve presente, pelo menos o quanto pode.

Jonas: Pelo menos bom pai. E com você, eu fui um canalha?

Ana: No final sim. Você se tornou uma pessoa horrível. Piores dias da minha vida.

Jonas: Não sei o que eu fiz, mas me desculpe por isso.

Ana: Acho melhor eu ir pra casa, preciso de um banho com urgência. Tchau.

Ana sai do quarto e Jonas fica pensativo.

Cena 3.

Na mansão dos Bordoni.

Na sala Cida passa o aspirador de pó no carpete.

No corredor do andar de cima, J.P como uma mochila nas costas caminha ate o quarto.

J.P: Cada dia que passa essas casas de ricos tem menos segurança. Eu entrei sem esforço nenhum. Brincadeira viu.

J.P entra no quarto de Jonas.

J.P: Cofre. Cofre. Onde será que eles guardam o cofre aqui?

J.P vai ate o quadro que esta na parede e olha o cofre esta atrás dele, e vê que não esta lá. J.P caminha até o closet e meche nas roupas e vê o cofre no fundo.

J.P: Ricos sempre previsíveis.

J.P tira a mochila das costas e tira um equipamento eletrônico para abrir o cofre J.P posiciona o equipamento no cofre e o aciona para descobrir a senha do cofre.

J.P: Moleza.

Algumas roupas com o cabide caem no chão.

Na sala, Cida enrola no aspirador o cabo da tomada, e olha para o andar de cima.

Cida: Será. Acho que eu estou ouvindo coisas. Eu vou lá olhar.

Cida sobe a escada e vai até o corredor dos quartos e vê a porta do quarto aberto.

Cida: Será que eu esqueci a porta abeta?

J.P ouve a voz de Cida e se esconde dentro do closet e pega o canivete do bolso.

Cida entra no quarto e olha ao redor e não vê nada.

Cida: Acho que foi só minha imaginação mesmo. Isso é trabalho demais dona Cida. É hora de ir pra casa e tomar uma cervejinha. Cida sai do quarto e fecha a porta.

Cena 4.

No corredor do prédio de Ricardo.

Ricardo sai do apartamento e tranca a porta. Ricardo vai até a porta do apartamento de Paula e toca a campainha. Paula sai do apartamento.

Ricardo: Você conseguiu ficar muito linda.

Paula: Por que eu era feia?

Ricardo: Não. Eu não quis dizer isso. Eu só queria falar que você esta deslumbrante, mais linda do que você já é.

Paula rindo: Você é muito bobo. Eu entendi o que você quis dizer.

Ricardo: Por que você faz isso comigo? Você sabe que eu me enrolo todo nessas situações.

Paula: Porque você fica muito sexy com essa cara de sem graça, de envergonhado.

Ricardo fica encabulado.

Paula: Desse jeito. Eu adoro.

Ricardo: Acho melhor irmos antes que eu fique com mais vergonha que eu estou.

Paula: Vamos então senhor timidez com as mulheres.

Os dois caminham para o elevador.

Cena 5.

No apartamento de Edu e Joice.

Joice chega à sala com o álbum de casamento e sentam do lado de Edu.

Joice: Eu estava olhando essas fotos e estava sentindo saudades daqueles jantares que nos tínhamos com a Maria e o Ricardo. Agora é impossível.

Edu: Talvez com o tempo eles voltem a serem amigos.

Joice: Não sei se vai ser possível.

Edu: Mas depois do que a Maria fez também.

Joice: Não fala mal da minha amiga.

Edu: E você acha certo o que ela fez? Então eu vou fazer o mesmo.

Joice: Experimenta. Eu arranco com a faca isso que você tem no meio das pernas e penduro ali na parede, pra você olhar e nunca mais querer repetir.

Edu põe as mãos no meio da perna: Acho melhor nos não falarmos nesse assunto mais.

Joice: Acho bom. Como será que o Ricardo esta?

Edu: Muito bem, ta de rolo com uma gata. A mulher é linda.

Joice encara Edu.

Edu: Mas nem se compara a você.

A campainha toca e Joice vai ate a porta e abre.

Maria entra: Desculpe vim assim sem avisar, mas nos podemos conversar?

Joice: Claro que sim amiga. Edu…

Edu: Já sei, conversa de mulheres, já estou indo para o quarto.

Cena 6.

Na mansão dos Bordoni/ Quarto de Jonas.

J.P ouve o equipamento apitar e vai ate o cofre.

J.P: Mas já? Até a senha desse velho otário é fraca.

J.P abre o cofre o vê vazio.

J.P: Vazio? O Guto não vai gostar disso.

Cena 7.

Em uma rua abandonada.

Dentro do carro, Guto e J.P conversam.

Guto: Como assim o cofre estava vazio? Quem mantém um cofre em casa vazio?

J.P: Pelo visto, seu tio postiço.

Guto: Até agora eu não estou acreditando nisso.

J.P: Mas pode acreditar.

Guto se estressa e da algumas pancadas de raiva no volante.

Guto: Droga. Onde aquele velho escondeu o relatório? Ele devia ter morrido naquela queda.

Cena 8.

No apartamento de Joice.

Joice e Maria continuam conversando.

Maria: … E agora apareceu essa ficha na policia.

Joice: Ele foi preso por assaltar uma loja e você ainda quer defender ele?

Maria: eu e ele conversamos e ele me explicou que foi um engano, que ele não tinha nada com o assalto. Realmente foi uma historia bem absurda, mas às vezes as historias absurdas são verdades.

Joice: Amiga, eu vou ser muito sincera com você. Você sabe a verdade, mas que acreditar no que te convém. Acho que isso é medo de que talvez você não tenha feito à escolha certa em trocar o Ricardo pelo Cesar.

Maria: Você acha que eu fiz a escolha errada.

Joice: Eu sou amiga do Ricardo, eu não posso opinar nessa situação. Acho que você tem que seguir seu coração.

Maria: Meu coração é o que está mais confuso.

Cena 9.

Na praia.

Tânia caminha pela área da praia ate chegar a uma parte mais rochosa e deserta, Tânia avista Pedro encostado em uma pedra e vai até ele. Tânia se aproxima de Pedro.

Pedro: Eu nem acreditei quando você disse que queria me encontrar.

Tânia: Eu esperei tanto tempo pra ouvir você se declarando pra mim daquele jeito, eu não quero esperar mais pra ser feliz.

Pedro e Tânia se beijam.

Pedro: Você não tem noção de quanto eu esperei pra poder ter esse beijo de volta.

Tânia: Por enquanto vamos ter que ficar escondidos, por causa do Guto. Algum problema pra você?

Pedro: Claro que não. Só não quero ficar sem você.

OS dois se beijam.

Cena 10.

Dentro do carro de Ana.

Ana fala ao celular.

Ana: Cesar eu sei que você tentou me ligar, mas só agora que eu consegui retornar… Eu vou jantar com minha mãe agora. Marcamos aqui no restaurante e ela já deve esta chegando… Vamos falar de você sim. Eu não consegui acreditar muito na sua historia, mas resolvi te dar uma chance. Um voto de confiança.

Cena 11.

No restaurante D’gust.

Sentado a mesa Ricardo e Paula conversam.

Ricardo: Eu confesso que eu fiquei admirado com sua independência.

Paula: E o que te deixou admirado?

Ricardo: Tudo. Um exemplo recente. Agora pouco quando o garçom veio aqui com a cartilha de vinho, e o que você respondeu?

Paula: Por favor, a cartilha que hoje eu que vou escolher. Isso é o que me tornou uma mulher independente?

Ricardo: Não só isso. Você mora sozinha não depende de ninguém pra nada.

Paula: Muitas mulheres fazer isso.

Ricardo: Eu to tentando acertar uma.

Paula sorri: E esta acertando todas. Eu gosto dessa minha independência. Ter minha casa, meu trabalho, não precisar de homem nenhum pra me sustentar, não ter que pedir nada a ninguém porque eu sou dona do meu nariz. Eu acho que as mulheres deviam se posicionar mais diante a sociedade. Parar com essas neuras de serem aceitas pelos homens, pra não ficarem sem casar. Isso é ridícula. Eu posso usar a roupa que eu quiser curta ou longa sem ser taxada de nada. Eu acho que ligar o botão do foda-se para o mundo me ajudou muito.

Ricardo: Não concordo com tudo. Confesso que sou um pouco careta pra isso tudo. Mas o jeito que você se posiciona sobre o que você acredita, sobre a sua vida me faz te admirar muito.

Paula: Eu entendo e aceito que você não concorde. A vida é assim. Você respeita que é o mais importante.

Ricardo: Vamos fazer um brinde então?

Paula: Claro. Vamos brindar a que?

Ricardo: A sua independência.

Paula: E ao seu respeito.

Ricardo e Paula em um clima de flerte brindam com as taças de vinho. Maria entra no restaurante e os vê juntos a mesa. Maria assiste a cena e fica desconcertada com a situação e os encara.

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